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Agricultores familiares assinam contratos para ocupação do Baixio de Irecê

A ocupação do Baixio de Irecê, nos municípios de Xique-Xique e Itaguaçu da Bahia, marca uma nova fase do desenvolvimento sustentável, com a ampliação da agricultura irrigada, no semiárido baiano. Na segunda-feira (27), com a presença do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, e do governador da Bahia, Rui Costa, os primeiros 49 agricultores familiares escolhidos por meio de seleção pública vão assinar os contratos da Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) dos lotes.
No evento, que será realizado às 9h em frente ao centro administrativo do perímetro Baixio de Irecê, também serão assinadas as ordens de serviços para o desmatamento, preparo e correção de solo das 49 unidades parcelares; as obras de encascalhamento das estradas secundárias e remontagem das tomadas de água dessas unidades parcelares; e o apoio à fiscalização de serviços complementares de engenharia e ambientais. O investimento total nessas ações é de aproximadamente R$ 1,8 milhão.
“É um sonho antigos dos agricultores que está se concretizando. O Baixio de Irecê traz a perspectiva de dias melhores para a população que vive nesta região semiárida da Bahia. O projeto busca aumentar a produção e a produtividade agrícola, elevar a oferta de alimentos e gerar emprego e renda”, destaca o presidente da Codevasf, Elmo Vaz.
A partir da ocupação desses primeiros 49 lotes do projeto, a expectativa é de que sejam gerados 318 empregos diretos e 636 indiretos, com estimativa de safra agrícola de 20 toneladas de frutas e Valor Bruto de Produção de R$ 4,8 milhões por ano.
“O Baixio de Irecê é a menina dos olhos aqui na região. Os produtores que foram selecionados para ocupar o perímetro são agricultores que têm uma larga experiência na produção de alimentos. E nos vamos produzir alimentos de qualidade”, afirma Humberto Cavalcante de Araújo Júnior, agricultor familiar e técnico em agropecuária, com experiência no cultivo de pinha e atemoia. Ele é um dos selecionados para ocupar um dos lotes de 6 hectares.
O agricultor familiar Ocelmário Gomes Pereira, mais conhecido como Marinho, pretende cultivar banana no perímetro de irrigação e está ansioso para ocupar o lote de 6 hectares. “A expectativa é muito grande. Não só dos produtores, como de toda a população da região. O Baixio vai ser uma grande oportunidade. Hoje em dia, com a crise hídrica e a seca, não tem outro local para plantar, a não ser irrigado. E o Baixio encontra-se numa situação favorável na questão de água – o canal está cheio com muita água do rio São Francisco”, comemora Marinho (foto), um dos produtores selecionados. 

Ampliação da agricultura irrigada

O projeto Baixio de Irecê, em implantação pela Codevasf, localiza-se na margem direita do rio São Francisco, ao norte do Médio São Francisco, região central da Bahia, a 500 quilômetros de Salvador. Dividido em nove etapas, o Baixio ocupa uma área de 93,5 mil hectares – cerca de 48 mil hectares para agricultura irrigada; 23 mil hectares para atividades não irrigáveis; e 22,5 mil hectares de área de reserva legal. Quando estiver em franca operação, o Baixio de Irecê tem potencial para ser um dos maiores perímetros de irrigação da América Latina.
A etapa 1 conta com 4,3 mil hectares, sendo que 2,8 mil hectares são irrigáveis. Os agricultores foram selecionados por meio de edital, que buscou atender ao maior número de produtores. A CDRU – modelo de ocupação escolhido – cria condições para o uso produtivo das áreas irrigáveis e não-irrigáveis, por meio de atividades agrícolas e agropecuárias, além de promover a função social da terra e o desenvolvimento econômico da região.
Os agricultores selecionados devem adotar práticas e técnicas de irrigação e drenagem adequadas às condições da região e à cultura escolhida, que promovam a conservação dos recursos ambientais, em especial do solo. O uso da terra será gratuito durante os 35 anos da concessão.
O plantio e a irrigação na etapa 1 do Baixio deve ter o início efetivo neste ano – após a conclusão das ações de desmatamento, correção e preparo do solo nos lotes (unidades parcelares); encascalhamento de estradas secundárias; e serviços complementares de engenharia e ambientais.
Para a implantação do projeto, a Codevasf realizou estudos técnicos, elaboração de projetos, aquisições de terras e construção de estação de bombeamento de canais, rede de drenagem (principal e secundária), redes de energia elétrica, estradas dos sistemas viários internos e acesso ao projeto. O Baixio de Irecê conta com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O acesso à área do projeto ocorre principalmente pela rodovia BA-052, que liga Xique-Xique a Feira de Santana, interligando-se à malha viária nacional pela BR-116. A elaboração do estudo de viabilidade e do anteprojeto de engenharia para a pavimentação de acesso e circulação interna do Baixio de Irecê, pelas rodovias BA-052 e BA-210, com 152 quilômetros de extensão, está em fase licitatória.


Fonte: Codevasf

Ministério do Meio Ambiente estuda criar norma nacional de reúso de água

Izabella Teixeira destacou importância de regulamentar reutilização. Indústria cobra normatização para comércio de recurso desperdiçado.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta quinta-feira (23) que sua pasta discute uma regulamentação nacional para incentivar o consumo de água de reúso. Ela afirmou que ainda não está claro qual seria o formato dessa norma se uma lei ou decreto, por exemplo.
Izabella participa em São Paulo do seminário internacional Gestão da Água em Situações de Escassez, organizado pelo ministério, que reúne especialistas de vários países para comentar experiências na luta contra impactos da estiagem. Representantes dos governos da China, Austrália, Espanha e outras nações vão apresentar projetos que podem ajudar o Brasil a lidar com o problema.
Izabella Teixeira ressaltou que há verba federal disponível para os estados com projetos para melhorar a distribuição de água à população e combater os efeitos da seca.
De acordo com a ministra, uma das soluções para reduzir o desperdício dos recursos hídricos é criar no Brasil uma legislação para utilização da água de reúso, tema que ainda segue em um vazio de normas. Trata-se do esgoto doméstico, por exemplo, que depois de tratado pode ser aplicado na agricultura e na indústria, ou até reutilizado para o consumo humano.

Debates avançados

Segundo Izabella, o governo federal discute a questão há algum tempo e já há estados como São Paulo e Rio de Janeiro com debates avançados nessa área. “Estamos vendo se precisamos de uma lei, uma norma, um decreto. O Brasil tem grande capacidade técnica para isso”, disse ela.
O representante da indústria no evento, Marcos Guerra, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cobrou do governo a revisão de leis ligadas ao tema. Para ele, é um assunto “urgente” e é preciso uma regulação que permitirá a empresas a compra e venda da água de reúso.
Atualmente, a maioria da água aplicada em processos industriais é lançada em rios e mares sem que haja um aproveitamento dela.
Para Ney Maranhão, secretário de recursos hídricos do Ministério do Meio Ambiente, a regulamentação é necessária para impor precificação e evitar abusos na comercialização. No entanto, a criação dessas regras vai depender, principalmente, dos estados.
"Temos um vazio nessa direção. É preciso, primeiramente, determinar parâmetros de qualidade para que a água de reúso possa ser comercializada. O Conselho Nacional de Recursos Hídricos já discute alguns desses padrões para a agricultura. Porém, todo esse arcabouço é um processo que deve demorar uns dois anos para ser desenhado", explicou.

Crise atual

Sobre a atual situação no Brasil, a ministra disse que há muitos municípios em estado de calamidade no Nordeste e Sudeste, citando principalmente o estado de Minas Gerais.
“Temos uma situação de escassez que não se via no Sudeste desde 1953. Mas está chovendo. Então temos que esperar para ver se a situação melhora. Porém, enquanto isso, temos que poupar e ser eficientes”, explica.
Ela afirma que o governo federal está ajudando com verbas os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, mas disse que é preciso também falar ao cidadão quais são os novos desafios para combater a escassez de água. “Temos que dialogar com a sociedade sobre a questão”.
Izabella afirma que já foram destinados mais de R$ 2,5 bilhões para obras no estado de São Paulo e que o governo está disposto a destinar mais verbas a outros projetos do estado e de outras regiões do país.
“Os governadores pediram investimentos e o governo federal está arcando com os recursos. Se apresentarem projetos, haverá viabilização de apoio. Se não, o governo ficará aguardando eles proporem”, disse.


Fonte: G1.com - Natureza

Estudante desenvolve plataforma que economiza até 60% de água na irrigação

Mariana Vasconcelos foi premiada pelo projeto e irá estudar em uma universidade da Nasa nos Estados Unidos


Com apenas 23 anos, Mariana Vasconcelos desenvolveu uma plataforma que ajuda a otimizar o uso de água na agricultura, reduzindo em até 60% o desperdício. O Agrosmart, nome dado ao projeto, venceu 562 finalistas do concurso Call to Innovation 2015, promovido pela faculdade Fiap. Como prêmio a estudante ganhou uma bolsa de estudos em uma universidade localizada dentro de uma base da Nasa, a agência espacial norte-americana. Ela fará parte do Graduate Studies Program (GSP) 2015 da Singularity University, nos Estados Unidos.
Mariana explica que, na plataforma, os sensores responsáveis por medirem as variáveis do ambiente são espalhados pela plantação e, por meio de um aplicativo, enviam os dados coletados para a internet 24 horas por dia. Um software, então, faz uma análise das informações recebidas e gera recomendações para o agricultor. “Todos os dias informamos quanto o produtor deve irrigar e quando irrigar. Mostramos dados meteorológicos restritos e conseguimos fazer previsão de doenças e pregas.” 
O desenvolvimento da planta também é acompanhado pelo sistema, que prevê o ritmo de crescimento para cada espécie. Além da economia de água, a estudante chama atenção para o custo.“Reduzimos também os gastos na irrigação. Quando ligam um pivô sem necessidade ou alimentam uma bomba usam energia desnecessariamente. Muitos agricultores irrigam mais do que o necessário e acabam tirando nutrientes das plantas e perdendo água para o ambiente. Nós aumentamos a produtividade quando entregamos exatamente o que a planta precisa.”
Formada em administração na Universidade Federal de Itajubá, com foco em empreendedorismo tecnológico, a ideia de criar o aplicativosurgiu da união entre a área de estudo de Mariana com sua experiência familiar. “Meu pai é agricultor e eu conhecia as dificuldades diárias dos produtores rurais”. Assim, no final de 2014 a estudante, junto com os sócios Raphael Tizzi, Thales Nicoleti e Anderson Casemiro, criou a empresa Agrosmart, que deu nome ao aplicativo. Para a Mariana, existe uma lacuna em tecnologias voltadas ao agronegócio. “Estamos falando de um dos pilares da economia brasileira e do mundo. O agronegócio nunca deixará de ser importante. Acredito que há pouco investimento em inovação nesse meio, pra aumentar a produtividade e facilitar o dia a dia do agricultor.”
Sobre o curso recebido como prêmio, as expectativas da estudante são altas. Mariana conta que a Singularity University é focada em preparar líderes que saibam lidar com tecnologias exponenciais, que mudam a todo instante, e em como criar negócios para inovação em um cenário como este. “A bolsa fará com que consigamos colocar efetivamente as tecnologias desenvolvidas nas mãos dos produtores. Não adianta nada ter pesquisa se não programarmos a tecnologia para melhorar a vida das pessoas na outra ponta. Sei que eles vão nos ajudar a fazer isso da melhor maneira possível.”
A comercialização da plataforma Agrosmart começa em primeiro de maio pelo site da empresa.


Fonte: Globo Rural



Perímetros irrigados da Codevasf produziram R$ 1,97 bi em 2014

Os 35 perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) situados na bacia hidrográfica do rio São Francisco alcançaram R$ 1,97 bilhão em valor bruto de produção no ano de 2014. Quase metade desse desempenho (46,7%) corresponde à produção agrícola familiar. Juntos os perímetros produziram 3,23 milhões de toneladas de itens agrícolas, sobretudo frutas, em 108 mil hectares. Essas áreas irrigadas mantiveram 76.692 empregos diretos e 115.038 empregos indiretos no ano. Os dados fazem parte do balanço 2014 da agricultura irrigada realizado pela diretoria de irrigação da Companhia.
“Os resultados são bastante expressivos, mesmo com a crise hídrica que estamos vivendo. A Codevasf tem executado obras de revitalização dos perímetros, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para que a agricultura irrigada se desenvolva. Estes investimentos são de fundamental importância, pois propiciam em última instância a redução de custos de operação e manutenção, e, assim, de custos de produção, o que promove aumento da renda do agricultor”, afirma o diretor da Área de Irrigação da Codevasf, Solon Braga Filho. De acordo com o diretor, a Codevasf tem atualmente R$ 500 milhões em ações de modernização contratadas para os perímetros irrigados, sendo que mais de R$ 250 milhões já foram pagos. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os projetos irrigados localizam-se nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Dos 35 perímetros, 25 foram implantados pela própria empresa ao longo de sua história e dez foram implantados pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) na década de 1990 para compensar famílias que residiam na área onde se formou o lago da usina hidrelétrica de Luiz Gonzaga (PE) – estes são identificados conjuntamente como Sistema Itaparica.
Na maioria dos perímetros a operação e a manutenção das estruturas é delegada pela Codevasf a organizações de produtores. Essas organizações arrecadam as tarifas de água para rateio das despesas. Por ser a proprietária da infraestrutura de uso comum – canais, estradas, drenos, estações de bombeamento etc. –, a Codevasf periodicamente realiza investimentos em modernização e economia de água, com vistas à redução dos custos de operação e manutenção. Além disso, a Companhia provê assistência técnica aos produtores ocupantes dos lotes familiares dos perímetros.
Na opinião de Braga Filho, os resultados dos perímetros nos próximos anos poderão ser ainda melhores. Entre as novas ações da Codevasf está o desenvolvimento de projetos executivos de intervenções que promovem economia de água nos lotes de agricultores dos perímetros Curaçá, Maniçoba e Tourão, localizados em Juazeiro (BA), e Bebedouro, situado em Petrolina (PE). Os projetos são a extensão de uma experiência piloto bem sucedida realizada no perímetro Mandacaru, em Juazeiro, que chegou a receber prêmios nacionais como modelo de uso eficiente da água.
Serão atendidos com os projetos executivos, concluídos em 2014, 528 produtores, em área total de 4.042 hectares. “Esses projetos podem promover economia de até 63% no volume anual de água bombeado do rio São Francisco para as áreas beneficiadas, o que representa 79 bilhões de litros de água do rio economizados anualmente. Há ainda a expectativa de que com esse modelo de irrigação haja aumento de produção, redução de processos erosivos e de salinização dos solos, aumento da área plantada e redução do consumo de energia em estações de bombeamento”, explica o diretor da Codevasf.

Lagoa Grande (MG)

O perímetro Lagoa Grande, situado no município de Janaúba (MG), obteve resultados especialmente positivos na comparação com o ano anterior e alcançou 29,88 mil toneladas produzidas em 2014, com valor bruto de produção de R$ 36,19 milhões. O perímetro é responsável por cerca de 2,8 mil empregos diretos e indiretos e suas principais culturas são a banana, a manga e o caju.
Na avaliação do gerente de irrigação substituto da 1ª Superintendência Regional da Codevasf (MG), Marcos Egídio, os produtores têm buscado meios de aumentar sua eficiência produtiva e minorar os efeitos da escassez de água. “O perímetro de Lagoa Grande, abastecido com água da Barragem do Bico da Pedra, passou por uma grande restrição de fornecimento de água no período. O que os produtores fizeram para lidar com a situação foi trabalhar intensamente para aumentar a produtividade. Com o insumo água bastante restrito, eles aplicaram com mais eficiência outros insumos de produção”, afirma.
Mesmo com redução da área cultivada – de 1.153 hectares para 1.112 –, o perímetro conseguiu aumentar sua produção em mais de 30% entre 2013 e 2014 – de 22,25 mil toneladas para 29,88 mil toneladas – e registrou alta no preço médio da tonelada comercializada.
“Quando a produção não subiu, como ocorreu em outros perímetros de Minas Gerais, os produtores buscaram desenvolver estratégias de comercialização alternativas, de modo a garantir sua remuneração nesse momento de escassez de recursos hídricos”, afirma Marcos Egídio.


Fonte: Codevasf

Perímetro da Codevasf inicia projeto de produção de camarão no Baixo São Francisco sergipano

Uma iniciativa pioneira introduziu a produção de camarão no perímetro irrigado Cotinguiba/Pindoba, no Baixo São Francisco sergipano. Desenvolvida em uma área de 5 hectares, a produção já alcança a produtividade de 1,5 mil quilos por hectare. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), por meio da Unidade de Beneficiamento de Pescado de Propriá, viabiliza o processamento e a comercialização do crustáceo.
A carcinicultura foi introduzida no perímetro Cotinguiba/Pindoba pelo produtor Salustiano Marques em 2014 após estudos iniciados há aproximadamente dois anos e meio. “Primeiro tentamos fazer as adaptações necessárias, mas desde junho iniciamos a produção. Hoje, produzindo com baixa densidade e ainda sem aeração conseguimos em torno de 700 quilos por viveiro de 4 mil metros quadrados, o que é muito bom. Mas o nosso objetivo é chegar a uma produtividade de 4 toneladas por hectare a cada ciclo”, declarou.
Para tornar realidade a produção de camarão de água salgada em viveiros de água doce em seu lote, o produtor precisou realizar uma série de investimentos, principalmente no que diz respeito à qualidade da água. “A carcinicultura não é uma atividade simplória. A produção de camarão requer cuidados, precisa de uma equipe técnica dando suporte. Mas até agora tivemos todo o suporte do Distrito de Irrigação e também da Codevasf”, disse Salustiano.
O superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Said Schoucair, que visitou o lote onde é realizada a produção de camarão, afirmou que a atividade é viável do ponto de vista econômico e pode ser desenvolvida em outros lotes. “É importante que outros produtores sigam esse exemplo, porque a produção de camarão traz um grande retorno financeiro. Vamos dar todo o suporte necessário para essa atividade e, inclusive, pretendemos iniciar pesquisas no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume para ampliar essa produção”, explicou.

Beneficiamento

Além da meta de executar pesquisas científicas para introduzir a carcinicultura e diversificar a produção nos perímetros irrigados do Baixo São Francisco sergipano, a Codevasf já viabiliza a comercialização do camarão. Toda a produção de Salustiano está sendo processada na Unidade de Beneficiamento de Pescados de Propriá, que desde 2012 funciona por meio de um contrato de cessão gratuita de uso da unidade, após reforma realizada pela Codevasf.
Implantada em 2005 para estruturar a cadeia produtiva de aquicultura na região do Baixo São Francisco sergipano, a Unidade de Beneficiamento de Pescados de Propriá foi fruto de um investimento de R$ 1 milhão. Atualmente, a unidade emprega cerca de 30 funcionários e possui capacidade para processar 2 toneladas de camarão por dia e de executar o filetamento de até 800 quilos de peixe por dia, com possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.

Experiência em Petrolina

Em Petrolina, sertão pernambucano, região do Submédio São Francisco, a Codevasf, por meio do seu Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro, registrou este ano resultados animadores com uma experiência de aclimatação e produção em viveiro do camarão marinho Litopenaeus vannamei. Cerca de 100 quilos de camarões foram recolhidos na primeira despesca, realizada em instalações da Embrapa Semiárido, na zona rural de Petrolina. Os camarões despescados pela Codevasf pesavam cada um entre 12 e 14 gramas, que é o exigido pelo mercado.
Os estudos para produção de camarão no Submédio São Francisco tiveram início em 2012 e os primeiros testes de aclimatação ocorreram em 2013, com água do rio São Francisco e larvas oriundas do Ceará e do Rio Grande do Norte.
De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), a técnica de cultivo e produção do camarão marinho Litopenaeus vannamei, que é originário do Oceano Pacífico, em águas oligohalinas da região Nordeste possui uma tecnologia que está disseminada em vários estados, inclusive já apresentando elementos técnicos e econômicos suficientemente sólidos para assegurar que essa atividade se constitui numa viável oportunidade para a geração de renda, empregos e negócios nos mais longínquos rincões do semiárido brasileiro.
A Codevasf estuda estender a experiência de criação de camarão marinho em viveiros de água doce para outras unidades geridas pela Companhia nas bacias hidrográficas em que atua.


Fonte: Codevasf

Escolas agrícolas do Piauí produzem alimentos bioforticados com apoio de Codevasf e Embrapa

Uma tecnologia simples e de baixo custo está fazendo a diferença na vida de estudantes de escolas agrícolas do Piauí. Trata-se de kits de irrigação implantados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que têm proporcionado aliar o conhecimento teórico adquirido em sala de aula com a prática no campo, sobretudo, nas propriedades familiares dos jovens agricultores. Além disso, os equipamentos representam economia de água na realidade do semiárido, bem como otimização do tempo - e sua implantação abriu o caminho para uma parceria de sucesso com a Embrapa Meio Norte, por meio da qual os jovens estão produzindo alimentos bioforticados para consumo das comunidades locais.
A implantação dos kits de irrigação é uma ação conjunta dos programas Água Para Todos (2ª Água) e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária (Inclusão Produtiva), ambos vinculados ao Plano Brasil Sem Miséria. Com recursos provenientes da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI), o investimento foi de aproximadamente R$ 89 mil para implantar 170 kits de irrigação em escolas agrícolas no estado.
De acordo com Janleide Costa, chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf no Piauí e coordenadora regional do Projeto Amanhã, os kits – compostos por 21 itens, entre registro, filtro de tela, conexões, tubos de distribuição em polietileno, adaptadores de tubos, bobina de tubo, gotejador e outros acessórios – foram destinados a 19 Escolas Família Agrícola, escolas agrotécnicas e colégios agrícolas do estado.
“A partir da entrega dos kits, a Companhia firmou parceria com o projeto 'Produtores do Futuro', coordenado pela Embrapa Meio Norte, representando uma alternativa para a inserção dos alunos no mundo do trabalho e a geração de oportunidades de melhoria de qualidade de vida”, explica.
Por meio do “Produtores do Futuro”, a Embrapa implanta, nas escolas agrotécnicas e família agrícola, unidades de transferência de tecnologia (UTTs), que consistem em pequenas áreas (entre 100 a 1.000 m²) irrigadas com kits fornecidos principalmente pela Codevasf onde são implantadas culturas de feijão, macaxeira, batata-doce, entre outros itens com maiores valores nutricionais, isto é, biofortificados (Biofort). O objetivo é reduzir a desnutrição e aumentar a segurança alimentar com a introdução de maiores teores de ferro, zinco e vitamina A à dieta da população de baixa renda.
Segundo Marcos Jacob, analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa responsável pelo Biofort, nessa parceria, a atuação da Embrapa abrange, além da implantação de UTTs, a realização de palestras e cursos sobre as tecnologias disponíveis. “A capacitação e a instrumentação com os kits de irrigação estão propiciando os meios para fixação desses jovens ao campo, com produção tecnificada e garantia de colheita com o que chamamos de Unidades de Segurança Produtiva”, reforça. Ele diz, ainda, que os alimentos produzidos atendem tanto ao consumo da família, como são direcionados para venda local e venda institucional por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
“Nesses lugares onde Codevasf forneceu kit de irrigação, a Embrapa chegou por meio da transferência tecnológica do projeto Biofort. Essa é uma ação de extrema importância, pois, sem esse equipamento instalado, a Embrapa não teria como beneficiar tantas escolas e comunidades e, com isso, a área de influência do projeto se deu em todas as regiões, superando, em muito, as metas inicialmente previstas”, destaca Janleide Costa.
As escolas beneficiadas com os kits estão situadas nos municípios de Teresina, Aroazes, Miguel Alves, São Pedro do Piauí, Colônia do Piauí, São João da Varjota, Oeiras, Cajazeiras, Santo Inácio, Eliseu Martins, Pedro II, São João do Arraial, Cristino Castro e São Lourenço.
Para o presidente da Associação Regional das Escolas Família Agrícola do Piauí (AEFAPI), o agricultor Luís Costa, os kits de irrigação trouxeram grandes benefícios. “A meu ver, é algo que todas as escolas deveriam implantar. Antes da chegada dos kits, era uma dificuldade enorme, porque era usado o regador manual. Com isso, nem todos os alunos queriam participar das atividades. Com os kits, os microaspersores substituem os regadores, e o tempo que eles perdiam regando um canteiro é utilizado para preparar outros canteiros. É uma grande economia de tempo. Então, essa parceria é muito bem-vinda”, afirma Luís Costa, que reside na zona rural de Oeiras e tem 11 filhos, dos quais cinco já se formaram na Escola Família Agrícola e outros cinco estão estudando.
“As escolas caíram do céu. Aquele aluno que quer mudar a qualidade de vida, ser um cidadão, vai aplicar esses conhecimentos e vai muito além”, comemora o agricultor.

Mudança de vida

Benedito Mendes Neto é um dos filhos de Luís Costa. Ele está concluindo, neste ano, o curso de técnico agrícola na Escola Família Agrícola Dom Edilberto (Efade IV), no município de Oeiras. Com apenas 18 anos, o jovem é um entusiasta do trabalho no campo. “Para mim, falar da escola família agrícola é uma grande satisfação. Tenho irmãos já formados e reconhecidos no mercado. Tudo começou com o mais velho, que desenvolveu um projeto de horticultura que hoje é a base de tudo na nossa família. Começamos com regador e depois recebemos um kit de irrigação, o que aumentou a produção. No ano passado, a gente até recebeu um prêmio do Banco do Nordeste como propriedade modelo no sistema de horticultura”, conta, orgulhoso, o estudante.
O que começou apenas com a horticultura se diversificou, transformando-se numa verdadeira cadeia produtiva, segundo Benedito Neto. Hoje, a propriedade da família abrange também criação de caprinos, aves e já possui até alguns tanques escavados para criação de peixes. A piscicultura é, inclusive, o tema do trabalho de conclusão de curso que ele desenvolve atualmente. “Não é porque se trata de agricultura familiar que devemos nos restringir a um produto só. O que se faz necessário é trabalhar numa cadeia produtiva, com uma atividade dando sustentabilidade a outra. No início, a ideia do nosso projeto foi melhorar a alimentação da família, e hoje a gente já trabalha com um leque de produção, revende nossos produtos nas feiras livres de Oeiras, tem contratos assinados nas escolas do estado e município e vende até para outras cidades da região”, afirma.
O caso da família de Benedito é considerado de sucesso na região, de acordo com o coordenador para a área técnica da Aefapi, João Emílio. Para ele, a formação já oferecida pelas escolas – que funcionam no regime de alternância, em que os alunos passam 15 dias na instituição e 15 dias em casa, aliando teoria e prática –, acrescida da implantação dos kits de irrigação pela Codevasf e das capacitações oferecidas pela Embrapa, além da contribuição de outras instituições parceiras, surte um efeito maior e mais qualificado no que diz respeito à formação, à inserção dos egressos no mercado e ao desenvolvimento do meio rural.
“Na medida em que esses jovens implantam seus projetos inovadores, eles transferem para os vizinhos os conhecimentos e o entusiasmo com o campo. Esses kits de irrigação foram o elemento inovador e, mais, representam uma tecnologia simples, de baixo custo e de baixo consumo de água, o que caiu muito bem nesse contexto da agricultura familiar, inclusive do ponto de vista ambiental dentro da realidade do semiárido”, salienta João Emílio. Ele informa que os alunos das Escolas Família Agrícola têm, em média, entre 14 e 18 anos; atualmente, o Piauí conta com 1.700 estudantes matriculados nessas instituições. “A formação geral e profissional é completa no sentido da legislação. Eles passam quatro anos na escola, com ensinos médio e técnico integrados”, esclarece.
Segundo a gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, Izabel Aragão, a pareceria com as Escolas Famílias Agrícolas permite aos alunos desenvolverem conhecimentos técnicos voltados para a realidade local. “Isso possibilita que esses conhecimentos retornem de forma efetiva e sejam aplicados em suas propriedades, adequando as práticas escolares à vida no campo, fortalecendo os vínculos familiares e de socialização com a terra. Ações que como essas tem o potencial de resgatar o protagonismo juvenil e fortalecer as atividades agropecuárias”, aponta.
Os kits de irrigação implantados pela Codevasf são destinados às famílias de extrema pobreza, que possuam vocação agrícola e fonte hídrica que garanta a sustentabilidade da atividade, assim como as Escolas Família Agrícola, assentamentos de reforma agrária, instituições que trabalham na recuperação de dependentes químicos e entidades que prestam atendimento a pessoas com deficiência.


Fonte: Codevasf

Aparelho desenvolvido em MG visa economia e produtividade na irrigação

Irrigâmetro foi criado pelo pesquisador da Universidade Federal de Viçosa. Equipamento mostra quando irrigar e quantidade de água necessária.

Um equipamento chamado irrigâmetro, desenvolvido pela Universidade Federal deViçosa (UFV), calcula qual é a quantidade de água para cada tipo de cultura. Além de economia, o aparelho promete aliar economia e produtividade com uma irrigação eficiente.
Criado pelo pesquisador Rubens Oliveira, os estudos começaram em 2005 e o aparelho ficou pronto cinco anos depois. O investimento foi de R$ 280 mil. Hoje ele é usado por aproximadamente 500 produtores em várias regiões e representa uma alternativa para os agricultores familiares.
O irrigâmetro chegou há 20 dias à lavoura do produtor Paulo Ferreira, que fica na zona rural de Viçosa. Ele pagou R$ 2.390. O equipamento é usado na plantação de feijão, mas o produtor já pensa em usá-lo em outras lavouras, como a de café. A expectativa dele é aumentar a produtividade e diminuir gastos com água e energia.
No aparelho um tubo mostra a altura da água, o que revela se está no momento de irrigar a plantação, a quantidade necessária e o tempo de irrigação. “Isso permite uma eficiência muito grande de produtividade e controle de doenças”, contou o produtor.
O equipamento se adequa a qualquer sistema de irrigação, solo, cultura e clima, conforme explicou o pesquisador. “É instalado nas proximidades da lavoura que está sendo irrigada de maneira que ele fique submetido às mesmas condições climáticas dela. Em um dia muito quente, a água do recipiente do equipamento vai evaporar, da mesma maneira que a cultura em que está submetida. Em um dia nublado, a cultura necessita de menos água, mas também haverá uma menor evaporação”, explicou.
Rubens Oliveira contou que essa correlação é possível ao observar a coloração das faixas que ficam no equipamento e auxiliam ao produtor o momento correto de irrigar.
De acordo com o pesquisador, a irrigação é uma grande usuária de água, mas, por outro lado, é grande produtora de alimentos. "Estima-se que mais de 40% dos alimentos consumidos no mundo são provenientes de áreas irrigadas. Um aspecto muito importante é que o produtor irrigue de maneira eficiente, tanto do ponto de vista de utilização adequada da água, quanto da energia, visando aumentar a qualidade do produto, sua produtividade e, consequente, sua renda”, afirmou.
O professor de geografia e vice-presidente do comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, Wilson Guilherme Acácio, diz que o aparelho é importante para o meio agrícola e que já foi implantado em outras regiões. “Além da região da Zona da Mata, próximo à Viçosa, há equipamentos também na Bacia do Rio Caratinga, que foi a primeira a utilizar esse aparelho. Lá implantamos 42 irrigâmetros em diversas propriedades. E agora pretendemos também implantar no Baixo Guandô no Espírito Santo”, contou.
Para Wilson Guilherme Acácio, a situação nas bacias hidrográficas de Minas Gerais é dramática. "Em Paracatu, região do Jequitinhonha, está faltando água. Algo que jamais imaginávamos, uma vez que o Brasil é um país muito rico neste recurso, mas infelizmente a falta de políticas públicas está fazendo com que haja essa escassez hídrica no estado”, comentou.


Fonte: G1.com - Zona da Mata/MG



Projeto da Codevasf capacita futuros tratoristas do perímetro irrigado Itiúba em Alagoas

Jovens agricultores da região do perímetro irrigado Itiúba, gerido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no município ribeirinho de Porto Real do Colégio (AL), estão participando de mais um curso de Tratorista oferecido pelo Projeto Amanhã, uma iniciativa da Codevasf que tem como objetivo inserir jovens da área rural no mundo de trabalho. Outras capacitações estão programadas para 2015, como o curso de Introdução à Informática e o de Piscicultura Básica.
Segundo o coordenador da Unidade do Projeto Amanha de Itiúba, Carlos Alberto Santos, o conteúdo do curso é bastante abrangente, pois permite que o jovem aprenda conhecimento além da simples condução do trator.
“Neste curso, o jovem não aprende apenas a dirigir o trator. Ele aprende também a utilizar os implementos agrícolas, que são bastante usados aqui na região para fazer preparo de solo nos lotes do perímetro e em outras propriedades rurais. Além disso, o aprendizado para operar o trator vai permitir que ele já tenha uma noção da operação de outras máquinas agrícolas. Assim, ele somente precisará se aprimorar nas outras máquinas, já que tem o conhecimento básico”, informou.
Entre os implementos agrícolas utilizados nas atividades do curso e que, após a formação, poderão ser operados junto ao trator pelos futuros tratoristas estão as roçadeiras - implemento usado para aparar a grama ou pequenas ervas que dão em plantações, e para limpeza de hortas e outras pequenas culturas -, e a grade aradora, empregada no preparo do solo.
O coordenador do Projeto Amanhã em Itiúba utilizou uma metodologia no curso de tratorista que permite aos jovens comparar as tecnologias da máquina agrícola.
“Estamos fazendo a comparação entre a operação de um trator mais antigo com outro mais moderno, pois há mudanças nos comandos. A operação de um trator mais antigo traz mais dificuldade. Já com o trator mais moderno, o trabalho é muito mais fácil por conta da tecnologia empregada. Este é nosso objetivo: mostrar as dificuldades e facilidades de operar uma máquina mais antigo e outra mais moderna”, explicou.
Santos se mostrou bastante satisfeito com os resultados do trabalho do Projeto Amanhã, que no próximo mês de maio completará 22 anos, e comemorou a inserção dos jovens rurais no mundo do trabalho. “Temos conhecimento de muitos exemplos de jovens formados pelo Projeto Amanhã que hoje estão trabalhando em diversos locais, inclusive fora de Alagoas. Neste curso de tratorista, que possui quatorze jovens participando, já temos dois ou três que estão com emprego garantido. É isso que nos gratifica, fazer esse trabalho e ver o resultado. Visamos o progresso desses jovens na vida, que tenham oportunidade de serem independentes”, afirmou. Ele disse que o projeto pretende ofertar ainda este ano o curso de Introdução à Informática e o de Piscicultura Básica.
Um dos jovens que participam do curso de Tratorista é Renilson Ferreira. Filho de agricultores irrigantes do perímetro irrigado Itiúba, ele mora no povoado Castro, na zona rural de Porto Real do Colégio. Para ele, o curso é uma oportunidade de se qualificar para auxiliar os pais e também uma oportunidade para entrar no mundo do trabalho.
“Este curso tem sido um grande aprendizado para operar o veículo de trabalho. Pretendo ser tratorista onde for necessitado, em lotes, terrenos, onde precisar de roçadeira ou arar a terra. Qualquer local que precisar, estarei à disposição. Moro num povoado e não há muitas oportunidades, e a Codevasf vem aqui nos ajudar a buscarmos algo melhor na vida”, observou.
Vitor Pinheiro, aluno do curso e também filho de irrigantes do perímetro, destacou os principais conhecimentos que empregará na atividade de tratorista. “Estamos aprendendo várias coisas no curso, como o manuseio do trator e a utilização de implementos como a roçadeira. É importante esse aprendizado, pois teremos um conhecimento para a vida toda.”, afirmou.
Ele pretende ofertar seu trabalho na região e também afirma estar disposto a buscar trabalho como tratorista em outras regiões. “Temos vários colegas que fizeram esse curso e estão apresentando seu trabalho nas áreas produtivas da região. Mas quando terminar o curso, quero buscar trabalho em lugares como o lote do meu pai e de outros vizinhos aqui no Itiúba. Se não conseguir trabalho aqui, vou sair daqui para procurar oportunidade”, declarou.


Fonte: Codevasf

ANA e Inovagri realizam cursos sobre manejo da irrigação em todas as regiões do Brasil

Durante este ano, todas as regiões do País receberão o curso Manejo da Irrigação: Quando, Quanto e Como Irrigar – promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto de Pesquisa e Inovação na Agricultura Irrigada (Inovagri). Para começar a série de capacitações, Barreiras (BA) receberá o curso em 27 e 28 de abril na Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Entre 29 e 30 de abril, será a vez de Riachão das Neves, também no Oeste Baiano, sediar o encontro no Distrito de Irrigação dos Perímetros de Nupeba e Riacho Grande.
As inscrições podem ser realizadas gratuitamente no local do curso, que é voltado para irrigantes, extensionistas rurais, técnicos e profissionais de instituições do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) com atuação na área de irrigação ou interesse no tema. Os interessados também podem solicitar inscrição pelo e-mail cursosana@inovagri.org.br. A partir disso, será enviado para os interessados um formulário de inscrição para preenchimento.
No curso Manejo da Irrigação, os participantes aprenderão sobre os diferentes sistemas de irrigação, o manejo das águas residuárias da técnica, a drenagem agrícola e a outorga de direito de uso de recursos hídricos para irrigação. A gestão e a operação de perímetros irrigados também serão discutidas, assim como o momento, a quantidade de água e a forma adequada de irrigar. Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2014, a irrigação demanda 72% da água consumida no País.
Para que os alunos possam compreender os assuntos apresentados, os instrutores usarão exemplos práticos da localidade onde acontece cada curso. O objetivo é que os participantes possam assimilar os conteúdos e aplicá-los nas suas atividades diárias. No primeiro dia de cada capacitação, haverá uma aula expositiva de oito horas. No segundo dia, os alunos irão a campo para demonstrações práticas dos assuntos abordados dentro de sala para que os conhecimentos sejam consolidados.

Para mais informações, acesse: http://inovagri.org.br/?p=588

Cidades dos cursos

O curso acontecerá em 26 cidades em datas a serem definidas. A escolha dos locais considerou a pluralidade da agricultura irrigada no Brasil, diferenças regionais, nível de uso da tecnologia, sistemas de irrigação, entre outros aspectos. Os municípios a seguir foram escolhidos para receber a capacitação:
Bahia: Barreiras, Juazeiro e Riachão das Neves;
Ceará: Russas;
Distrito Federal: Brasília;
Espírito Santo: Sooretama;
Goiás: Cristalina e Itumbiara;
Mato Grosso: Lucas do Rio Verde;
Minas Gerais: Araguari, Frutal, Jaíba, Nova Porteirinha, Paracatu, São Gotardo e Varginha;
Paraíba: Pombal;
Pernambuco: Petrolina;
Piauí: Picos;
Rio Grande do Norte: Cruzeta;
Rio Grande do Sul: Alegrete;
São Paulo: Guaíra, Paranapanema, Ribeirão Preto, Vargem Grande do Sul;
Tocantins: Formoso do Araguaia.

Estudo sobre pivôs centrais

Em março deste ano, a ANA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentaram os dados do Levantamento da Agricultura Irrigada por Pivôs Centrais no Brasil – Ano 2013, primeiro estudo nacional sobre o tema. Segundo o trabalho, quatro estados concentram quase 80% da área ocupada por pivôs centrais no País: Minas Gerais (31%), Goiás (18%), Bahia (16%) e São Paulo (14%). A técnica foi escolhida por ser a que mais tem crescido no Brasil. Saiba mais:http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=12669.



Fonte: Agência Nacional de Águas/ANA

Produtores de Matão esperam 17% de aumento na exportação de goiaba

Chuvas neste ano deixaram frutas mais bonitas após estiagem em 2014. Região possui 100 hectares de plantações divididos em 35 propriedades.

Produtores de goiaba de Matão (SP) e região estão otimistas, mesmo após uma safra prejudicada por conta da estiagem em 2014. Além deles, a indústria de doces também prevê um aumento de 17% e um crescimento nas exportações. A situação é devida às chuvas no primeiro trimestre de 2015, que foram duas vezes maiores do que no ano passado, e deixaram as frutas bonitas e graúdas. A região é uma das mais importantes produtores do estado e possui 100 hectares divididos em 35 propriedades.
Durante quase um ano, o calor forte e a seca influenciaram a produtividade. Sem chuva, vieram as pragas. “Estava aparecendo muito psilídeo. Enrolava a folha e a praga ficava no meio. Mesmo com veneno, não conseguíamos controlar”, disse o produtor rural José Jodenir Pinotti.
As doença prejudicaram a goiaba, que é um fruto muito sensível. O sol forte também machucou a fruta e a falta de água influenciou o tamanho, deixando as goiabas pequenas. No entanto, a situação melhorou nos últimos meses. Em um sítio de São Lourenço do Turvo, em Matão, 14 mil pés devem produzir 400 quilos cada um. Antes, para encher uma caixa de 20 quilos eram necessárias 200 frutas. Agora, apenas 70.
No entanto, ainda não é possível falar em aumento no lucro da lavoura, mas apenas em recuperação após um 2014 fraco. “Tem que continuar chovendo, aí da para falar em lucro. Por enquanto é só recuperação”, disse Pinotti.
Muitos sítios e fazendas da região contam com sistema de irrigação para garantir a colheita mesmo em caso de estiagem prolongada. Boa parte vai para uma indústria da qual Antônio Tadiotti é diretor. Em 2014, por conta da pouca qualidade das frutas, a rentabilidade caiu e a situação só não piorou porque a empresa conta com estoques. Já em 2015, os funcionários chegaram a processar 900 toneladas em um único dia por causa da grande oferta. “Tivemos uma rentabilidade agrícola muito melhor, uma safra muito melhor e uma rentabilidade industrial também melhor”, falou.
A indústria representa metade da produção de São Paulo e a exportação é outro ponto forte. As vendas são feitas para 56 países e a expectativa para 2015 é boa, já que além da grande quantidade de goiaba, o preço do açúcar vai ajudar em um crescimento previsto em 17%. “O preço do açúcar, que é preponderante na formação do custo do preço da goiabada, está estável. Ou melhor, abaixou bastante no mercado internacional devido ao aumento do dólar”, comentou Tadiotti.


Fonte: G1.com - São Carlos e Araraquara

MI e Ministério da Agricultura discutem ações comuns para agricultura irrigada

Secretária nacional de Irrigação destaca importância das articulações sobre o tema nas diferentes esferas de governo.


A secretária nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional (MI), Adriana Alves, recebeu na terça-feira (14/4), em Brasília (DF), o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha. Na ocasião, eles discutiram ações comuns para intensificar o fortalecimento da agricultura irrigada. 
Adriana e Rocha conversaram sobre o acordo de cooperação técnica (ACT) firmado entre as pastas, que tem por objeto a conjugação de esforços na regulamentação da Política Nacional de Irrigação e na implementação de seus instrumentos. Também está prevista a implantação de unidades demonstrativas de produção integrada em sistemas de irrigação para os projetos públicos e privados do setor.
"A implementação da Política Nacional de Irrigação exigirá um esforço de integração de diferentes órgãos do governo, principalmente no tocante à construção do Plano Nacional de Irrigação, instrumento previsto que orientará as políticas públicas que mantêm interface com a irrigação", explica Adriana.
De acordo com Caio Rocha, os grupos de trabalho referentes ao acordo já foram definidos e o passo seguinte é dar continuidade às ações de apoio às atividades de irrigação. "Especialmente àquelas relativas ao melhor desempenho dos instrumentos da Política Agrícola e da Política Nacional de Irrigação nos aspectos relacionados a incentivos fiscais, crédito e seguro rural e outros", destaca o secretário do Mapa.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Uso de esgoto tratado aumenta produtividade na agricultura

Estudos comprovam alta produtividade e economia de água nas lavouras. No entanto, uso no Brasil requer regulamentação que nunca foi feita.


Acredite: é possível usar o esgoto doméstico tratado para irrigar plantações. O México faz isso, Israel faz isso, além de muitos outros países. A técnica, se feita com controle sanitário e em culturas determinadas, amplia a produtividade, economiza água e evita a contaminação de rios. Mas, no Brasil, onde quase 70% do consumo de água vai para a agricultura, nada disso é feito.
O principal motivo de não praticarmos o que pesquisas já comprovaram é a falta de regulamentação. "Não temos isso aplicado em nenhuma cidade, que eu saiba. Temos métodos excelentes, pesquisamos há mais de 30 anos. Esses métodos não são tão utilizados na prática porque o agricultor tem água em abundância", disse em entrevista ao G1 Rogério Teixeira de Faria, professor da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Rogério estudou o uso de esgoto tratado para a irrigação em lavouras do gênero Braquiária, pasto que pode ser cultivado em qualquer lugar do país.
"Vimos o quanto que a cultura responde em rendimento. Aumentou a produtividade em 60%. E o agricultor economizou todo esse nutriente, foram mil quilos de nitrogênio e 600 kg de potássio. Cerca de R$ 2 mil por hectare. Ele produz mais com menor custo."
O pesquisador também fez um estudo de impacto no solo, que concluiu que a cultura absorvia todo o nutriente. "Não fica no solo e ele vai pra consumo animal. Consequentemente, não polui a água subterrânea. Se economiza 50 mil litros por hectare por dia. É um aproveitamento de 100%".
O esgoto usado na pesquisa recebeu um tratamento primário e secundário e depois passou por lagoas de sedimentação. "É um tratamento padrão para cidades. Tem tratamentos mais sofisticados, mas esse é considerado de relativamente baixo custo", disse ele.
O uso dos dejetos tratados requer a proximidade da estação de tratamento com as plantações, mas é possível desenvolver novas estruturas em cidades pequenas e médias que ainda não tratam o esgoto ."No Brasil, 50% do esgoto é tratado. Mas isso vai aumentar com o tempo. Então o que se planeja são estações de tratamento de esgoto que sejam mais completas nas regiões mais desenvolvidas", disse Rogério.

Esquema mostra pesquisa com esgoto tratado feita por pesquisadores da Unesp. (Foto: Divulgação)

Outra pesquisa, feita na Unicamp, provou a mesma eficácia na cultura de cana de açúcar. "Tomamos o cuidado de que a forma de aplicação fosse enterrada, gotejamento subterrâneo. Percebemos que não há problemas de contaminação e que o produto foi muito bem em termos de nutrientes, e chegou a dobrar a produção", disse em entrevista ao G1 o professor da Faculdade de Engenharia Agrícola Edson Eiji.
"Quando você deixa de jogar esgoto no rio, você está eliminando o potencial de poluição desse rio. Pra mim, esse talvez seja o maior valor econômico que se pode tirar daí. E se você pensar que esse esgoto é composto de macro e micro nutrientes e a gente conseguiu 50% do que a planta necessitava, há uma boa economia financeira", disse o pesquisador da Unicamp.

O que nos falta

Todos esses benefícios precisam ter aprovação legal para serem implementados. "Imagine que você tem o produto de qualidade, mas é impedido de vender porque não tem subsídios legais para a comercialização. Acho que tem uma barreira importante", explica o professor Edson Eiji.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo confirma que não há normas regulamentando a prática. "Existem, sim, normas sobre uso de efluentes de usinas e de estações de tratamento de esgotos, mas não para o uso de esgoto em uma propriedade rural, onde o produtor pretenda aproveitar o material orgânico na adubação da lavoura. Em qualquer caso, será necessário submeter um projeto à Cetesb."
"Essa crise hídrica veio para nos educar. Ela está mostrando que o recurso hídrico não é infinito", disse Rogério.


Fonte: G1.com - Natureza

Eficiência na irrigação e revitalização do rio são temas abordados pela Codevasf em debate do Senado no Submédio São Francisco

Uso eficiente da água aplicada na agricultura irrigada, atuação mais forte nas ações de revitalização do São Francisco e soluções de captação de água que evitem prejuízos econômicos aos irrigantes que dependem dos cursos hídricos afetados pela estiagem prolongada. Essas são algumas das contribuições que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco (Codevasf) tem condições técnicas de oferecer à região do Vale do São Francisco de acordo com o presidente do órgão, Elmo Vaz, um dos participantes, na tarde desta sexta-feira (10), do seminário promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal em Petrolina (PE) – município da região do Submédio São Francisco que se destaca nacionalmente pela atividade da fruticultura irrigada.
O objetivo do evento foi debater os efeitos da crise hídrica sobre a agricultura irrigada. De acordo com Elmo Vaz, a Codevasf, para melhor contribuir com a revitalização do Velho Chico, poderia passar a atuar mais fortemente em controle de processo erosivo e qualidade hidroambiental da bacia – ações para as quais estão previstos R$ 19,8 milhões no Orçamento deste ano aprovado pelo Congresso. No quesito uso eficiente da água, ele disse aos participantes que a Codevasf concluiu – mediante investimento de R$ 1,5 milhão – 528 projetos parcelares para conversão de sistemas de irrigação em 4.042 hectares de quatro perímetros da região do Submédio São Francisco. Feitas todas as conversões pelos produtores, a economia de água anual do rio São Francisco chegaria a 79 bilhões de litros, já que o consumo com irrigação se reduziria em até 70%.
“É o modelo do que foi feito pela Codevasf no perímetro Mandacaru, onde o lote piloto saiu do processo de irrigação por inundação para o sistema de gotejamento; com isso, reduziu o custo e a despesa com energia em cerca de 40%, redução de água na ordem de 60% a 70%, e houve aumento de área útil para irrigação da ordem de 40%”, disse o presidente da Codevasf. “É um projeto revolucionário e simples de ser feito, nós temos a capacidade de ajudar a fazer isso, mas não podemos investir no lote privado, então o agricultor precisará pegar um financiamento”, observou.
No tocante à solução imediata para o problema que aflige os irrigantes do perímetro Nilo Coelho – já que a redução da vazão do Lago de Sobradinho, em razão da estiagem, ameaça a oferta de água –, o presidente da Codevasf anunciou que na próxima terça-feira (14) órgãos como Agência Nacional de Águas (ANA), Chesf, ONS, Ibama, Marinha e representantes de agricultores do perímetro estarão reunidos na sede da Codevasf, em Brasília, para discutir as alternativas – uma delas é a instalação de flutuantes para captação de água no rio São Francisco.
“O projeto já está pronto, fizemos o termo de referência, a especificação, o custo para implantação está estimado em cerca de R$ 60 milhões, e temos capacidade para executar essa obra em 120 dias”, disse Elmo Vaz, pontuando que a reunião de terça-feira servirá para que todos os entes envolvidos apresentem propostas e formas de contribuição.
O perímetro Nilo Coelho contabilizou, em 2014, R$ 883,8 milhões em valor bruto de produção e 552,5 mil toneladas de itens agrícolas produzidos numa área irrigável 18.563 hectares onde os principais cultivos são uva, manga e goiaba.

Modernização de perímetros

Do debate, participaram também os senadores Fenando Bezerra Coelho, proponente do seminário, e Ana Amélia, presidente da CRA; o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo; o coordenador geral da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir) do Ministério da Integração Nacional, Cristiano Egnaldo; o diretor de operações da Chesf, Mozart Arnauld; Ivan Costa, da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação Nacional de Agricultura (CNA); o secretário estadual de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, Nilton Mota; além de deputados estaduais e federais, prefeitos da região, vereadores e produtores.
“O Vale do São Francisco é de uma importância fundamental não só para a região do semiárido mas para todo o Brasil, pois a agricultura irrigada, além de sustentar a economia, emprega de 200 a 250 mil trabalhadores rurais, o que traz um efetivo desenvolvimento para toda a região”, assinalou o diretor de Irrigação da Codevasf, Solon Braga Filho, que esteve presente ao debate. Ele apontou que a Codevasf tem hoje R$ 500 milhões em ações contratadas para modernização de seus 25 perímetros irrigados, sendo que mais de R$ 250 milhões já foram pagos. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os debates no Vale do São Francisco prosseguem neste sábado (11), das 8h30 às 15h, também no Sest/Senat de Petrolina, onde será realizada uma oficina setorial do processo de atualização do Plano de Bacia do Rio São Francisco. A oficina será sobre o tema agricultura, e vai reunir representantes do Vale São Francisco para debater os principais problemas que afetam a dinâmica agrícola nas margens do Velho Chico e de seus afluentes.


Fonte: Codevasf

Comissão de Agricultura e Reforma Agrária realiza reunião em Petrolina

Reunião vai acontecer nesta sexta-feira (10), no auditório do Sest/Senat. Encontro vai debater os efeitos da crise hídrica na fruticultura irrigada.

Nesta sexta-feira (10), às 10h, no auditório do Sest/Senat, será realizada uma reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O encontro objetiva debater os efeitos da crise hídrica na fruticultura irrigada na região do Vale do São Francisco.
Entre os participantes da audiência pública estão, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Ministério da Integração Nacional e autoridades políticas. Também estarão presentes um representante do Banco do Brasil e o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz Bastos de Matos.
De acordo com informações do Senado Federal, o faturamento anual do Vale do São Francisco é superior a R$ 2 bilhões, sendo que R$ 440 milhões são resultantes da exportação de uvas e mangas.

Serviço:
Data: 10/04/15
Horário: 10h
Local:Auditório do SEST/SENAT
Endereço: Rua Zito de Souza Leão, nº 10, Km 02 - Petrolina/PE


Fonte: G1.com - Petrolina e Região

Kits de irrigação implantados pela Codevasf garantem segurança alimentar no sertão pernambucano

A segurança alimentar de 300 famílias de agricultores de municípios do sertão pernambucano vem sendo assegurada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), responsável pela implantação de kits familiares de irrigação – uma ação conjunta dos programas Água Para Todos (2ª Água) e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária (Inclusão Produtiva), ambos vinculados ao Plano Brasil Sem Miséria.
O investimento em equipamentos de irrigação em Pernambuco, cerca de R$ 157 mil, teve recurso proveniente da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).
Os kits possuem capacidade para irrigar áreas de 500 metros quadrados e foram implantados em hortas de produtores familiares de comunidades rurais em Petrolina, Araripina, Betânia, Bodocó, Cabrobó, Carnaubeira da Penha, Dormentes, Exu, Flores, Ibimirim, Inajá, Lagoa Grande, Manari, Mirandiba, Santa Cruz, Santa Maria da Boa Vista, Santa Terezinha, São José do Belmonte, Serra Talhada e Tacaraju – municípios que integram a área de abrangência da 3ª Superintendência Regional da Codevasf, no estado de Pernambuco.
As famílias contempladas atendem aos critérios estabelecidos no Plano Brasil sem Miséria e são selecionadas com ajuda de associações comunitárias, sindicatos de trabalhadores rurais e prefeituras municipais.
“Recebemos os nomes e vamos visitar o local para conferir se estão dentro dos critérios do programa, se o beneficiário possui renda per capta de até R$ 77 mensais, se tem vocação para a agricultura irrigada e se realmente cumpre os pré-requisitos de caráter social e econômico para integrar o programa”, explica o analista em desenvolvimento regional Wellington Dias Lopes Junior, chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Pernambuco.
“A demanda é grande pelos kits de irrigação. Temos uma lista de solicitantes que já chega a 1,5 mil beneficiários. Estamos trabalhando para que mais agricultores sejam contemplados”, disse Wellington Lopes.
A composição dos kits abrange 21 itens, entre registro, filtro de tela, conexões, tubos de distribuição em polietileno, adaptadores de tubos, bobina de tubo gotejador e outros acessórios. A implantação é feita após análise da vocação agrícola e das necessidades de cada família. Uma das exigências para a instalação do equipamento é a existência de fonte hídrica que garanta a sustentabilidade da atividade.
“Quem ganhou os kits de irrigação, tem usado basicamente na produção em hortas e também no plantio de milho e sorgo para alimentação animal. Já recebemos a informação de produtor que tem alimentado entre 20 e 30 animais com a produção da área irrigada com os kits”, revela o analista da Codevasf.

Aumento da produtividade


Até o momento, foram implantados pela Codevasf 1.828 kits familiares de irrigação em benefício de comunidades rurais do semiárido mineiro e da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí e Maranhão. A meta de 2 mil kits deve ser atingida ainda no primeiro semestre deste ano. O investimento em equipamentos foi de mais de R$ 1 milhão, com recurso proveniente da SDR/MI.
“Um dos objetivos da implantação dos kits é estimular a produção para o autoconsumo e a comercialização do excedente pelos beneficiários. Dentre as vantagens do sistema, podemos destacar a eficiência no uso da água; a facilidade de instalação, operação e manutenção; a otimização do tempo para irrigar, o aumento da produtividade das lavouras; e a melhoria da qualidade dos produtos ofertados”, explica Manoel Nicolau, engenheiro agrônomo da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf.
Segundo a gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, Izabel Aragão, a participação da Companhia na execução das ações de inclusão produtiva está sendo uma ótima oportunidade para contribuir com as mudanças na situação de pobreza rural do país. “Quando vamos ao campo podemos observar a importância que essa ação trouxe para as comunidades rurais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares, possibilitando a economia de água e a geração de emprego e renda”, destaca.


Fonte: Codevasf

Kits de irrigação implantados pela Codevasf ajudam famílias rurais alagoanas a superar efeitos da estiagem

Coentro, alface, couve, milho, tomate, berinjela, feijão-de-corda. Famílias de agricultores do semiárido alagoano estão assistindo as hortas florescerem, mesmo em meio à estiagem prolongada, graças aos kits de irrigação implantados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) – uma iniciativa que visa a fornecer mais uma alternativa de superação dos efeitos da seca para comunidades rurais e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade ambiental ao promover o uso racional da água.
Em Alagoas, 76 kits de irrigação já foram implantados pela Codevasf em hortas familiares ou entregues às prefeituras – para repasse às famílias cadastradas –, de três municípios do Vale do São Francisco. A ação integra o eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria, conta com recursos da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI) e deve beneficiar ainda neste ano 200 famílias em Alagoas, com investimentos de mais de R$ 100 mil em equipamentos.
“Depois da implantação do kit de irrigação, eu já tirei de meu lote duas safras de tomate e uma de milho, e estou com a couve pronta para colher agora. A chegada desse kit foi de extrema importância. Nós não tínhamos um sistema como esse. Nossa irrigação era feita de forma manual. Mas quando o kit de irrigação por gotejamento chegou, facilitou muito nosso trabalho. Basta a gente ir lá e ligar o sistema”, afirma Magno Santos, que cultiva coentro, alface, couve e milho em um lote do projeto Marituba, gerido pela Codevasf em Penedo, e onde outras cinco famílias também estão produzindo com uso dos kits de irrigação implantados pela Codevasf por meio da 5ª Superintendência Regional.
“O kit de irrigação nos fez economizar bastante no uso da água. Com a irrigação por gotejo, além da economia de água, o cultivo fica bem irrigado, pois a água cai direto no pé da planta”, observa o agricultor.

Gotejamento por gravidade

Segundo o engenheiro agrícola da Codevasf Kyran Pereira, os kits de irrigação possuem capacidade de irrigar uma área de 500 m² na modalidade gotejamento por gravidade, o que racionaliza o consumo de água.
“O sistema de irrigação por gotejamento é eficiente, porque a aplicação de água ocorre diretamente no sistema radicular da planta em cultivo. A perda de água por evapotranspiração é menor do que em outros sistemas de irrigação, como por aspersão ou microaspersão. São essas características que o tornam mais eficiente com economia de água”, diz.
Para localizar e cadastrar os potenciais beneficiários que se enquadrassem nos critérios de atendimento do Plano Brasil Sem Miséria, a Codevasf trabalhou em duas estratégias. “Na primeira, as secretarias de agricultura dos municípios identificaram os potenciais beneficiários dentro do perfil para atendimento pelo plano. Após esse trabalho, a Codevasf realizou a validação desses cadastros. Em outra frente, a Companhia fez diretamente o cadastro e a implantação para os beneficiários”, explica o engenheiro agrícola.

Segurança alimentar

Em Palmeira dos Índios, no semiárido alagoano, o projeto Fazenda Divina Misericórdia foi um dos beneficiados com os kits de irrigação. O projeto recebeu 10 kits que são utilizados para assegurar a inclusão produtiva e a segurança alimentar dos dependentes químicos acolhidos pela comunidade terapêutica.
“Os kits melhoraram a irrigação de nossa horta, pois simplificaram o trabalho, já que antes utilizávamos regador. Hoje conseguimos plantar mais e obter mais resultado, inclusive com economia de água, uma grande vantagem. O trabalho com os acolhidos também ganhou com o kit, pois eles passaram a conhecer outra tecnologia, o que renovou o conhecimento deles”, revela Arly Silva, um dos responsáveis pelo projeto.
Hoje a instituição acolhe 30 dependentes químicos que têm na horticultura uma terapia para superação da dependência. Com o kit de irrigação, os acolhidos cultivam atualmente berinjela e feijão-de-corda, mas, segundo Silva, a produção é variada. “Há mais de um ano recebemos os kits de irrigação. Nossa produção é bem variada. Se trabalharmos com somente um produto, a terra fica fraca. Hoje estamos com berinjela e feijão-de-corda. Já trabalhamos com pimentão, pimenta, alface, cebolinha, abobrinha”, conta.
Agricultores familiares de Arapiraca, o município mais populoso do Vale do São Francisco alagoano, também foram beneficiados com os kits de irrigação do Plano Brasil Sem Miséria. Segundo o engenheiro agrônomo José Anderson Barros, responsável por acompanhar o projeto na Secretaria Municipal de Agricultura de Arapiraca, inicialmente o município foi contemplado com 50 kits de irrigação, mas esse número poderá aumentar.
“Arapiraca foi contemplada inicialmente com 50 kits de irrigação, sendo que 11 já foram repassados pela Codevasf à Secretaria Municipal de Agricultura e estão beneficiando as comunidades Pé Leve Velho, Cangandu e Flexeiras – que foram atendidas prioritariamente, porque são tradicionais no cultivo de hortaliças que abastecem diversos municípios do agreste e litoral de Alagoas, além de possuírem um potencial hídrico propício para a atividade de agricultura irrigada”, afirma.
Outros 10 kits, segundo Barros, estão em vias de serem destinados para a Associação das Mulheres Produtoras de Doce de Mamão, que usarão os equipamentos para cultivar a fruta.

Aumento da produtividade

Até o momento, foram implantados pela Codevasf 1.828 kits familiares de irrigação em benefício de comunidades rurais do semiárido mineiro e da Bahia, Alagoas, Sergipe, Piauí, Ceará e Maranhão. A meta de 2 mil kits deve ser atingida ainda no primeiro semestre deste ano.
A implantação dos kits é uma ação conjunta dos programas Água Para Todos (2ª Água) e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária (Inclusão Produtiva), ambos vinculados ao Plano Brasil Sem Miséria. O investimento em equipamentos foi de mais de R$ 1 milhão, com recurso proveniente da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).
“Um dos objetivos da implantação dos kits é estimular a produção para o autoconsumo e a comercialização do excedente pelos beneficiários. Dentre as vantagens do sistema, podemos destacar a eficiência no uso da água; a facilidade de instalação, operação e manutenção; a otimização do tempo para irrigar, o aumento da produtividade das lavouras; e a melhoria da qualidade dos produtos ofertados”, explica Manoel Nicolau, engenheiro agrônomo da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf.
A composição dos kits abrange 21 itens, entre registro, filtro de tela, conexões, tubos de distribuição em polietileno, adaptadores de tubos, bobina de tubo gotejador e outros acessórios. A implantação é feita após análise da vocação agrícola e das necessidades de cada família. Uma das exigências para a instalação do equipamento é a existência de fonte hídrica que garanta a sustentabilidade da atividade.
Segundo a gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, Izabel Aragão, a participação da Companhia na execução das ações de Inclusão Produtiva está sendo uma ótima oportunidade para contribuir com as mudanças na situação de pobreza rural do país. “Quando vamos ao campo podemos observar a importância que essa ação trouxe para as comunidades rurais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares, possibilitando a economia de água e a geração de emprego e renda”, destaca.


Fonte: Codevasf

Perímetro Tabuleiros Litorâneos é grande produtor de culturas orgânicas

Localizado nos municípios de Parnaíba e Bom Princípio, na região litorânea do Piauí, o perímetro de irrigação Tabuleiros Litorâneos é cortado pela BR-343 que dá acesso à cidade de Parnaíba (16km) e Teresina (330km). O perímetro é um empreendimento do Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (DNOCS), vinculado ao Ministério da Integração Nacional, com a transferência de gestão para as organizações dos produtores.
Esse polo produtivo possuí uma localização privilegiada, fica localizado na foz do Rio Parnaíba e a 12 km do Município de Parnaíba, cidade que possui uma população de 150 mil habitantes.
A agricultura orgânica certificada é a marca dos seus cultivos. Ao todo, o projeto tem aproximadamente 2,5 mil hectares, e desta área, 800 ha estão em plena produção, onde 80% do cultivo são produzidos de forma orgânica. O destaque na produção é para a acerola que ocupa a maior área plantada que totalizaram no ano de 2014, cerca de 6.500 toneladas. Outras culturas também são produzidas, como a melancia, coco, mamão, caju, manga e goiaba.
A qualidade dos produtos é conhecida em todo o Brasil. Grandes empresas do ramo adquirem as frutas e comercializam nas centrais de abastecimento das capitais e nos supermercados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste. A acerola orgânica certificada é exportada indiretamente por uma multinacional que realiza toda a compra com os produtores do Distrito de Irrigação,via as duas Cooperativas, BIOFRUTA e ORGÂNICOS e a empresa ACEPAR instalada no perímetro.
A produção com orgânicos no perímetro rendeu em 2014 cerca de R$ 13 milhões, com geração de 2.700 postos de trabalho fixos e temporários,que influência diretamente uma cadeia produtiva de mais de 23 setores. “É importante destacar que a fonte de suprimento hídrico de Tabuleiros Litorâneos é o rio Paranaíba, cuja captação está localizada próximo à foz, sem conflito entre o abastecimento humano e a geração de energia. A água que teria como destino o mar, agora gera desenvolvimento”.
É grande a procura por áreas no Perímetro de Irrigação Tabuleiros Litorâneos do Piauí, por produtores de varias regiões do Brasil. Com a ampliação da 2ª Etapa serão mais 6.000 ha. O Município de Parnaíba/PI possui uma estrutura atrativa a investidores, que passa pelo setor médico, faculdades, aeroporto internacional e o porto a ser concluído e fica a uma distância média de 450 km de Fortaleza, São Luis e Teresina, todas com estrada de fácil acesso.


Fonte: DNOCS

Ministro diz que 56 cidades do Nordeste estão em 'colapso' hídrico

Segundo Gilberto Occhi, da Integração, número pode subir para 100. Situação de reservatórios no NE e SE é crítica, segundo o governo.

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, afirmou nesta quarta-feira (1º) que 56 cidades no Nordeste estão em situação de "colapso" no abastecimento de água. Ele participou de uma entrevista coletiva com demais representantes do governo para apresentar dados sobre os reservatórios e a segurança hídrica no país, principalmente nas regiões mais críticas, Nordeste e Sudeste, após o período das chuvas. Segundo os dados apresentados, mesmo após as chuvas, a situação dos reservatórios nessas regiões ainda é crítica.
Ao falar especificamente sobre o Nordeste, Occhi disse que há racionamento no fornecimento de energia nos municípios em colapso e em, algumas cidades, a população tem serviço de abastecimento de água a cada 15 dias.
Inicialmente, ele havia dito que cerca de 100 cidades estavam em situação de “colapso” hídrico. Questionado sobre os detalhes, o ministro informou que, na realidade, 56 cidades do Nordeste estão nessa situação. No entanto, segundo o ministro, o governo está fazendo um levantamento e o número de cidades em colapso no fornecimento de água pode subir para 105.
“Identificamos 56 cidades que hoje estão em colapso, sendo atendidas pelas prefeituras ou pelos governos estaduais. Nenhuma dessas é atendida pelo governo federal, mas como a situação está se ampliando, o governo federal pediu um levantamento e nós podemos chegar, dentro de uma avaliação, ao número de 105 cidades que estão ou poderão estar [em colapso]”, afirmou.
"As chuvas passaram seu período de maior intensidade, temos uma permanente preocupação com região Nordeste, por conta da escassez hídrica", continuou Occhi. Ele afirmou que entre 6,5 mil e 7 mil carros-pipa têm fornecido água para as cidades da região.
Além do ministro, participaram da coletiva a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu, e o diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastre Naturais, Carlos Nobre. Eles apresentaram à imprensa as conclusões de uma reunião que fizeram mais cedo sobre a situação do abastecimento de água no país após o período chuvoso, de outubro a março.

Reservatórios

Para o governo, a situação nos reservatórios do Nordeste e do Sudeste, mesmo após o período de chuvas, ainda é crítica. A ministra do Meio Ambiente chamou a atenção para a necessidade de a população economizar água.
"As pessoas têm que ter a consciência de que o fato de ter chovido muito, mesmo entrando no período do inverno, ainda há o desafio de recuperar os reservatórios, porque o que choveu não foi suficiente para recuperar os reservatórios", ponderou Izabella Teixeira.
Ela comentou especificamente sobre o nível do sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo.
Segundo ela, o volume de água retirado do Cantareira está em um terço do que é retirado normalmente. Ao ressaltar as "condições atípicas", ela afirmou que mesmo com as chuvas recentes, a recuperação do sistema será parcial.
Ao avaliar a situação dos reservatórios do Nordeste e do Sudeste, o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Guillo, disse que o quadro é “crítico”, apesar das chuvas registradas em fevereiro e março.
Ele destacou a “recuperação” de alguns reservatórios, como o do Sistema Cantareira, em São Paulo, mas enfatizou que as vazões médias diárias ainda estão abaixo das médias históricas. Ele ressaltou que o sistema responsável por abastecer a Grande São Paulo, por exemplo, está com – 11% do volume útil (excluindo a reserva técnica, chamada volume morto).
“Com as quantidade de água chegando aos reservatórios, os quadros são de que todos os reservatórios continuam críticos. Ou seja, as medidas que foram adotadas até aqui no controle da redução das vazões dos reservatórios e dos rios devem ser mantidas e acompanhadas para que – dada a imprevisibilidade em relação à chuva – possamos garantir segurança hídrica para as populações”, disse.
Guillo citou ainda a "recuperação significativa" do reservatório de Três Marias (MG), no Rio São Francisco, com as chuvas dos últimos meses, mas disse que o percentual de 20% de água ainda é "muito baixo". O presidente da ANA informou também que a captação de água no rio Paraíba do Sul (RJ), com limite de 250 metros cúbicos por segundo, foi reduzida pela metade, e chegou a 130 metros cúbicos por segundo.

Sudeste

Nobre afirmou na entrevista coletiva que o volume de chuva na última estação chuvosa no Sudeste, entre outubro do ano passado e março deste ano, correspondeu a cerca de 75% da média histórica.
Segundo ele, na primeira parte da estação, de outubro a janeiro, as chuvas ficaram bem abaixo da média. Em fevereiro e março, porém, o índice normalizou. 
"O quadro atual é: as chuvas de outubro, período chuvoso, até março, foram em torno de 70% a 75 % dos valores médios históricos, com chuvas dentro da média nos meses de fevereiro e março, e muito abaixo da média de outubro a janeiro", enfatizou.
O diretor do centro de monitoramento destacou que a última estação chuvosa no Sudeste, "ainda que deficiente", foi "muito melhor" do que a do ano passado.
"Muito melhor, ainda que deficiente, do que o período equivalente entre outubro de 2013 e março de 2014, quando choveu cerca de 50% da média. [2014] foi o verão mais seco que há do registro histórico do Sudeste", destacou Nobre.

Plano Nacional de Adaptação

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o governo lançará ainda neste ano o Plano Nacional de Adaptação, voltado para a segurança hídrica, ligado ao Grupo Interministerial de Mudanças do Clima.
“[No plano] nos preocuparemos com a agricultura, fornecimento de energia, oferta de água e abastecimento, irrigação. Então, existe, sim, um trabalho sendo feito pelo governo há dois anos e que não foi preocupado [pela atual seca]", disse a ministra.
Ela afirmou que se reunirá com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, para elaborar uma campanha de uso consciente da água.


Fonte: G1.com - Política

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