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Produtores familiares do sul do país visitam o vale do São Francisco

Produtores familiares da região da Serra Gaúcha, localizada no estado do Rio Grande do Sul, visitaram os municípios de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, com o objetivo de fazer contato com produtores nordestinos e conhecer a realidade da região do vale do São Francisco, onde a produção de frutas, apesar do clima adverso, tem se destacado internacionalmente.
A iniciativa de realização da visita foi do Sebrae e Senar, por meio do projeto “Juntos para Competir”, e contou com o apoio técnico e logístico das 3ª e 6ª superintendências regionais da Codevasf, sediadas em Petrolina e Juazeiro, respectivamente.
A programação incluiu visita técnica ao campo experimental do Perímetro Irrigado de Bebedouro, em Petrolina, onde a Embrapa desenvolve experiências de cultivo de frutas de clima temperado, como pera, maçã e caqui; à empresa Moscamed, onde assistiram uma apresentação sobre o controle biológico de pragas na agricultura, e conheceram o processo de “fabricação” do macho estéril da Mosca da Fruta, um inseto que também ataca as plantações sulistas; e finalmente, ainda em Pernambuco, o Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho.
Na Bahia a comitiva visitou a empresa Special Fruit, localizada na estrada que liga Juazeiro a Curaçá, e que há 23 anos produz e exporta frutas, principalmente manga e uva da região.
Outro local visitado foi o Mercado do Produtor de Juazeiro, um entreposto comercial que chega a comercializar cerca de 80 toneladas de frutas por mês, segundo seus administradores.

Diferenças

Fizeram parte do grupo de gaúchos produtores familiares que possuem pequenas cantinas onde fabricam vinho. Segundo João Tosta, um dos técnicos da Codevasf que também acompanhou a comitiva, “a Serra Gaúcha está localizada no nordeste do Rio Grande do Sul onde há forte presença da colonização alemã e também italiana, sendo que as principais cidades são Caxias do Sul, Gramado, Canela, Vacaria, Bento Gonçalves, Garibaldi, e Veranópolis, dentre outras”. Os descendentes do grupo são de famílias da região do Trento e do Vêneto, que desembarcaram no Brasil há cerca de 150 anos.
Segundo Tosta, a região serrana apresenta, em certas épocas do ano, clima com temperaturas negativas, e em algumas propriedades do alto da Serra é possível notar a presença de microclimas, devido à declividade do terreno. Isso também influencia a produção agrícola, e no caso da uva, restringe a produção a uma safra por ano, sem falar da incidência de pragas, como o mildío da videira e o oídio, que podem diminuir consideravelmente os resultados produtivos.
Os visitantes ficaram impressionados com os resultados obtidos no Vale através da irrigação, como a possibilidade de se ter duas safras ao ano, especificamente no caso da uva. Além disso, pesquisas mostram que no sul do país uma videira demora três anos para produzir, mas no vale do São Francisco esse tempo cai para aproximadamente 11 meses.
O terreno plano, a organização e o tamanho das propriedades também chamaram a atenção dos gaúchos. Enquanto na região deles as áreas cultivadas tem em média dois ou três hectares, no Vale do São Francisco eles visitaram propriedades com 220 hectares. Outra observação foi quanto à mão de obra, que no sul geralmente se restringe aos membros de uma mesma família.
Neste contato com pequenos, médios e grandes produtores, a troca de experiências foi positiva. Em visita ao Mercado do Produtor de Juazeiro, o grupo conheceu o presidente da Associação dos Usuários do Perímetro Irrigado Salitre (ASUPIS), Acácio Oliveira, que detalhou algumas particularidades do perímetro onde atua, conjuntamente com a Codevasf, no qual o processo produtivo está sendo desenvolvido para futuramente ser autossustentável.
Na oportunidade, o representante da comitiva sulista, Nestor Pistorelo, consultor do Sebrae e Senar do Rio Grande do Sul, e ex-presidente da CEASA de Caxias do Sul, fez o convite para que produtores nordestinos também visitem o estado dele para conhecer a realidade local.


Fonte: Codevasf

Produção familiar em comunidades rurais do Maranhão recebe novos investimentos da Codevasf

O fortalecimento da produção familiar irrigada, da cadeia produtiva do leite, da piscicultura e da apicultura é o foco da entrega de equipamentos para comunidades rurais que será feita pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), numa ação em parceria com o governo do estado do Maranhão por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), cujo investimento é de R$ 1 milhão no âmbito do Plano Brasil sem Miséria, do governo federal.
A solenidade ocorre às 9h desta sexta-feira, 28 de novembro, no Multicenter Sebrae, em São Luís (MA). Somados, os valores investidos em equipamentos já entregues pela Codevasf este ano ultrapassam R$ 4,2 milhões.
Além da Codevasf e da Sagrima, outros apoiadores dessas ações no estado são o Sebrae, o Senar e o Sindicato das Indústrias de Leite e Derivados do Estado do Maranhão (Sindileite), entidades que contribuem para a ação com organização, capacitação e logística.
Os kits familiares de produção serão repassados pela Codevasf mediante concessão onerosa, dispositivo que obriga a entidade a oferecer uma contrapartida pelo recebimento do benefício. No caso dos entrepostos de mel e de leite, por exemplo, será realizada doação de um percentual da produção previamente estipulado a creches e escolas públicas.
Os equipamentos irão oferecer alternativa de renda para famílias que vivem em municípios afetados por uma estiagem prolongada e com situação de calamidade ou emergência decretada pela Defesa Civil, como Balsas, Colinas, Igarapé Grande, Joselândia, Pastos Bons, Peritoró, São João Batista, São João dos Patos e Viana.
Dentre os equipamentos a serem entregues estão 15 tanques de resfriamento de leite, sendo sete com capacidade para 1 mil litros e oito para 2 mil litros. O investimento é de aproximadamente R$ 156 mil e tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva de leite a partir do armazenamento apropriado, tornando o processo mais eficiente e adequado às exigências sanitárias.
Além disso, há equipamentos de fomento à piscicultura familiar no estado, como 240 tanques-rede, acessórios de apoio e de insumos, obtidos com recursos de aproximadamente R$ 460 mil.
Também estarão sendo entregues 1.087 caixas d’água de 500 litros, perfazendo em torno de R$ 125 mil investidos. Essas caixas, juntamente com os 2.700 kits de irrigação familiar de 500m² já distribuídos, integram uma ação conjunta dos programas Água para Todos e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária, no eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria.
Outra atividade produtiva apoiada pela Codevasf é a apicultura, sobretudo por se tratar de uma das diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que é coordenada pelo Ministério da Integração Nacional (MI).
Na solenidade estarão sendo entregues 410 tambores para acondicionamento de mel, 400 baldes plásticos de 18 litros, 300 bandejas de aço, 300 baldes de inox de 20 litros com peneira e 205 estrados em PVC, nos quais foram investidos quase R$ 170 mil. Esses equipamentos agregarão valor à comercialização, na medida em que auxiliam na adequação às regras de higiene e normas sanitárias.
Kits de apicultura já entregues pela Codevasf beneficiaram 279 famílias de comunidades rurais maranhenses, num total de 5.990 colmeias. Além dos kits, associações de beneficiários receberam outros equipamentos para suas Unidades de Beneficiamento de Mel nos municípios de Anajatuba, Bacabeira, Centro Novo do Maranhão, São João Batista e Viana.
Os recursos são oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI) e são destinados ao incentivo da produção agrícola de famílias que vivem em zona rural.
“Esta ação é, com certeza, um grande impulso para desenvolver ainda mais o setor produtivo, que é a grande vocação econômica do Maranhão. Com os equipamentos que serão entregues possibilitaremos aos pequenos produtores não apenas o acesso à tecnologia, como uma produção mais organizada, regular e eficiente”, avalia o Secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo.
O superintendente regional da Codevasf no Maranhão, João Martins, também destaca a importância desses equipamentos para a população rural do estado do Maranhão.
“São equipamentos e insumos destinados a produtores familiares rurais de diversos municípios inseridos na área de atuação da Codevasf no estado. Essas famílias passam a contar com ações estruturantes e de inclusão produtiva fundamentais para o incremento da produção e consequentemente da renda, melhorando, assim, a qualidade de vida desses grupos de beneficiários”, avalia o superintendente.

Plano Brasil Sem Miséria

Com o objetivo de promover inclusão produtiva e de garantir renda e acesso a serviços públicos à população que vive em situação extrema pobreza — caracterizada por possuir uma renda familiar per capta de até R$ 77 —, o governo federal lançou em 2011 o Plano Brasil Sem Miséria.
O trabalho de inclusão produtiva da Codevasf integra o Programa de Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária do Plano Brasil Sem Miséria e é executado em parceria com a SDR/MI.


Fonte: Codevasf

Evento discute utilização da irrigação nas lavouras de MS

Irriga MS será promovido nesta quarta-feira (26), em Dourados. No evento serão apresentadas tecnologias para o uso do sistema.

Dourados, a 214 quilômetros de Campo Grande, sedia nesta quarta-feira (26), um ciclo de palestras que vai apresentar as mais recentes tecnologias para a irrigação e como os sistemas vêm sendo utilizados em Mato Grosso do Sul.
O Irriga MS será realizado a partir das 13h30, no auditório do Sindicato Rural de Dourados. O evento está sendo promovido pela entidade em parceria com a empresa Dekalb e a Federação de Agricultura e Pecuária do estado (Famasul), a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
No evento, profissionais da área e produtores rurais poderão obter informações sobre o Clube de Irrigação para Altas Produtividades, com o presidente do Clube e chefe da divisão técnica do Senar/RS, João Telles, e entender mais sobre a viabilidade e os custos para implantação dos sistemas. Outra palestra será com o assessor econômico do Senar/RS, Antônio da Luz, que irá retratar gargalos da irrigação como a deficiência energia elétrica e a licença ambiental.
Segundo os organizadores, Mato Grosso do Sul tem várias características que estimulam o uso de irrigação nas lavouras, como solos de boa qualidade e rios em regiões estratégicas. O custo de implantação do sistema de irrigação com pivot - estrutura que distribui a água em um hectare de área plantada - pode custar de R$ 6 mil a R$ 8 mil no estado.
Os organizadores alertam que esse valor, somando a outros gastos com a lavoura, como adubação, manejo e colheita, pode comprometer o lucro final, e que, por isso, no momento da escolha do sistema, o produtor tem que levar em consideração também o uso de mão de obra e energia, incidência de pragas e doenças, rendimento da cultura, quantidade e qualidade de água disponível.
Há um ano no estado, o técnico Jorge Luis Pelisson, um dos organizadores do evento, observou que a maior parte dos produtores opta pelo método convencional de irrigadores. “O manejo no sistema de irrigação é muito mais que distribuir água no campo. As mais recentes técnicas associam praticidade, economia e agricultura de precisão, métodos que garantem a verticalização da produtividade com sustentabilidade”, conclui.


Fonte: G1.com - Mato Grosso

Perímetros irrigados do Baixo São Francisco têm novas ações da Codevasf

O perímetro irrigado Propriá, administrado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), terá serviços de operação e manutenção executados por uma associação de produtores do próprio perímetro. A administração da infraestrutura de irrigação de uso comum foi transferida à Associação de Produtores do Perímetro Irrigado Propriá. A proposta é tornar mais ágil a execução de serviços de operação e manutenção.
Com a medida, o perímetro Propriá passa a ter um modelo de gestão semelhante ao praticado em outros projetos de irrigação sob a responsabilidade da Codevasf, incluindo os perímetros Cotinguiba/Pindoba e Betume, no Baixo São Francisco sergipano. A assinatura do contrato para delegação de competências autoriza a associação a arrecadar a tarifa de água utilizada na irrigação dos lotes e investir esses recursos em ações de operação e manutenção do perímetro irrigado em favor dos próprios irrigantes.
O contrato prevê a transferência da responsabilidade sobre a patrulha mecanizada, autorizando os irrigantes a definirem o cronograma e as prioridades na utilização das máquinas. A Codevasf, além de fiscalizar o contrato, irá ceder mão-de-obra para a operação das máquinas. A Codevasf também seguirá auxiliando os produtores, arcando com o custeio de combustível, energia elétrica e despesas de valores mais elevados, a exemplo de reabilitação de máquinas, como ocorre nos projetos Cotinguiba/Pindoba e Betume.
Além da arrecadação da tarifa de água - a tarifa K2 -, a Associação de Produtores do Perímetro Irrigado Propriá poderá acrescentar às suas receitas também os valores obtidos por serviços eventualmente prestados aos irrigantes e os repasses efetuados pela Codevasf por meio de convênios que venham a ser firmados para a execução de atividades que não estejam previstas no contrato de delegação de competências. O contrato tem validade inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos.

Novas máquinas

Além da transferência de gestão do perímetro Propriá, a Codevasf adquiriu novas máquinas para o apoio às ações de operação e manutenção dos perímetros irrigados do Baixo São Francisco sergipano. Ao todo foram disponibilizadas três escavadeiras hidráulicas, três caminhões basculantes e uma retroescavadeira para ações nos perímetros Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume. 
O investimento da Codevasf para aquisição das máquinas, que vai proporcionar ampliação e renovação de sua patrulha mecanizada, será de R$ 1,839 milhão em recursos do programa federal Mais Irrigação, que é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional. As empresas, além de fornecerem os equipamentos à Codevasf, também ofertam capacitação para a correta operação das máquinas.
O superintendente regional da Codevasf, Said Schoucair, afirmou que a empresa tem o compromisso de reabilitar e melhorar cada vez mais a infraestrutura dos perímetros irrigados do Baixo São Francisco. “Essa é uma aquisição de grande importância para os produtores, tendo em vista o início do plantio da próxima safra da rizicultura”, declarou o superintendente.
Outras ações da Codevasf para a reabilitação dos perímetros irrigados Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume estão em andamento. Já foram licitadas e devem ser iniciadas em breve a obra de reabilitação dos canais de irrigação do perímetro Betume e a reabilitação de 51 conjuntos de eletrobombas. Também já foi finalizado o processo licitatório para aquisição de lubrificantes que serão utilizados na operação das máquinas.


Fonte: Codevasf

Senir participa de reunião sobre agricultura irrigada em Campo Grande (MS)

Encontro promove diálogo entre setor público e iniciativa privada. Secretário nacional de Irrigação representa a pasta.

O Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), participa de reunião sobre agricultura irrigada nesta segunda-feira (24/11), em Campo Grande (MS). O encontro é realizado na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) e conta com a presença de representantes de instituições ligadas à área rural do estado. O objetivo é promover o diálogo entre setor público e iniciativa privada.
O secretário nacional de Irrigação do MI, Guilherme Costa, reforça que o momento é de reflexão e de posicionamento de todos os setores relacionados à agricultura irrigada. "É importante lembrar que, no final de outubro, finalizamos o texto da regulamentação da Política Nacional de Irrigação, que é um assunto amplo. E o diálogo contribui para que não haja lacunas sobre nenhum tema", afirma o representante do MI na reunião.
Costa lembra que a Organização das Nações Unidas declarou 2014 como o 'Ano Internacional da Agricultura Familiar' (AIAF 2014), com a proposta de promover ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e o entendimento dos desafios enfrentados pelos pequenos agricultores.

Leite Forte 

Pela manhã, o secretário participou de evento do Programa Leite Forte, da Seprotur. Na ocasião, foram apresentados os números e perspectivas do setor leiteiro do Mato Grosso do Sul. 
Criado para potencializar recursos humanos, materiais e financeiros de instituições públicas, privadas e agentes da cadeia produtiva com o objetivo de fortalecer o setor lácteo, o programa destinou, ao longo de 2014, 500 kits de irrigação, por meio de convênio com a Senir, no valor de R$ 5 milhões. 
"Esses kits, disponibilizados para irrigar 0,5 hectare de pastagem para gado de leite, foram uma forma de unir esforços para aumentar a produtividade dos agricultores familiares e melhorar a qualidade do leite", explica Guilherme Costa.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Pequenos agricultores começam a lucrar com cultivo do maracujá no RN

Pneus velhos são usados como vasos e evitam o uso de agrotóxicos. Projeto piloto foi implantado há quatro meses e usa uma técnica sustentável.

Os pequenos agricultores de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, começaram a investir no cultivo do maracujá. Eles usam pneus velhos como vasos e estão evitando o uso de agrotóxicos.
Em uma propriedade da Associação dos Trabalhadores Rurais, em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal, a primeira fase da colheita do maracujá em um hectare plantado começou há 20 dias. Esta é a primeira safra que José de Morais, agricultor, vai colher.
A plantação faz parte de um projeto piloto implantado há quatro meses, que usa uma técnica sustentável. Ao todo, 1,6 mil pneus que foram jogados na rua são usados como vasos para o cultivo de 800 mudas.
Outro destaque da técnica inovadora é que a plantação de maracujá segue o conceito agroecológico. Como as mudas são cultivadas fora da terra, elas são menos afetadas por doenças e os agricultores optaram por não usar defensivos contra as pragas. O resultado é um fruto mais saudável e com qualidade.
O projeto dos agricultores conta com o apoio da Secretaria de Agropecuária do município. Além de ceder o terreno, os pneus e parte do material de irrigação foram doados.
Aluízio Barbosa, que também faz parte do projeto, está otimista com a renda do maracujá. “Ele tem um preço melhor e vai produzir por muitos anos. Estamos felizes”, diz.
Até agora, três agricultores da associação já começaram o cultivo do maracujá. Eles esperam uma renda média líquida de R$ 1,5 mil por mês.


Fonte: Globo Rural

Codevasf participa de evento nacional que discute articulação política das águas

“O comitê de bacia hidrográfica como articulador político das águas” é o tema do XVI Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (Encob), evento que ocorre em Maceió (AL) de 23 e 28 de novembro e que tem a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) entre as entidades participantes. A Codevasf manterá um estande no evento, onde visitantes terão contato com mudas de ipê, ouricuri, pau brasil e palmeira – espécies que serão utilizadas na recuperação de áreas degradadas, um trabalho desenvolvido pela Companhia em parceria com o Centro de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas do Baixo São Francisco (Crad/Ufal).
Entre os objetivos declarados do Encontro está o de possibilitar que os comitês de bacia identifiquem coletivamente oportunidades e desafios para a promoção da gestão integrada das águas e apontem para a sociedade mecanismos de sustentabilidade dos recursos hídricos.
De acordo com a Lei nº 9.443 – Lei das Águas –, compete aos comitês de bacia promover o debate de questões relacionadas a recursos hídricos, aprovar o plano de recursos hídricos da bacia, estabelecer mecanismos de cobrança pelo uso da água e sugerir valores a serem cobrados, entre outras atribuições. A lei prevê que os comitês sejam compostos por representantes da União, dos Estados e dos municípios cujos territórios se situem, ainda que parcialmente, em suas respectivas áreas de atuação, além de por representantes dos usuários das águas e das entidades civis de recursos hídricos com atuação comprovada na bacia.
“O Encob é um fórum de importância múltipla para a troca de conhecimentos dos processos e diretrizes praticados pelos comitês de diversas bacias hidrográficas, do Brasil e exterior”, afirma Athadeu Ferreira da Silva, assessor da presidência da Codevasf e representante da Companhia no Comitê de Bacias Hidrográficas do São Francisco (CBHSF).
A programação do XVI Encob é composta por seminários, oficinas e minicursos. Os assuntos em discussão incluem educação ambiental para a gestão de recursos hídricos, plano de bacia como instrumento estratégico de sustentabilidade, técnicas de elaboração de projetos e captação de recursos, financiamento e sustentabilidade de comitês de bacia, cobrança pelo uso dos recursos hídricos como instrumento de superação de obstáculos à gestão das águas e produção de energia hidroelétrica e usos múltiplos da água.
O Encob é realizado pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (Rebob), pelo Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, pelo Governo do Estado de Alagoas e por instituições parceiras. O público do encontro é composto por representantes do poder público municipal, estadual e federal, de usuários, de universidades e todos os demais interessados no tema.

Codevasf

A Codevasf tem a missão institucional de promover o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim com o uso sustentável dos recursos naturais e a estruturação de atividades produtivas para inclusão econômica e social.
O Vale do São Francisco estende-se pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás e pelo Distrito Federal; sua área total é de 619,5 mil km², onde se situam 505 municípios. O Vale do Parnaíba, por sua vez, inclui os estados do Maranhão, do Piauí e do Ceará; sua superfície é de 325,8 mil km², com 279 municípios. O Vale do Itapecuru situa-se no estado do Maranhão e cobre uma área de 52,5 mil km², com um total de 55 municípios. O Vale do Mearim situa-se igualmente no estado do Maranhão e tem superfície de 98,2 mil km², com cobertura de 84 municípios.


Fonte: Codevasf

Estudos para modernizar sistemas de irrigação serão entregues a produtores

Agricultores de perímetros da BA e de PE receberão os projetos no início de 2015.

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) entregará a agricultores de quatro perímetros irrigados, no início de 2015, projetos executivos que contribuirão para o uso eficiente da água e para a irrigação em períodos de seca. Serão contemplados produtores de Curaçá, Maniçoba, Tourão (BA) e Bebedouro (PE). Os estudos estão em fase de finalização.
Empresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional (MI), a Codevasf recebeu R$ 1,6 milhão da pasta, por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), para realizar os estudos. De acordo com o secretário nacional de Irrigação do ministério, Guilherme Costa, os projetos devem reduzir o volume de água utilizada na irrigação, com a diminuição dos custos de produção e o aumento dos índices de produtividade. Foi utilizado o modelo implementado com sucesso no perímetro de Mandacaru (BA).
Segundo Rodrigo Franco Vieira, engenheiro agrônomo da 6ª Superintendência Regional da Codevasf em Juazeiro, cada produtor receberá um projeto com desenhos e especificações técnicas e orçamentárias próprias cada lote. “Eles poderão implantar as mudanças por conta própria, financiando ou não, ou comprar os equipamentos em cooperativas. Criamos uma metodologia para conversão do sistema de irrigação que abrange desde aspectos econômicos e ambientais”, explica.
Um dos responsáveis pela metodologia adotada em Mandacaru, Vieira conta que o novo projeto é desenvolvido para 630 lotes nos quatro perímetros. “Pela primeira vez no serviço público, foi feito o teste de bulbo pra gotejamento, fundamental para reduzir os custos de investimentos. E as vazões previstas nos novos projetos caíram de 2,5 litros por segundo por hectare para 0,6”, explica o engenheiro.

Mandacaru

A conversão do sistema de irrigação em Mandacaru impactou em 52% na economia de água, em 36% na economia de energia e em até 36% na redução dos custos de produção. Além disso, ajudou a eliminar a erosão superficial e a diminuir o assoreamento no rio São Francisco.
A mudança do sistema foi implementada entre 2010 e 2011 em 54 lotes agrícolas familiares, de acordo com o cultivo de cada produtor– a área somada desses lotes representa quase 400 hectares do perímetro, que conta com uma área total de 800 hectares.
A metodologia criada para a conversão dos sistemas de irrigação em perímetros públicos é aplicável em qualquer localidade. No caso do gotejamento, a água é distribuída por meio de pequenos orifícios componentes das mangueiras diretamente para a zona radicular. Já na microaspersão, pequenos emissores a aspergem em áreas restritas, restringindo o bulbo molhado e aumentando a eficiência de aplicação e de absorção de fertilizantes

Irrigação

Com a criação da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), em 2011, a agricultura irrigada passou a figurar de forma mais intensa na agenda de prioridades do Governo Federal. Em razão do potencial do Brasil para irrigação, os investimentos nessa atividade podem consolidar o país como potência mundial na produção agrícola sustentável. Exemplos bem-sucedidos demonstram que o modelo é muito eficiente na geração de emprego e renda.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Codevasf intensifica visitas aos perímetros irrigados

Intenção é garantir assistência adequada aos produtores

Atendendo a uma demanda dos produtores locais, o superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) visitou nessa segunda-feira, 17, o perímetro irrigado Propriá. Acompanhado de técnicos da empresa, Said Schoucair ouviu irrigantes e adotou algumas providências para garantir assistência adequada aos produtores. Na semana passada, o superintendente já havia feito uma visita ao projeto Jacaré-Curituba, no Alto Sertão de Sergipe.
Acompanhado do chefe do Escritório de Apoio Técnico de Propriá, Marcos Caetano, do gerente regional de Administração, Walter Uchôa, e de representantes do Distrito de Irrigação de Propriá, o superintendente da Codevasf providenciou medidas para o fornecimento adequado de água para a produção agrícola no perímetro irrigado. A manutenção de eletrobombas, o desassoreamento de canais e a aquisição de bombas flutuantes foram encaminhadas, atendendo a uma solicitação do Distrito de Irrigação.
Said Schoucair afirmou que a Codevasf permanece aberta para o diálogo e a construção de soluções em conjunto com os irrigantes. 'Temos que priorizar o atendimento aos produtores, que são o nosso público principal, e buscar soluções no menor prazo de tempo possível. 
Intensificar a nossa presença no campo e agilizar os investimentos do programa Mais Irrigação vão proporcionar aos perímetros irrigados um impulso na produção agrícola', declarou o superintendente regional.
O programa Mais Irrigação, executado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destinou recursos para a reabilitação dos perímetros Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume, no Baixo São Francisco sergipano.
Estão em andamento a reabilitação de 57 quilômetros de canais de irrigação, a pavimentação granítica de 36 quilômetros de corredores de escoamento e a reabilitação de canais de aproximação. Além disso, será iniciada em breve a reabilitação de 51 conjuntos de eletrobombas.

Capacitação

Na oportunidade, o superintendente regional Said Schoucair também participou da abertura de um curso de capacitação em Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Até a próxima sexta-feira, 70 empregados de nível operacional que atuam direta ou indiretamente com instalações elétricas serão treinados sobre como se portar em ambientes com eletricidade para evitar acidentes.


Fonte: InfoNet

Moradores de São Paulo e Minas têm novas regras para uso da água

Restrições atingirão consumo de moradias, da indústria e também irrigações

Os moradores de Minas Gerais e de São Paulo, abastecidos pelas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, terão de seguir novas regras que envolvem a suspensão nas retiradas de água em períodos de escassez. As restrições vão atingir as atividades na indústria, no campo, no caso das irrigações, além do consumo em moradias e estabelecimentos comerciais.
As novas regras definidas pela Agência Nacional de Águas (ANA), pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) e pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) serão apresentadas hoje (18/11) aos usuários paulistas em encontro às 14h, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Amanhã (19/11), às 10h, na Avenida Barão de Itapura, no bairro de Botafogo, em Extrema, os usuários mineiros conhecerão as normas. Os esclarecimentos serão repassados a representantes da indústria, a produtores rurais e de empresas de captação para o abastecimento nas regiões metropolitanas.
Segundo a ANA, entre as mudanças, estão questões relacionadas ao estado de alerta, que deverá ser decretado quando o volume útil ficar abaixo de 5%, no caso do trecho paulista. Isso corresponde às captações das bacias do Jaguari, Camanducaia e Atibaia e é equivalente ao do Sistema Cantareira (formado pelas represas Jaguari, Jacarei, Cachoeira e Atibainha). Nessa condição, não haverá corte de retirada, mas indicará atenção aos usuários sobre a possibilidade de suspensão temporária, em caso de diminuição mais expressiva.
Se as vazões recuarem abaixo de 4 metros cúbicos por segundo, no Rio Atibaia, por exemplo, será ativado o estado de restrição em que o volume de captação será reduzido em 20% ou com suspensão no período das 18h às 23h para abastecimento. Em relação ao uso industrial, pode haver um corte de 30% na captação ou a suspensão da retirada das 7h às 13h. Para a irrigação, também foi definida uma redução de 30% ou eventual suspensão das 12h às 18h. As restrições serão aplicadas aos usuários que captam abaixo e acima de 10 litros por segundo.
Para o trecho mineiro da Bacia do Rio Jaguari, a ANA e o Igam estabelecem o estado de alerta quando o rio tiver vazões acima de 2,52 metros cúbicos por segundo e menores que 5,04 metros cúbicos por segundo no ponto de monitoramento Pires.
De acordo com nota da Ana, a questão foi debatida com os usuários nos últimos dias 1º e 2 de outubro. Os moradores tiveram prazo para encaminhar sugestões até o último dia 13 de outubro.


Fonte: Globo Rural

Codevasf é finalista do Prêmio ANA com projeto que economiza água e amplia produtividade na irrigação

O projeto que apresenta os efeitos ambientais, econômicos e sociais obtidos com a conversão do sistema de irrigação do Perímetro Mandacaru, implantado em Juazeiro (BA) pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), é um dos três finalistas ao Prêmio ANA 2014, promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA). De autoria dos técnicos da empresa Frederico Calazans, Juan Ramon Fleischmann e Rodrigo Franco Vieira, o projeto visa proporcionar o uso mais eficiente da água e contribuir para a revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco, apresentando como benefícios o fim do desperdício de água, o melhor desenvolvimento da planta e a economia de energia elétrica. A empresa concorre na categoria “Governo”.
A metodologia idealizada pelos técnicos da Codevasf constitui-se de pequeno reservatório escavado em cada lote, de onde é pressurizada a água para os emissores (microaspersores, gotejadores e aspersores) em menor quantidade – a depender da cultura.
Entre os benefícios apontados e quantificados estão o fim do desperdício de água, maior eficácia na aplicação dos produtos químicos, melhor desenvolvimento da planta, economia de energia elétrica, redução dos custos de produção, aumento significativo dos índices de produtividade e melhoria da renda do produtor.
“Como técnico da Codevasf desde 2001, não posso deixar de reconhecer que o projeto de conversão do Mandacaru é hoje um paradigma a ser seguido pela política pública nos projetos públicos de irrigação. O adequado manejo de água nas áreas de produção agrícola ainda é limitado. O caso do rio São Francisco é revelador: o rio está definhando, é preciso que os programas de revitalização ocorram também na agricultura irrigada, maior consumidor usuário de água do rio”, afirma o engenheiro agrônomo Frederico Calazans, que também responde pela Secretaria Executiva da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação da Codevasf.

Inovação tecnológica

As ações começaram em 2006 no lote de número 38, cujo projeto de conversão apontou resultados interessantes, motivando ampliação dos estudos e criação da metodologia.
Basicamente, os perímetros irrigados funcionam com uma estrutura hídrica composta por sistemas de captação e distribuição de água e drenos de escoamento da água não utilizada ou de chuva. No sistema mais tradicional de irrigação, a água é bombeada do rio e levada, por gravidade, através de canais abertos até os lotes, onde, por meio de valas ou regadeiras é jogada na terra através do uso de sifão.
Neste sistema tradicional existem problemas, tais como desperdício de água, seja por evaporação e vazamentos, seja por excesso do líquido; e erosão do solo e contaminação do meio ambiente, pois a água carreia os produtos químicos utilizados na produção. Atualmente ainda existem mais de oito mil hectares irrigados em sistema de irrigação por sulcos. Esses foram alguns dos fatores que motivaram os técnicos da Codevasf a buscar uma alternativa sustentável para a implementação da conversão do sistema de irrigação. Na realidade, os técnicos inventaram uma metodologia visando a conversão, utilizando-se das tecnologias disponíveis no mercado.
Segundo os estudos realizados até hoje, houve uma economia de aproximadamente 50% do total de água utilizada na irrigação em todo o perímetro, já que o bombeamento anual de água foi reduzido em 21%, e houve um aumento da área plantada em torno de 23%, entre 2011 e 2013. Em 2014, a área média ocupada está entre 80% e 90%, algo impensável no sistema por sulcos, sendo que este valor nunca será de 100%, haja vista que predominam culturas temporárias.
O perímetro irrigado Mandacaru, implantado pela Codevasf em 1973, está localizado a cerca de dez quilômetros da sede do município de Juazeiro (BA) e atualmente é composto por área irrigada total de quase 800 hectares, sendo que 419 hectares estão distribuídos em 54 lotes para pequenos produtores e 350 hectares, para empresas. A tradição de culturas no perímetro é de manga, cebola, melão e cana de açúcar (Agrovale).

Metodologia está sendo replicada

Diante dos resultados positivos já obtidos com o projeto, a Codevasf iniciou o processo de replicação da metodologia em outros perímetros implantados pela empresa, como em Bebedouro, em Pernambuco, e em Curaçá, Tourão e Maniçoba, na Bahia – com a elaboração de projetos executivos, além do estudo do perímetro como um todo. “Os projetos que estão sendo concebidos agora podem economizar ainda mais água, uma vez que está sendo utilizada uma nova metodologia para testar o tempo necessário de irrigação por gotejamento, contemplando a formação do bulbo molhado (área que deve permanecer irrigada ao redor das raízes) para cada tipo de solo”, afirma Calazans.
“Os projetos em andamento estão em um excelente grau de qualidade e detalhamento, inclusive dos reservatórios escavados, porém o sucesso da conversão está diretamente relacionado ao acompanhamento exclusivo das equipes de Assistência Ténica e Extensão Rural (ATER) por pelo menos três anos, sob o risco de se perder todo o esforço empregado”, explica o engenheiro agrônomo Rodrigo Vieira.
Segundo ele, a finalidade do trabalho é entregar um projeto para cada produtor com desenhos e especificações técnicas e orçamentárias para seu lote, acompanhados da devida ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), conferida pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Assim, cada produtor vai receber sua pasta individual da conversão do sistema que ele pode implantar por conta própria (financiados ou não) ou comprar os equipamentos via cooperativas. “No fundo, a replicação é o maior legado da metodologia Mandacaru”, afirma Vieira.
Na avaliação do engenheiro, é preciso pensar além da conversão, ou seja, no modelo dos novos perímetros. “A minha sugestão é que temos que mudar um pouco o enfoque do perímetro irrigado. Nos próximos projetos a serem implantados, sugere-se: plantas com menores dimensões (3 a 5 mil ha), dispersos por mais localidades; utilização de bombasstandard, e não sob medida, barateando e facilitando a manutenção e emancipação dos perímetros; bombeamento individualizado forçando o produtor a economizar água e melhorando a sua gestão; eliminar canais em detrimento de adutoras (manutenção mais fácil e barata); eliminação de casas de bomba nas estações de bombeamento principais e secundárias, mantendo apenas pontes rolantes e cerca de proteção”, explica.
Para Vieira, outro aspecto que precisa ser repensado é quanto à limitação do volume para cada irrigante. “Temos que começar a trabalhar com lâminas reduzidas. Mesmo em projetos situados à margem do rio, temos que limitar o volume anual de cada proprietário, predefinindo quanto cada produtor tem direito para que ele faça o melhor uso possível da sua água. Isso vai implicar em produzir a mesma quantidade ou mais com menos água. Além disso, o seu preço está muito barato, tem que ser revisto, dentro do que a legislação atual permite”, conclui.

Histórico de premiações

Com a mudança no sistema de irrigação realizada no perímetro Mandacaru, a Codevasf já foi premiada anteriormente. No ano passado, a empresa foi uma das finalistas ao Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013, na categoria “Gestores Públicos”. Em 2009, foi concedido à Companhia o prêmio ECO (promoção da Amcham e do Jornal Valor Econômico), na categoria Sustentabilidade em Novos Projetos, atribuído pela primeira vez ao Nordeste. Em 2011, o projeto foi apresentado no Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, realizada no Rio de Janeiro. No mesmo ano, a empresa recebeu o Selo Diamante pela organização não-governamental Ecolmeia, de São Paulo, por essa iniciativa.

Sobre o Prêmio ANA

O objetivo do prêmio é reconhecer o mérito de iniciativas do governo, de empresas, de organizações não-governamentais, de organismos de bacia, de ensino, de pesquisa e inovação tecnológica e da imprensa que se destaquem pela excelência de sua contribuição para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do País, promovendo o combate à poluição e ao desperdício e apontando caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações.

A cerimônia de premiação será no próximo dia 3 de dezembro, em Brasília (DF). Os vencedores receberão o Troféu Prêmio ANA, concebido pelo mestre vidreiro italiano Mario Seguso exclusivamente para o evento. Durante o evento, os vencedores apresentarão seus trabalhos no Pavilhão Brasil, estande do País no Fórum.

Para mais informações sobre o Prêmio ANA 2014, acesse: http://premio.ana.gov.br/Edicao/2014/default.aspx.


Fonte: CODEVASF

Irrigação: relatório apresenta propostas para emancipação de projetos públicos

Metodologia sugerida pelo documento deve ser adotada a partir de 2015, prevê secretário do MI para o setor. 

Um relatório elaborado pela Secretaria Nacional de Irrigação (Senir) do Ministério da Integração Nacional (MI) apresenta propostas que devem contribuir para a emancipação dos projetos públicos voltados para o setor. O documento "Desafios para a transferência de gestão dos perímetros públicos de irrigação - Proposta para a efetiva emancipação" foi finalizado no final de outubro (leia a íntegra do texto).
"A expectativa é que, a partir de 2015, possa ser adotada a metodologia proposta, de forma a permitir a construção de um planejamento adequado às necessidades do setor e a promover a emancipação sustentável desses projetos públicos, em consonância com a nova Política de Irrigação (Lei nº 12.787/2013)", explica o secretário nacional de Irrigação, Guilherme Costa.
O relatório propõe, entre outras sugestões, a modernização da gestão dos Projetos Públicos de Irrigação (PPIs), atendendo aos princípios legais de gestão democrática e participativa, de forma a adotar o modelo de Organização Social (necessidade de alteração da Lei nº 9.637/1998); a implementação de um sistema de informações para apoio à gestão por indicadores de desempenho; o estabelecimento de critérios de priorização das ações nos projetos para a emancipação e de critérios para o cálculo e a aplicação de tarifas de água reais e sustentáveis. 
Baseado na evolução recente dos indicadores de desempenho, o trabalho recomenda o início imediato da elaboração dos planos de emancipação dos PPIs de Pirapora/MG, Lagoa Grande/MG, Arroio Duro/RS, Tourão/BA e Mandacaru/BA; a promoção da capacitação de técnicos das entidades responsáveis pela gestão dos projetos e das organizações de irrigantes com vistas à mobilização e à preparação de um processo seguro e sustentável de emancipação para cada PPI.
Além disso, o relatório sugere maximizar a ocupação e exploração agrícolas dos PPIs, com medidas de melhoria do acesso ao crédito e de securitização da produção agrícola irrigada; aperfeiçoar os procedimentos de regularização fundiária com possível delegação às organizações gestoras de projetos; garantir recursos para a execução de ações integradas para o desenvolvimento e emancipação dos projetos, tais como Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), regularização e gestão fundiária e ambiental, serviços básicos e infraestrutura social. 

Senir e Codevasf

O trabalho começou a ser desenvolvido em março de 2013, por um Grupo de Trabalho (GT) designado pelo MI. Técnicos da Senir e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) analisaram a contextualização histórica relacionada ao tema. Eles se basearam em documentos das duas instituições e na coleta de informações e depoimentos junto às organizações de irrigantes de várias regiões do país. Também consultaram técnicos das entidades públicas responsáveis pelos projetos de irrigação, como o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), a própria Codevasf, e dos estados.
"O grupo analisou a legislação e os instrumentos normativos existentes, incorporando inclusive os preceitos da nova Política Nacional de Irrigação. Os estudos contemplam a aplicação de uma metodologia de avaliação dos projetos públicos de irrigação através de indicadores de desempenho. Essa ferramenta serve para identificar os projetos que se encontram em condições de emancipação", explica o especialista em infraestrutura Sênior da Senir e coordenador dos trabalhos, Antônio Carvalho Feitosa.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

DNOCS define com MST benefícios para a população atingida por áreas desapropriadas

O Diretor Geral, Walter Gomes de Sousa, dirigentes e técnicos do DNOCS se reuniram no dia de ontem (12.11) na sede da instituição com integrantes do Movimento dos Tralhadores Rurais Sem Terra (MST) para tratar de diversas demandas reivindicadas pelos movimentos sociais e de trabalhadores rurais em áreas e projetos em que o órgão desenvolve ações. Participaram também da reunião membros da Cáritas, dos atingidos por construção de barragens (MAB), irrigantes de perímetros, reassentados e técnicos do Incra, da Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará e do Idace.
A pauta de discussão foi iniciada com a construção da barragem Fronteiras, em Crateús, e suas intervenções. O movimento reivindicava prazos de construção, desapropriação de áreas para reassentamentos e pagamentos de desapropriações. O diretor de Infraestrutura Hídrica do DNOCS, Glauco Mendes, informou que o início da construção da barragem só poderá ser confirmada após o Ministério do Planejamento autorizar a emissão da Ordem de Serviço. Quanto à relocação dos atingidos pela construção do empreendimento, está prevista, entre outras ações, a desapropriação da fazenda Besouro, e a definição do público reassentado para discutir junto com a comunidade o local dos núcleos urbanos e rurais. Para isso o cadastro está sendo feito e que será contratado dois integrantes da comunidade para trabalhar como elo de informação entre as partes envolvidas. Na ocasião, foram definidos os dias 26 e 27 de novembro como datas das próximas reuniões em Crateús para que as demandas sejam discutidas de forma consensual.
Na área da barragem Figueiredo que o DNOCS construiu no município de Alto Santo, o Movimento reivindica celeridade na conclusão da instalação de energia elétrica nos assentamentos e agrovilas, aquisição de áreas produtivas e acesso à água, além de cestas básicas e definição das famílias beneficiadas. O diretor do Idace ( responsável por essas ações) Ricardo Lima, destacou que a questão das áreas está sendo ainda negociada em razão da diferença de preços de tabela e a reivindicada pelos proprietários das terras. Os 300ha reivindicados da Oziel estão sendo discutidos suas formas legais de repasse e quanto à energia, ela já está sendo instalada nas comunidades Lapa e Boa Esperança. Porém, o atraso se deve mais à atuação da Coelce na implantação da rede de distribuição. Para o atendimento de cestas básicas há um contrato de 24 meses, portando, ainda existem doze meses de benefícios. Sobre o acesso à água, já foram instaladas 75 cisternas nas agrovilas, faltando o atendimento à comunidade Boa Esperança.
Na Chapada do Apodi uma área, equivalente a 1.700ha, foi integrada por trabalhadores rurais do MST, a qual denominaram de Território Camponês Irrigado Zé Maria do Tomé. Há um impasse legal na regularização dessa área, que o diretor geral do DNOCS assumiu a responsabilidade de tentar resolver. Em videoconferência realizado no período da tarde na sede do Incra em Fortaleza, que contou com as participações do superintendente Roberto Gomes, do diretor geral do DNOCS, Walter Gomes de Sousa, e representantes dos Ministérios da Integração Nacional e do Desenvolvimento Agrário (MDA), o representante desta Pasta ressaltou que é preciso desenvolver um escopo de modelo jurídico para a Chapada do Apodi. Ficou claro que, para que as negociações desse assentamento avancem, não é preciso que o Incra tenha o domínio das terras.
Contudo, ficou encaminhado que na última semana de novembro, entre os dias 24 e 28 (data ainda a estipular), uma comissão do MST será recebida em Brasília para discutir a formulação do modelo jurídico a ser encaminhado aos ministros (MI e MDA). Entretanto, apesar da exigência do MST, não ficou garantido que os ministros participarão do encontro.
Sobre a reintegração de posse das terras que, segundo o MST, foi endossada pelo DNOCS, o diretor geral do DNOCS afirmou que as orientações, quanto ao tratamento do assunto, já foram encaminhadas ao MI. Tanto o diretor quanto os representantes do MI e MDA ressaltaram a importância das responsabilidades compartilhadas para a solução do problema.
Na próxima terça-feira (18/11), será realizada uma reunião do Grupo de Trabalho na sede do DNOCS, a partir das 9 horas, que deverá contar ainda com a participação do superintendente do Incra.


Fonte: DNOCS

Pesquisadores do IAC desenvolvem feijão mais resistente à seca

Os produtores de feijão-carioca em diferentes regiões do Brasil começaram a cultivar, nas safras de 2013 e deste ano, uma variedade do feijoeiro Phaseolus vulgaris L. mais resistente à diminuição da disponibilidade de água durante o período de crescimento da planta. 
Trata-se de uma cultivar desenvolvida por pesquisadores do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio de um projeto realizado com apoio da FAPESP. 
Batizada de IAC Imperador, a cultivar é capaz de se desenvolver com volume de água até 30% menor do que o usual, afirmam os pesquisadores da instituição. 
"A IAC Imperador já está em todas as regiões do Brasil e hoje há 28 empresas fazendo a multiplicação dessa cultivar", disse à Agência FAPESP Alisson Fernando Chiorato, pesquisador e diretor do Centro de Grãos e Fibras do IAC e coordenador do projeto. 
"Os testes que realizamos com essa planta demonstraram que ela tolera a redução de até 30% do volume de água durante o cultivo. Com isso, além de diminuir o uso de água, o agricultor utiliza menos energia elétrica em seu sistema de irrigação", avaliou Chiorato. 
A IAC Imperador tem um ciclo de cultivo mais curto em relação a outras variedades de feijão. A cultivar completa seu ciclo de crescimento em 75 dias, ante 95 dias do ciclo normal. A raiz da planta também cresce mais rápido e é mais robusta em comparação com outras. 
Com essas características, a planta extrai mais água e nutrientes do solo, em maiores profundidades, permanece menos tempo no campo e sofre menos com a falta de água. 
"A redução do ciclo de cultivo e a raiz mais robusta conferem à planta um sistema mais agressivo para a aquisição de água e a fazem mais tolerante a situações de estresse hídrico", disse Chiorato. 
"A produtividade é menor do que a de uma planta que não sofreu estresse hídrico, mas mantém a qualidade do grão para ser comercializado pelo produtor", disse. 

Cruzamentos de linhagens 

A IAC Imperador foi obtida a partir do intercâmbio de materiais do banco de germoplasma do IAC e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat), em Cali, na Colômbia. 
Por meio de uma colaboração iniciada em 2009, os pesquisadores do IAC importaram 420 linhagens genéticas de feijoeiro da instituição de pesquisa colombiana, que já trabalhava no desenvolvimento de cultivares tolerantes ao déficit hídrico, visando transferi-las para países africanos. 
Ao avaliar 250 dessas 420 linhagens genéticas, os pesquisadores brasileiros identificaram duas como mais promissoras e iniciaram os cruzamentos delas com as cultivares do IAC. A Imperador é resultado desses cruzamentos. 
"Ao todo, fizemos mais de 500 hibridações [cruzamentos genéticos] entre cultivares de feijoeiro, que resultaram em cerca de 2,5 mil linhagens, das quais selecionamos 76 que estão agora em avaliação", disse Chiorato. 
"Estamos tentando identificar uma ainda melhor que a IAC Imperador, capaz de produzir feijão com redução de disponibilidade de água entre 32% e 35%", disse. 
Os pesquisadores da instituição selecionam linhagens que sofrem menos com a redução da disponibilidade de água durante a fase vegetativa – o estágio mais sensível do desenvolvimento da planta, que antecede o florescimento. 
Para isso, eles cultivam as plantas em uma estufa coberta, onde são irrigadas pelo prazo máximo de até dez dias após a germinação, e avaliam a perda de produtividade de cada uma das diferentes cultivares. 
As linhagens que sofrem menos com o estresse hídrico são selecionadas e recombinadas com outras. Segundo Chioratto, o feijoeiro Phaseolus vulgaris L. é uma planta muito sensível à falta de água e pode suportar uma redução de disponibilidade hídrica para completar seu ciclo de cultivo de até 40%. "Ela produz menos, mas consegue fechar o ciclo até esse limite de disponibilidade de água", disse. 
No entanto, a planta produz grãos de feijão murchos, pequenos e mais duros, impróprios para comercialização e consumo, e pode até mesmo morrer. A nova cultivar garante a qualidade do grão, mesmo que o rendimento seja um pouco menor. 
A proposta do programa de melhoramento genético de cultivares de feijoeiro tolerantes ao estresse hídrico do IAC é identificar e usar linhagens mais resistentes ao déficit hídrico em regiões em que o veranico tem sido superior a 30 dias sem chuva. 
"Estamos minimizando a sensibilidade das plantas em período de veranicos, em que é comum ficar de 15 a 35 dias sem chuva", estimou. 

Cana 

Por meio de um projeto também realizado com apoio da FAPESP, outro grupo de pesquisadores da instituição tenta identificar genes de cana-de-açúcar (Saccharum sp) que confiram à planta tolerância ao estresse hídrico. 
Os pesquisadores já identificaram 10 potenciais genes da cana relacionados ao estresse hídrico e irão realizar agora testes de sua função usando inicialmente arroz (Oryza sativa) como planta-modelo. 
"O arroz é uma planta bastante próxima da cana-de-açúcar. Ela tem um ciclo rápido de crescimento, que possibilita avançar entre três e quatro gerações por ano", explicou Silvana Creste, pesquisadora do IAC e coordenadora do projeto. 
Mas, além do arroz, os pesquisadores colocam os genes já identificados em variedades comerciais de cana para fazer uma avaliação funcional. 
"Estamos realizando esses testes inicialmente em casa de vegetação para depois podermos avaliar se os genes são alvos interessantes para o desenvolvimento de uma variedade de cana comercial transgênica", disse Creste à Agência FAPESP.


Fonte: Bonde

Preço do limão na entressafra anima agricultores de São Paulo

Eles estão recebendo até R$ 100 pela caixa de 27 quilos. Quem colocou sistemas de irrigação está aproveitando os preços.

Nem todas as frutas podem ser colhidas do pé porque algumas estão na fase de desenvolvimento para a próxima safra. Paulo Trindade tem um sítio em Taquaritinga, no nordeste de São Paulo, com 13 hectares e conta que a quebra na produção do limão tahiti chegou a 10%.
O alto preço pago pela caixa cobriu a diferença na quantidade produzida e para não faltar produto na entressafra, a colheita do limão está sendo feita em plantações irrigadas, o que fez aumentar ainda mais o valor. “O ano passado, o preço na entressafra foi bom, mas foi no máximo R$ 50 a caixa. Este ano, chegou a R$ 120, uma boa diferença”, diz.
O presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antônio dos Santos, calcula que a quebra na produção foi de 15% no estado de São Paulo por causa da estiagem.
São Paulo é o principal produtor de limão do país, com mais da metade da safra, e a região de Taquaritinga concentra 30% da colheita paulista. Para o ano que vem, a expectativa é que a chuva dos últimos dias possa melhorar a situação.


Fonte: Globo Rural

Ação da Codevasf irá levar água a comunidades rurais do sertão pernambucano

Já estão em andamento as obras dos sistemas de abastecimento de água de comunidades rurais do Sertão de Pernambuco. Os serviços estão sendo executados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), por meio de sua 3ª Superintendência Regional, em Petrolina, com investimentos da ordem de R$ 11,4 milhões. Os recursos foram repassados à Codevasf pelo Ministério da Integração Nacional no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Do total investido, aproximadamente R$ 3 milhões já foram aplicados. Mais de 11 mil famílias serão beneficiadas com a obra. Os sistemas beneficiarão comunidades rurais de Cabrobó, Itacuruba, Petrolândia, Tacaratu e Jatobá, municípios que integram a área de abrangência da Codevasf no estado. Os serviços correspondem à segunda etapa da obra. De acordo com o contrato, o prazo previsto para a conclusão de instalação dos sistemas é de 540 dias contados a partir da assinatura da ordem de serviço.
“Esta é uma das principais obras na área de infraestrutura hídrica que a Codevasf vem executando em sua área de atuação em Pernambuco. Uma ação de grande importância para as comunidades beneficiadas”, disse o gerente regional de revitalização de bacias da 3ª SR, Elijalma Augusto Beserra.
Segundo Beserra, ao todo serão sete sistemas construídos, os quais contarão com seis captações flutuantes, mais de 21 mil metros de adutora, uma estação de tratamento convencional e quatro compactas, 37 mil metros de adutora de água tratada, oito reservatórios em concreto armado e cinco metálicos com capacidade para receber 1.220 metros cúbicos de água.

Água tratada

Ainda estão incluídas no sistema, sete estações elevatórias de água tratada, mais de 102 mil metros de redes de distribuição, além de 1.900 ligações domiciliares. “São 5 mil metros de distribuição de rede, 6 mil metros de adutora e 30% dos reservatórios já erguidos. Esse volume de serviço corresponde a aproximadamente 5% de todo o sistema”, acrescentou.
O primeiro sistema ficará na comunidade de Santa Rita, município de Jatobá. Os trabalhos incluem a instalação da captação flutuante; conclusão de assentamento de adutora e rede de distribuição e ligações domiciliares. Será ainda construída a estação de tratamento de água e o reservatório metálico, beneficiando 360 famílias.
O segundo sistema, também em Jatobá, será implantado na localidade de Umburanas com implantação da captação flutuante, construção de casa de comando, conclusão da adutora e da rede de distribuição e ligações domiciliares que permitirão levar água de consumo humano para 330 famílias.
Nas comunidades de Camaratu, Cacheado, Bananeiras, Bem Querer e Saco dos Barros, também em Jatobá, e em Brejo dos Padres e Olho D’água do Julião, na cidade de Tacaratu, ficará o terceiro sistema de abastecimento que levará água para mais de 6 mil famílias. Serão construídas três estações elevatórias para água tratada, conclusão de assentamento de adutora e rede de distribuição, ligações domiciliares, implantação de reservatórios em concreto armado e um metálico.
O quarto sistema de abastecimento que a Codevasf levará para as comunidades rurais de municípios sertanejos de Pernambuco atingirá 3.400 famílias que residem em Vila Nova, Salão, Piancó, Lagoinha, Mundo Novo, Barriguda, Logradouro e Serrinha, em Petrolândia, além de Macaco e Espinheiro, em Tacaratu.
Haverá a instalação de captação flutuante, conclusão de assentamento de adutora e rede de distribuição, e feitas as ligações domiciliares. Também serão construídas as estações de tratamento de água convencional; quatro reservatórios em concreto armando e cinco estações elevatórias de água tratada.
No quinto e sexto sistemas, a água chegará para 100 famílias de Ingazeira e 60 famílias de Poço de Cavalos, ambas em Itacuruba. Ingazeira terá a instalação de captação flutuante e de uma estação de tratamento d’água. Já em Poço dos Cavalos, haverá a instalação de captação flutuante e de estação de tratamento de água.
O sétimo sistema contemplará Manguinha, Riacho Fundo, Riacho dos Bois, Barro Vermelho, Eloíta, Pereira e Poço do Angico, todos na zona rural de Cabrobó. Serão beneficiadas 1.020 famílias com a instalação de uma estação de captação flutuante.
“Já foi dada a ordem de fornecimento de aquisição dos filtros para Santa Rita e Umburanas, comunidade localizadas em Petrolândia. A obra também já gerou de imediato mais de 50 empregos”, relatou Elijalma.


Fonte: Codevasf

Práticas de cultivo do arroz irrigado podem integrar Plano ABC

O Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que hoje contempla sete diferentes sistemas sustentáveis de produção, poderá ter mais um sistema adicionado à lista. Segundo Elvison Nunes, coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos no Ministério da Agricultura (Mapa), pesquisadores comprovaram que novas práticas de manejo do arroz irrigado, já utilizadas na região Sul do Brasil, reduzem a emissão dos gases de efeito estufa e podem ser um adicional do Plano.
Segundo o coordenador, está sendo formada uma Comissão Executiva Nacional que será responsável, entre outras funções, por avaliar e revisar o Plano ABC, o qual deve sofrer revisões a cada dois anos após a sua publicação. Nessas oportunidades, novos sistemas sustentáveis poderão ser adicionados. “Desde que tenham comprovação científica de que mitigam e são credores em termos de emissão de CO2 equivalente”, explica.
O Mapa, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é o responsável por analisar o processo. “Após esse procedimento, o sistema em questão será validado ou não pela Embrapa e deferido pela Comissão, que solicitará a reedição do decreto [do Plano] para inclusão do novo sistema de produção”, explica Nunes.

Novas práticas

A discussão sobre a integração do arroz irrigado ao Plano ABC teve início em novembro de 2013, na Reunião Técnica de Inserção do Arroz Irrigado no Plano ABC, em Porto Alegre (RS), com a participação de entidades de pesquisa e autoridades políticas envolvidas com o tema. Na ocasião, foram apresentadas as conclusões de pesquisas para validar a proposta.
Os pesquisadores constataram que as reduções nas emissões pelo sistema de cultivo mínimo, que é o preparo antecipado do solo, e pela irrigação intermitente, processo de supressão da água utilizada no cultivo, são equivalentes às reduções dos sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e Plantio Direto, já difundidos pelo ABC. “Todos apontaram dados que qualificam o sistema como redutor de emissões de metano, em comparação ao cultivo tradicional de arroz irrigado”.
Foi constatado que quando os sistemas de plantio direto e cultivo mínimo são utilizados, há uma redução média de 25% nas emissões de metano (CH4), o principal gás do efeito estufa emitido no cultivo do arroz, em comparação ao sistema de preparo convencional. O Rio Grande do Sul, através de pesquisas nas principais universidades da região, buscou mensurar as emissões de áreas cultivadas com arroz em diferentes sistemas de preparo do solo, como o convencional, o cultivo mínimo e o plantio direto.
Já a irrigação intermitente contribuiu para uma redução das emissões em aproximadamente 50%, além da economia de água. Porém, no Rio Grande do Sul, como indica o relatório, o principal sistema de manejo de irrigação para o arroz é a irrigação contínua ou inundação.
À época, foi proposto que as práticas fossem integradas às linhas de Plantio Direto e ILPF já existentes. Segundo Nunes, o Plano ABC não trata de culturas isoladas, apenas sistemas produtivos comprovadamente eficazes, do ponto de vista sustentável. “No caso da ILPF, por exemplo, o que precisamos atualmente é conhecer mais as culturas que podem compor o leque de alternativas que funcionam dentro do sistema”, afirma.

Arroz irrigado no Sul

Segundo o relatório apresentado na reunião, a lavoura do arroz no Rio Grande do Sul é hoje uma das mais eficientes na utilização dos recursos naturais e de insumos agrícolas. O cultivo mínimo na produção de arroz no estado já foi adotado em quase 800 mil hectares.
Para os pesquisadores gaúchos, as interpretações comuns de que o arroz tem alto impacto para o meio ambiente, especialmente sobre emissões de metano, prejudicam a inserção no Plano ABC. Dados da Embrapa Meio Ambiente indicam que a taxa de emissão global desse gás nos campos de arroz irrigado corresponde a 16% do total de emissão de todas as fontes.
Desde 2002, a região Sul realiza pesquisas com foco nas emissões de gases do efeito estufa em áreas de arroz irrigado, buscando identificar as melhores práticas agrícolas para a mitigação dos gases na cultura do arroz.


Fonte: ABC Observatório

Senir formula propostas para regulamentar Política Nacional de Irrigação

Ministério da Integração Nacional recebe contribuições para o texto do documento até o fim deste mês.

A Secretaria Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional (Senir) concluiu, na última semana, a primeira versão da proposta da regulamentação da Política Nacional de Irrigação (Lei 12.787/2013). O MI receberá contribuições para o documento até o final de novembro - qualquer cidadão pode enviar sugestões. Depois de finalizada, a minuta do decreto será enviada à Casa Civil da Presidência da República, para apreciação.
O texto do documento aborda aspectos centrais para o desenvolvimento da agricultura irrigada no país, como a categorização dos irrigantes, que diferencia aqueles localizados em projetos públicos de irrigação (PPIs) dos privados. A medida facilita a definição de diretrizes para programas e ações específicas para cada categoria e modelo de exploração produtiva dos projetos.
A minuta de decreto também possui especificidades em relação a crédito rural, seguro rural e demais instrumentos da política nacional de irrigação. Outros aspectos abordados são política de cálculo e cobrança de tarifas para o desenvolvimento e emancipação para cada modalidade de projeto.

Contribuições

Para o secretário nacional de Irrigação, Guilherme Costa, o recebimento de contribuições nesta etapa é importante para que o decreto reflita o posicionamento de todos os setores relacionados à agricultura irrigada. “Estamos trabalhando para que o prazo de envio da minuta à Casa Civil se mantenha para o início de dezembro. Mas o assunto é amplo e envolve diversos atores. Por isso, é importante continuar os diálogos e preparar um texto sem contradições e lacunas em algum tema”, explica Costa.
O Ministério da Integração Nacional receberá contribuições para o Decreto até o final deste mês, pelo e-mail regulamenta.irriga@integracao.gov.br.

Acesse o texto da minuta, para críticas e sugestões.

Base legal usada para regulamentação:
Base legal usada


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Codevasf garante acesso a água para quase 1 milhão de pessoas em dois anos

Já são 161.566 famílias beneficiadas no semiárido nordestino e do norte mineiro com as cisternas de consumo humano do programa Água para Todos executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e outros milhares de sertanejos com acesso a água assegurado por meio da perfuração de 615 poços, 453 barreiros para dessedentação animal e 36 sistemas simplificados de abastecimento de água, entre outras ações.
Os números integram o balanço do programa que está sendo debatido pelos coordenadores nas oito superintendências regionais junto com o coordenador geral do programa na Codevasf, Elton Silva Cruz, em Natal (RN), durante o XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. Quase um milhão de pessoas foram beneficiadas pelo programa apenas na fatia executada pela Codevasf, segundo Elton Cruz. “São números muito representativos e que mostram mais uma vez a importância do trabalho da Codevasf, como braço do Ministério da Integração Nacional, que viabilizou o atendimento a essas demandas e atenderá novas que virão”, afirmou.
Marcos Miranda, coordenador geral do programa Água para Todos no Ministério da Integração Nacional, ressaltou a oportunidade de estar no evento e poder se reunir com os coordenadores das superintendências que atuam no programa para trocar ideias e fazer avaliações. “Esse encontro está sendo muito positivo, além da oportunidade de participar das sessões temáticas”, disse. 

Maquete eletrônica

Uma das principias atrações no estande da Codevasf no XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, que vai até sexta-feira (07), é a maquete eletrônica que mostra aos visitantes como funciona a captação de água por meio de cisterna. A maquete tem formato de animação 3D e a demonstração dura um minuto. O objetivo é mostrar como as cisternas de polietileno ajudam o sertanejo, que sofre com a seca, a captar a água da chuva e usar para o consumo básico e primário do dia a dia, como beber e cozinhar.
Para o engenheiro civil Tarcysio Ferreira, um dos palestrantes do simpósio pela prefeitura municipal de Teresina (PI), a maquete apresenta bem as vantagens do programa e ajuda a difundir a ideia. “Instiga as pessoas a procurar mais informações, como por exemplo a forma de tratamento da agua”.
O estudante Yuri Thomas, de 23 anos, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), falou que a maquete é autoexplicativa e achou muito interessante a parte da especificação técnica. “Poderia durar mais tempo essa apresentação”, disse. Marcos Silveira, professor da Universidade Federal do Mato Grosso, de 48 anos, achou a maquete bem didática. “Com ela a gente entende bem o procedimento”, afirmou.
Outra visitante do estande e participante do evento, Carol Chaves, do Ministério Público do Piauí, também achou a maquete didática e acrescentou que chama bastante atenção. “Explica bem a teoria e a importância da captação. Eu conhecia as cisternas mais antigas e agora achei bem interessante essas novas”, disse.

Abertura

O XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste foi aberto na noite do dia 4 de novembro, no hotel Piramide, em Natal (RN). Durante a solenidade, o coordenador do Água para Todos na Codevasf, Elton Cruz, representou o presidente da empresa, Elmo Vaz, e falou da importância das ações da Codevasf ao longo de seus 40 anos, e sobre os desafios para os próximos anos.
O coordenador ressaltou a importância do tema que está sendo discutido, que é “Água e desenvolvimento: água como vetor de desenvolvimento do Nordeste e o seu papel social”. “A nossa expectativa em relação ao simpósio é de que a gente consiga construir um campo de ideias no tocante ao tema central e que se formem grupos de discussões sobre o gerenciamento das águas no Projeto de Integração do São Francisco, do qual a Codevasf é operadora federal”, afirmou.
Além de Elton Cruz, compuseram a mesa a presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Jussara Cabral Cruz, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte, Luciano Cavalcante Xavier, o diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Lopes, o coordenador do departamento de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil, Frederico Peixinho, e o diretor presidente do IGARN, Elis Alves Teixeira.

Programação

O simpósio conta com 24 sessões técnicas e 3 sessões painéis, nos quais estão sendo apresentados os resultados obtidos em diferentes áreas de pesquisa. O evento também tem seis mesas redondas para promover a discussão de temas relevantes para a região Nordeste.
Na abertura, o presidente da comissão organizadora do simpósio, Lucio Flavio Ferreira, ressaltou a importância de se atuar fortemente na sensibilização da sociedade e em ações que levem e agreguem conhecimento à sociedade. “É fundamental que sejam fomentadas políticas públicas integradas, leis convergentes, fortalecimento, valorização e renovação do quadro de órgãos gestores, ambientais e de nossas companhias de saneamento. Este é o melhor investimento que pode ser feito. Afinal, sem água não há vida”, disse.

Cisternas

Os reservatórios implantados pela Codevasf são de polietileno e têm entre suas principais características a resistência, a facilidade de instalação e a vedação do armazenamento. A vida útil do equipamento é estimada em 30 anos.
O abastecimento das cisternas implantadas pela Codevasf ocorre durante os períodos chuvosos: a água da chuva é aparada no telhado do local beneficiado e conduzida, por meio de um sistema de calhas e canos, para o interior do reservatório. Com a observância de cuidados básicos – que são comunicados aos beneficiados em treinamentos específicos –, a água é própria para saciar a sede e para uso no preparo de alimentos.
Cada reservatório pode acumular até 16 mil litros de água, quantidade suficiente para suprir as necessidades básicas de uma família de cinco pessoas por períodos de estiagem de até seis meses. Nas localidades em que a estiagem tem sido mais severa, as cisternas estão permitindo que as famílias guardem com segurança a água provida por caminhões-pipa.

Kits de irrigação

A Codevasf, por meio do programa Água para Todos, também está implantando kits familiares de irrigação. Os kits implantados pela Codevasf têm capacidade para irrigar uma área de 500 metros quadrados e são destinados a pequenos assentamentos ou agrupamentos de produtores rurais para a produção de hortaliças ou frutas.

Sistemas simplificados de abastecimento

Outra vertente de ação do programa é a implantação dos sistemas simplificados de abastecimento que inclui perfuração de poços tubulares, instalação de unidade de bombeamento e de reservatórios de fibra de vidro com estrutura elevatória, fornecimento de energia, abrigo de quadro de comando ou grupo gerador, cerca de proteção, rede de distribuição de água e ligações domiciliares.

Poços e barreiros

Por meio do programa Água para Todos, a Codevasf também perfura poços tubulares e instala e recupera barreiros no Sertão nordestino. Cada barreiro armazena entre 5 e 35 milhões de litros de água da chuva e atende, em média, a 20 famílias de produtores rurais. O tamanho exato do reservatório, que é destinado à dessedentação animal, varia de acordo com características de topografia e solo de cada localidade. Os reservatórios são projetados para ter um significativo excedente de água, já que grande parte do armazenamento é consumido naturalmente pelo processo de evaporação. No planejamento da instalação de um barreiro, a Codevasf busca beneficiar um número mínimo de cinco famílias em um raio de até dez quilômetros.


Fonte: Codevasf

Agricultores assentados conhecem projetos hidroagrícolas da Codevasf

Os primeiros projetos para aproveitamento hidroagrícola do Canal do Sertão Alagoano foram apresentados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) a agricultores familiares assentados no município de Delmiro Gouveia, semiárido alagoano.
A partir de uma metodologia piloto de desenvolvimento regional participativo, os projetos foram elaborados pela empresa contratada pela Codevasf com a participação dos agricultores assentados. A previsão é que, em cerca de oito meses, os quintais produtivos dos agricultores dos assentamentos Maria Cristina e Moxotó das Areias comecem a receber a infraestrutura de abastecimento de água e irrigação. Agora os projetos seguem para a etapa de licitação.
Para apresentação e discussão dos projetos, a Codevasf realizou uma reunião com os agricultores do assentamento Maria Cristina das agrovilas I, II e II e do assentamento Moxotó das Areias. O diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Eduardo Motta, coordenou a apresentação dos projetos e destacou que há um ano a Codevasf estava no mesmo local apresentando o Plano de Desenvolvimento Hidroagrícola das Comunidades Rurais Difusas da Área de Abrangência do Canal do Sertão Alagoano, cujos projetos de abastecimento de água expostos na reunião são os primeiros resultados. “Hoje a Codevasf pensa o desenvolvimento de forma participativa.
Não é possível trabalhar a inclusão produtiva sem a ativa participação dos beneficiários – e foi o que fizemos na elaboração desses projetos, quando há um ano estivemos aqui para expor o plano e hoje voltamos para apresentar e discutir com os agricultores assentados os primeiros projetos que levarão água do canal para irrigar os quintais produtivos e água tratada para consumo humano proveniente da adutora da Companhia de Saneamento de Alagoas.
Estamos trabalhando com um modelo inédito de desenvolvimento regional com inclusão social e produtiva”, destacou o diretor da Codevasf. Ele apontou ainda que esta será uma tendência de atuação da Codevasf, especialmente nos projetos de canais hídricos de uso múltiplo. “Esses projetos de desenvolvimento hidroagrícola que estão sendo implantados pela Codevasf nas comunidades difusas ao longo do Canal do Sertão serão modelos a serem adotados para outros projetos semelhantes em nossa área de atuação, como o Canal de Xingó entre Bahia e Sergipe. 
Os projetos contemplam os “quintais produtivos”, com água para irrigação e todo um sistema de irrigação por gotejamento de alta eficiência, que serão implantados pela Codevasf nos lotes dos agricultores e água tratada para consumo humano, trazendo sustentabilidade real a essas comunidades rurais. “Estamos promovendo o desenvolvimento regional com inclusão social e produtiva”, definiu Motta. Ele acrescentou que, agora, os projetos seguirão para licitação e, em aproximadamente oito meses, os lotes dos agricultores dos assentamentos devem começar a receber a infraestrutura de abastecimento de água e irrigação. 
Uma das lideranças dos agricultores assentados no sertão de Alagoas, Marquinhos Sem Terra, que também integra a Coordenação Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vê o envolvimento dos agricultores nas discussões sobre os projetos que levarão infraestrutura aos assentamentos como uma demonstração de compromisso da Codevasf com os sertanejos. 
Obra iniciada há 20 anos O Canal do Sertão Alagoano é uma obra planejada e executada pelo governo de Alagoas há aproximadamente 20 anos, com recursos do próprio Estado e do Ministério da Integração Nacional – posteriormente, a obra foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Sua água tem sido usada para mitigar os efeitos da estiagem por que passa o estado. Pontos de abastecimento localizados em Delmiro Gouveia e Água Branca encurtaram a distância para abastecimento de caminhões-pipa que distribuem água para famílias de Inhapi, Canapi, Pariconha, Mata Grande, Olho d’Água do Casado, Delmiro Gouveia e Água Branca. Quando concluído, o canal terá 250 quilômetros de extensão e abastecerá 42 municípios. 
A Codevasf trabalha na elaboração dos projetos para implantação de adutoras que atenderão 102 comunidades rurais situadas ao longo do Canal do Sertão alagoano. As adutoras levarão água para abastecimento humano e produção hidroagrícola a assentamentos da reforma agrária, agrovilas e povoados difusos que sofrem com os efeitos da estiagem prolongada no semiárido de Alagoas. 
As adutoras deverão beneficiar aproximadamente 9 mil famílias ao longo do Canal do Sertão Alagoano nos municípios de Delmiro Gouveia, Água Branca e Pariconha. Cada adutora atenderá a diversas comunidades que estejam próximas umas das outras.
Segundo o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Ivan Craveiro, os projetos serão executados à medida que ficarem prontos, sem necessidade de aguardar a finalização de todos. “O Canal do Sertão alagoano é a principal obra em execução no estado de Alagoas e é provido com águas do rio São Francisco. Diante da necessidade do acesso à água, bem de valor imensurável, os projetos serão executados concomitantemente com sua elaboração, visando mitigar a seca com agilidade no acesso à água”, declarou.


Fonte: Extra Alagoas

EDP antecipa a instalação no Espírito Santo de medidores gratuitos para irrigação

A EDP, distribuidora de energia elétrica no estado do Espírito Santo, irá antecipar o fornecimento gratuito dos medidores de energia utilizados para que os clientes rurais irrigantes tenham direito ao benefício da Dupla Tarifação.

A EDP, distribuidora de energia elétrica no estado do Espírito Santo, irá antecipar o fornecimento gratuito dos medidores de energia utilizados para que os clientes rurais irrigantes tenham direito ao benefício da Dupla Tarifação, que garante desconto de até 90% na tarifa sobre o consumo no horário entre 21h30 e 06 horas. Com a medida, os agricultores do Estado saem na frente e poderão desfrutar da tarifa reduzida antes do prazo previsto na legislação.
A nova resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 620/14, introduziu importantes mudanças, beneficiando os produtores, principalmente, no que se refere aos custos de aquisição dos medidores que antes eram responsabilidade do produtor, e, agora, passam a ser da Distribuidora. O valor do equipamento chega a R$1.500,00.
A norma concedeu o prazo de 1º de fevereiro de 2015 para alteração do sistema. Porém, a EDP está antecipando o processo para início neste mês, com a realização do cadastramento dos interessados e agendamento das instalações dos medidores sem custo para o cliente, ficando o consumidor apenas com a responsabilidade de providenciar e arcar com os custos da instalação de um padrão, separando a medição da sua residência da energia que atenderá a bomba de irrigação.
Se o cliente já possuir um padrão exclusivo para a bomba, deve solicitar somente a substituição do medidor.
Para realizar o pedido do medidor e aderir ao desconto da Dupla Tarifação, o consumidor deverá comparecer em uma Agência de Atendimento da EDP, portando os documentos pessoais e uma fatura de energia da propriedade que será beneficiada.
Além disso, a EDP está oferecendo ainda mais vantagens para os agricultores da sua área de concessão do Espírito Santo. Trata-se da opção de um horário alternativo, de 02h30 às 11 horas, para os irrigantes que não possuem sistemas de bombeamento automatizados, dependendo de disponibilidade da subestação de energia elétrica que atende a sua propriedade e agendamento, e, uma negociação diferenciada para clientes que possuem débitos vencidos junto à Distribuidora, relativos à unidade consumidora beneficiada com o desconto. Neste caso, com parcelamento das contas em atraso.
O medidor para a Dupla Tarifação, diferente do registrador comum, quantificará a energia elétrica consumida nos horários de 21h30 às 06 horas ou das 02h30 às 11 horas. Assim, a EDP aplicará as tarifas de forma diferenciada e com os descontos nestes períodos, reduzindo a conta mensal.
"Utilizando o período noturno para a irrigação, os agricultores estão contribuindo com o meio ambiente, economia no consumo de água que, devido à elevação da temperatura no período diurno, acaba sendo desperdiçada através da evaporação, além de evitar a sobrecarga no sistema elétrico. Com isso, garantem ainda, um desconto na conta de luz", explica o gestor Executivo da EDP, Amadeu Wetler.
Wetler ressalta ainda que horário alternativo evitará a necessidade do produtor acordar à noite para mudar o setor de irrigação e que a antecipação do fornecimento gratuito dos medidores representa uma facilidade para que pequenos e médios produtores rurais tenham acesso ao benefício do desconto na tarifa de energia e aumentem sua produção.

Saiba mais:

· Para os consumidores de baixa tensão, chamados Grupo B, que estão na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), o desconto da Dupla Tarifação é de 73% sobre a tarifa normal. No caso de clientes de alta tensão, Grupo A, o desconto é ainda maior, de 90%.
· Para os irrigantes de baixa tensão, que estão localizados em municípios que não fazem parte da área da SUDENE, o desconto é de 60% e para alta tensão de 70%.
· De acordo com a legislação da ANEEL, o desconto aplica-se, exclusivamente, a carga destinada à irrigação vinculada à atividade de agropecuária, isto é, cargas específicas utilizadas no bombeamento para captação de água e adução, na injeção de fertilizantes na linha de irrigação, na aplicação da água no solo mediante o uso de técnicas específicas e na iluminação dos locais de instalação desses equipamentos, e na carga de aquicultura, isto é, cargas específicas utilizadas no bombeamento para captação de água e dos tanques de criação, no berçário, na aeração e na iluminação nesses locais.

Municípios na área da SUDENE atendidos pela EDP:

Água Doce do Norte, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Colatina (parte do município), Conceição da Barra, Ecoporanga, Jaguaré, Linhares, Mantenópolis, Montanha, Mucurici, Nova Venécia, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Rio Bananal, São Mateus, Sooretama, Vila Pavão e Vila Valério (parte do município).


Fonte: Portugal Digital

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