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PES aponta plantio de 9,35 mil hectares de laranja em 2014

Área cultivada no ano passado é 47,4% menor que os 17,77 mil hectares de pomares novos ou replantados em 2013

O inventário feito nos pomares de laranja durante a primeira Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) 2015/2016 apontou que apenas 9,35 mil hectares com a cultura foram plantados no chamado parque citrícola comercial do País, em São Paulo e em Minas Gerais, em 2014.
A área cultivada no ano passado é 47,4% menor que os 17,77 mil hectares de pomares novos ou replantados em 2013 e equivale a menos de um quarto dos 40,33 mil hectares de 2008, pico de plantio desde 2004. "O plantio no último ano foi o menor de laranja da citricultura comercial", disse Antonio Juliano Ayres, gerente geral do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), entidade que viabilizou o levantamento da PES.
As causas para a queda na área plantada são o aumento dos custos para o plantio, o maior adensamento nos pomares novos plantados recentemente com o incremento de tecnologia para minimizar o combate ao greening, principal praga da citricultura. O levantamento apontou, ainda, que 25,6% dos pomares são irrigados (88% desse total, irrigado por meio gotejamento) e outros 75,4% não possuem irrigação. "Há 20 anos eram 5% dos pomares irrigados apenas. Isso explica o aumento da produtividade", disse Ayres.
Dados da PES apontam que os pomares novos em formação têm em média 631 plantas por hectare, enquanto que em um adulto, com menor adensamento, a média é de 448 planas por hectare. "Isso é explicado pela necessidade de ampliação da densidade por conta do greening", disse Ayres. Segundo a pesquisa, 430,62 mil hectares - ou 87,43% da área de 492,54 mil hectares com citros no parque comercial - são ocupados com laranjas. Desse total, 403,5 mil hectares são de pomares produtivos de laranja, ou seja, os plantados até 2012, e 27,3 mil hectares ainda improdutivos, cultivados entre 2013 e 2014. A PES estima que outros 9,95 mil hectares de citros são de pomares abandonados, cerca de 2%, da área total, cuja principal preocupação é que as árvores sejam focos de greening.
A maior área com citros é a região central, no Estado de São Paulo, com 29,46% ou 126,85 mil hectares de frutas. A PES apontou também que, das 7.588 propriedades, 3.651 propriedades, ou 48%, são pequenas, com áreas de 0,1 ha a 10 ha. O número de propriedades com menos de 10 mil árvores chega a 5.149 das 7.588.
Após o primeiro resultado da PES divulgado nesta terça-feira, (19/5), novas estimativas serão divulgadas em setembro e dezembro de 2015 e em fevereiro de 2016, além do fechamento da safra em abril do próximo ano. Os dados serão divulgados sempre nos dias 10 de cada mês ou nos dias subsequentes caso a data caia em um final de semana ou feriado. "Faremos um acompanhamento de 900 talhões (com cerca de 2 mil árvores cada) durante a colheita, para apurar a taxa de queda e o crescimento das frutas até as novas estimativas", explicou José Carlos Barbosa, professor da Universidade Estadual Paulista, um dos coordenadores da PES.


Fonte: Globo Rural

Comissão amplia subsídio para energia na agricultura irrigada e aquicultura

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PL 6442/13) que concede desconto na tarifa de energia elétrica incidente sobre as atividades de agricultura irrigada e aquicultura durante todo o sábado, o domingo e os dias de feriados nacionais.
A proposta, de autoria do deputado Dr. Jorge Silva (Pros-ES), altera a Lei 10.438/02. Atualmente, a norma autoriza o desconto das tarifas no período de 8h30 por dia, entre 21 horas e 6 horas do dia seguinte. Com o projeto, o desconto valerá para as 24 horas de finais de semanas e feriados nacionais.
O texto recebeu parecer favorável do relator, deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG). Ele apresentou um substitutivo apenas para adequar a proposta à Lei 12.873/13, que entrou em vigor após a apresentação do projeto na Câmara. Esta norma alterou pontos da Lei 10.438.
Para o relator, a proposta não vai afetar a segurança do abastecimento do mercado de energia elétrica, uma vez que os horários de pico do sistema não se verificam nos fins de semana e feriados.
Além disso, segundo ele, o PL 6442 “propicia ganhos de eficiência” para os aquicultores e produtores rurais.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e já foi aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Ele será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Fonte: Cenário MT
Disponível em: http://www.cenariomt.com.br/noticia/444225/comissao-amplia-subsidio-para-energia-na-agricultura-irrigada-e-aquicultura.html

Artigo: Água para Comer Por João Rebequi

Segundo a FAO-ONU, o mundo tem um grande desafio pela frente. Produzir alimentos para 9 bilhões de pessoas até 2050 e, ao mesmo tempo, ser sustentável. Unidos, podemos conquistar esse objetivo: alimentar e preservar o planeta. Mas isso só é possível quando consideramos a utilização da irrigação na agricultura e entendemos o seu papel.
Neste ano, diante da gravidade da crise hídrica que vive o país, a população urbana, por falta de conhecimento, acabou condenando a irrigação agrícola como uma grande vilã. Entretanto, é fundamental que a sociedade saiba que, sem áreas irrigadas, não há como fazer crescer a produção, principalmente sem aumentar as áreas de cultivo. Só podemos fazer mais com o mesmo (ou menos) usando irrigação.
Além disso, o desenvolvimento técnico dos equipamentos nos últimos anos comprova ser possível utilizar água na agricultura com racionalidade e sem desperdício. Em diversos debates no Brasil e no mundo sobre o gerenciamento dos recursos hídricos, foi demonstrado que a irrigação é um instrumento efetivo no auxílio na produção de alimentos que a futura e crescente população mundial irá demandar. O que podemos discutir, a partir daí, é a eficiência de aplicação hídrica para cada cultura. Imaginar o mundo sem irrigação seria aceitarmos falta de alimento, pessoas passando fome e aumento nos preços.
O que a população urbana precisa entender é que água na irrigação não é consumida, é utilizada dentro do melhor ciclo hidrológico possível e que os equipamentos de irrigação, são como a torneira dentro de casa, bem utilizados, não desperdiçam sequer uma gota de água e, o mais importante, é que a grande maioria dos irrigantes brasileiros tem essa consciência e usam seus equipamentos de maneira adequada e sustentável, ou seja, aplicam somente a quantidade de água que a planta precisa e, em alguns casos, até menos trabalhando no limite do stress hídrico de cada cultura. Voltando a comparação com a água consumida em casa, a agricultura usa bem suas torneiras, e a água utilizada, além de produzir alimentos, volta ao ciclo hidrológico devidamente filtrada, sem a necessidade de tratamento. 
Um diferencial é a utilização das boas práticas de manejo agrícola. Com elas, é possível racionalizar a água utilizada nas fazendas. Essa racionalização depende das culturas nas quais serão utilizadas com irrigação, e passa, também, pelos métodos utilizados para tal. É importante usufruir da infraestrutura e tecnologias já disponíveis no mercado, para utilizar somente a quantidade de água que a cultura necessita ou até menos.
A irrigação por pivôs, por exemplo, é uma alternativa econômica e rentável, que aplica a água de maneira uniforme, evitando o desperdício. A água é aplicada na hora certa e na exata quantidade que a planta necessita. Tanto o pivô central quanto outros métodos de irrigação têm excelentes níveis de eficiência de aplicação, alcançando índices que variam entre 95% a 98%.
O foco profissional do setor, desta forma, deve recair sobre um triângulo agronômico de eficiência na produção (fazer mais com menos), atender à planta em sua necessidade hídrica e escolher o método adequado de irrigação. Entendendo esse processo, é incorreta atribuir ao agronegócio e à irrigação a vilania da crise hídrica nacional.


Fonte: Cenário MT

Fruticultura é destaque em balanço de produção dos perímetros irrigados do Submédio São Francisco baiano

A produção global de alimentos nos perímetros irrigados Curaçá, Mandacaru, Maniçoba, Tourão e Salitre, localizados no lado baiano do Submédio São Francisco, registrou um valor bruto produção de R$ 350 milhões em 2014, R$ 5 milhões a mais que no ano anterior, mesmo em meio à estiagem prolongada que afeta o semiárido baiano. O número integra o balanço recentemente concluído pela 6ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), sediada em Juazeiro e responsável pela gestão dos perímetros.
O volume de produção foi de aproximadamente 1,6 milhão de toneladas em 2014, com destaque para manga, uva, cana-de-açúcar, cebola, coco, melão e goiaba. Juntos, os perímetros geridos pela Codevasf no norte da Bahia reúnem 1.088 agricultores em uma área colhida total de 21.205 hectares.
O destaque, de acordo com o chefe da Unidade de Produção da Codevasf em Juazeiro, Dante Araújo, fica com o perímetro Salitre, que está em sua primeira etapa de implantação, e onde os 323 irrigantes familiares contabilizaram 63.491 toneladas produzidas. “O Salitre começou a ser implantado em 2010, mas a produção só foi iniciada em 2012. Então, esse desempenho registrado dois anos depois, já em 2014, é bastante representativo”, observa Araújo.
No Salitre, os principais cultivos são cebola e melão, vindo em terceiro lugar a goiaba. São 5.099 hectares de área irrigável; destes, aproximadamente 1.570 hectares foi a extensão da área colhida em 2014. O valor bruto de produção registrado em 2014 no projeto foi de R$ 47,3 milhões. O chefe da Unidade de Produção da Codevasf em Juazeiro informa que 255 lotes do projeto são ocupados por produtores pequenos e familiares, e 68 lotes têm exploração empresarial.
De acordo com Paulo Henrique Santos, produtor de bananas no Salitre, o projeto de irrigação desempenha um papel significativo no desenvolvimento da região. “Depois que começaram a ser implantados os lotes aumentou muito a oferta de trabalho, o emprego e a renda, principalmente para as pessoas daqui, dos povoados ao redor”, relata Paulo Henrique. “Trabalho diretamente com a minha produção, sustento bem minha família com isso e faço o que gosto, o que estudei”, acrescenta o produtor, que é engenheiro agrônomo e produziu 51 toneladas de bananas por hectare no ano de 2014.
Nos primeiros dois meses de 2015, um levantamento feito pelos prestadores de assistência técnica e extensão rural detectaram 714 empregos diretos gerados nos lotes do projeto. De olho no crescimento do Salitre, a Codevasf está investindo R$ 24 milhões para viabilizar a implantação de cinco conjuntos de motobombas a serem instaladas em estações de bombeamento para atender à segunda etapa do perímetro.
Ao longo de 2014, a Codevasf investiu aproximadamente R$ 8,2 milhões em recuperação, revitalização e modernização da infraestrutura de irrigação de uso comum nos perímetros Maniçoba e Curaçá, informa o gerente regional de Irrigação da Codevasf em Juazeiro, Carlos Cavalcanti. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Grãos e frutas no Curaçá

No Curaçá, perímetro irrigado em operação na região de Juazeiro, a produção de frutas e grãos contabilizada no ano passado foi de 113.254 toneladas, e o valor bruto de produção ultrapassou R$ 109,5 milhões em todo o perímetro. Somente os pequenos agricultores produziram 61,4 mil toneladas de frutas, sendo o coco responsável por 32,1 mil toneladas e a manga 24,4 mil toneladas.
O perímetro Curaçá possui mais de 165 km de canais, 167 km de drenos, 172 km de estradas e 11 estações de bombeamento. Essa estrutura atende a 288 irrigantes familiares. Os sistemas de irrigação mais utilizados são microaspersão, gotejamento e sulcos.

Manga e cebola

O perímetro de irrigação Maniçoba produziu, em 2014, 97,6 mil toneladas de frutas, que totalizaram um valor bruto de produção de aproximadamente R$ 88,7 milhões para os 370 irrigantes instalados no projeto. A manga é o carro chefe da produção, com aproximadamente 2,2 mil hectares plantados com as variedades Tommy Atkins, Palmer, Kent, Keit, Espada, Rosa e Haden.
A cultura do coqueiro representa a segunda de maior importância no Maniçoba, tanto em área cultivada como em valor de produção gerada. A espécie em destaque é o coco anão, cuja tecnologia de produção os produtores dominam.
No perímetro Tourão, as principais culturas são cebola, manga, coco e maracujá nos lotes dos pequenos produtores. A cana de açúcar, por seu turno, predomina nos lotes empresariais.
A cultura da cebola é a de maior expressão econômica para os pequenos produtores, tanto em área cultivada como em geração de renda: ela foi responsável por R$ 1,5 milhão da renda do perímetro em 2014, atingindo um dos melhores preços médios observados nos últimos anos – R$ 1,30/kg. O índice médio de produtividade também foi destaque, calculado em 21,4 toneladas por hectare.

Mandacaru: uso racional da água

Já no perímetro Mandacaru, os 56 irrigantes familiares e os lotes empresariais de cana de açúcar foram responsáveis por uma produção de 28,4 mil toneladas de alimentos em 2014; o valor bruto de produção ultrapassou R$ 6,7 milhões.
A manga é a principal cultura em área cultivada nos lotes familiares, com 176,3 hectares distribuídos entre as variedades Tommy Atkins, Palmer e Haden. Em seguida vêm o melão e a cebola, que ocupam 66 hectares. A cebola teve a maior participação no valor da produção, contribuindo com 35% de toda a renda bruta, seguida por manga (26%), melão (18%) e acerola (7%). Os demais cultivos são maracujá, limão, mamão, banana, melancia, tomate e abóbora.
O método de irrigação predominante no Mandacaru é o localizado, com sistemas de irrigação de microaspersão e gotejamento. Foi nesse perímetro que a Codevasf implantou uma experiência piloto de conversão de método de irrigação – idealizada pelos técnicos Frederico Calazans, Juan Ramon Fleischmann e Rodrigo Franco Vieira –, visando ao fim do desperdício de água, ao melhor desenvolvimento da planta e à economia de energia elétrica.
A experiência, que recebeu diversos prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, alcançou resultados alvissareiros, como economia de 50% do total de água utilizada na irrigação de todo o perímetro, aumento da área plantada de em torno de 23%, economia de energia elétrica, redução dos custos de produção, aumento significativo dos índices de produtividade e melhoria da renda do produtor.
Projetos executivos que permitirão a conversão dos sistemas de irrigação nos lotes de mais 528 produtores familiares de quatro perímetros do Submédio São Francisco estão prestes a serem entregues pela Codevasf, que calcula que será possível, com a medida, uma economia anual de 79 bilhões de litros de água do rio São Francisco a partir da operação dos novos sistemas.


Fonte: Codevasf

Safra deste ano deve ficar 4,2% maior que a de 2014, diz IBGE

Previsão é colher 201 milhões de toneladas de grãos. Maior produção deve vir da região Centro-Oeste.

O Brasil deve colher este ano uma safra de 201 milhões de toneladas – um crescimento de 4,2% em relação a 2014, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é 0,6% maior que a previsão feita em março.
A estimativa da área a ser colhida é de 57,5 milhões de hectares, 2% mais que a área de 2014. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 91,6% da estimativa da produção e responderam por 85,4% da área a ser colhida.
"Nessa informação de abril temos muitos produtos que estão encerrando as colheitas, as safras de verão, e estamos tendo reavaliações da estima de milho e as primeira avaliações da cultura de inverno. Então, deixamos de ser projeção passando a ser avaliação de campo. Alguma parte já foi colhida, a maior parte, e tem a segunda parte de inverno, que ainda não foi colhida”, explicou Mauro Andre Andreazzi, gerente de agropecuária do IBGE.
“Dos grãos, foram basicamente esses acréscimos [0,6% maior de março para abril]: o milho, segunda safra, trigo, e a soja que tiveram acréscimos de março para abril”.

Regiões

A maior produção deve vir da região Centro-Oeste, onde estima-se que serão colhidas 81,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. Para o Nordeste, a estimativa é de 18,9 milhões de toneladas; e para o Sudeste, de 18,3 milhões de toneladas. Já á produção esperada para o Norte é de 6 milhões de toneladas.
"É o primeiro ano [desde o início da pesquisa, iniciada em 1974] que Nordeste supera em termos de volume de produção a região Sudeste”, afirmou Mauro, do IBGE. “A região Sudeste teve dois períodos de estiagem”, explica.
O gerente explicou que além dos períodos de estiagem prejudicarem o Sudeste, no Nordeste, houve aumento significativo da produção de alguns grãos. “O milho aumentou lá, feijão, soja aumentou também. Só a soja dá quase 2 milhões de toneladas. Bom lembrar que nordeste que Bahia, Piauí, Maranhão que são grandes produtores de grãos”.
“Só a Bahia passou de 3,2% para 4,5% na produção da soja”, completou.

Produtos

O IBGE prevê que a produção de soja alcance 95,6 milhões de toneladas, uma alta de 0,9% frente à previsão de março. Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná são responsáveis por 72,3% da alta na estimativa.
Segundo o gerente, de 1990 a 2015, em quantidade produzida em toneladas no Brasil, houve “novo recorde da soja”.
O milho, no entanto, “está caindo em função do preço. Ainda teve atraso das chuvas. Isso prejudicou um pouco o plantio da segunda safra”: a previsão para o grão é de colheita de 76,3 milhões de toneladas, uma alta de 0,5% em relação ao mês anterior. Para o trigo, a atual estimativa de produção é de 7,8 milhões de toneladas.
Tiveram queda as previsões para a produção de café, em 0,6% (para 660 mil toneladas) e feijão terceira safra, em 0,7% (para 413 mil toneladas).
"Esse ano também estamos apresentando queda na produção do café. Os preços e baixas precipitações no Sudeste, onde se concentra a produção de café. Teve dois anos consecutivos de estiagem, além da redução de produção, fazendo nova safra baixa”, avaliou Mauro Andreazzi.
“O feijão houve redução causada pela atualização das estimativas de Minas Gerais [redução de 1,5% na área plantada. O problema do feijão não é nem em relação ao preço, é mais desses estados, Minas Gerais, Mato Grosso, só consegue plantio com irrigação e o feijão de inverno, é um período que tem de ficar sem feijão por causa da praga”.
O IBGE estima ainda que a safra de cana de açúcar alcance 678 milhões de toneladas, um aumento médio de 0,9% em relação a março. Na cana-de-açúcar, segundo o gerente, “houve aumento da estimativa no Centro-Oeste que compensou as perdas aguardadas no Sudeste".


Fonte: Globo Rural

Perímetros da Codevasf ampliam produção em Petrolina e receita bruta chega a quase R$ 1 bi

Principal exportador de frutas do polo produtor irrigado do submédio São Francisco, Petrolina, no sertão de Pernambuco, comemora os resultados positivos da agricultura irrigada no ano de 2014. De acordo com dados da Unidade de Apoio à Produção da Gerência Regional de Irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o volume de alimentos, sobretudo frutas, produzido nos perímetros da região aumentou 23,2% em 2014 em relação ao ano anterior, mesmo em meio à estiagem prolongada que afeta o Nordeste do Brasil.
Foram colhidas mais de 577 mil toneladas numa área superior a 18 mil hectares dos perímetros irrigados Senador Nilo Coelho, incluindo a área Maria Tereza, e de Bebedouro, ambos geridos pela Codevasf na zona rural de Petrolina. O valor bruto de produção foi superior a R$ 920 milhões, uma elevação de 16,73% na receita de 2014 em comparação com o ano de 2013. Os destaques dos resultados da produção irrigada nos perímetros de Petrolina, tanto da agricultura familiar como de lotes empresariais, foram mais uma vez as culturas de manga e uva.
Consideradas culturas perenes, as duas frutas carros-chefe da produção irrigada em Pernambuco ocuparam uma área colhida de 10 mil hectares dos mais de 18 mil hectares produzidos em 2014. Segundo o chefe da Unidade de Apoio à Produção da superintendência regional da Codevasf em Petrolina, Marcelo Mergulhão, são números positivos que reforçam a importância da uva e da manga para o cenário econômico regional.
“A produção total foi R$ 575,4 milhões para a uva, 15% maior se comparada ao ano anterior; e de R$ 188,3 milhões de receita bruta da manga, sendo 9,3% maior que em 2013. São culturas consolidadas e que possuem mercado certo, pois mais de 90% da manga e uva consumidas no Brasil vêm daqui da região”, frisa Mergulhão.
Além de manga e uva, o polo irrigado de Petrolina apresenta números expressivos com outras culturas, a exemplo da banana, coco, acerola e culturas anuais como milho, macaxeira, feijão, melancia e abóbora. A atividade é responsável por mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos na região do submédio São Francisco, sendo mais de 125 mil vagas ocupadas nos perímetros de irrigação de Petrolina, segundo números do balanço da produção em 2014.
“São levantamentos estabilizados e que refletem os números positivos dos perímetros localizados em Petrolina. Com mais produção, a consequência é mais crescimento e, por tabela, a geração de mais empregos”, afirma o chefe da Unidade de Empreendimentos dos Perímetros da Codevasf em Pernambuco, Osnan Ferreira.

Modernização e uso eficiente da água

Ao longo de 2014, a Codevasf investiu cerca de R$ 16 milhões em modernização e infraestrutura dos projetos de irrigação situados na zona rural de Petrolina, recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As ações executadas foram de automação dos perímetros, recuperação de reservatórios e revitalização de estações de bombeamento, de acordo com o gerente regional de Irrigação da Codevasf, José Costa.
No Nilo Coelho, são mais de R$ 7 milhões em execução na modernização e na ampliação de seis dos 17 reservatórios. “Com os serviços, os reservatórios em execução que hoje acumulam um volume de em torno de 774 mil metros cúbicos, por exemplo, praticamente dobrarão a sua capacidade”, explica Costa.
No Bebedouro, 98 produtores familiares estão prestes a receber da Codevasf projetos executivos que apontam para uma economia de entre 60 e 70% do volume anual da água utilizada na irrigação. Nos projetos estão detalhados todos os pontos necessários que vão permitir aos agricultores realizar a substituição dos seus sistemas de irrigação originais, com sulcos perdulários, por sistemas localizados mais eficientes, como gotejamento e microaspersão, a exemplo do piloto implantado com sucesso no perímetro Mandacaru, gerido pela Codevasf na zona rural de Juazeiro (BA).

Produção familiar se destaca

Os 25 perímetros irrigados da Codevasf situados na bacia hidrográfica do rio São Francisco alcançaram R$ 1,67 bilhão em valor bruto de produção no ano de 2014. Cerca de 40% desse desempenho correspondeu à produção de caráter familiar. Juntos, os perímetros produziram 2,62 milhões de toneladas de itens agrícolas, sobretudo frutas. Estima-se que os perímetros mantiveram 76.692 empregos diretos e 115.038 empregos indiretos. Os dados fazem parte de balanço realizado pela diretoria da Área de Irrigação da Companhia.
“Os resultados são bastante expressivos, mesmo com a crise hídrica que estamos vivendo. A Codevasf tem executado obras de revitalização dos perímetros, com recursos do PAC, para que a agricultura irrigada se desenvolva. Estes investimentos são de fundamental importância, pois propiciam em última instância a redução de custos de operação e manutenção, e, assim, de custos de produção, o que promove aumento da renda do agricultor”, afirma o diretor da Área de Irrigação da Codevasf, Solon Braga Filho. De acordo com o diretor, a Codevasf tem atualmente R$ 500 milhões em ações de modernização contratadas para os perímetros irrigados, dos quais mais de R$ 250 milhões já foram pagos.


Fonte: Codevasf

Carneiro hidráulico irriga a plantação sem gastar energia e combustível

Bombinha artesanal é feita com canos de PVC e válvulas de metal. Técnico ensina o passo a passo para fazer e instalar o a bombinha.

Irrigar a plantação sem gastar energia é o sonho de todo agricultor. Pois uma bombinha, feita com materiais simples, faz isso usando só a força da gravidade. É o carneiro hidráulico artesanal.
A bomba se chama carneiro hidráulico porque a bomba dela se assemelha ao barulho provocado pelas cabeçadas do carneiro quando taca sua presas.
O carneiro de PVC faz muito sucesso em Santa Catarina, porque não usa energia elétrica e nem combustível e fica bem mais barato que o carneiro industrial feito de ferro. A água bombeada por ele é usada para irrigação e no abastecimento do cocho dos animais.
A bomba funciona com a força da água que desce por gravidade pela mangueira. Quando entra no carneiro ela empurra o êmbolo da bomba que abre e fecha sem parar. Quando ele abre uma parte da água vaza. Quando fecha a água é bombeada de volta e sobe em direção à saída, pressionada pelo ar retido no cano de cima ela jorra pela mangueira até a caixa.
Ao longo do tempo, o carneiro hidráulico sofreu algumas mudanças. A principal é que antes ele era produzido com cano de uma polegada, agora pode ser produzido com canos de meia polegada e também com canos de duas polegadas, dependendo do volume de água que uma propriedade tem disponível.
“Uma propriedade que tem um volume de água menor que uma polegada não poderia usar o carneiro. Com o modelo maior e com o modelo menor podemos variar de meia polegada até duas polegadas em função da vazão que a propriedade tem disponível de água, e o volume de água que ela precisa”, explica Élcio Pedrão, técnico agropecuário da Epagri.
Além das conexões de PVC, a bomba precisa de duas válvulas usadas em poço. Uma delas é chamada de válvula de retenção, a outra é a de sucção. O tamanho delas varia de acordo com a bitola do carneiro. Elas são encontradas em lojas de material de construção ou de produtos agropecuários.
A câmara de ar é um cano de 40 centímetros Para montar, cole uma tampa na parte de cima. Embaixo coloque a extremidade de um t - no meio do t - encaixe um adaptador de mangueira. Na outra extremidade vai a válvula de retenção, com a seta indicativa para cima.
Embaixo encaixe a parte central de um outro t - do lado esquerdo vai um cotovelo onde se deve rosquear a bomba de sucção. Do lado direito onde fica a entrada da água encaixe um pedaço de cano e o registro que serve para ligar e desligar a bomba. Depois é só instalar o carneiro na fonte. Na ponta da mangueira de captação vai uma proteção para evitar entupimento.
A bomba vai na parte mais baixa do terreno. O desnível mínimo exigido é de um metro, mas recomenda-se usar uma mangueira de 18 metros para que a água ganhe mais força. O carneiro é preso numa estaca respeitando a distância de 18 metros da fonte. É só rosquear o parafuso da válvula de sucção que o martelo começa a bater. Assista ao passo a passo no vídeo acima.
Um carneiro hidráulico sai por menos de R$ 200. O passo a passo está explicado na reportagem da Revista Globo Rural, que já está nas bancas. O desenho mostra todas as fases, da montagem das peças até a instalação no campo.


Fonte: Globo Rural

Maranhão solicita ao MI gestão de perímetro irrigado

Ministério da Integração Nacional e governo do estado se reúnem nesta terça-feira para tratar do projeto Tabuleiros de São Bernardo. 

A Secretaria Nacional de Irrigação (Senir) do Ministério da Integração Nacional (MI) discutirá nesta terça-feira (5/5), em São Luís (MA), o interesse do Maranhão em assumir a execução e a gestão do projeto de irrigação Tabuleiros de São Bernardo. Atualmente, o perímetro é de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), autarquia vinculada ao MI. 
A solicitação partiu do próprio estado, que planeja dar início a um projeto de produção com a participação de pequenos, médios e grandes produtores. Os recursos deverão ser aplicados na atividade produtiva e em novos equipamentos necessários para a revitalização do empreendimento. O projeto Tabuleiros de São Bernardo está localizado no município Magalhães de Almeida. 
Para a secretária nacional de Irrigação, Adriana Alves, a gestão do Tabuleiros de São Bernardo pelo Maranhão deve inaugurar um novo ciclo no âmbito dos projetos públicos de irrigação promovidos pela União - pautado na atuação complementar e na parceira entre governo federal, governos estaduais e irrigantes. 
"Sem dúvida, o aporte técnico e o conhecimento específico da região são atributos da equipe estadual e poderão agregar maior êxito ao projeto", conclui Adriana.

Plano diretor

Na última quarta-feira (29/4), técnicos da Senir discutiram com integrantes da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Maranhão a elaboração do Plano Diretor de Irrigação para o estado.
Durante o encontro, a equipe do MI apresentou as experiências de sucesso implementadas em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. O ministério pretende realizar trabalho semelhante na elaboração dos planos diretores estaduais no Ceará, Pernambuco, Bahia, Piauí e Maranhão. 
"A proposta é construir, em conjunto com o estado, o planejamento tático das ações da agricultura irrigada, de forma convergente com a Política Nacional de Irrigação e com as premissas do Plano Nacional, em andamento", explica Adriana Alves.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Governo recebe representantes do Ministério da Integração para tratar do Plano Diretor de Irrigação para o Maranhão

Cumprindo a determinação do governador Flávio Dino de incrementar a produção agropecuária do estado e buscar parcerias em âmbito federal para execução e retomada de grandes projetos do setor, a Secretaria de Agricultura e Pecuária promoveu, nesta quarta-feira, 29, uma reunião com representantes do Ministério da Integração Nacional (MI) e Secretaria Nacional de Irrigação (SENIR), para que o Governo do Maranhão e o MI elaborarem em conjunto o Plano Diretor de Irrigação para o Maranhão.
O vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão e o secretário de Agricultura e Pecuária, Márcio Honaiser participaram desse primeiro encontro, que contou com a presença das Secretarias de Agricultura Familiar e Cidades, além da Embrapa.
Os planos de irrigação dos estados são viabilizados por meio de recursos do Banco Mundial. No Nordeste, o MI pretende realizar esse trabalho no Ceará, Pernambuco, Bahia, Piauí e Maranhão, onde os três últimos tem maior capacidade de expansão e podem se tornar referências para o restante do país e o Maranhão, desempenhar função estratégica na expansão da agricultura irrigada no Brasil.
“Com o Plano Diretor de Irrigação para o Maranhão, será possível direcionar as políticas públicas de irrigação, contribuir para a capacitação de técnicos e transferência de tecnologias, para que possamos aumentar a produção e a produtividade do estado, gerando desenvolvimento regional e melhoria da qualidade de vida da população”, observou o secretário Márcio Honaiser.
A equipe do ministério apresentou as experiências de sucesso realizadas nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul e mostrou o grande potencial das terras maranhenses, que vinha sendo pouco explorado nos últimos anos, resultando em apenas 44.591 hectares irrigados, apenas 0,7% da área irrigada atualmente no país, segundo a Agência Nacional de Águas. Já a Sagrima expôs a atual situação das políticas públicas relacionadas ao setor e as expectativas do Governo do Estado em relação ao plano diretor.
“Estamos fazendo esta discussão para planejar uma grande articulação com todo o sistema da agricultura do governo para tornar real esse plano e possibilitar uma maior captação de recursos para implantar programa de irrigação, atendendo ao desejo do governador de ver o nosso povo produzindo, com emprego e renda”, afirmou o vice-governador, Carlos Brandão.


Fonte: Secretaria de Agricultura, Pecuária e a Abastecimento - Maranhão

1º Seminário de Irrigação discute uso sustentável da água

Envolver produtores rurais, técnicos e sociedade no debate acerca da utilização sustentável da água é o objetivo da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (SENAR), que realizarão, no próximo dia 7 de maio, o 1º Seminário Estadual de Irrigação, em Goiânia.
Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o evento pretende apresentar estudos e visões técnicas desenvolvidas por produtores irrigantes e pesquisadores para que a água, recurso natural indispensável para a sobrevivência humana, seja utilizada com responsabilidade na produção de alimentos.
A programação do 1º Seminário Estadual de Irrigação será dividida em dois painéis que discutirão a “Visão do Setor de Irrigação em Goiás e no mundo” e a “Gestão dos Recursos Hídricos”. O evento contará com palestras de Xico Graziano (engenheiro Agrônomo e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo), Ivo Mello (representante da Associação dos Arrozeiros de Alegrete no Conselho Nacional de Recursos Hídricos), Lineu Rodrigues (gerente geral da Embrapa Cerrados) e Paulo Lipp João (Coordenador de Projetos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul), entre outras autoridades.

Demanda por alimentos

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a população mundial chegará a 9,3 bilhões de pessoas até 2050. Isso exige que a produção de alimentos cresça 70%, sendo o Brasil responsável por 40% dessa nova oferta. 
Para produtores e técnicos, será o desenvolvimento e aplicação de tecnologias na produção rural, especialmente em irrigação, que tornará possível o aumento da oferta de alimentos de maneira sustentável. “Nosso país já deu um grande salto aumentando a produção de grãos em 297%, passando de 46,9 milhões de toneladas para os 200 milhões de toneladas da última safra. Com uma expansão de apenas 43% na área plantada, os produtores pouparam mais de 70 milhões de hectares. Isso foi possível graças às tecnologias e práticas modernas adotadas pelo setor”, afirmou Jordana Sara, consultora do Senar Goiás para a área de Meio Ambiente.
Além de apresentar um diagnóstico completo da irrigação em Goiás, o Seminário discutirá ainda as providências legais a serem tomadas para produção em áreas irrigadas.

Inscrições

O 1º Seminário Estadual de Irrigação pretende receber estudantes, produtores, técnicos e representantes do poder público estadual. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site. Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (62) 3096-2200.

Serviço: 1º Seminário Estadual de Irrigação – Água para Produção de Alimentos
Data: 7 de maio de 2015
Hora: 8h às 17h
Local: Auditório da FAEG - Rua 87, nº 662, Ed. Faeg, Setor Sul
Inscrições: www.sistemafaeg.com.br
Informações: (62) 3096-2200
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG)


Fonte: Cenário MT

Perímetros mineiros da Codevasf registram aumento de produção e de receita

Os perímetros de irrigação geridos pela Companhia de Desenvolvimento do Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Minas Gerais registraram no ano passado um aumento de 10 mil toneladas produzidas de frutas e grãos em relação ao ano anterior, mesmo em meio à estiagem prolongada. O resultado integra o relatório de 2014 da 1ª Superintendência Regional da Companhia, sediada em Montes Claros.
“Apesar da redução da área cultivada, em razão da escassez de água nos rios e córregos da região, houve aumento da produção, que saiu de 241 mil toneladas em 2013 para 251 mil toneladas em 2014”, afirma o superintendente Dimas Rodrigues. São 2.809 famílias de agricultores instaladas nos perímetros Jaíba, Gorutuba, Pirapora e Lagoa Grande, todos no Norte de Minas e boa parte em região de semiárido.
A receita global também aumentou, passando de R$ 264 milhões em 2013 para R$ 277 milhões em 2014. O destaque ficou por conta dos perímetros Lagoa Grande e Pirapora que, apesar de terem diminuído as áreas cultivadas em 2014, tiveram um aumento na receita da ordem de 60% e 17%, respectivamente, e apostaram em assistência técnica especialmente para a fruticultura.
“Aqui no perímetro, nós não tivemos problema com a falta de água durante a estiagem”, atesta o agricultor João Aparecido de Sousa, que cultiva limão, banana e maracujá em quatro lotes que totalizam 20 hectares no projeto Jaíba. “Embora o nível do rio esteja baixo, a Codevasf realizou um processo de desassoreamento que ajudou a não faltar água. Eu acredito que, por isso, os resultados da minha safra não sofreram com a estiagem”, conta ele, que se diz animado para as próximas safras. “Apesar da crise, eu tenho a expectativa de que os valores das frutas permaneçam bons, para que eu possa ampliar meus negócios”, afirma.
“A gente tem mantido a produção, mesmo com a redução do fornecimento de água”, confirma o agricultor Renato Rodrigues, que produz banana-prata no perímetro Gorutuba. “Fizemos uma aplicação de tecnologia diferente, que nos permitiu manter a produção nos últimos dois anos. Tivemos que nos adequar ao fornecimento, reduzindo 30% da área e mantendo o investimento da área maior”, conta.
Para Dimas Rodrigues, o desempenho dos irrigantes mineiros diante de uma situação que se apresentava bastante crítica reflete a visão empreendedora de agricultores que aprenderam a conviver com os sucessivos períodos de estiagem. Na opinião do superintendente, o agricultor aprendeu a lidar com situações difíceis. “Em 2014, a saída encontrada pelos irrigantes, principalmente os mais de 2.320 que atuam nos perímetros Jaíba e Gorutuba, foi a busca pelo aumento da produtividade e por melhores preços para suas produções”, observa.
O engenheiro agrônomo da Codevasf Paulo Carvalho, responsável pelo acompanhamento da agricultura irrigada nos perímetros da Codevasf em Minas, disse que, entre as razões que levaram ao resultado está a melhoria na eficiência da irrigação, com ênfase na fruticultura, notadamente nas produções da banana, limão, manga e mamão, todas com cultivos permanentes nos quatro perímetros irrigados.

Produção familiar se destaca

Os 25 perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) situados na bacia hidrográfica do rio São Francisco alcançaram R$ 1,67 bilhão em valor bruto de produção no ano de 2014. Cerca de 40% desse desempenho correspondeu a produção de caráter familiar. Juntos, os perímetros produziram 2,62 milhões de toneladas de itens agrícolas, sobretudo frutas. Estima-se que os perímetros mantiveram 76.692 empregos diretos e 115.038 empregos indiretos. Os dados fazem parte de balanço realizado pela diretoria da Área de Irrigação da Companhia.
Os projetos de irrigação da Companhia localizam-se nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. A empresa também administra outros dez perímetros de caráter exclusivamente familiar implantados pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) na década de 1990 para compensar famílias que residiam na área onde se formou o lago da usina hidrelétrica de Luiz Gonzaga (PE) – estes são identificados conjuntamente como Sistema Itaparica.


Fonte: Codevasf

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