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Irrigação muda vida de "Brasileiro" no oeste da Bahia

No município de Riachão das Neves, no perímetro de Nupeba, localizado no Estado da Bahia, o irrigante Alberto Alves Brasileiro mudou sua história de vida.
Nascido no município baiano de Itiúba, aos 64 anos, casado e pai de 10 filhos, Brasileiro relata emocionado como conseguiu sobreviver na agricultura irrigada mesmo sem conhecimento da atividade. "Eu não tenho estudo nenhum. Vendia doce quebra-queixo e broá na rua. Depois comecei a trabalhar na agricultura a serviço de outras pessoas em Barreiras", conta o agricultor.
Ele relata que em 1994, quando estava no município de Barreiras, soube do projeto de irrigação Nupeba. "Eu tomei conhecimento do projeto por outras pessoas e decidi fazer a inscrição sem fé nenhuma. Não achava que receberia o lote. Mas fui contemplado com sete hectares e entrei em Nupeba no ano de 97, sem conhecimento do que iria plantar", relata Brasileiro.
O resultado para o início da produção não poderia ser diferente. Com a falta de experiência e prática, a colheita de Brasileiro fracassou várias vezes. "No início plantei feijão, arroz, limão e coco. Nada deu certo. Não tinha comprador e perdia tudo que plantava. Passei muita fome e não tinha dinheiro. Chegou ao ponto de o Distrito de Irrigação ter que cortar minha água, usada na produção, porque minha dívida era grande", afirma.
Mesmo com todas as dificuldades, o agricultor não desistiu. Ele decidiu contar sua inexperiência para o gerente do Distrito da época, Antônio Carvalho, que ficou comovido com a situação do irrigante e negociou sua dívida, evitando o corte no fornecimento de água para o seu lote. "Eu tinha que tentar produzir mais uma vez e precisava de água. Só era o que eu tinha para sobreviver com minha família: aquele pedaço de terra. Graças a Deus, o gerente do Distrito me ajudou", diz.
Brasileiro e outros pequenos irrigantes que não tinham perfil de empreendedor rural foram selecionados para os perímetros Nupeba e Riacho Grande, adquiriram financiamentos, implantaram suas culturas e se endividaram. Quando iniciaram suas colheitas, não havia condições no mercado local para absorver seus produtos. Pobres e endividados, esses agricultores passaram por dificuldades, alguns deles não tinham dinheiro para pagar a conta de água (k2) do seu lote.
Naquele momento, cortar o fornecimento de água significaria matar as culturas implantadas no lote, o que inviabilizaria a permanência do irrigante no Perímetro. "Fico feliz em saber que Brasileiro continua na irrigação, produzindo e criando sua família com dignidade", declara Antonio Carvalho, ex-gerente executivo do Distrito de Irrigação Nupeba e Riacho Grande.
Em 2004, Brasileiro mudou sua história. Recebeu ajuda de outro irrigante que entendia de agricultura e se especializou. "Conheci o César, que me ensinou a produzir banana. Hoje produzo só a fruta no meu lote. Vendo para outros Estados com uma produção muito boa e com isso tenho o sustento da minha família, minha casa própria e a certeza de que a plantação do meu lote está no caminho certo", comemora.
Para o secretário nacional de Irrigação, Miguel Ivan, a irrigação pode mudar a realidade de famílias e comunidades inteiras. "Temos um compromisso de reduzir, por meio da agricultura irrigada, uma dívida social histórica. E essa dívida pode ser paga se investirmos maciçamente na capacitação de pequenos agricultores. A irrigação, como técnica de produção, tem que ser acessível ao pequeno irrigante", destaca o secretário.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Água usada na piscicultura é reaproveitada no Sertão de PE

Técnica está sendo testada na Zona Rural de Petrolina. Água é reutilizada para produção de capim.

No Projeto Bebedouro, na Zona Rural de Petrolina, no Sertão pernambucano, o capim está sendo irrigado com água reutilizada dos tanques de piscicultura. Há quatro meses, o experimento já tem obtido resultados satisfatórios em termos de produtividade do capim.
A pesquisa é desenvolvida através de uma parceria entre o Instituto Tecnológico de Pernambuco e o IF-Sertão. O responsável é o técnico agrícola Nivaldo Ribeiro. Para o estudo, ele dividiu a plantação de capim em quatro faixas para analisar a resposta de cada área.
A produção do capim tifton recebe assistência do engenheiro de pesca da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Rozzanno Figueiredo. “Aqui a gente sugeriu ao produtor que ele fizesse o melhor uso da água. Reaproveitando essa água que passa pelo peixe, vai irrigar o capim. Esse capim que vai alimentar as ovelhas, por sua vez, os excrementos da ovelhas vão adubar as fruteiras e as sobras também é possível aproveitar ofertando ao peixe. Por tanto, o que este está fazendo aqui é, melhorando a produtividade da água, com algo ecologicamente e economicamente sustentável”, explicou o engenheiro.
O agricultor José Francisco Nunes, que cedeu parte da terra para o estudo, afirma que percebeu um aumento no pasto para o rebanho de 150 ovinos. Com o capim mais vasto, sobra mais alimentos para os ovinos e isso reflete na saúde dos animais.


Fonte: G1.com (http://twixar.me/K41 )

Seagro e Agetrans estudam solução para segurança no projeto São João

Na ocasião, Padua levou a proposta de abrir valetas ao redor do projeto de irrigação, ao lado da rodovia TO-050, impossibilitando o acesso de carros e caminhões.

O secretário executivo da Agricultura e Pecuária (Seagro), Ruiter Padua, o diretor de Irrigação e Drenagem da pasta, João Carlos Farencena, reuniram-se com o secretário executivo da Agência de Máquinas e Transportes do Tocantins (Agetrans), Murilo Coury Cardoso, para tratar da segurança no Projeto de Irrigação São João, município de Porto Nacional. A reunião aconteceu, na tarde desta quinta-feira, 27, na sede da Agetrans.
Na ocasião, Padua levou a proposta de abrir valetas ao redor do projeto de irrigação, ao lado da rodovia TO-050, impossibilitando o acesso de carros e caminhões. A proposta já foi discutida com os irrigantes e representantes do Ministério Público Federal, e aprovadas por ambos. A obra será desenvolvida em parceria com a Agetrans, que segundo Cardoso, está à disposição para auxiliar. Ficou acertado que a Agência fará um projeto da abertura das valetas ao redor do projeto de irrigação e o investimento necessário para tanto.
Outra proposta para regularizar o sistema de energia e consequentemente o fornecimento de água, é a construção de uma guarita, restringindo o trânsito, além do tráfego de pessoas indevidas e aumentando o controle sanitário por parte da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). “O grande problema no São João é que não existe um controle de quem entra ou sai do projeto. Se colocarmos a valeta de contenção para passagem de veículos e a guarita na entrada poderemos resolver essa situação”, argumentou Padua.

Entenda

A segurança no projeto tem sido alvo de reuniões da Seagro e parceiros já que furtos e roubos são recorrentes no local, com o desaparecimento de cabos de eletricidade, canos de irrigação e até bombas, causando prejuízos aos produtores do projeto.


Fonte: Surgiu.com.br (http://twixar.me/6d1)

Saneamento e irrigação são pautas de evento em Brasília

Objetivo do Fórum de Infraestrutura é encontrar soluções para problemas que desafiam o desenvolvimento do Brasil.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, coordenou, nesta quinta-feira (27), a mesa-redonda com o tema Saneamento, Abastecimento e Irrigação no 1º Fórum Nacional de Infraestrutura, que vai até o dia 28 no auditório do Interlegis, em Brasília. Promovido pelo Senado Federal, o evento busca encontrar soluções para problemas de infraestrutura que desafiam o desenvolvimento do Brasil e que já foram discutidos em seminários organizados pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) em 2013.
Além do diretor-presidente da ANA, participaram da mesa-redonda Saneamento, Abastecimento e Irrigação como debatedores: o consultor Fernando Rodriguez; o pesquisador da Embrapa Cerrados, Lineu Rodrigues; e o consultor do Banco Mundial, Marcos Abicalil. As discussões vão servir de base para a elaboração de um relatório contendo radiografia dos gargalos em irrigação e saneamento, que inclui o abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, manejo de resíduos sólidos e drenagem.
As demais seis mesas-redondas foram divididas de acordo com os seguintes setores: Transporte de Cargas, Transporte de Passageiros, Energia Elétrica, Combustíveis, Mineração e Telecomunicações. Durante os debates participam parlamentares, consultores e especialistas para oferecer propostas concretas, como projetos de lei e sugestões ao Poder Executivo que contribuam para superar os problemas de infraestrutura no País.
O Fórum Nacional de Infraestrutura foi idealizado a partir dos ciclos de audiências públicas realizadas pela CI em 2009, 2010 e 2013. Segundo o presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura, o senador Fernando Collor, a ideia é que o evento aconteça anualmente sempre no início dos trabalhos do colegiado.


Fonte: Porta Brasil (http://twixar.me/Qd1)

Irrigação do tomateiro orgânico é tema de livro

Por ser o tomate uma das hortaliças mais difíceis de ser produzidas em sistema orgânico, em razão de sua alta suscetibilidade a pragas e doenças, a irrigação desempenha um importante papel.

Crescimento da demanda e escassa literatura sobre o tema levaram o pesquisador Waldir Marouelli, da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), a registrar resultados de pesquisas, experiências e tecnologias desenvolvidas no livro Irrigação da cultura do 'Tomateiro Orgânico – Enfoque no manejo de doenças e de insetos-praga'. A publicação começa por expor os métodos de irrigação que podem ser usados na cultura do tomateiro em sistemas orgânicos de produção, passa pela apresentação de critérios para a seleção do sistema mais adequado para uma determinada condição, segue pelos cuidados e manutenção, avança pela necessidade de água nas diferentes fases da cultura e fecha com a apresentação de métodos simplificados para a determinação de quando e quanto irrigar.
De acordo com o pesquisador, sendo o tomate uma das hortaliças mais difíceis de ser produzidas em sistema orgânico, em razão de sua alta suscetibilidade a pragas e doenças, a irrigação desempenha um importante papel dentro desse horizonte, “devido à íntima relação da água com as doenças”. “A forma como a água é aplicada nas plantas de tomateiro tem efeitos na incidência de insetos-praga e, principalmente, de doenças, daí a preocupação de explicitar no livro o papel da irrigação e suas interações com outros tratos culturais adequados para o sistema orgânico”, explica Marouelli. Ele acrescenta que os temas abordados no livro são baseados em resultados obtidos a partir de pesquisas desenvolvidas na Embrapa Hortaliças, dentro do sistema de produção de tomate orgânico, a partir de projetos de pesquisas conduzidos entre 2008 e 2011.
Dentre as tecnologias apresentadas no livro vale destacar a indicação do uso de dois sistemas distintos de irrigação numa mesma lavoura de tomate: um que molha toda a planta (aspersão) e outro que molha somente o solo (gotejamento ou sulco). Segundo Marouelli, essa estratégia é indicada para regiões ou estações com baixa umidade relativa do ar e baixa ocorrência de chuva. Irriga-se por aspersão quando não existe chuva ou orvalho (baixa umidade do ar) e por gotejamento (ou sulco) quando houver alta umidade no ar. Nas condições de Cerrado do Brasil Central, o uso de sistema conjugado de irrigação possibilita aumento médio de 80% na produtividade de tomates orgânicos, graças, por exemplo, a uma redução na incidência de doenças e de insetos-praga.


Fonte: Portal Dia de Campo (http://twixar.me/ld1)



Junto com Marouelli, assinam a edição técnica do livro os pesquisadores Marcos Braga (Embrapa Hortaliças) e Daniel Lage (Agrícola Wehrmann). O livro está à venda na livraria virtual da Embrapa.

Irrigantes da Cohidro apostam na agricultura orgânica

O Projeto Portal Girassol fez surgir cinco pequenos agricultores orgânicos no Perímetro Irrigado Califórnia, da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Esses produtores, do município de Canindé de São Francisco, já tinham a intenção de converter suas atividades de horticultura e fruticultura aos métodos agroecológicos de produção, mas por iniciativa da Empresa, se organizaram em mutirão para construir estufas de plantio de mudas e agora se juntam em associação para requerer o registro no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Para que eles consigam a autorização federal que os permita vender seus produtos, diretamente ao consumidor, como orgânicos e comercializar pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA - Frutos da Terra), da Conab, vão precisar criar uma Organização de Controle Social (OCS), como explica o diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano. “Os irrigantes podem optar pela formalização do cultivo agroecológico, desde que se mobilizem e assumam o compromisso de não usar agroquímicos e seguir técnicas de cultivo orgânico. A nossa Companhia presta todo suporte aos interessados, mas quem vai atestar a autenticidade do caráter orgânico da OCS, assim como fiscalizar sua produção, é o Ministério da Agricultura”.
Fator motivador para criação do grupo de orgânicos no Perímetro Califórnia, foi a chegada – em outubro de 2013 – do servidor Tito Reis. Técnico agrícola e acadêmico em Agroecologia, Tito identificou os produtores que com apreço à ideia dos produtos livre de agrotóxicos e os mobilizou. “Prestando assistência a aplicação do receituário agronômico, ao qual fui designado em Canindé, conheci esses irrigantes. Alguns já tentavam fazer seus cultivos de forma orgânica, outros só tinham ouvido falar, mas reconheciam a importância e os benefícios que ela trazia. Foi assim que comecei a os organizar, alguns nem se conheciam e fiz esta ligação, que começou a tomar forma a partir do momento em que realizamos o mutirão para construção das estufas, que terminaram há cerca de uma semana”, contou o idealizador do Projeto Portal Girassol.
Para o gerente do Califórnia, Edmilson Cordeiro Bezerra, o Perímetro é terreno fértil para a aplicação da ideologia do cultivo orgânico por diversos fatores. “O uso do agroquímico na parte da agricultura convencional aqui é constante, mesmo com o acompanhamento da Cohidro através do receituário, mas já temos produtores que abandonaram este uso por indicação médica, devido a alergias causadas pelo contato com o agrotóxico. A chegada de Tito foi um auxílio muito importante, ele trouxe novas ideias e técnicas para poder incentivar nos agricultores algo que já vínhamos tentando há tempos, já que era uma reivindicação antiga deles, pois querem oferecer um produto sem risco a saúde de quem consome e de quem produz, além do valor que o produto agrega por ser orgânico”.
Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, sempre foi a favor da iniciativa do cultivo orgânico nos perímetros administrados pela Companhia e vê com entusiasmo a iniciativa criada no Perímetro de Canindé. “Alegra-me ver que existem pessoas cada vez mais conscientes de que agricultura deve gerar produtos que servem não só para matar a fome de uns e gerar renda a outros. Tem muito mais coisas envolvidas no trato com a terra e a preocupação com a saúde - de quem nela trabalha e de quem dela consome - tem que ser levada em conta, sem falar nos benefícios ao meio ambiente que o cultivo agroecológico traz. Não podemos mais tapar os olhos para a realidade de que o agrotóxico, quando usado de modo indiscriminado, polui o solo, a água e até o ar que respiramos e compramos a briga,para que seu uso seja reduzido ao nível mínimo”.

Os pioneiros de Lagarto

Os produtores que estão sendo atendidos pelo projeto Portal Girassol em Canindé, antes de começarem seus cultivos devidamente orgânicos e a construção de suas estufas para mudas, já tinham ido a Lagarto, visitar o Perímetro Irrigado Piauí que em Sergipe representa a vanguarda no cultivo orgânico irrigado coordenado pela Cohidro. Lá conheceram a horta orgânica do irrigante João Pacheco, referência no cultivo agroecológico no município.
Tito Reis pontua que a visita técnica teve como meta colher informações e adquirir mais experiências com os produtores de Lagarto, que já eles têm bastante conhecimento em produções orgânicas, abrindo um canal para troca de informações e novas ideias entre os agricultores dos dois perímetros. Informações úteis e práticas, a exemplo da melhor forma de plantar e como utilizar os recursos orgânicos em suas plantações, para que possam assim ser aplicados também em Canindé.

A experiente

Maria Aparecida Nascimento Santana era uma das produtoras que mais cedo começaram a tentar introduzir o cultivo orgânico no Perímetro Califórnia. Além de ser a maior conhecedora das técnicas agroecológicas do grupo, é também, junto da Cohidro, uma mobilizadora e incentivadora dos seus colegas irrigantes para as atividades da associação que está prestes a nascer a partir do projeto Portal Girassol. Na sua horta de uma tarefa, ela já cultivava alface, coentro, pimentão, salsa, cebolinha e couve, e comercializava na feira livre da Cidade, ou na própria propriedade rural. Mais conhecida por Cida, a irrigante reconhece a chegada do novo técnico a Canindé o fator motivador da iniciativa orgânica.
“A Cohidro já me ajudava dando orientação para plantar orgânicos na minha horta, foi com os técnicos e agrônomos que aprendi, por exemplo, a preparar o substrato terroso orgânico. Mas foi quando Tito chegou e me juntou aos meus companheiros, daí vi que chegou aqui um grande parceiro, foi quando ele apresentou a ideia do projeto Portal Girassol. Eu já tinha um viveiro, mas era muito pequeno e colocava as bandejas no chão. Com a ideia de fazer um novo e com a Cohidro ajudando com os materiais, ficou mais fácil”, relatou Cida. Além da assistência técnica e a ajuda dos seus colegas do grupo para a construção da estufa, ela recebeu as telas para o revestimento da benfeitoria e canos de PVC para instalar prateleiras da Companhia.

Prezando pela saúde

A agricultora Quitéria da Silva Araújo quase não conseguiu fazer parte do Portal Girassol, pois era dever dos irrigantes entrar com a contrapartida da compra do madeiramento das suas estufas. Como ela e o marido, José Gonçalves, têm um lote no setor de sequeiro do Perímetro, onde a introdução de lavouras irrigadas é inviabilizada pela topografia e solo de cascalho, a renda familiar da família estava comprometida para fazer tal investimento. Foi graças à doação conjunta das secretarias municipais de Obras e Agricultura, do município de Canindé, que ela pode fazer parte do grupo. Com a água que recebe na sua propriedade, ela já tocava uma horta convencional antes mesmo de conhecer o projeto da Cohidro.
Para Quitéria, a saúde foi fator primordial para aderir ao projeto, mas a viabilização da estufa contribuiu muito. “A estufa é a coisa melhor de todo mundo, pois antes a gente comprava as mudas de outros e só tinha para comprar o que ofereciam. Agora a gente escolhe o que vai plantar, qualquer variedade e na quantidade certa, sem sobrar nem faltar. É muito bom plantar orgânico, que não prejudica a saúde de ninguém, nem plantando, nem para quem depois come”, revela a agricultora que planta pimentão, alface, cebolinha, rúcula, salsa coentro e couve, em sua horta de meia tarefa de solo de muito pedra, mas viabilizado pelo uso do substrato terroso que aprendeu a preparar com os técnicos da Cohidro.

Culturas integradas

Exemplo de interação entre culturas é a horta da irrigante Maria Luiza de Jesus Santos, outro membro do grupo. Ela optou pelo capim elefante como barreira natural, que protege o cultivo orgânico de pragas, do vento e serve de sombra em partes do dia. Por sua vez, a gramínea de grande porte é também usada para alimentar as ovelhas que o marido, José dos Santos, cria. Os ovinos, quando recebem essa alimentação sem aditivos químicos, são considerados como os melhores geradores de adubo para a produção agroecológica, e assim ocorre uma quase simbiose, manejada pelo ser humano em benefício da produção livre de agroquímicos.
Maria Luiza acredita no potencial econômico da produção e está ansiosa para começar a vender, definitivamente, seus produtos sob a denominação oficial de orgânico. “Tem procura, na feira as pessoas perguntam: É com veneno ou sem veneno? Mas ainda não temos o documento que autoriza oferecer nossas verduras como orgânico nas feiras, mas com a nossa associação e com o acompanhamento da Cohidro, vamos conseguir”, aspira ela, que já tem coentro e cebolinha para vender, e está se preparando para colher os primeiros pés de alface plantados, também sem uso de defensivos químicos.

Família orgânica

Mãe e filho, Marcos e Marli Soares dos Santos Pereira, são outros dois integrantes da futura associação de produtores agroecológicos do Perímetro Califórnia. A característica que os diferencia dos outros membros, além da parceria familiar, é o reaproveitamento das linhas de espaçamento de uma antiga plantação de goiabas para a introdução dos novos canteiros da horta orgânica, que ficam protegidos pela barreira verde das frutíferas. Demonstrando bastante deficiência de nutrientes, as goiabeiras irão em breve produzir frutos orgânicos, depois de receberem toda ajuda oferecida pelo adubo natural do substrato terroso e o biofertilizante, também preparado pelos produtores sob orientação da Cohidro.
“Eu comecei a trabalhar com a horta convencional, mas passei para os orgânicos depois que eu fui aconselhada pela Cohidro. Meu filho antes não se dava bem com os produtos químicos, quando ele utilizava em alguma roça, passava mal, ficava doente, com dor de cabeça e hoje ele não precisa mais disso. Antes a gente tinha até medo de colocar um pé de alface na mesa, lavava mil vezes e ficava com medo, mas a gente hoje chega na horta, colhe uma folha e coloca na boca sem nenhum medo. E graças a Deus está dando tudo certo, dificilmente fica algo sem vender e o pessoal na feira livre já está sabendo que trabalhamos com os orgânicos, já estão ficando acostumados”, confidenciou a mãe e agricultora Marli, que considera a junção do conhecimento técnico dos profissionais da Cohidro com a mão de obra experiente dos produtores essencial para que o projeto tenha sucesso.


Fonte: Plenário (http://twixar.me/x11)

Expoagro 2014: Emater apresenta sistema de irrigação em pastagens

No setor dedicado à irrigação, dentro do espaço da Emater/RS-Ascar na Expoagro Afubra 2014, extensionistas da Instituição apresentam informações sobre sistemas e manejo da irrigação em pastagens para a produção de leite.

No local, os produtores ainda podem visualizar o sistema de irrigação por aspersão, tirar dúvidas sobre os equipamentos disponíveis e conhecer os programas do Governo do Estado específicos para a área, como o Mais Água, Mais Renda, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa/RS) e o Irrigando a Agricultura Familiar, da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR/RS). 
Sidinei Wolnei Weirich, engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, explica que os sistemas de irrigação são uma forma de complementar a quantidade de água em casos de chuvas mal distribuídas, ou mesmo para enfrentar eventuais situações de estiagem, que podem resultar em perdas para o produtor. “A ausência de precipitações compromete a qualidade nutricional e a quantidade das forrageiras, afetando também a produção de leite”, explica. 
O uso do sistema de irrigação permite o aumento da quantidade de animais lotados em cada piquete. “Com mais massa verde, há mais alimento disponível e a consequente redução do intervalo de pastejo, com os animais podendo retornar ao mesmo piquete em um menor número de dias”, destaca.


Fonte: Notícias da Pecuária (http://twixar.me/s11)

Irrigação: uma técnica que traz muitos benefícios ao meio rural

A irrigação, quando utilizada de forma complementar à chuva, proporciona melhor aproveitamento aumentando a eficiência do uso da água.

A irrigação deve ser considerada como parte de um conjunto de técnicas utilizadas para garantir a produção econômica de uma determinada cultura, com adequados manejos dos recursos naturais, devendo ser levado em conta os aspectos de sistemas de plantios, de possibilidades de rotação de culturas, de proteção dos solos com culturas de cobertura, de fertilidade do solo, de manejo integrado de pragas e doenças, mecanização, dentre outros., perseguindo-se a produção integrada e a melhor inserção nos mercados. 
Vários são os benefícios gerados, quando os agricultores adotam a técnica da irrigação no sistema produtivo. Quando se utilizam as técnicas de irrigação para suprir as demandas ou necessidades hídricas das plantas, mesmo que falte chuva, o risco de quebra de safra é minimizado, com maior garantia de produção. Desta forma, a irrigação pode ser vista como um elemento ampliador da disponibilidade de produtos e facilitador de capitalização na agropecuária.
A irrigação, quando utilizada de forma complementar à chuva, principalmente nas regiões onde o total de precipitação natural permite o desenvolvimento e a produção das culturas, proporciona melhor aproveitamento, aumentando a eficiência do uso da água aplicada pela chuva.
O solo é um sistema composto por uma parte sólida e outra porosa. A parte sólida é formada por minerais que se agrupam constituindo os agregados, responsáveis pela estruturação do solo. No interior dos poros, existe ar e água. Após uma chuva ou irrigação, parte da água fica retida nesses poros para ser posteriormente utilizada pelas plantas.
No interior das plantas, existem minúsculos canais que interligam a parte aérea ao sistema radicular. À medida em que a água vai sendo evaporada pelas folhas, cria-se uma pressão negativa no interior destes canais, que resultam na absorção de mais água do solo, através das raízes. Esta água após suprir a necessidade da planta também vai sendo evaporada, e, assim, o processo continua.
Quando o solo se encontra na capacidade de campo, as plantas retiram a água com grande facilidade até que se chega um momento em que as plantas não conseguem mais retira-la. Neste momento, diz-se que o solo atingiu o ponto de murchamento, ou seja, daí em diante as plantas morrerão se não houver uma reposição de água no solo. É aí que entra o processo de irrigação.
“A irrigação é uma técnica que traz muitos benefícios ao meio rural. Entretanto, ela deve ser encarada como um processo de suprimento de água para as culturas, na quantidade e na hora correta, evitando, assim, desperdícios e gastos desnecessários.”, afirmam os professores Rubens Alves de Oliveira, Márcio Mota Ramos e José D. Saraiva Lopes do curso Irrigação em Pequenas e Médias Propriedades, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Para o produtor rural, no entanto, não basta apenas ter um projeto bem dimensionado. Ele deverá se encarregar do bom manejo da irrigação. É através do manejo bem conduzido que o produtor fará economia de água e de energia, fornecendo às culturas apenas a quantidade de água necessária em cada ocasião, e não operando sempre o seu sistema na máxima capacidade.

Retenção de água pelo solo

O solo consiste de um sistema formado por uma parte sólida e outra porosa. Quando ocorre uma precipitação natural (chuva) ou artificial (irrigação), parte da água que infiltra no solo fica retida nos poros e outra parte será drenada para o lençol freático.

Solo saturado

Quando a precipitação for suficiente para preencher todos os poros do solo, expulsando, assim, praticamente todo o ar, diz-se que o solo se encontra saturado. 

Solo na capacidade de campo

Cessando a precipitação, a água livre será drenada para o lençol freático, permanecendo no perfil do solo apenas a água retida pelos poros. Quando na capacidade de campo, o teor de umidade do solo representa a condição ideal para a cultura, pois, além de ser muito fácil a absorção de água pelas plantas, existirá também uma certa quantidade de ar no solo, que garante a sobrevivência das raízes das plantas.

Quantidade de água

A quantidade de água requerida pelas plantas, durante o seu ciclo, varia com a cultura, o tipo de solo, a época do ano e as condições climáticas locais. 


Fonte: CPT.com.br (http://twixar.me/t11)

Fruticultura irrigada - sistema de gotejamento permite plantar frutas no sertão nordestino

A fruticultura irrigada tem se mostrado como a atividade agrícola que mais se expande nos últimos anos e a irrigação por gotejamento, no sertão nordestino, permite que um sonho vire realidade.

A fruticultura irrigada tem se mostrado como a atividade agrícola que mais se expande nos últimos anos. É crescente a demanda interna e externa por frutas, principalmente as do tipo exportação e a adoção da técnica de irrigação por gotejamento no sertão nordestino, região semiárida, considerada adversa ao desenvolvimento de lavouras, tem tornado um sonho, antes considerado impossível, um fato real. Quando bem implantada, a irrigação por gotejamento viabiliza a produção agrícola e possibilita a obtenção de frutas de melhor qualidade, até mesmo na época da entressafra. Sem ela, seria impossível aos agricultores vencerem as condições climáticas da região nordeste, muitas vezes agravadas pela estiagem prolongada.

Conhecimentos específicos

O gotejamento faz com que frutas, como o melão, melancia, goiaba, maracujá, banana e mamão crescem viçosas e doces. No entanto, ele exige, para a sua correta aplicação, conhecimentos específicos, como as técnicas agrícolas de preparo do solo, adubação, manejo de pragas e doenças, entre outras. Somente assim, o produtor conseguirá manter uma produção em escala, durante os 12 meses do ano, aumentando sua expectativa por uma maior rentabilidade. 
No Brasil, de 2000 a 2012 as exportações tiveram um salto de US$ 50 milhões para US$ 619 milhões, e os Estados do Nordeste lideram esta estatística. Neste novo senário, graças ao sistema de irrigação por gotejamento, o melão, a manga e a uva são as frutas que mais faturaram. A maior parte dos frutos é exportada para os exigentes mercados da Europa, principalmente, dos EUA e o Oriente Médio.

Sistema de irrigação por gotejamento

Pelo sistema de irrigação por gotejamento, a água é levada sob pressão por tubos até os pomares. Depois, é aplicada no solo por meio de emissores na raiz da planta, frequentemente, e em baixa intensidade. Os emissores de sistemas de irrigação localizada, gotejadores e microaspersores são os componentes responsáveis por aplicar água no solo para ser utilizada pelas plantas. Existem, basicamente, três formas de dispor as mangueiras ou linhas laterais nas culturas para se fazer a irrigação:
- Uma linha lateral por fileira de plantas; 
- Duas linhas laterais por fileira de plantas; ou 
- Uma linha lateral para duas fileiras de plantas. 
O sistema mais adequado para cada situação vai depender, além da cultura a ser implantada, de estudos prévios feitos por profissionais habilitados para desenvolver o projeto de irrigação. Uma coisa é certa, a eficiência desse processo chega a 95%, não havendo desperdício de água, bem mais precioso do nordeste. 

Fertilização e Quimigação

Quando a irrigação pelo sistema de gotejamento é associada à fertilização e à quimigação, então, o sucesso é muito maior. Neste caso, a lavoura não recebe apenas água. Ela é irrigada com água, nutrientes e defensivos ao mesmo tempo, na dose certa para o seu desenvolvimento.

Abastecimento

O abastecimento de água é feito por meio de poços artesianos. No sertão nordestino, a dificuldade para se chegar aos lençóis freáticos é tão grande, que os fruticultores, muitas vezes, têm de construir poços de até 100 metros de profundidade. 

Integração lavoura-pecuária

A moderna e eficiente técnica da integração lavoura-pecuária, usada nos quatro cantos do mundo, também já chegou ao Nordeste. Neste sistema, aplicado na região Nordeste, os resíduos das frutas engordam os carneiros e ovelhas de corte, enquanto a pecuária reforça a receita. Os produtores compram os animais são magros, para depois vendê-los gordos.


Fonte: CPT.com.br (http://twixar.me/p11)

Barragem subterrânea em Quissamã, RJ, garante água na estiagem

Barragem acumulou mais de 100 mil litros de água. São gastos 22 mil litros para a irrigação do pasto.

Barragem subterrânea em Quissamã, RJ, garante a água na estiagem.

Uma barragem subterrânea implantada em 2009 na cidade de Quissamã, no Norte do Estado, vem garantindo a disponibilidade hídrica na propriedade do agricultor familiar Durval de Souza Filho. Nos últimos três meses, choveu apenas 50 milímetros na microbacia Brejo da Piedade. Embora este volume seja aproximadamente dez vezes menos do que o previsto para a época, a tecnologia, que permite o armazenamento de água sob o solo, é uma das práticas incentivadas pelo Rio Rural para promover a conservação e o uso racional de água. A barragem foi instalada a partir de uma pesquisa realizada em parceria com a Pesagro-Rio e o agricultor.
Na última segunda-feira (24), técnicos da Emater-Rio que executam o Programa Rio Rural em microbacias de outros municípios do Norte e do Noroeste Fluminense participaram de uma visita técnica à propriedade para conhecer os resultados do projeto, com o objetivo de disseminar a tecnologia entre os demais produtores rurais do estado.
Os extensionistas rurais que atuam em áreas que vêm enfrentando a escassez de chuvas ouviram o relato do agricultor e do engenheiro agrônomo José Márcio Ferreira, coordenador da unidade de pesquisa. A barragem subterrânea foi instalada no local onde, até a década de 1960, existia uma lagoa. "Eu aprendi a nadar aqui, nessa região. Depois, começaram a derrubar tudo que era mata em volta para plantar cana e a nossa lagoa acabou", contou o produtor.
Segundo o pesquisador José Márcio, desde aquela época o índice pluviométrico mudou na região. "O agricultor nos contava a história da propriedade e pudemos comprovar um veio de água subterrâneo, onde aplicamos a técnica. Assim conseguimos mudar a expectativa para esta propriedade e podemos dizer que a técnica é possível em outros municípios do Norte Fluminense”, revelou o engenheiro agrônomo aos técnicos da Emater-Rio.
Desde que a captação de água na barragem começou, a produção de leite das dez vacas da propriedade aumentou 30%, segundo o produtor rural. De acordo com dados da pesquisa, a barragem acumulou mais de 100 mil litros de água e, por dia, são gastos 22 mil litros para a irrigação do pasto. "A gente liga a irrigação por uma hora e meia e, não passa muito tempo, o nível da água volta ao normal. Isso aqui mudou a minha propriedade", orgulha-se Durval. "Muita gente me chamava de doido, falava que não ia dar certo. Agora quando vejo os vizinhos sem água, tenho orgulho da minha teimosia", disse o agricultor aos visitantes.


Fonte: G1.com (http://twixar.me/Tn1)

Mais Irrigação prevê investimentos de R$ 60 milhões no semiárido pernambucano

Perímetros de Nilo Coelho e área de Maria Tereza somam mais de 20 mil hectares irrigados.

O Programa Mais Irrigação continua com as ações de modernização e reestruturação dos perímetros públicos. Em Petrolina, no semiárido pernambucano, o perímetro Nilo Coelho e área Maria Tereza receberam cerca de R$ 5,2 milhões para reestruturação das obras de bombeamento.
Com área irrigável de 18.563 hectares, o Nilo Coelho beneficia cerca de 2.200 famílias. Em 2013, o valor bruto de produção foi superior a R$ 700 milhões, com destaque para a fruticultura. O perímetro também prevê a geração de 20 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.
Além dos R$ 5,2 milhões em execução, cerca de R$ 9 milhões serão investidos ainda este ano no aumento da capacidade de armazenamento de água dos reservatórios existentes na elaboração de projeto executivo, para implantação de novos tanques e substituição das redes de adutoras do perímetro.
Em Nilo Coelho e Maria Tereza, 60% da área correspondem a lotes familiares. “Não é possível falar de irrigação no Brasil sem mencionar a experiência do projeto de Nilo Coelho. Ele ajuda a consolidar a região como um dos maiores polos de fruticultura irrigada do País”, destaca o secretário nacional de Irrigação, Miguel Ivan.
Dando continuidade a revitalização e modernização do perímetro, está previsto no programa Mais Irrigação, que é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Secretaria Nacional de Irrigação e executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf), o investimento de R$ 60 milhões emNilo Coelho e área de Maria Tereza, somando mais de 20 mil hectares irrigados. Já foram realizadas diversas ações, como por exemplo, a elaboração do plano diretor; aquisição de tubos das adutoras de Maria Tereza; substituição dos tubos em Nilo Coelho e implantação de 100 quilômetros de drenos coletores.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Agricultura precisará se adaptar às mudanças no clima

Melhorar o acesso dos produtores a tecnologias como irrigação é fundamental para reduzir perdas, aponta pesquisador da Embrapa Evaristo Eduardo de Miranda.

Nesta terça, dia 25, o clima aqueceu as discussões do segundo e último dia do Global Agribusiness Forum. O primeiro painel da manhã reuniu especialistas em torno do debate sobre como as mudanças climáticas estão afetando a agricultura e o que é preciso fazer para que a produção se adapte a estas mudanças. O consenso é de que as mudanças virão, precisa-se agora é que a tecnologia disponível chegue a todos no campo.
De acordo com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Evaristo Eduardo de Miranda, não importa a quantidade de cenários incertos projetados pelo clima, as culturas vão sofrer menos com as mudanças no clima serão aquelas que utilizam tecnologia.
– A ampliação da irrigação, da eletrificação, da mecanização rural, da armazenagem nas fazendas, da logística e do seguro rural seria um enorme avanço perante as incertezas climáticas – exemplifica Miranda.
O pesquisador também aponta que há limitações e imprecisões nos modelos de previsão das mudanças climáticas e diz que quando se vai do cenário global para o local, as divergências crescem. Entre os 21 modelos usados pelo Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês), são diversos os cenários projetados, sem falar que os dados dos últimos 50 anos no Brasil, por exemplo, apontam padrões complexos com duas a três situações diferentes em um mesmo Estado.
– É mais relevante prever trajetórias para a agricultura do que investir em tentar prever um determinado futuro – aponta Evaristo, completando que o agricultor está mais preocupado com a próxima safra do que aquela que pode ser afetada pelo clima daqui 50 anos.
O diretor-executivo da Iniciativa de Política Climática dos Estados Unidos, Thomas Heller vai na mesma linha. Ele lembra que não há mais espaço para dúvidas sobre as mudanças no clima. Agora, é preciso “falar menos e fazer mais”. Heller afirma que é possível conciliar produção agrícola e proteção da natureza mas, para isso, é preciso que se tenha usos mais produtivos da terra. Ou seja, produzir mais e melhor nas áreas já abertas em todo o planeta.
Heller apontou ainda o Brasil tem demonstrado uma boa capacidade de estabelecer políticas públicas que aliam produção e proteção, tais como o plano de combate ao desmatamento ilegal, que na última década resultou em uma redução muito expressiva das emissões de gases de efeito estufa; e o Plano ABC, que incentiva e financia a agricultura de baixo carbono. Para ele, a questão que o país preciosa se responder é se estas políticas são estáveis.
– Eu acredito que o Brasil ainda pode fazer mais e melhor.

Agroecologia

Com uma fala mais utópica, o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, encerrou o painel dizendo que o mundo precisa repensar qual modelo de agricultura que se deve ter em um mundo cujo clima está mudando.
– Não precisamos nos preocupar em salvar o planeta, temos que pensar em como vamos preservar as condições do planeta tal como as conhecemos para nossos filhos e netos – dia Naidoo.
Para o ambientalista, o modelo de agricultura que contribuirá para a manutenção das condições do planeta é a agroecologia. Ele lembra que o Brasil já possui uma política nacional de apoio à agroecologia, o desafio agora é diminuir a distância entre a produção agroecológica e a produção industrial, em termos de volume de produção e de recursos disponíveis para financiamento.
De acordo com Naidoo, a produção agroecológica é o melhor caminho para se garantir segurança alimentar e melhor adaptação às mudanças do clima e, por isto, os governos deveriam priorizar este modelo.
– Em um embate entre segurança alimentar e produção de commodities, eu gostaria de ver os governos priorizando a primeira – conclui Naidoo.

Emissões brasileiras

Em 2010 o governo brasileiro instituiu a Política Nacional de Mudanças Climáticas, estabelecendo metas voluntárias de redução das emissões brasileiras de gases de efeito estufa, entre os quais está o dióxido de carbono (CO²). Um dos pontos desta política é a redução do desmatamento ilegal, principalmente na Amazônia. Entre 2004 e 2013, somente com a redução do desmatamento, o Brasil reduziu em 83% a taxa de desmatamento, o que significa que o país deixou de emitir 1,2 bilhão de toneladas de CO². Segundo os dados oficiais, a agropecuária é responsável por 29,7% das emissões brasileiras.


Fonte: Agricultura RuralBr (http://twixar.me/F31)

Kits de irrigação melhoram vida de famílias no norte baiano

Tomate, pimentão, cebola, coentro. Estes são alguns dos itens cultivados na horta de dona Joana Ferreira da Silva, moradora do povoado Serra das Drenhas, no município de Santa Brígida, norte da Bahia. Mãe de seis filhos, ela foi beneficiada com um kit de irrigação, uma iniciativa da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Além de obter alimentos para consumo da família, a agricultora pode até comercializar o excedente dos produtos em sua comunidade. “O coentro, nós já estamos vendendo. O dinheiro que a gente apura está dando pra comprar o leite das crianças e o açúcar”, ressalta.
A família de dona Joana é uma das 21 que foram atendidas no ano passado com essa ação em comunidades rurais dos municípios de Santa Brígida e Paulo Afonso. Os kits somam investimentos da ordem de R$ 15,9 mil, oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, por meio de dois programas vinculados ao Plano Brasil sem Miséria: Água para Todos (2ª água) e Inclusão Produtiva (Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária). A iniciativa contemplou famílias inscritas em outros programas sociais do governo federal, que desenvolvem atividades ligadas à agricultura de subsistência.
Cada kit de irrigação familiar é composto por 21 itens, entre conexões, adaptadores de tubos, filtro de tela, registro, bobina de tubo gotejador e tubos de polietileno. Eles podem ser utilizados para irrigar uma área de até 500 m² por meio do sistema de gotejamento localizado, considerado atualmente um dos mais eficientes em termos de economia de água durante a irrigação de plantas. Outra alternativa para o uso desses kits é a produção de forrageiras para alimentar pequenos rebanhos de caprinos e ovinos.

Colhendo resultados

Algumas famílias beneficiadas com os kits de irrigação nesses municípios baianos já estão colhendo os resultados. Em janeiro deste ano, segundo o técnico da Codevasf, Humberto de Sá Alves, seis pequenos produtores de hortaliças já tinham realizado o plantio, e a produção encontrava-se em fase de desenvolvimento.
“Convém salientar que o objetivo da Codevasf é apenas ajudar as famílias a desenvolverem uma atividade produtiva que venha aumentar a renda familiar. É realizado um treinamento específico para utilização dos kits, e existe um acompanhamento técnico, que fica a cargo de empresas como a EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola) ou a própria prefeitura”, explica Alves.
O agricultor Isaac Vieira, morador da comunidade Juá, no município de Paulo Afonso, planta melancia, feijão, quiabo e mandioca. Ele já faz planos para aumentar a produção. “Eu gostei muito do kit e tenho muita vontade de ampliar a minha produção e começar a produzir hortaliças. Quase todo dia, estou colhendo feijão e melancia. A minha horta beneficia oito pessoas da família, então o kit ajudou bastante”, destaca.
Segundo o superintendente regional da Codevasf em Juazeiro (6ª SR), Alaôr Grangeon de Siqueira, “essas ações dignificam o trabalho que a Codevasf desenvolve em comunidades carentes da região e tornam mais amenas as dificuldades que essas localidades enfrentam devido aos períodos de estiagem”.
Em Paulo Afonso, onde fica localizado o Escritório de Apoio da 6ª SR, o chefe da unidade, Leonardo Pereira, é quem acompanha o trabalho em conjunto com o corpo técnico lotado naquela representação. “Pequenas ações como essa são decisivas para as famílias do interior que carecem de atenção e de condições melhores de vida, principalmente nesta região semiárida”, conclui.

Comunidades atendidas

No município de Paulo Afonso foram beneficiadas com nove kits de irrigação familiar as comunidades de Campos Novos (2 kits), Caiçara I (2), Mandacaru (1), Juá (1) e Boa Esperança (3). Já em Santa Brígida, foram atendidas 12 famílias das localidades de Ingazeira (1), Fortaleza (1), Serra das Drenhas (1), Canabrava (2), Poço da Carteira (1), Minuim (1), Baixa do Mulungú (2), Aroeira (1), Buri (1) e Caraibeiras (1).


Fonte: Codevasf

Água será tema de atividades de educação ambiental em perímetros da Codevasf em Alagoas

Dando continuidade às comemorações pelo Dia Mundial da Água e com o objetivo de promover uma reflexão sobre esse importante recurso natural nas comunidades que habitam o entorno dos perímetros irrigados Boacica, em Igreja Nova, e Itiúba, em Porto Real do Colégio, em Alagoas, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) promove diversas atividades nos próximos dias 27 e 28 de março. A iniciativa integra as ações do Programa de Educação Ambiental (PEA), voltado para os perímetros públicos de irrigação mantidos pela Codevasf no estado de Alagoas.
As atividades comemorativas e educativas começam na quinta-feira (27) no povoado Carnaíbas, na zona rural de Porto Real do Colégio, no entorno do perímetro irrigado Itiúba. Às 14 horas, está programada uma “Troca de Saberes” sobre o tema “Água e Seus Múltiplos Usos” com os moradores do povoado, professores e alunos da Escola Municipal Doutor Júlio Florêncio. A atividade será facilitada pelo diretor de Desenvolvimento e Pesquisa do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), Fernando Veras.
A programação continua na sexta-feira (28) na Escola Municipal Professora Aurita Rocha, no povoado Ipiranga, zona rural do município de Igreja Nova. As atividades terão início às 14 horas com a apresentação da fanfarra da Escola Municipal Professora Aurita Rocha. Em seguida, os estudantes do 6º e 7º anos da mesma unidade escolar apresentarão paródias de músicas produzidas por eles e que utilizam como temática a proteção ao meio ambiente, em especial aos recursos hídricos.
O destaque da programação da sexta-feira será a realização da Gincana Ambiental do IMA/AL, que terá como facilitadores técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, da Unidade Regional de Meio Ambiente da Codevasf em Alagoas e professores da Escola Municipal Professora Aurita Rocha.
Segundo Solange Marcelino, que integra a equipe da Unidade Regional de Meio Ambiente da Codevasf em Alagoas, as atividades têm duplo caráter: um educativo e outro comemorativo por conta do Dia Mundial da Água.
“Pretendemos despertar nos agricultores irrigantes e em sua família a consciência quanto à importância da preservação e do cuidado com a água e também quanto aos impactos ambientais causados pela ação do homem nas áreas em que estão situados os perímetros irrigados. Todas as atividades que são desenvolvidas nos perímetros dependem de forma muito forte da água. Daí a importância do diálogo com os agricultores irrigantes e seus familiares em meio às comemorações pela Dia Mundial da Água”, disse.

Responsabilidade de todos

De acordo com Solange, espera-se que a programação seja não somente comemorativa, mas também reflexiva, e “promova uma mudança de postura quanto ao uso racional da água, tanto em relação aos rios que cortam os dois perímetros irrigados - o rio Boacica e o rio Itiúba -, quanto ao rio São Francisco; e, em especial, no que diz respeito ao uso de agrotóxicos, pois é a água que garante a sobrevivência dessas famílias”, ressaltou.
Ela anunciou ainda que, após essa fase inicial, as ações do Programa de Educação Ambiental nos perímetros irrigados da Codevasf devem ter prosseguimento com atividades como coleta de lixo nas comunidades e um dia de campo voltado para recomposição e proteção da mata ciliar.
Para o chefe da Unidade Regional de Meio Ambiente da Codevasf em Alagoas, engenheiro agrônomo Pedro Melo, as comemorações pelo Dia Mundial da Água são uma oportunidade para sensibilização quanto à necessidade e responsabilidade de cada um no processo de proteção dos recursos hídricos.
“Água é um bem fundamental para toda a humanidade. Estamos centrados na ideia de mostrar a necessidade do uso racional da água, de seu bom uso. Esse é um recurso natural que cada vez mais está escasso. Assim, nossa proposta é trabalhar com os agricultores dos perímetros irrigados, que utilizam a água para sua sobrevivência, para que haja o uso consciente, sem poluição, e que no futuro a água potável não possa faltar”, explicou.
Essas atividades serão realizadas a partir de uma parceria entre a Codevasf, IMA/AL, Prefeitura Municipal de Igreja Nova, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Prefeitura Municipal de Porto Real do Colégio, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Escola Municipal Doutor Júlio Florêncio de Porto Real do Colégio e Escola Municipal Professora Aurita Rocha no município de Igreja Nova.
O PEA tem como objetivo orientar a população residente nos perímetros e no entorno sobre os impactos positivos e negativos de exploração da área irrigada, a importância da exploração correta dos recursos naturais e do manejo adequado da água. E ainda, orientar sobre a importância da conservação dos ecossistemas da região.


Fonte: Codevasf

Pequenos produtores investem na produção de pimenta tabasco no CE

Dona de um sabor peculiar, tabasco é pequena e bastante apreciada. Prefeitura de Sobral compras as mudas e distribui para famílias cadastradas.

Foto da internet

Pequenos produtores rurais de Sobral, no Ceará, estão investindo no cultivo da pimenta tabasco. A colheita começou e está rendendo bons lucros.
Dona de um sabor peculiar, a pimenta tabasco é pequena e muito apreciada na culinária. O produto vem conquistando paladares e lavouras do norte do Ceará. No município de Sobral, a produção é feita em pequenas propriedades, que contam com o apoio da prefeitura. Cada família tem 2 mil pés.
O agricultor João Melo entrou no negócio este ano e está comemorando. “Eu espero que seja um grande sucesso e nós temos a intenção de expandir bastante o negócio”, diz.
O período ideal para colheita é quando a pimenta fica vermelhinha, momento em que é preciso ter bastante atenção para tirar cada pimentinha do pé.
A produção do município é toda irrigada. Como Sobral fica em uma região do Ceará que costuma sofrer com a estiagem, os produtores receberam ajuda prefeitura para construir cacimbas e poços. A irrigação é feita por gotejamento.
O Ceará é o maior produtor de pimentas do Nordeste, mas no caso da tabasco, a produção é modesta. De olho no crescente mercado, o município vem apostando na produção.
O projeto de cultivo da pimenta tabasco existe há 13 anos. A prefeitura compras as mudas e distribui para as famílias cadastradas. Ribamar da Silva é um dos fornecedores da prefeitura. Ele produz as mudas e cuida delas até que fiquem no ponto certo para o plantio. O agricultor conta que melhorou de vida depois que começou a participar do projeto. “Minha renda do ano passado, em torno de 60% veio do projeto”, conta, animado.


Fonte: G1.com (http://twixar.me/m31)

Software para irrigação está em fase final de desenvolvimento

Irriga Fácil traz como novidades a possibilidade de programar a irrigação em milho, sorgo e feijão para três classes de solo e em dois sistemas de irrigação.

Está em fase final de testes a nova versão do software Irriga Fácil, programa capaz de estimar o momento exato das irrigações, assim como a quantidade de água a ser fornecida, desde a época do plantio até a fase de maturação de diversas culturas, como milho, sorgo e feijão. Inicialmente, o Irriga Fácil 2.0 permitirá a programação da irrigação nessas culturas nos 853 municípios do estado de Minas Gerais, utilizando a internet. A versão 1.0 do software foi lançada pela Embrapa em 2006, sendo resultado de parceria com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Universidade Federal de Minas Gerais, Emater-MG e Banco do Nordeste.
Disponibilizado de forma gratuita aos interessados, a primeira versão do programa tinha como base as séries históricas de dados climáticos de propriedade do Inmet. A metodologia possibilitava ao agricultor estimar o momento exato de se efetuar as irrigações, bem como as lâminas de irrigação que seriam aplicadas em todo o ciclo de cada cultura. No final de 2005, um convênio firmado com o Banco do Nordeste tinha o objetivo de permitir a transferência dessa tecnologia, principalmente aos pequenos agricultores de perímetros irrigados.
Hoje, após diversas atualizações e aprimoramentos, o Irriga Fácil traz como novidades a possibilidade de programar a irrigação dessas três culturas (milho, sorgo e feijão) para três classes de solo (alta, média e baixa capacidade de retenção de água), em dois sistemas de irrigação (aspersão convencional e pivô central) e em dois tipos de preparo de solo (convencional e direto na palha). “Com o programa é possível acompanhar o manejo de irrigação diariamente, além de gerar diagnóstico e calendário de irrigação para datas futuras e, ao final do ciclo, obter os históricos de irrigações previstas e aplicadas, chuvas ocorridas e um relatório final”, descreve o pesquisador Paulo Emílio Pereira de Albuquerque, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG).
Paulo Emílio integra a equipe responsável pelo Irriga Fácil desde o início do seu desenvolvimento. Segundo ele, as informações fornecidas pelo agricultor interessado em irrigar determinada cultura devem ser fidedignas para que dados condizentes com a realidade possam ser gerados pelo software. Outro detalhe importante é que o usuário deverá possuir um pluviômetro ou pluviógrafo instalado próximo à área irrigada. “No dia em que houver chuva, essa deverá ser medida e o seu valor deve ser inserido no local próprio, assim como o tempo de irrigação ou a velocidade do pivô central, conforme o caso”, explica.
Ainda segundo o pesquisador, o usuário terá acesso ao Irriga Fácil por meio de login e senha. O ambiente de acesso está passando por reformulações visuais para ser disponibilizado ao público.
Mais informações: Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) da Embrapa Milho e Sorgo: (31) 3027-1905 ou milho-e-sorgo.imprensa@embrapa.br.


Fonte: Portal Dia de Campo (http://twixar.me/Brn)

Codevasf investe mais de R$ 6 milhões em novas ações de modernização de perímetro

Novas intervenções da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) continuarão a estruturar o perímetro irrigado Senador Nilo Coelho, em Petrolina, campeão no Brasil em produção de frutas. Em abril serão iniciadas as obras de recuperação e ampliação dos reservatórios de água existentes em seis das 34 estações de bombeamento do perímetro, que tem cerca de 20 mil hectares.
Serão investidos mais de R$ 6 milhões na revitalização dos reservatórios. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no âmbito do Mais Irrigação – a previsão para a conclusão dos serviços é de 360 dias.
Segundo o engenheiro civil Leonardo Cruz – supervisor de fiscalização de obras da Gerência Regional de Desenvolvimento da 3ª Superintendência Regional da Codevasf –, os reservatórios, que hoje acumulam um volume de cerca de 774 mil metros cúbicos, terão a capacidade praticamente dobrada. “As intervenções permitirão que os seis reservatórios envolvidos na obra passem a dispor de um volume de armazenamento de aproximadamente 1,1 milhão de metros cúbicos. A obra consiste em aumentar a profundidade dos reservatórios. As melhorias preveem ainda a ampliação das áreas onde estão localizados alguns desses reservatórios”, frisa Cruz.
Entre os outros serviços estão a instalação de cercas e a recuperação das já existentes; o desmatamento e a limpeza do entorno dos reservatórios e a proteção dos equipamentos contra infiltrações. “Após a escavação, serão colocadas mantas para impedir infiltrações, numa ação de impermeabilização que é inédita no sistema”, acrescenta o engenheiro da Codevasf. 
O serviço de recuperação e ampliação dos reservatórios do perímetro Nilo Coelho será iniciado pela estação de bombeamento número 13, localizada na estrada que liga Petrolina a Casa Nova, no lado baiano, e segue nas demais estações de bombeamento. Esses reservatórios são responsáveis por irrigar mais de dois mil hectares. O reservatório localizado na estação de bombeamento número 28, na altura do Núcleo 9 do perímetro, é o de maior área irrigada entre os seis que receberão as melhorias – são 568 hectares irrigados.

Novos reservatórios-pulmão 

A Codevasf também iniciou estudos para a construção de outros nove reservatórios no perímetro Senador Nilo Coelho. De acordo com Alessandra Rossin, chefe da Unidade de Projetos da Codevasf em Petrolina, a meta da Companhia é concluir a fase de projeto dos novos reservatórios até agosto, para que em novembro a obra seja licitada. 
Os novos reservatórios garantirão o funcionamento do perímetro por pelo menos 15 dias em caso de pane no sistema de irrigação. “A finalidade desses novos reservatórios-pulmão é manter o perímetro funcionando quando houver algum problema que paralise o sistema”, afirma Alessandra. 

Mais Irrigação

O programa Mais Irrigação é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MI) e executado pela Codevasf em sua área de atuação. Entre as ações já realizadas no Nilo Coelho estão a troca de motores elétricos, investimentos em automação e obras de pavimentação asfáltica nos núcleos residenciais.
O programa prevê investimentos de R$ 60 milhões na reestruturação do perímetro Nilo Coelho e do perímetro do Bebedouro, que possui 1,6 mil hectares irrigados e também está localizado em Petrolina. As ações estão em andamento desde 2012.

Produção

Dos mais de 20 mil hectares irrigados no perímetro Senador Nilo Coelho, mais de 60% correspondem a lotes de pequenos produtores. A produção – com predominância da fruticultura, principalmente de manga, uva e goiaba – mantém 20 mil empregos diretos e 30 mil indiretos. Em 2012 a produção alcançou 389.798 toneladas.


Fonte: Codevasf

RN sustentável e a seca

O problema da seca tem sido um dos assuntos mais badalados, no Rio G. do Norte, nos últimos dois anos. E , a mais sofrida é a população rural, vendo falir a sua plantação e morrendo o seu gado. Lamentavelmente, isso tem acontecido independente das previsões dos meteorologistas ou no dia de São José. Ajuda de todas as formas, têm vindo com o apoio do Governo Federal, financiando carros-pipas, promovendo a irrigação, poços tubulares, etc. O sucesso da irrigação tem acontecido na área do plantio de cana, nas faixas das rodovias, com resultados satisfatórios. No caso em foco, a presidente Dilma tem tido uma preocupação atingida pelo fenômeno da seca. É o que se pode dizer, pelos pronunciamentos que faz todos os dias, com relação ao Nordeste, uma região castigada. Nesse particular Rio Grande do Norte tem sido o mais atingido.
O que se vê em tudo isso é o interesse do Governo do Estado, na concessão de verbas para atacar problemas gerados pela estiagem. A governadora vem dedicando espaço, em sua agenda, para o lançamento de um programa que se tornará realidade. Há, em tudo isso, a perspectiva do uso de R$ 54 milhões do Banco Mundial. Das regiões beneficiadas com esses recursos, uma é a do Alto Oeste.
Na utilização do RN Sustentável entra Paus dos Ferros e aproximadamente mais 30 cidades. O interesse é assistir as aéreas mais atacadas. É, realmente, um trabalho necessário pelo que o sertanejo sente com problemas de plantio, de safra, e, consequentemente, na venda dos produtos colhidos. 
As principais obras são para as regiões que não vêm conseguindo atender satisfatoriamente, aos problemas de Saúde, Educação e Segurança. Isso tudo são previsões do Governo de Rosalba. É um projeto da maior importância em se tratando da recuperação e de ajuda, de aéreas, bastante atingidas. Isso, sem duvida, é um proposito do Governo.
Com relação a essas aplicações do RN Sustentável, não se poderia, de modo algum, deixa de falar, no trabalho da Agricultura Familiar, com uma ação concreta e objetiva na exploração das culturas agrícolas. 
Apenas, está confirmado, que para os editais desse trabalho serão destinados R$ 53 milhões, dos quais R$ 21 milhões serão aplicados em 120 áreas, no que agora, o governo chama de subprojetos socioambientais (infraestrutura para segurança alimentar, convivência com a seca e acesso à água). 
Aí, está, portanto um projeto de alto alcance para a área rural e na ajuda ao agricultor para desenvolver a sua roça atacada pelo fenômeno da seca com as ultimas chuvas que têm caído no Rio G. do Norte, urge se recuperar os estragos provocados pela falta d’água. A governadora vê tudo isso e maneja para ajudar.


Fonte: Tribuna do Norte (http://twixar.me/xkn)

Agricultura e aquecimento verbal

O consumidor conhece a novela: se chove demais ou de menos, o preço das hortaliças, e até da carne, aumenta nos supermercados. Os ganhos desse aumento de preços desaparecem entre o consumidor e o agricultor. Chuva demais ou de menos são sempre sinônimo de perda para os produtores. Não se enfrentam variações de clima com flutuações de preços. A solução é uma agricultura menos sensível às variações climáticas.
O clima foi apontado como o maior problema enfrentado pelos agricultores, acima do preço de venda dos produtos, do custo de produção e da incidência de pragas e doenças, na recente pesquisa do Índice de Confiança do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Enquanto alguns querem mudar o clima e salvar o planeta em 50 anos, os agricultores desejam salvar a sua roça anual de hortaliças, milho, feijão e outras trivialidades.
A dificuldade da agropecuária em dar respostas adequadas às variações climáticas presentes e futuras deve-se às incertezas das informações sobre esse fenômeno. A imprecisão dos modelos de mudanças climáticas aumenta da escala global para a local. Os 21 modelos usados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) deixam clara a sua incapacidade de prever mudanças climáticas em escala local.
Em razão da incerteza na previsão do clima futuro na escala para tomar decisões agrícolas, estudos sobre o passado são úteis. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam tendências de mudanças nos padrões das chuvas e temperaturas nos últimos 50 a 100 anos no Brasil. Eles apontam para padrões complexos, com três ou mais situações num mesmo Estado. E para a necessidade de ampliar a rede de coleta de dados!
Para dificultar ainda mais a decisão dos agricultores sobre que variedades ou técnicas de plantio adotar em face das incertezas climáticas, lá onde vivem não existe agrometeorologia de qualidade para orientá-los. Nem redes sociais e de informação sobre o tema. Eles estão sós e desinformados.
Felizmente, a agricultura tropical é bastante adaptada às variações de chuva e temperatura. No Brasil, de um ano para outro essas flutuações são maiores do que os cenários alardeados por porta-vozes de mudanças climáticas! Neste verão a temperatura andou 6 a 8 graus acima da média, enquanto no início dos anos 1990 foi exatamente o contrário. Aliás, como a chuva, a temperatura nunca anda na linha... da média.
Variação da temperatura entre dia e noite superior a 15 graus é comum nos trópicos. Valor muitas vezes superior às previsões de mudanças climáticas para altas latitudes. E a vegetação e a fauna? Vão bem, obrigado!
Nos últimos cem anos, ecossistemas, florestas plantadas e cultivos tropicais não desapareceram nem fizeram as malas para mudar de latitude. Resultado de longa evolução, eles têm grande plasticidade e capacidade de conviver com variações de chuva e temperatura, diferentemente do que ocorre nas zonas temperadas, onde a regularidade das estações é a regra.
Esse grau de adaptação às flutuações climáticas interanuais, mensais e até diurnas varia entre cultivos anuais, plurianuais ou perenes, e depende de sistemas de produção, capacidade de investimento e uso de tecnologias. Não existe tecnologia que funcione sempre e em qualquer condição, salvo, talvez, a irrigação. Um plantio de café com sombreamento produzirá melhor em anos secos e menos nos chuvosos do que cafezais em pleno sol. O mesmo vale para variedades de ciclo longo e curto, para o adensamento ou espaçamento de plantas, etc.
Uma coisa são as incertezas climáticas, outra é o risco assumido por agropecuaristas ao decidirem investimentos e mudanças tecnológicas. Eles se comportam como qualquer investidor. Alguns, por temperamento e condição, assumirão riscos maiores, buscarão mais produtividade e adotarão certas tecnologias. Os mais conservadores, em circunstâncias análogas, adotarão outras tecnologias, perderão em produtividade, mas reduzirão os riscos e os impactos das variações climáticas. Outros ainda explorarão a redução do ataque de fungos e o ganho de qualidade em seus produtos em anos secos, como na fruticultura e na produção de vinhos.
Alternativas tecnológicas existem para aumentar a sustentabilidade da produção diante das variações climáticas. A ampliação da irrigação, da eletrificação, da mecanização rural, da armazenagem nas fazendas, da logística e do seguro rural seria um enorme avanço perante as incertezas climáticas. Com isso nossa agricultura, marcadamente de baixo carbono, ajudaria ainda mais a "salvar o planeta" e alimentar a humanidade.
Para especialistas internacionais presentes no Global Agribusiness Forum, em São Paulo, é do empreendedorismo dos agricultores, das inovações de instituições de pesquisa agropecuária e do dinamismo dos países emergentes, como a China, a Índia, a Indonésia e o Brasil, que virão as grandes soluções, graças a novas políticas agrícolas e ambientais.
A adaptação coordenada da agricultura tropical diante das incertezas climáticas está no começo. Faltam financiamentos específicos para a pesquisa agropecuária. Mesmo assim, novos saltos tecnológicos estão a caminho, graças a pesquisas inovadoras, como as previstas no planejamento da Embrapa para o horizonte de 2033, em melhoramento genético, mudanças climáticas e gestão territorial, por exemplo.
O cenário climático para a agricultura tropical não é o pior. Mas aponta a necessidade de se adaptar simultaneamente a agricultura e a sociedade. É a melhor garantia em face das incertezas climáticas e contra o nhenhenhém do aquecimento verbal.

*Evaristo Eduardo de Miranda é doutor em ecologia, pesquisador e coordenador do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).


Fonte: Estadão (twixar.me/skn )

Dia mundial da água: Tocantins desponta com projetos hidroagrícolas

De acordo com Ruiter Padua, todo o potencial do Tocantins se deve principalmente porque o Estado é banhado por dois grandes rios federais, o Tocantins e o Araguaia.

Neste sábado, 22 de março, é celebrado o Dia Mundial da Água e a Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) comemora o potencial dos projetos de irrigação, que influenciam o desenvolvimento social e econômico do Tocantins. Atualmente, são cinco projetos em desenvolvimento: São João, Manuel Alves, Rio Formoso, Sampaio e Gurita, além do Programa de Desenvolvimento da Região do Sudoeste do Tocantins (Prodoeste), em fase de implantação.
De acordo com o secretário executivo da Agricultura e Pecuária, Ruiter Padua, todo o potencial do Tocantins se deve principalmente porque o Estado é banhado por dois grandes rios federais, o Tocantins e o Araguaia. Além disso, possui a maior área contínua de várzeas tropicais do Brasil, sendo mais de três milhões de hectares. “Esta região permite, por exemplo, que os produtores tenham mais de uma safra por ano. Outro benefício é a produção de soja para semente no período da entressafra, quando a maior parte do País não pode produzir”, comentou.
Segundo o assessor de Irrigação e Drenagem da Seagro, João Carlos Farencena, toda esta estrutura e ainda o potencial de crescimento hidroagrícola está atraindo novos investidores para o Tocantins, gerando mais emprego e renda na região. “Os projetos estão em andamento com perspectivas de ampliação tanto para o plantio, como para produção de forma sustentável, alta rentabilidade e facilidade de escoamento, despertando atenção de grandes grupos de empresários do Brasil e do mundo”, ressaltou.

Dia mundial da Água: tocantins desponta com projetos hidroagrícolas.

Projetos de Irrigação:

São João

No Polo de Fruticultura Irrigada São João, onde mais de 96% da infraestrutura do sistema de irrigação está instalada, ao todo são cerca de cinco mil hectares, dos quais 3.500 são irrigáveis e 1.800 destinados à preservação ambiental. A água, que chega até os lotes pelos canais de irrigação, é utilizada pelos produtores para o cultivo de frutíferas e hortifrutigranjeiros. São usados os sistemas de microaspersão e gotejamento.

Manuel Alves

O Projeto Manuel Alves, situado no Sudeste do Estado, nos municípios de Dianópolis e Porto Alegre do Tocantins, possui uma área total de 14.597 hectares, incluindo parques e reservas ambientais. Atualmente 3.792 hectares estão sendo utilizados para produção de frutas como: abacaxi, banana, coco, mamão, maracujá e melancia.
Em 2013, foram produzidas 2.300 toneladas de frutas. Já para 2014, a estimativa é chegar a 3.360 toneladas: um aumento de 46%. Até junho deste estima-se produzir 1.200 toneladas de bananas, 60 toneladas de maracujá, 300 toneladas de melancia, 60 toneladas de mandioca, 30 toneladas de pinha e 30 toneladas de abacaxi.

Prodoeste

Em fase de implantação, o Programa de Desenvolvimento para a Região Sudoeste do Estado (Prodoeste), nos municípios de Pium, Lagoa da Confusão e Cristalândia, será um divisor de águas para a região. A primeira etapa do projeto prevê a construção da barragem P8 e das elevatórias, contemplando 28 mil hectares, ampliando a capacidade produtiva da região das várzeas. Quando finalizado, o Programa irá beneficiar 300 mil hectares.

Projeto Rio Formoso

Já na região Sul, no município de Formoso do Araguaia, está o Projeto Rio Formoso, com uma área em torno de 28 mil hectares de várzeas. O projeto vem sendo explorado com duas safras anuais desde 1979, necessitando passar por um processo de revitalização das infraestruturas públicas de uso comum, previsto para 2014. Os recursos estão sendo alocados pela Seagro junto ao Governo Federal, por meio do Ministério da Integração Nacional.

Projeto Sampaio

O Projeto Sampaio, no município de mesmo nome, no Extremo Norte do Estado, se encontra em fase de implantação, tendo como objetivo o desenvolvimento daquela região através da exploração da bovinocultura de leite em pastagens irrigadas.

Projeto Gurita

Localizado no município de Itapiratins, o Gurita foi viabilizado através de convênio com o Ministério da Integração Nacional. O projeto está em fase de ocupação, após processo licitatório, onde será explorada a cultura da videira (uva) em uma área irrigada de aproximadamente 203 hectares. Outros 427 hectares serão utilizados para o cultivo de grãos no sistema convencional.


Fonte: Surgiu.com.br (twixar.me/ckn )

Para um jardim mais verde

Sistema de irrigação automatizada pode ser implantado em todo tipo de jardim e garante redução de uso de água e de energia.

Foto da internet

Quem tem jardim em casa sabe que fazer a manutenção não é fácil. Afinal, quem nunca ouviu dizer que a grama do vizinho é sempre mais verde? Pois é, se você tem essa mesma sensação quando olha para o jardim da casa ao lado, que tal dar um ‘up grade’ na irrigação? A dica é investir em um sistema automatizado, que garante a distribuição de água na quantidade exata que as plantas demandam. Isso porque o volume de água que cada espécie necessita é diferente e varia também de acordo com o clima, o tipo de solo e a fase de crescimento. Compostos por painel de controle, tubulação, válvula e emissores de água, os sistemas de irrigação computadorizada garantem eficiência na rega.
A irrigação automatizada é, basicamente, um sistema onde culturas, jardins e gramados são irrigados em dias e horários pré-programados, com a duração de tempo determinado para atender as necessidades específicas de cada área e do tipo de vegetação. Depois da instalação do sistema automático, cessa a preocupação com a rega, pois tal serviço é executado automaticamente. Estes sistemas eletrônicos podem ser utilizados em todo tipo de jardim, hortas, pomares, paredes verdes, jardineiras e vasos. Mesmo em jardins já existentes, é possível implantar a irrigação automática. Os pedaços de grama retirados para a instalação dos tubos se recompõem em até 15 dias.
A engenheira hidráulica Elaine Ferreira Couto, consultora de negócios em irrigação, cita uma série de vantagens dos sistemas de irrigação automatizados. Apesar de ser automático, o gasto com energia é baixo já que o equipamento é de baixa voltagem. Permite ainda economia de mão de obra para cuidar do jardim e racionamento na distribuição de água, por conta do controle de vazão que evita desperdício e do sensor de chuva. O manuseio é fácil e o sistema é programável, por isso, na ausência dos proprietários durante viagens, a rega será feita nos horários e da maneira que for programado. “Além disso, o sistema não altera o layout do jardim, já que a tubulação fica sob a terra”, afirma.

Dicas de um paisagista

O paisagista Ricardo Lima, sócio-proprietário de uma empresa de paisagismo especializada em jardins horizontais e verticais, informa que os sistemas automatizados existem há mais de uma década, porém vem sendo mais popularizados em Goiânia nos últimos cinco anos, após o boom dos condomínios horizontais. Ele afirma que sempre oferece a irrigação automática aos clientes, quando os mesmos desconhecem a tecnologia. “Mostro que não é caro e que o investimento se paga em até dois anos”. Desta maneira, primeiro ele desenvolve o projeto paisagístico do jardim. Após a aprovação do cliente, desenvolve o projeto de irrigação. Para garantir a qualidade do projeto paisagístico e a beleza do jardim, Ricardo revela que “não faz mais jardins sem irrigação automatizada”.
Segundo o paisagista para a elaboração do projeto são analisados os seguintes aspectos: tamanho e forma da área; paisagismo a ser implantado; horas de radiação direta de cada área; declividade do terreno; necessidades hídricas das plantas; profundidade efetiva do sistema radicular; ação de ventos predominantes; tipo de solo e sombreamento. Feitas tais análises, passa-se a escolha dos equipamentos necessários à implantação do sistema de irrigação. Os equipamentos que compõem o sistema são redes hidráulica, secundária e principal; emissores de água (sprays, rotores, gotejadores, micro sprays, borbulhadores); rede elétrica; válvulas solenóides (registros) e controladores (timers eletrônicos). As redes hidráulicas geralmente são de PVC ou polietileno nas bitolas dimensionadas em função da vazão do sistema e da extensão da área a ser irrigada.
Os emissores são os elementos responsáveis pelo lançamento de água. Cada modelo possui características específicas. Os raios de alcance variariam de 50 centímetros a 46 me-tros. Podem ser ainda do tipo escamoteáveis, que são instalados submersos no solo e emergem somente na hora de realizar a irrigação. “Entre as principais vantagens do uso dos aspersores escamoteáveis são que eles não ferem a estética do paisagismo, permitem trânsito livre sobre os gramados de pedestres e de veículos, admitem a poda manual ou mecanizada com absoluta segurança. Os aspersores devem ser distribuídos de forma a proporcionar uma superposição adequada do jato d'água para garantir uma uniformidade de aplicação da lâmina de água sobre o terreno.”, explica Ricardo.
O controlador eletrônico é o cérebro do sistema de irrigação automatizado. Com ele é possível programar o horário, ligando e desligando o sistema em tempos projetados para cada área a ser irrigada. Atualmente, no mercado, existem diversas opções de controladores para atender demandas específicas. O nível de automação está tão evoluído que existem controles remotos para controladores e, para projetos de maior porte, temos o monitoramento de vários sistemas através de um computador central integrado a uma estação meteorológica.
Os setores são comandados por válvulas solenóides, que são componentes que respondem a programação do quadro controlador. Dado o horário programado, elas se abrem e permitem que a água se direcione aos aspersores comandados por ela. Após decorrido o tempo programado ela se fecha. Existem em vários modelos e tamanhos que são dimensionadas de acordo com as características do projeto em questão. Acoplado ao sistema existe um sensor de chuvas que interrompe automaticamente o funcionamento do sistema, e só permite que o sistema retorne a funcionar quando o solo estiver novamente necessitando de água.

Como funciona!?

Nos painéis de controle, define-se os níveis de água, os horários e a duração da rega para cada setor do jardim, de acordo com as condições do vegetal e do clima, o que garante que não haja excesso de irrigação, nem que sobrem espaços secos. Estes setores são determinados ainda na fase do projeto, levando-se em conta a luminosidade e a disponibilidade de água em cada parte do terreno, a altitude, a variedade das espécies e o alcance dos emissores de água.
Os ajustes necessários devido a alterações climáticas podem ser feitos pelo próprio morador. O programador pode contar com até oito opções de emergência pré-programadas, como excesso e ausência de chuva, altas ou baixas temperaturas e ventania. Basta acionar a opção mais adequada no painel. Quando o proprietário do jardim está ausente, a eficácia do sistema é a mesma, já que há sensores de chuva acoplados, que realizam automaticamente as alterações que precisam ser feitas na programação. A altura dos emissores de água também pode ser facilmente ajustada à medida que as plantas crescem.


Fonte: DM.com.br (twixar.me/7kn )

Recuperação de estradas beneficiará agricultores do perímetro Formoso, no Médio São Francisco baiano

Um termo de compromisso firmado entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o governo do estado da Bahia, por meio da Secretaria de Infraestrutura de Transportes (Seinfra) e do Departamento de Infraestrutura de Transportes (Derba), vai atender a um anseio antigo dos agricultores do perímetro irrigado Formoso, que fica em Bom Jesus da Lapa: a recuperação e encascalhamento de 132 quilômetros de estradas internas do perímetro, beneficiando direta e indiretamente cerca de 20 mil pessoas.
“Para nós, é de suma importância, porque o grande problema que ainda temos dentro do projeto está relacionado às estradas, que ainda são muito deficitárias. Essa parceria do governo federal, por meio da Codevasf, com o governo estadual deve alavancar ainda mais o projeto”, afirma o produtor Antônio Márcio Rodrigues, presidente do conselho administrativo do Projeto Formoso.
O valor total a ser investido na obra é de cerca de R$ 6 milhões, recurso oriundo do PAC. A Codevasf repassará 90% desse valor ao Derba, que realizou a licitação e contratou a empresa responsável pelas obras. A primeira parcela, no valor de R$ 3,5 milhões, já foi repassada.
O diretor-geral do Derba, Saulo Pontes, ressaltou a ação como mais um importante passo para o fortalecimento da fruticultura na região, graças às melhorias na malha viária, como a recente conclusão da pavimentação de 470 quilômetros da BA-161, ligando Carinhanha até Sítio do Mato, que beneficiou os produtores das agrovilas locais.
“O projeto Formoso não poderia ficar de fora desse processo. A produção também é escoada pela BA-161. É importante esse convênio com a Codevasf para restaurar os 132 quilômetros de estradas internas do perímetro para que se tenha um melhor escoamento da produção. Esperamos iniciar essa obra na próxima semana e concluir nos próximos 90 dias”, diz.
“A recuperação das estradas vai ser de fundamental importância porque fazemos parte de um polo produtivo do ramo de fruticultura, que produz alimentos para praticamente o país inteiro, e precisamos de boas estradas para escoar os produtos. O custo de produção é alto, e o mercado demanda por qualidade. A gente almeja que essa recuperação faça com que o nosso produto chegue ao consumidor com mais qualidade, e que nos próximos anos a gente não sofra com esse problema, especialmente no período chuvoso, quando tem produtor que chega a perder a safra por falta de uma malha viária de qualidade”, conta o agricultor Adir Oliveira.
O aumento da qualidade dos produtos oriundos do perímetro também é destacado por Antônio Carlos Monteiro, gerente dos Empreendimentos de Irrigação na 2ª Superintendência Regional da Codevasf. “Essa recuperação vai resolver um dos maiores gargalos da produção, o escoamento. O perímetro produz e vende aproximadamente 50 caminhões de banana por dia. Então, principalmente nos períodos chuvosos, fica uma situação bem complicada”, observa.
O projeto irrigado Formoso, situado no Oeste da Bahia, abrange uma área de mais de 11 mil hectares irrigáveis e possui 116 quilômetros de canais. Ele está localizado às margens do Rio Corrente, na confluência do rio São Francisco, em Bom Jesus da Lapa, sede da 2ª Superintendência Regional da Codevasf.
O projeto, que foi criado pela Codevasf para desenvolver a região, se destaca pela cultura da banana e é responsável por tornar o município de Bom Jesus da Lapa o maior produtor de banana do Nordeste e o segundo maior do país – em 2012, foram cerca de 157,6 mil toneladas. As obras vão beneficiar tanto os 236 lotes empresariais quanto os 936 pequenos produtores do perímetro.


Fonte: Codevasf

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