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PR: O potencial do leite na agricultura familiar


Na propriedade El Shaddai, no bairro Corredeira, do produtor Matias Binello Gassner, 42 anos, em Tomazina, o inverno não trouxe grandes prejuízos ao pasto, garantindo alimento e produtividade para as suas 20 vacas leiteiras das raças jersey e jersey-holanda, obtendo em média 12 litros/vaca. Há quase um ano ele conta com um sistema de irrigação em um dos nove hectares da sua propriedade que tornou possível driblar o inverno até agora. Além de plantar a variedade de grama Tifton 85, mais resistente, ele seguiu à risca as recomendações técnicas de fazer a sobressemeadura de aveia e azevém no pasto nos períodos mais frios, além de complementar com ração balanceada (incluindo silagem de milho e capim napier). 
Animado com os os bons resultados, ele chegou a erradicar dez mil pés de café para se dedicar exclusivamente à pecuária leiteira e já prevê a compra de mais dez vacas para conseguir produzir 500 litros/dia. Até mesmo o antigo terreiro de café tem um novo destino: servirá para a nova sala de ordenha feita de alvenaria, que deverá ficar pronta até o final do ano, orçada em R$ 10 mil. Há dois anos ele possui um resfriador próprio de 1.200 litro. "Os resultados estão sendo excelentes e acho que vale a pena investir no setor. Hoje todo sitiante tem que pensar como um microempresário e procurar se profissionalizar cada vez mais", afirma o produtor, exemplo típico de agricultura familiar em que, além dele, colaboram com o manejo da propriedade a esposa Jane e as filhas Júlia e Juliana, de 13 e 9 anos respectivamente, nas horas vagas, após voltarem da escola.
Ele é um dos quase 500 pequenos produtores selecionados de 24 municípios da região que estão se beneficiando de uma série de incentivos - conforme as necessidades priorizadas -, por meio do projeto "Apoio à Pecuária Leiteira na Agricultura Familiar no Norte Pioneiro" resultante de convênio entre a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. O projeto está orçado em R$ 5 milhões. Parte dos recursos são provenientes de emendas parlamentares do ex-deputado federal Abelardo Lupion, com contrapartida do Governo do Paraná. Segundo dados da Seab, o Estado envolve mais de 115 mil produtores de leite, que produziram mais de 4,6 bilhões de litros de leite no último ano – a produção da região do Norte Pioneiro é atualmente de 5% desse total, envolvendo 5 mil produtores. O Paraná é o terceiro produtor nacional de leite, seguido do Rio Grande do Sul (2º) e Minas Gerais (1º).

Passo a passo

O projeto, iniciado há dois anos, tem contemplado capacitação de técnicos do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e dos produtores com pesquisadores especialistas na área, fornecimento de insumos (adubos e sementes, entre outros), irrigação e, mais recentemente, o repasse de equipamentos, como forma de apoiar grupos de pequenos produtores: 22 carretas basculantes, 15 tratores, 25 resfriadores de leite com capacidade de 1.000 litros cada um, distribuidor de esterco, nove grades aradoras, 20 ensiladeiras e 20 distribuidores de fertilizantes. "O Norte Pioneiro não tem tradição de ser uma referência na produção leiteira, mas há potencial para isso. O projeto visa aumentar a qualidade e produtividade do leite a um custo menor. A irrigação é um dos recursos que pode fazer a diferença nesse sentido, já que permite que haja alimento no inverno sem tanto investimento com a complementação alimentar", destaca Sidney Barros Monteiro, coordenador regional de projetos da Emater de Santo Antônio da Platina.
"Há dois anos, a produção diária da nossa região era de 360 mil litros/dia, mas agora já estamos chegando a 500 mil/dia. A nossa meta é chegar em dois anos a 1 milhão de litros/dia", acrescenta. Além de melhorar a produtividade e a qualidade do leite norte-paranaense, uma próxima etapa do projeto deve envolver a aproximação com as indústrias de beneficiamento do leite. "É preciso uma maior integração entre o setor, até para que possamos firmar parcerias para um acompanhamento técnico constante desse processo e a valorização do pequenos produtores que fazem esse tipo de investimento", pontua. "Com mais qualidade de vida, o produtor tende a querer permanecer na área rural e já estamos vendo filhos que antes estavam morando na cidade retornarem para trabalhar na área rural da família", conclui.

Investindo na irrigação

Apesar de não ser tradição na nossa região, irrigar as áreas de pastagem pode ser uma alternativa em prol do custo/benefício da produção de leite. No caso do produtor Matias Gassner, o projeto custeou os R$ 7 mil que teria gasto para viabilizar a irrigação em um hectare da sua propriedade. Seguindo as orientações do médico veterinário Henio Augusto Lemes Queiroz, que é lotado na Prefeitura, mas conveniado com a Emater, a área irrigada já foi dividida em 12 piquetes de 18 X 80 metros (ao todo, serão 36) para permitir o rodízio da pastagem. Em cada piquete, há seis aspersores de água. "Antes, eu fazia as coisas por conta, do jeito que eu achava que estava certo, mas com a orientação adequada estou vendo na prática melhores resultados", garante. "O nosso objetivo é refinar o manejo da irrigação, com mais dados sobre quando, como e quanto fazer. Em breve, receberemos um aparelho (irrigâmetro) que avalia a quantidade de água evaporada e infiltrada no solo. A nossa ideia é que essa propriedade possa servir de modelo de referência e incentivo aos outros produtores", pontua Queiroz.
O projeto beneficia 24 municípios: Abatiá, Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Conselheiro Mayrink, Curiúva, Figueira, Guapirama, Ibaiti, Jaboti, Jacarezinho, Japira, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul, Pinhalão, Quatiguá, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Siqueira Campos, Tomazina e Wenceslau Braz.


Fonte: Cenário MT

Alternativa mais saudável de tomate chega a mercados do Rio de Janeiro

Consumidores no Rio de Janeiro, poderão comprar, a partir da semana que vem, tomates sem resíduos de agrotóxico. O sistema Tomatec (tomate ecologicamente cultivado) é desenvolvido pela Embrapa e, inicialmente, o produto será distribuído pela Rede Zona Sul de supermercados.
A ideia, contudo, é expandir a venda para outras redes varejistas fluminenses e também a supermercados de outros estados, disse à Agência Brasil o engenheiro agrônomo Adoildo Melo, da Embrapa Solos, um dos criadores do sistema. "É um tomate como os outros, mas que usa alta tecnologia e não tem resíduo de agrotóxico nele”, disse.
Um dos focos é a conservação do solo com plantio direto e rotação de culturas, ou seja, com manejo adequado para não degradar o solo. O sistema prioriza também a eficiência de água. “Nós usamos um sistema de irrigação que utiliza somente a água que a planta precisa, sem desperdício algum, por meio de gotejo”.
A adubação é feita através da fertirrigação: aplicação de fertilizantes na água de irrigação. Com isso, a planta recebe o nutriente de que necessita, ao mesmo tempo em que é irrigada. A produção do tomate ecológico envolve também o manejo integrado de pragas. “Só se faz uma aplicação de agrotóxico quando realmente há necessidade e a praga pode afetar toda a produção da lavoura. Não se aplica aleatoriamente, como é comum ocorrer”.
O quinto princípio é o plantio vertical (tutoramento vertical), em substituição ao método tradicional de plantio em forma de pirâmide, que facilita uma eventual pulverização em 100% da lavoura. Outro diferencial na produção dos tomates ecológicos é o ensacamento da penca do fruto. De acordo com Adoildo Melo, isso permite que, desde a flor, o fruto fique protegido contra pragas e contra qualquer veneno que seja utilizado. “Por mais que se pulverize a planta, esse veneno não chega no fruto. Por isso, o tomate é ecologicamente cultivado, com todo esse manejo e, no final, temos um fruto sem resíduo de agrotóxico”, disse. Isso é comprovado por análises da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que acompanha o sistema há bastante tempo.
O sistema Tomatec, que é patenteado pela Embrapa, começou na década de 1990, no município de Paty do Alferes, centro-sul fluminense e, com a evolução dos estudos, passou por outras cidades, como São José de Ubá, São Sebastião do Alto, Nova Friburgo. O tomate usado nas pesquisas é o do tipo italiano, muito usado em saladas e que tem boa aceitação também em restaurantes.
O engenheiro agrônomo destacou que, para o consumidor, o tomate ecológico é uma opção mais saudável e uma alternativa sadia ao tomate orgânico, que é mais caro.
Além disso, o sistema Tomatec atende a questões de segurança alimentar, em razão da maior oferta durante todo o ano. “É um produto diferenciado. Ele não veio concorrer com o orgânico, que já tem o seu mercado. É uma alternativa", disse.
A Embrapa Solos tem hoje cerca de 14 mil pés de tomate produzidos com a técnica Tomatec em São Sebastião do Alto, região serrana fluminense, onde haverá um dia de campo neste sábado (1º/8) para quem quiser conhecer de perto a produção. Nesse dia, técnicos da Embrapa Solos mostrarão o passo a passo para se produzir um fruto de qualidade com o selo Embrapa. O projeto é apoiado pela Secretaria de Estado de Agricultura do Rio de Janeiro.


Fonte: EBC

Seca no Nordeste prejudica produtores em áreas irrigadas

Com o baixo nível do Açude Pereira de Miranda, os produtores de coco no perímetro irrigado Curu-Paraipaba, na região metropolitana de Fortaleza, estão mantendo 40% da atividade, registrando queda de 60%. O açude era a principal fonte de água para irrigação. Agora, a atividade depende dos poços que alguns produtores conseguiram cavar para manter os coqueiros.
Dos 815 produtores que desenvolvem projetos na região, apenas 300 conseguem se manter com os poços. “O produtor está muito desanimado. Não há produção. O perímetro está em decadência por falta de água”, diz a presidenta da Associação do Distrito de Irrigação Curu-Paraipaba, Socorro Barbosa.
O Curu-Paraipaba é um dos quase 30 projetos irrigados, sob a supervisão do Departamento de Obras Contra as Secas (Dnocs), que sofrem as consequências da seca no Nordeste. De um total de 37 áreas produtivas distribuídas em seis estados, o órgão estima que 80% estão prejudicados pela falta de água para irrigação.
Perímetros irrigados são áreas com potencial hídrico, divididas entre produtores da região. Diante de cenários de estiagem e de reservatórios de água com capacidade reduzida, a prioridade é o consumo humano. “Temos ainda alguns projetos com produção. É um malabarismo muito grande mantê-los porque, quando você para um projeto desses, gera desemprego, falta produto no mercado e os preços sobem”, disse o diretor de Produção do Dnocs, Laucimar Loiola.
Loiola acrescentou que, quando um projeto é paralisado, há desestruturação dos produtores. “No momento, a situação é muito perversa para quem vive disso”, disse. Segundo ele, a situação hídrica nos perímetros irrigados está um pouco mais confortável no Piauí, onde há seis projetos.
Os prejuízos nos perímetros este ano ainda não foram contabilizados pelo Dnocs. No entanto, Loiola cita o desemprego como uma das conseqüências mais marcantes. “No Baixo-Acaraú [Ceará], uma empresa que atua no perímetro irrigado anunciou a demissão de cerca de 2 mil funcionários. Como não há produção, não há como mantê-los”, disse. Segundo Socorro Barbosa, os produtores passam por um problema adicional: a perda de mercado em estados onde vendiam a produção, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.
O diretor afirma que, no momento, não há muito a ser feito para minimizar os prejuízos decorrentes da falta de água. Solução adotada no perímetro irrigado Curu-Paraipaba foi a perfuração de poços. No entanto, ele explica que a vazão é baixa e a água tem pouca qualidade para a irrigação. “O Dnocs tem procurado perfurar poços, mas nosso potencial não consegue atender a todos os que precisam e o volume de recursos financeiros, diante da situação econômica do País, não é grande”, acrescentou.
Uma solução que vem sendo estimulada pelo Ministério da Integração e estudada pelo Dnocs é a conversão dos sistemas de irrigação antigos em sistemas mais modernos, sustentáveis e eficientes, com menor consumo de água. “O sistema usado no Curu-Paraipaba, por exemplo, já tem 40 anos. Gasta muita água. Estamos buscando modernizar esses sistemas para que, quando os reservatórios tiverem recarga, possamos usar a água de forma racional”, afirmou.


Fonte: EBC

Projeto de fruticultura irrigada no sul do Piauí já beneficia 13 municípios

O projeto de irrigação Marrecas-Jenipapo, que está sendo implantado pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), no município de São João do Piauí, a 500 km de Teresina, foi tema da entrevista do presidente da companhia, Felipe Mendes.
Durante a entrevista, Mendes destaca a relevância do projeto para o estado e ressalta a importância da ampliação da área irrigada no Maranhão e no Piauí.
O projeto piloto está sendo instalado no Assentamento Marrecas onde os produtores rurais já cultivam uma área irrigada de aproximadamente 90 hectares irrigados, uma parte com o sistema de irrigação tipo aspersão, destinada a culturas temporárias como feijão, milho, abóbora e melancia e outra com microaspersão, dirigida principalmente à fruticultura, como mamão, goiaba e uva das variedades Itália melhorada, Benitaka e Brasil. Como a cultura de uva é destaque na região, elas são produzidas de forma escalonada, com produtividade de 27 toneladas por hectare.
Moradora do assentamento desde 1989, a agricultora Maria de Lourdes Pereira Souza, de 44 anos, conta que havia muita dificuldade para produção. Segundo a agricultora, na década de 90 o então superintendente da Codevasf, Hildo Diniz, incentivou uma experiência no assentamento com a água de um poço jorrante que havia no local, o segundo maior do estado.
“Com a ajuda da Codevasf, que me deu orientação técnica, eu comecei a cultivar goiaba, mesmo com a resistência da família, que não acreditava que desse certo. Trabalhei com minhas filhas e na primeira safra produzi cinco mil, depois dez mil, 15 mil, 20 mil. Provei para eles que dava certo”, comemora.
Hoje, ela e a família têm sete hectares irrigados, onde produzem uva de mesa e goiaba; e já plantaram melancia e maracujá. “Consegui reformar minha casa, comprar duas casas na cidade, comprar um carro zero km, moto, terreno e dei educação aos meus três filhos. Então se eu disser que o acompanhamento da Codevasf foi fundamental, eu estou falando a verdade”, ressalta.
Cerca de 200 famílias de produtores do assentamento serão diretamente beneficiadas, e 600 empregos indiretos serão criados no perímetro – que também terá reflexos sobre a economia de 13 municípios do seu raio de abrangência, os quais reúnem uma população de aproximadamente 80 mil pessoas. No momento, estão sendo implantadas as infraestruturas hídricas como canais, drenagem, estradas, rede de energia, reservatórios, unidades de bombeamento, limpeza da área e demarcação dos lotes. Quando concluído, serão mil hectares irrigados para fruticultura, distribuídos pelos produtores familiares que irão cultivar, cada um, uma média de cinco hectares.
São 13 os municípios que estão no raio de implantação do projeto: São João do Piauí, Simplício Mendes, Dom Inocêncio, Campo Alegre do Fidalgo, Coronel José Dias, Socorro do Piauí, Ribeiro do Piauí, Nova Santa Rita, Paes Landim, Capitão Gervásio, Bela Vista, Pajeú do Piauí e João Costa.


Fonte: Meio Norte

Conselho discute aproveitamento do Canal do Sertão

Os integrantes do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Cedafra) debateram, nesta terça-feira (28), durante reunião ordinária do colegiado, alternativas e sugestões no sentido de aperfeiçoar o modelo de operacionalização e aproveitamento produtivo do Canal do Sertão. O debate aconteceu na sede do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL).
De acordo com o superintendente de Irrigação de Unidades Avançadas da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), Sílvio Romero, responsável pela apresentação do projeto aos integrantes do Cedafra, a ideia central do Governo do Estado é priorizar o agricultor familiar e a cultura produtiva local, incentivando o empreendedorismo e a permanência dos pequenos produtores em sua terra a partir do acesso à água.
“O projeto do primeiro perímetro irrigado, em Pariconha, já foi concluído pela Codevasf. Os outros dois perímetros, em Delmiro Gouveia e Inhapi, estão em fase de levantamento fundiário e estudo de topografia. Nesses dois casos, os projetos devem ser concluídos até dezembro deste ano”, disse o superintendente.
O secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, presidente do Cedafra, esclareceu dúvidas quanto à utilização do Canal por grandes investidores e afastou o receio de que qualquer agricultor familiar seja deslocado.
“Tudo está sendo feito no sentido de melhorar a qualidade de vida de quem esperou tantos anos por essa obra. O Governo trabalha os critérios de desapropriação, mas somente para operacionalizar os perímetros irrigados, que estão voltados à agricultura familiar. Não há possibilidade de retirada de pequenos agricultores para alocação de empresários. Esses empresários vão ter que comprar as terras, mas só de quem tem interesse em vender”, disse.
“A ideia do governador Renan Filho para o Canal do Sertão é que ele sirva de ferramenta para o desenvolvimento da região, impulsionando a produção e gerando empregos. Para isso, o pequeno agricultor vai continuar tendo prioridade nos programas de governo e nas parcerias voltadas para a agricultura familiar”, garantiu o secretário.
O Cedafra volta a discutir o funcionamento do Canal do Sertão nas próximas reuniões. Em agosto, o colegiado pretende ouvir os técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) sobre o modelo de gestão da obra. Em setembro, a pauta será a formalização do Comitê Gestor do Canal, criado pelo governador Renan Filho.
“Queremos elaborar um cronograma com os movimentos sociais e representantes das comunidades beneficiadas para que eles acompanhem essa discussão sobre os critérios de desapropriação e a distribuição das terras. Também pretendemos oficializar o Comitê Gestor para que ele fique responsável por buscar as respostas para as dúvidas que surgirem nesse processo”, explicou o presidente da Emater, Carlos Dias, secretário-executivo do Cedafra.


Fonte: Aqui Acontece

Governador discute parcerias para gestão do projeto Jacaré-Curituba

O futuro do projeto Jacaré-Curituba, maior assentamento da América Latina, apresentado como um novo modelo de ocupação de terras improdutivas, foi ponto de discussão na manhã desta terça-feira, 28, pelo governador Jackson Barreto, o secretário Nacional substituto de Irrigação, Antonio Carvalho, e representantes da Codevasf, Incra, Emdagro, MST e do projeto. Na ocasião, houve debate sobre a gestão compartilhada do território e como o projeto pode ser finalizado para continuar garantindo a manutenção e qualidade do trabalho de mais de 700 famílias.
De acordo com Jackson Barreto, existe uma preocupação por parte dos Governos Federal e Estadual no sentido de dar andamento ao Jacaré-Curituba, que está em fase final. Ele explica ainda que são necessários alguns ajustes e que a parceria entre o Incra e a Codevasf, órgãos envolvidos no projeto, e a administração pública são de fundamental importância.
“É preciso que haja um documento final de cessão para administração do projeto, não apenas por parte do Governo do Estado, que sozinho não tem condições de arcar, mas também com os próprios assentados. É um projeto importante e a Secretaria Nacional de Irrigação está aqui em Sergipe para fazer essa discussão de como concluir os trabalhos ao lado da Codevasf e do Incra. Ainda há necessidade dos investimentos do Governo Federal para que a iniciativa seja concluída. Quero que a gestão seja compartilhada por todos”, relatou Jackson.
A respeito da contribuição do Governo do Estado para a manutenção do projeto Jacaré-Curituba, o governador afirmou que houve um convênio de terras para beneficiar os assentados, assim como ajuda com despesas de energia elétrica. “Temos colaborado em todos os momentos. Este é um projeto muito grande e importante, o maior da América Latina de assentados da reforma agrária, e ainda essa semana estivemos lá para contribuir com a recuperação de bombas”.
O secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, também compareceu a reunião e destacou que o projeto do Jacaré-Curituba já está em processo de consolidação. “Já começamos a pensar em uma gestão compartilhada. O Governo do Estado tem cumprido seu papel, inclusive apoiando o projeto desde o início, ajudando na aquisição de terras, acompanhamento de profissionais, colocando uma equipe à disposição, e colaborado no custeio da energia. É lógico que, além da administração estadual, o Incra também deve reafirmar seu papel de parceria e a Codevasf possa continuar apoiando nesse processo. O Jacaré-Curituba tem uma história rica e muito bonita. Ele tem um potencial produtivo muito grande e pode ajudar muito mais o estado na produção do sertão”, comentou.
Para o superintendente regional do Incra, André Luiz Bonfim Ferreira, a reunião sobre o projeto foi positiva e todos os parceiros estão em busca de alternativas para colaborar com o assentamento. Ele conta ainda que foi montado um grupo de trabalho que, ainda esta semana, vai traçar estratégias a níveis federal, estadual e municipal. A ideia é que cada órgão atue dentro de sua competência, a exemplo do Incra, que age em questões fundiárias, e a Codevasf, que colabora com informações sobre irrigação.

Fase final do projeto

O secretário nacional substituto de Irrigação, Antonio Carvalho, explica que nesta fase final do projeto Jacaré-Curituba haverá formação de distrito de irrigação dos próprios assentados, que, dentro de um ano, assumirão a gestão do projeto sob a supervisão da Codevasf e do Governo do Estado. “Consideramos isso um treinamento em serviço, para que, em quatro anos, os assentados assumam definitivamente a gestão do projeto. Cada um desses atores que estão aqui assumiu parte de sua responsabilidade e vai ser assinado um termo de cooperação para gestão compartilhada entre o Governo do Estado, o Incra e a Codevasf”, disse.
De acordo com o superintendente da Codevasf em Sergipe, Said Shoucair, o projeto tem um custo anual de quase R$ 4 milhões e é através do trabalho em conjunto que os assentados poderão manter o Jacaré-Curituba. “Temos que somar esforços. O Governo do Estado tem realmente interesse em ajudar. Ele sempre está presente com técnicos apoiando os agricultores e existe uma parceria com a Codevasf. Agora precisamos de um apoio mais firme do Incra e do Ministério do ponto de vista do apoio financeiro”.

Projeto

Localizado no Alto Sertão de Sergipe, entre os municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, o projeto Jacaré-Curituba está dividido em 36 agrovilas com 20 famílias cada uma. Diferente da maioria dos outros assentamentos brasileiros, em Jacaré-Curituba as casas dos lavradores estão próximas das áreas de plantio. Sua execução compreende estudos e projetos, aquisição de terras, infraestrutura básica de uso comum e medidas de proteção ambiental. Inclui ainda administração fundiária, organização de produtores, apoio em administração, operação, manutenção, assistência técnica e capacitação de técnicos e agricultores na fase de operação inicial.
Segundo o diretor estadual do Movimento Sem Terra (MST) e técnico em zootecnia da área, Silvanio Leite, que representou os assentados na reunião desta terça, o projeto já rende frutos. Ele conta que existe uma diversidade de culturas, a exemplo de coentro, cebola, acerola, goiaba, banana e abacaxi. 
“Se não fosse o Governo do Estado não tínhamos a plantação que temos do projeto. Foi o único que assumiu a conta de energia da maior elevatória que temos e paga todos os meses a fatura. Essa é uma parceria muito boa e a gente espera que continue sempre assim”, concluiu.

Presenças

Participaram também da reunião o secretário de Estado do Meio Ambiente, Olivier Chagas; gerente regional de Infraestrutura da Codevasf, Orlando Tavares; diretor da Emdagro, Jefferson Feitoza; Gismário Ferreira, da Emdagro; membro da secretaria executiva da Codevasf, Luiz Augusto Costa; o representante do Incra em Brasília, Douglas Souza; além de representantes do MST e do deputado federal João Daniel.


Fonte: Plenário

Novas tecnologias e publicações são apresentadas na Agrifam

Os visitantes da 12ª edição da Feira da Agricultura Familiar (Agrifam), que acontece de 31 de julho a 02 de agosto, em Lençóis Paulista/SP, terão a oportunidade de conferir soluções tecnológicas para aprimorar a irrigação e a pós-colheita de hortaliças e conhecer espécies de hortaliças tradicionais para diversificação da renda. Além disso, durante o evento, será lançado o livro “Produção de hortaliças para agricultura familiar”, que reúne informações sobre as boas práticas agrícolas em cada etapa da cadeia produtiva, desde a produção de sementes até a comercialização.
Em relação à pós-colheita, será apresentado o Grupo de Caixas Embrapa, recentemente lançado pela Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) para facilitar a comercialização e reduzir as perdas de produtos. “Composto por quatro caixas de diferentes tamanhos, as embalagens são paletizáveis e, por isso, facilitam o transporte em empilhadeiras”, explica a pesquisadora Rita Luengo. Além disso, os cantos arredondados e a superfície interna lisa evitam a ocorrência de danos mecânicos e contribuem para a manutenção da qualidade das hortaliças.
Zelar pela qualidade também é o objetivo da Estação de Trabalho, composta pela mesa para seleção de hortaliças, pelo carrinho de transporte e pela Unidade Móvel de Sombreamento, que protege os produtos recém-colhidos do sol. “A exposição solar, mesmo que por períodos curtos, acelera a desidratação e o amadurecimento, tornando as hortaliças mais suscetíveis à podridão e menos atraentes para o consumidor”, explica a pesquisadora Milza Lana. Do ponto de vista da saúde do agricultor, o equipamento funciona como uma barreira que o protege da exposição prolongada ao sol e minimiza riscos de doenças como câncer de pele e catarata.
Já o equipamento Irrigas®, que foi desenvolvido para auxiliar o agricultor no manejo diário da irrigação, indica a umidade do solo, evita regas desnecessárias e reduz, em até 30%, a aplicação de água na lavoura. “Quando se molha em excesso, além do desperdício de água, aumenta-se a ocorrência de doenças e o uso de defensivos químicos, que encarecem o custo de produção e causam dano ambiental”, explica a agrônoma Flávia Clemente.
Para os agricultores familiares que não podem investir em sistemas de controle de irrigação mais custosos, como os tensiômetros, o Irrigas® é uma boa alternativa, pois permite o planejamento da irrigação de forma prática e barata. “A irrigação é uma prática agrícola fundamental para a garantia da produtividade, principalmente no cultivo de hortaliças, que são muito exigentes em água”, pondera Flávia.
Hortaliças tradicionais como araruta, peixinho, mangarito e ora-pro-nobis também serão apresentadas para o público da Agrifam. O cultivo dessas espécies é incentivado, principalmente na agricultura familiar, porque promove diversificação de renda e maior segurança alimentar para as comunidades rurais.
Com o objetivo de informar o agricultor familiar sobre os conhecimentos técnicos e as soluções tecnológicas em prol de um maior desenvolvimento agrícola, a Agrifam é organizada pela Fetaesp (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo), que estima, para 2015, um público de 30 mil pessoas e um volume de negócios de R$ 20 milhões.


Fonte: Ambiente Rio

Dia do Agricultor: Governo fortalece economia com incentivos ao pequeno produtor

Responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos sergipanos, os produtores rurais comemoram o dia do Agricultor, nesta terça, 28, com produção recorde e de qualidade. Para fomentar a atividade, o Governo do Estado, em parceria como Governo Federal, distribuiu 1.557 toneladas de sementes, 80 mil horas de trator entre 2014 e 2015, beneficiando 131.910 famílias. Um investimento de R$ 15.931771,50. Os investimentos auxiliam na garantia da segurança alimentar e fortalece a economia do estado.
Só neste ano, foram 657 toneladas de sementes distribuídas (365 t. de milho, 262 t. de feijão e 30 t. de sorgo), beneficiando 40.000 agricultores familiares, a partir de um investimento de R$ 4.073.588,00, em parceria com o Governo Federal. A gestão estadual se prepara, ainda, para distribuir 400 toneladas de arroz, um aporte de R$ 658.183,50 com recursos próprios.
Já no que se refere às horas-máquinas, está em execução o Programa de Mecanização Agrícola/ 2015, que beneficia 37 municípios sergipanos. O Programa se utiliza de um destaque de crédito orçamentário, num valor de R$ 5 milhões (recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza – Funcep, da Secretaria Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude – Seidh). São 40.000 horas-máquinas, para o benefício de 13.334 agricultores familiares. Em 2014, haviam sido 9.947 agricultores.
Junto ao pequeno produtor, o Governo do Estado atua ainda na assistência técnica, através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Companhia de Desenvolvimento e Irrigação de Sergipe (Cohidro), órgãos lidados à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Incentivo que gera resultado

Os incentivos do Governo do Estado ajudam o agricultor sergipano a aumentar sua produção e alcançar números de destaque no cenário nacional, como os apontados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), que prevê para este ano uma produção recorde de milho no estado, que deve alcançar na safra 825 mil toneladas do grão.
Em 2014, Sergipe foi o segundo maior produtor do Nordeste, com uma produção de 700 mil toneladas do grão em 148.289 hectares. Para 2015, a expectativa é que o estado mantenha a posição no ranking, disputando com a Bahia, que tem maior área plantada, e com estados do Sul e Centro-Oeste, como explica o secretário de Estado de Agricultura, Esmeraldo Leal. “Como a extensão territorial da Bahia é maior que a nossa, dificilmente passaremos a Bahia como maior produtor de milho do Nordeste. Mas nossa produtividade é comparada aos estados produtores de grãos, como o Paraná. Já está claro que a produção de milho em Sergipe não é isolada. O cultivo ganha força no Semiárido, Centro-Sul e Sertão”, disse.
Desenvolvida nos municípios de Carira, Simão Dias, Poço Verde, Frei Paulo e Nossa Senhora da Glória, a cultura do milho conta com incentivos do governo para se consolidar como segmento de mercado – e não mais como atividade de subsistência. O apoio se dá através de assistência técnica por meio da Emdagro, da distribuição de sementes e da mecanização agrícola.
“Avançamos na produtividade porque temos sementes de qualidade, tecnologia humana e mecânica de alto nível. O governo do Estado oferece ainda horas máquina e assistência técnica nos escritórios da Emdagro. Essa soma de elementos reflete diretamente na qualidade e quantidade do milho produzido”, afirma Esmeraldo.

Rodovias

A recuperação das rodovias sergipanas também tem representado um apoio fundamental para a agricultura no estado, já que facilita o escoamento de toda a produção local. No que diz respeito ao milho, a restauração da via que liga o município de Carira a Nossa Senhora da Glória favoreceu a comercialização do produto. A obra representa um investimento de R$ 21.279.972,98 em recursos estaduais.
Na região do Agreste sergipano, uma nova rota de escoamento da produção levará mais desenvolvimento aos moradores dos municípios de Itabaiana, Areia Branca, São Cristóvão, Itaporanga D’Ajuda e redondezas. Com 52 km de extensão, a implantaçãoda rodovia SE-255, pelo Governo do Estado, interligará a BR-235, na altura do povoado Rio das Pedras, em Itabaiana, à BR-101, no povoado Aningas, em Itaporanga D’Ajuda, passando também pelos municípios de Areia Branca e São Cristóvão. Fruto de um investimento superior a R$ 63 milhões, sendo mais de R$ 58 milhões de recursos oriundos do Proinveste e aproximadamente R$ 5 milhões referentes às indenizações pagas pelo Estado pelas desapropriações, a obra além de valorizar a localidade e melhorar a condição de vida da população, é estratégica por encurtar a distância entre os municípios produtores sergipanos e o mercado consumidor baiano, para onde boa parte dos produtos produzidos na região são exportados.
O agricultor José Leandro dos Santos comemora o investimento na sua região. “Vai ser muito bom, pois vai facilitar o acesso até a cidade, para gente que vive da agricultura foi um bom projeto. Hoje é complicado comercializar nossos produtos, por causa do transporte, a gente tem que se deslocar daqui até a BR para pegar um veículo e é complicado, porque a gente chega às 6h da manhã para pegar a condução só ao meio dia, porque os carros passam cheios e assim é difícil para gente. Acredito que passando essa BR no nosso povoado, vão colocar o veículo fazendo o transporte nesse trecho para facilitar a ida da gente até a cidade para vendermos nossas coisas nas feiras livres da região. Coco, banana, mamão, todo tipo de fruta e hortaliças a gente produz aqui ”, afirma.
Já no município de Propriá, em junho deste ano, o Governo do Estado entregou a rodovia SE-427, Rodovia do Arroz, que liga os povoados Santa Cruz e São Miguel. Com um investimento de investimento de 2.792.587,04, fruto do Proinveste, a obra facilita o escoamento da produção de arroz no Baixo São Francisco.
O agricultor Valdomiro da Hora reside no povoado São Miguel e descreve como era a região antes e depois da Rodovia do Arroz. “Antes era trágico. Nem os carros podiam andar aqui, pois a estrada era esburacada. Agora está muito bom e dá para os caminhões fazerem o escoamento do arroz”.
O também agricultor Arnaldo Souza conta sobre a mudança da realidade. “Onde há pavimentação, há progresso. O asfalto dá uma alavancada, pois proporciona escoamento da safra. É um progresso para a região”.

Máquinas que ajudam na produção

Também em junho deste ano e na região do Baixo São Francisco, a gestão estadual destinou recursos para a compra de colheitadeira de arroz. O equipamento vai modernizar a produção do Baixo São Francisco, facilitando a comercialização do produto, oriundo basicamente da agricultura familiar. O aparelho foi entregue a Prefeitura de Neópolis, que ficará responsável pela guarda e gestão. O investimento é fruto da parceria do Estado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e soma R$ 384 mil.
O secretário de Agricultura, Esmeraldo Leal, explicou que a região dependia muito de colheitadeiras de Alagoas ou de proprietários particulares do Baixo São Francisco. “O equipamento vai beneficiar principalmente produtores do Betume, sediado em Neópolis, e os municípios circunvizinhos, e ainda vai tirar dependência que os irrigantes tinham de máquinas de fora. O equipamento pode ser acessado diretamente por qualquer beneficiário de perímetro. A função é resolver problema da colheita do arroz”.
Desde 2012, o Governo do estado junto ao MDA entregou 285 máquinas agrícolas nos municípios sergipanos, entre motoniveladoras, caçambas, caminhões-pipa, pás carregadeiras e colheitadeira de arroz. O investimento supera os R$ 78.809.027,00 e tem por finalidade reforçar a reestruturação produtiva dos agricultores familiares dos municípios.


Fonte: Irrigacao.net

Palestras na ANA discutem dessalinização

Brasil, como no caso do Semiárido. Sobre o tema, a Agência Nacional de Águas (ANA) organizou o evento Palestras sobre Dessalinização, Monitoramento, Conservação de Águas e Reúso do Concentrado nesta terça-feira, 28 de julho, em Brasília. Durante o encontro foram apresentados os resultados do projeto Promoção da Conservação do Uso Sustentável da Água.
Esta parceria da ANA com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) busca melhorar o tratamento de água e efluentes, monitorar a qualidade de fontes alternativas de abastecimento e proporcionar o aumento da disponibilidade de água com qualidade para o abastecimento humano e para reúso em irrigação.
Um dos palestrantes foi o professor Kepler França, coordenador do Laboratório de Referência em Dessalinização (LABDES) da Universidade Federal de Campina Grande, um dos centros de referência sobre o tema no Brasil. O engenheiro químico abordou o desenvolvimento e o monitoramento de processos com membranas para tratamento e reúso de água.
A professora Márcia França, da Universidade Estadual da Paraíba, apresentou o estágio de metas da parceria entre a ANA e a UFCG, como a implantação de uma Unidade Demonstrativa de um sistema de dessalinização de osmose inversa para produção de água potável e aproveitamento do concentrado na criação de tilápias ou em cultivos hidropônicos para minimizar impactos ambientais, preservar os recursos hídricos e estimular a geração de renda.
Em sua palestra, o químico industrial Rodrigo Alves falou sobre sistema de dessalinização de água salobra e o uso do concentrado resultante do processo em sistemas hidropônicos. A também química industrial Tereziana da Costa abordou a qualidade das águas consumidas no Distrito de Santa Luzia, em Picuí (PB), onde funciona um dessalinizador. Outro tema foi o diagnóstico socioeconômico desta localidade, apresentado pela assistente social Valéria da Silva.


Fonte: ANA

Irrigação por gotejamento com fita de fertilização

O sistema de irrigação por gotejamento é freqüentemente usada principalmente porque ele não desperdiça tanta água como outros sistemas. Isso é porque ele reduz os níveis de evaporação.Ele também oferece a água diretamente para as raízes e pode ser utilizado para fertilizar plantas.

Comece ligando o preventer fluxo de volta para a principal fonte de água ao ar livre. Parafuso do conector de mangueira de Bibb, ao preventer fluxo de volta. Em seguida, você deve conectar cada um dos dois acopladores mangueira para os tubos de direita. Um deve ser anexado à fonte de água e outro para o fornecimento de fertilizantes. Anexar uma mangueira ao conector de mangueira de Bibb. Desenrole a mangueira e conecte-o a válvula de esfera que é anexado as fitas de gotejamento. Coloque as fitas em torno da área raízes das plantas.
Fertilizante
Retire a tampa do conector de tubo e despeje fertilizantes no tanque injetor. Certifique-se que você não remover o tubo do conector de nozes. Se você estiver usando fertilizantes solúveis em água, despeje um pouco de água no tanque antes de derramar o fertilizante. Reposicionar a tampa e conectar os tubos de volta. A tampa do tanque tem um controle de fluxo. Ela deve ser ajustada para regular a quantidade de adubo que é entregue para as plantas com a água.
Abrir as válvulas do tubo e deixe a mistura de fertilizantes. Então, pressurizar o tanque e deixar o fluxo de adubo para o jardim. Abrir a válvula de água e deixá-lo escoar através das linhas. Regular a pressão para que a água e fertilizantes chegar cada planta da mesma forma. Quando o tubo de saída permite que a água fora claro, por sua vez a água fora, porque o fertilizante foi entregue com êxito.
Irrigação
Abrir o tanque e tubos e limpá-los esvaziando-os de água. Para converter o sistema de irrigação, feche todos os tubos de saída, volte a fechar o tanque e fechar todas as válvulas para a posição off. Lavar o filtro de injeção de fertilizantes. Fazê-lo quantas vezes for necessário para evitar a interrupção do fluxo.

Dicas
Injetores de fertilizantes não pode resistir à pressão de sistemas de irrigação usual suportar.
Use um preventer fluir de volta para o injetor de fertilizantes para evitar a contaminação da água.


Fonte: Irrigacao.net

Dia do Agricultor: integrantes de associação de agricultoras familiares da Bahia comemoram melhoria de vida

Desde 1960 – há 55 anos, portanto – comemora-se em 28 de julho, em todo o Brasil, o Dia do Agricultor. Esse profissional acorda cedo, carrega peso, encara o sol inclemente e ainda tem que conviver com os efeitos das estiagens para garantir o próprio sustento e produzir grande parte dos alimentos básicos que chegam aos pratos dos brasileiros.
E o Dia do Agricultor deste ano é especial para as integrantes da Associação das Mulheres Campesinas de Serra do Ramalho, município do Médio São Francisco baiano, área de atuação da 2ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Elas comemoram uma sensível melhoria de vida devido ao apoio que têm recebido da Companhia. As agricultoras receberam kits de irrigação que facilitam o trabalho e permitem que consigam ampliar a produção.
“Esses kits tiveram grande importância porque mudaram muito as nossas vidas. Nós temos alimentos para o nosso próprio consumo e isso também gera renda. Tenho uma filha, por exemplo, que estuda na Escola Família Agrícola (EFA) de Riacho de Santana [outro município baiano]. E, depois que recebemos os kits, eu pude pagar a mensalidade e as passagens para ela poder estudar. Mudou também a nossa alimentação dentro de casa, que passou a ter mais qualidade. Porque, com o próprio dinheiro das nossas vendas, a gente já consegue comprar o que falta”, diz a agricultora Marinalva Aparecida Carvalho.
“Os kits de irrigação valorizaram a nossa vida. Melhoraram muito a nossa condição financeira e também a nossa alimentação. Porque nós comemos uma coisa sabendo que fomos nós que plantamos. Não tem agrotóxico. É uma coisa natural. Só usamos produtos naturais”, diz Maria da Conceição, presidente da associação.
O recebimento dos kits de irrigação, aliado ao fato de elas terem passado a fazer parte do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), é responsável pela mudança na vida dessas agricultoras. O PAA é coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Com recursos do próprio MDS e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Programa adquire alimentos produzidos por associações de agricultores familiares com dispensa de licitação.
“Com o PAA, nós plantamos e colhemos aqui, levamos os produtos para a sala da nossa associação, colocamos tudo em umas embalagens bonitinhas. Abóbora, por exemplo, tem até de seis quilos. Então, a gente corta, separando quilo por quilo. Lá, o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social do município) pega os alimentos para fazer a entrega para famílias mais carentes da nossa própria comunidade”, explica Marinalva Carvalho.
Os alimentos são repassados gratuitamente para pessoas ou famílias que estão em situação de insegurança alimentar e nutricional ou para instituições que fazem com que esses alimentos cheguem a pessoas que necessitem, como entidades de assistência social, restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos.
“São 75 famílias cadastradas que estão recebendo estes produtos. Um quilo de abóbora, um quilo de bolo, 300 gramas de bolacha, por família, e por aí vai. Separamos as folhas nas quantidades certas. E eu acho muito importante não só para nós que produzimos, mas também para as famílias beneficiadas com a nossa produção. Estão gostando muito”, explica Marinalva.
O aumento da renda é comemorado. “Nós entramos no PAA há pouco tempo, mas o objetivo nosso é conseguir ganhar pelo menos um salário mínimo somente com as vendas para o programa, pelo menos uns R$ 700,00 a R$ 800,00 por mês, sem contar as outras vendas. Eu recebi R$ 300,00 por mês nos dois primeiros meses que eu entreguei. Mas o meu objetivo é aumentar, porque antes de entrar para o PAA nós não tínhamos consumidores suficientes para fazer valer a pena ter uma produção grande. Agora, sim. E, com certeza, vamos conseguir”, diz Marinalva Aparecida Carvalho.
“Nós trabalhamos com o PAA. Mas nem toda a produção vai para o programa. Tem uma parte que vendemos de forma particular. Somente do PAA eu recebo R$ 170,00 por semana (R$ 680,00 por mês), sem contar o que a gente vende particular. A vida da gente melhorou bastante depois que passamos a cuidar da nossa produção com os kits de irrigação. A gente trabalhava molhando e não saía quase nada. Era bem pouco. Hoje, estamos plantando mais. Esse ano a gente desenvolveu mais e creio que vai desenvolver mais ainda”, diz Maria da Conceição, presidente da Associação das mulheres campesinas de Serra do Ramalho.
A Codevasf investiu R$ 130,7 mil, desde 2012, na aquisição de 250 kits de irrigação que foram entregues para associações de agricultores familiares de 16 municípios do Médio São Francisco baiano, área de atuação da sua 2ª Superintendência Regional, sediada em Bom Jesus da Lapa. Além de Serra do Ramalho, os municípios beneficiados com o recebimento dos kits de irrigação foram América Dourada, Bom Jesus da Lapa, Central, Correntina, Ibititá, Irecê, Jaborandi, João Dourado, Paramirim, Pindaí, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória, São Gabriel, Seabra e Uibaí.
A entrega dos kits, que têm capacidade para irrigar áreas de até 500 m², é uma ação conjunta dos programas Água para Todos e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária (Inclusão Produtiva), com o eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, e que tem o objetivo de estruturar tais associações comunitárias, fortalecendo a agricultura familiar nesses locais.
Além disso, a Codevasf também investe em áreas irrigadas (os perímetros irrigados). No Médio São Francisco baiano, são: Formoso, em Bom Jesus da Lapa; Formosinho, em Coribe; Barreiras Norte, em Barreiras; São Desidério/Barreiras Sul, em Barreiras e São Desidério; Ceraíma, em Guanambi; Estreito, em Sebastião Laranjeiras e Urandi; Mirorós, em Ibipeba; e Nupeba e Riacho Grande, que ficam no município de Riachão das Neves.
Ao todo, os perímetros da região possuem área de 14,7 mil hectares irrigáveis, entre lotes empresariais e familiares, com produção estimada de 250,5 mil toneladas ao ano. O Valor Bruto de Produção dos perímetros é de cerca de R$ 200 milhões ao ano, segundo levantamento de 2014.
O destaque continua sendo o perímetro Formoso, em Bom Jesus da Lapa, responsável por 73,23% da produção dos nove perímetros da região. O sucesso da produção do perímetro está estreitamente ligado ao volume de investimento da Codevasf – desde 2011, foram investidos cerca de R$ 28 milhões.


Fonte: Codevasf

Seminário - Água em Debate - Uso sustentável da água na agricultura: Desafios e Soluções

O Seminário “Uso sustentável da água na agricultura– Desafios e soluções” é um evento técnico realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cujo objetivo é debater e apresentar propostas sobre a utilização racional da água na agricultura, bem como discutir o gerenciamento do uso da água, em épocas de escassez desse recurso, considerando as experiências internacionais de países que tem enfrentado esse problema, com resultados satisfatórios. A iniciativa faz parte de uma série de ações que o Sistema CNA tem dedicado ao tema em 2015.
Dessa forma, o encontro visa debater com profissionais, representantes de entidades e órgãos governamentais, inclusive de outros países, bem como com produtores rurais, os seguintes temas:
- Uso Sustentável e racional da água na propriedade rural. Esse painel visa desmistificar as questões relacionadas à utilização da água (irrigação) e a necessidade de que esse uso seja feito considerando os padrões técnicos e científicos disponíveis, em especial, o ciclo hidrológico aplicado à atividade rural.
- Tecnologias de Irrigação. Os palestrantes irão apresentar as tecnologias atualmente disponíveis, visando o melhor aproveitamento da água nas atividades rurais. Dentre os itens abordados está a eficiência e efetividade do uso da água para a produção de alimentos.
- Governança da água. Experiências internacionais em debate. Os palestrantes irão apresentar mecanismos de governança da água no Brasil, Estados Unidos e Israel, bem como as ações necessárias à implementação de um sistema eficiente de gestão dos recursos hídricos, que atenda as demandas rurais e urbanas.
- Desafios à gestão da água na agricultura. Uma visão Politica. Essa sessão visa discutir quais são os obstáculos para uma estratégia sustentável de gestão da água na agricultura, em longo prazo, para o Brasil, considerando-se, ainda, a disponibilidade de água e terras com aptidão à irrigação, bem como às ações necessárias a serem implementadas, visando o uso racional desse recurso.

Público Alvo: 
- Produtores rurais;
- Gestores e órgãos públicos com atividades relacionadas à Gestão de recursos hídricos;
- Pesquisadores;
- Formuladores de políticas públicas;
- Lideranças setoriais.

Sobre o evento:
Data: 18/08/2015
Horário: 08:30 às 18:00.
Local: Auditório da sede da CNA, em Brasília (SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício Antônio Ernesto de Salvo).
Transmissão Ao Vivo: o evento também será transmitido pela Internet.



Fonte: Canal do Produtor

Barragens transformam Cristalina em exemplo sustentável do uso da irrigação agrícola

Captação de água das chuvas e uso de quase 700 pivôs valoriza recursos naturais e aumentam a produtividade.

O uso sustentável da água para irrigação agrícola na cidade de Cristalina, GO, é considerado exemplo no Brasil e na América Latina. Segundo dados do Sindicato Rural de Cristalina, a cidade possui atualmente cerca de 52 mil hectares irrigados, 680 pivôs centrais em funcionamento e 142 produtores que trabalham com culturas irrigadas. De acordo com o mais recente levantamento do IBGE, graças a esse modelo de irrigação, Cristalina registrou o segundo maior valor bruto de produção em 2013 (R$ 2 bilhões), ficando atrás apenas da cidade de Sorriso (MT).
Para Alécio Maróstica, presidente do Sindicato Rural de Cristina, esse número ainda pode crescer. “A área irrigada do município pode aumentar nos próximos anos, a ponto de ultrapassar 100 mil hectares”, afirma, complementando que “culturas de soja, milho e a integração lavoura-pecuária podem ganhar em produtividade com a expansão do sistema”. Atualmente, a irrigação em Cristalina tem como carro-chefe as plantações de tomate, mas atinge também áreas de plantio de batata, alho, cebola e cenoura.
Modelo de irrigação - Além da alta tecnologia empregada no uso dos pivôs, o segredo da sustentabilidade está na maneira como os agricultores os abastecem: a água utilizada é fruto da captação das chuvas por meio de barramentos.
As barragens são responsáveis pela manutenção dos pivôs em funcionamento, pois garantem o fluxo de água no sistema. A irrigação, por sua vez, garante condições para que seja possível produzir o ano todo, ameniza as características do Cerrado, região conhecida por ter chuvas concentradas no verão e estiagem de maio a setembro.
Para Hiran Medeiros Moreira, diretor da Irriger, empresa de consultoria em gestão de irrigação e que faz parte do grupo Valmont, um dos maiores fabricantes mundiais de pivôs, a irrigação é atualmente um dos principais caminhos para maior produção sem ampliação da área plantada, pois proporciona sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Em Cristalina, há um aspecto a se destacar: mais de 170 barramentos sustentam os pivôs centrais instalados, garantindo sustentabilidade hídrica ao município. Assim, os irrigantes são também produtores de água. Há mais de 30 anos, quando não havia pivôs ainda instalados, havia menos água disponível nas bacias hidrográficas. Atualmente, o que restringe o ritmo de implantação de novos projetos é a indisponibilidade de energia elétrica por parte da concessionária local. Outros municípios de Goiás, como Formosa, e de Minas Gerais, como Unaí, já seguem o exemplo de Cristalina. “Os produtores dessas cidades notaram que o sucesso de Cristalina estava nas barragens, que garantem irrigação o ano todo”, aponta Moreira.
A implantação do sistema requer investimento inicial alto, mas o consultor garante que o retorno é certo. Para implantar um projeto de pivôs centrais, é necessário aporte que varia entre R$ 5mil e R$ 12 mil, somados ao investimento para construção das barragens, que giram em torno de R$ 1mil a R$ 3mil por hectare. “A vida útil de um pivô é longa, podendo superar 30 anos de uso continuado. Fora isso, há o ganho com aumento de produtividade”, explica.


Fonte: Cenário MT

Irrigação por gotejamento é sinônimo de lucro em usina no interior paulista

Diminuição de custos e aumento significativo da produtividade é incentivo para adoção do sistema de irrigação por gotejamento.

Em tempos de crise hídrica não se fala em outra coisa a não ser economia de água. Se levarmos em consideração a porcentagem de água destinada ao cultivo de alimentos, os produtores acabam se tornando “grandes vilões” deste cenário, pois cerca de 72% da água no Brasil é utilizado para irrigação. Por esse motivo, diversas culturas estão provando que é possível produzir mais com menos consumo de água, como é o caso da Usina de Santa Fé, em Nova Europa/SP.
Este período de crise fez com que as fazendas produtoras desta usina buscassem por tecnologias que economizassem água, para reduzir o custo de produção e o desperdício deste elemento fundamental. Uma das alternativas encontradas por eles foi o sistema de irrigação por gotejamento. O sistema conhecido por “gota a gota” é responsável por dosar a água e o fertilizante na medida certa para a cultura, fazendo com que o bulbo de umidade permaneça ao redor das raízes da planta por mais tempo. É a técnica da fertirrigação encontrada nos sistemas da Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento, que é responsável pelo expressivo aumento da produtividade. “Além da quantidade de água na medida certa, as gotas levam os nutrientes diretamente na raiz da planta, e isso faz com que ela se desenvolva melhor e mais rápido que as demais, aumentando expressivamente a produtividade”, explica Daniel Pedroso, coordenador agronômico da Netafim.
O sistema foi implantado em uma das fazendas da Usina Santa Fé, numa área de 100 hectares que logo no primeiro corte deverá render um total de 205 toneladas/hectare, produtividade muito maior quando comparada a outros métodos. A instalação da irrigação localizada por gotejamento é relativamente fácil: o departamento agronômico da Netafim realiza um estudo edafoclimático da região onde fica estabelecida qual a lâmina de água e o gotejador a serem utilizados. Na sequência, os técnicos da empresa coordenam a montagem e instalação do sistema. “O custo beneficio do sistema é positivo, principalmente porque diminui o custo da tonelada produzida, se paga até o terceiro corte após a implantação e lembrando que esse tipo de sistema é dimensionado para dez cortes sem que haja reforma do canavial”, afirma Pedroso.
Com o rendimento aumentando, os produtores não tem dúvidas de que a irrigação por gotejamento é sinônimo de lucro e economia. “Não plantarei uma muda sequer que não seja irrigada por essa tecnologia”, afirma Matheus Toledo, engenheiro agrícola e coordenador de plantio e preparo de solo da Usina de Santa Fé. 


Fonte: Cenário MT

Esgoto tratado favorece agricultura e poupa água para consumo, mostra estudo

O emprego da água de esgoto tratado (efluente) na agricultura aumenta a produtividade, segundo estudo do Núcleo de Pesquisa em Geoquímica e Geofísica da Litosfera da Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadores testaram, durante 15 anos, as vantagens do uso dessa água, que contém minerais e nutrientes como nitrogênio e fósforo, importantes no desenvolvimento das plantas.
Para o professor de geoquímica e ambiente da USP, Adolpho Melfi, a água usada atualmente na irrigação das lavouras pode ser substituída com segurança pelo efluente, o que pouparia água potável importante no abastecimento das cidades. “A agricultura utiliza praticamente 70% da água que poderia ser para o consumo humano”, explica ele. Atualmente, o efluente só pode ser usado na lavagem de ruas e irrigação de jardins, por não haver legislação que autorize o seu uso no campo.
O experimento feito nas cidades de Lins e Piracicaba, interior de São Paulo, mostrou que a economia no uso de fertilizantes nitrogenados chegou a 80% no plantio de capim, utilizado na alimentação do gado, durante um ano de baixa ocorrência de chuvas.
Os cientistas compararam a produtividade do capim irrigado com água comum e do irrigado com esgoto tratado. Ambos receberam a mesma quantidade de fertilizante necessário para o crescimento das plantas. O resultado foi uma produtividade de 33 toneladas de capim por hectare ao ano no caso das plantas que receberam irrigação comum, e de 39 toneladas por hectare ao ano no capim irrigado com efluente.
O mesmo experimento feito com a cana-de-açúcar resultou na produtividade de 87 toneladas por hectare ao ano para a cana que recebeu irrigação comum, e de 143 toneladas por hectare ao ano na irrigada com água de esgoto tratado. Os testes foram feitos com cana soca, ou seja, quando a planta ainda não recebeu o primeiro corte.

Riscos do uso de efluentes

Para o emprego da técnica do esgoto tratado na agricultura, porém, é preciso atenção a alguns riscos, explica Melfi. “Como o efluente tem muito nitrogênio, uma parte não será aproveitada pela planta. Essa parte vai infiltrar no solo e contaminar o lençol freático na forma de nitrato. Há também os organismos patogênicos [presentes no efluente], que podem provocar problemas na saúde humana. A gente precisa ter um controle muito grande também dos metais pesados”, disse.
Para contornar esses problemas, os cientistas encontraram soluções simples. Para evitar os metais pesados, presentes nos dejetos de indústrias, os efluentes devem ser recolhidos preferencialmente de cidades pequenas, onde o controle é mais fácil e predomina o esgoto doméstico.
“Em Lins, o esgoto é exclusivamente doméstico. Em Franca, por exemplo, com a indústria de couro para a fabricação de sapatos, a curtição do couro usa uma substância formada por cromo, altamente tóxico. Mas o esgoto de lá pode ser usado, porque existem duas redes separadas, uma que é esgoto industrial e outra que é doméstico. No esgoto doméstico, não tem metal pesado”, explica o cientista.
Quanto aos organismos patogênicos, como o grupo de bactérias E.coli, existem tratamentos que são capazes de eliminá-los do efluente. Outra forma mais simples de evitar essa contaminação nas plantas é selecionar culturas que passam por tratamento industrializado antes do consumo, como é o caso do café, milho e cana-de-açúcar.
“O café pode ser irrigado com efluente, pois depois é torrado. A laranja também é irrigada nos Estados Unidos, na Flórida, por efluente. Basta fazer uma irrigação na superfície do solo, por gotejamento ou mesmo enterrada em até 20 centímetros, de forma que a fruta não entre em contato com os efluentes”, explica o professor.
O capim, cultura testada no estudo, é cortado e permanece na superfície do solo durante algumas semanas para que seja transformado em feno. Após isso, o produto estará seguro para alimentar o rebanho de gado, já que os organismos patogênicos morrem nesse processo de fenação.
É importante lembrar, ainda, que o simples despejo do efluente em rios também gera problemas, pois causa a eutrofização. “Aumentam muito os micro-organismos, algas que consumem o oxigênio, e essa água sofre eutrofização, são aquelas espumas. Ou a água fica esverdeada por causa de algas”, disse Melfi.
O estudo também ouviu a população para avaliar a aceitação da novidade. “O resultado foi positivo, as pessoas entrevistadas disseram que, desde que soubessem que estava havendo o controle adequado, consumiriam [alimentos produzidos com efluentes]”, contou o professor.


Fonte: Irrigacao.net

Escassez de chuva prejudica cultivo do melão no RN

Falta de água para irrigação leva fazendas a interromper a produção. Alguns poços já secaram completamente, outros estão pela metade.

A seca está trazendo problemas para os produtores de melão na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará. Falta água para irrigar as lavouras e as fazendas reduziram a produção.
Os poços que irrigam uma fazenda de melão entre os municípios de Mossoró e Tibau, no Rio Grande do Norte, e Icapuí, no Ceará, estão com os níveis cada vez mais baixos. Alguns já secaram completamente, outros estão pela metade e a água que tem, está com alto grau de salinidade.
A cerca de 100 quilômetros do local, outra fazenda do mesmo grupo de empresários está abandonada. A produção teve que parar porque todos os poços secaram. A crise com água começou há três anos. As máquinas foram retiradas e os 600 funcionários demitidos. Os canos de irrigação foram desmontados, as casas de motores desativadas.
Essas fazendas estão fechando na pior época possível. Esse era o momento ideal para aumentar as exportações, já que o melão da região acabou de conquistar novos mercados no exterior e o aeroporto de Natal está realizando vôos diários para a Europa, o que facilita o transporte da fruta.
Para manter a produção de melão, a empresa está se livrando de outras culturas que necessitam de mais água, como o mamão e a banana.
O Rio Grande é o maior produtor nacional de melão, com 45% da safra.


Disponível em: Globo Rural

Dia do Agricultor: Kits de irrigação tornam agricultura familiar do Maranhão mais eficiente

No dia 25 de julho comemora-se o Dia do Agricultor Familiar, que responde por aproximadamente 33% do valor total da produção do meio rural, segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atenta à sua importância para a economia, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vem beneficiando 3 mil famílias no Maranhão com a doação de kits de irrigação para a produção em pequenas áreas e com economia de água.
Trata-se de um impulso dado ao trabalhador da zona rural para alimentar sua família e para complementar a renda. Essa iniciativa integra os programas Água para Todos (Segunda Água) e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária — ambos inseridos no Plano Brasil sem Miséria, do governo federal.
No âmbito do Água para Todos (Segunda Água), esse trabalho teve início no Maranhão atendendo a agricultores de 15 municípios, sendo distribuído numa primeira etapa um total de 300 kits de irrigação, com investimento de mais de R$ 156 mil. Dando prosseguimento à ação, a Codevasf segue implantando outros 2.700 kits em 57 municípios maranhenses, somando aproximadamente R$ 1,1 milhão investidos.
Wescley Silva Sousa, agricultor do povoado Santa Rita do Sul, no município de Presidente Dutra, festeja os resultados obtidos a partir da instalação do kit de irrigação doado pela Codevasf. “O primeiro kit que a Codevasf trouxe para a cidade veio pra cá. Eu comecei com milho e quiabo e logo na primeira colheita ganhei uns R$ 700,00. Aí eu tornei a investir pra aumentar a horta. Com a próxima colheita quero também comprar umsombrite (cobertura para a horta) para plantar pimentão. Hoje consigo ganhar quase três vezes mais do que antes. Dá pra dizer que melhorou demais a minha vida. Antes do kit eu perdia muito tempo e gastava muito mais água, porque era tudo molhado com mangueira”, conta Wesley.
Já o agricultor José Fialho da Silva, do povoado Taboa dos Lopes, também em Presidente Dutra, exalta o aumento da renda e a facilidade com que vende sua produção. “Eu vendo tudo por aqui mesmo, nas casas do povoado. A gente enche um jacá (cesto trançado de palha), dá uma voltinha e já vem pra casa com um dinheiro no bolso”, relata.
Outro agricultor beneficiado é Ilauro da Silva, do município de Colinas. “Estou muito satisfeito com esse kit de irrigação que veio. Melhorou bastante, porque antes a gente molhava com a pata (regador de plástico) e hoje estamos com o gotejamento. Aqui a gente vende para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), para o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), vende em Colinas e em Buriti Bravo e assim a renda cresceu”, afirmou Ilauro.
Flávio Rodrigues dos Santos, de São João dos Patos, afirma que o kit de irrigação recebido contribuiu para o aumento de sua produção ao passo em que o desperdício de água diminuiu. “Antes eu usava aspersão e perdia muita água. Esse kit goteja a quantidade certa de água direto na planta, sem desperdício”, atesta Flávio.
Somente com a implantação desses 3 mil kits de irrigação com capacidade para irrigar até 500 m² o Maranhão terá 150 hectares de área irrigada na agricultura familiar. A produção de alimentos é utilizada tanto para sustento familiar quanto para comercialização do excedente. Dentre as principais culturas estão milho, feijão, melancia, coentro, cebolinha, pimenta, pimentão, alface e abóbora.


Fonte: Codevasf

Micro sistema de irrigação operando em energia solar uma opção para fazendeiros futuros

A energia solar é um tópico muito específico, no mundo inteiro, em todos os setores, da irrigação agrícola existe possibilidades ilimitadas de radiação solar livre em todos os direitos de propriedade e as restrições legislativas.

O uso da energia solar no campo da micro-irrigação está ha muito tempo em discussão, porque os desenvolvedores do projeto não estão cientes da técnica e adaptação utilizando bombas para pressurização de um micro sistema de irrigação. Este artigo lança luz sobre os princípios básicos da energia solar e sobre os aspectos essenciais de um sistema de micro-irrigação alimentado por energia solar.
Basicamente, irrigação por gotejamento é um sistema de irrigação pressurizada a necessidade de instalação de bombas centrífugas, impulsionado por motores elétricos ou de combustão, fornecem diariamente por 16 ou 20 horas, constante pressão para satisfazer as necessidades de água da cultura. Isto significa que todos os dias a irrigação de culturas resulta em custos de eletricidade ou gasolina que se tornam proibitivo e põem em perigo a sustentabilidade e a viabilidade do projeto de irrigação. É por isso que, em muitas partes do mundo, a agricultura está em declínio e que as áreas cultivadas são desertificadas.
A segunda questão candente é a escassez de energia. A produção de energia em relação à demanda é insuficiente a cada ano ao nível do governo e ninguém é capaz de dizer se, no futuro, esta relação será invertida apesar da grande alocação de recursos. O relatório das Nações Unidas afirma que em muitos países há um déficit de energia de 21-85%, com um aumento de 7 a 15% a cada ano. Daí o grande interesse em fontes de energia renováveis e sustentáveis, como a energia solar. Mas mesmo que a radiação solar está disponível gratuitamente, existem limitações na sua utilização que não é segura e rentável para todos.sistema solar fotovoltaico.
O efeito fotovoltaico se refere à ação de fótons de luz excita os elétrons para um estado de energia mais elevada, permitindo-lhes assim agir como um portador de carga para uma corrente elétrica. Por exemplo, as células solares convertem a energia da luz solar em fluxos de elétrons. O efeito fotovoltaico foi observada pela primeira vez por Alexandre-Edmond Becquerel (físico francês) em 1839. O termo fotovoltaico descreve o modo de funcionamento de um fotodiodo em que a corrente criada no dispositivo é inteiramente devido à transformação da Energia luminosa. Praticamente todos os sistemas fotovoltaicos são algum tipo de fotodiodo.
As células solares produzem eletricidade diretamente da luz solar utilizável como fonte de energia para as plantas ou para carregar as baterias. Se a primeira aplicação fotovoltaica foi o fornecimento de energia de satélites e naves espaciais, atualmente a maioria dos módulos fotovoltaicos são usados para geração de eletricidade ou para a iluminação privada. Os países no equador recebe o poder de 350 W / m² energia solar máxima. O potencial de energia solar diminui indo em direção aos pólos, norte e sul, com 3 a 5% por grau de latitude. No entanto, a energia solar é dependente da temperatura, umidade relativa do ar, nuvens, latitude e longitude e características do lugar. É por isso que é necessário obter dados sobre o clima da estação meteorológica mais próxima para avaliar o potencial de energia solar e determinar os módulos solares e equipamentos relacionados.
Lembretes sobre micro-irrigação é usado para descrever um método de irrigação, cujas características são as seguintes:
1. A água é fornecida em doses baixas.
2. A água é fornecida por um longo tempo.
3. A água é fornecida em intervalos freqüentes.
4. A água é feita diretamente na fábrica na zona de raiz.
5. A água é fornecida por equipamentos operando em baixa pressão.Sistemas de micro-irrigação, fornecer água para as culturas através de um conjunto de tubos e rampas dispostas ao longo das linhas de culturas e equipados com gotejadores colocados em intervalos regulares.
A sua pressurização é levada a cabo por uma bomba acionada por um motor de combustão interna ou elétrico. Cada gotejador ou distribuidor fornece consistentemente uma quantidade conhecida de água e controlada com precisão, de nutrientes e outras substâncias necessárias para o crescimento da planta diretamente na zona da raiz, promovendo assim o desenvolvimento da cultura e melhores retornos.
Nos sistemas de micro-irrigação solares, energia solar (Módulos solares fotovoltaicos) fornece energia para o motor da bomba, em vez de um motor convencional elétrica ou térmica. Para uma melhor compreensão, a disposição esquemática de um sistema de irrigação por gotejamento solar. A instalação inclui a cabeça de rede, um conjunto de tubos, rampas, um módulo fotovoltaico, um painel de controlo e uma bomba de instalação.
Princípios de design e elementos a ter em conta uma vez que a radiação solar disponível durante o dia para gerar energia, toda a irrigação de culturas vai ocorrer preferencialmente durante este período. Obviamente, todos os cálculos do projeto, para atender a demanda de água onde a cultura deve levar em conta as flutuações da radiação solar entre a manhã e a noite e de uma época para outra. Além disso, o seguinte deve ser estudada e tida em conta na concepção de uma instalação de micro-irrigação. Segue a lista de orientações:
• radiação solar média mensal entre a manhã e a noite e temporada.
• Otimizar ETcult (request Cultura da Água) diária, mensal e outros.
• capacidade de retenção de água do solo.
• Planejamento de culturas.
• A disponibilidade de água e comparação com a demanda de água da cultura.
• Operação e gestão do instalação.
• Otimização e necessidades da estação de bombeamento (energia solar).
• módulo solar fotovoltaica.
• Parâmetros de vendas técnicas.
No caso de uma instalação com bomba solar, um planejamento cuidadoso de culturas é muito importante. Um planejamento da lavoura convencional é desnecessário, inadequado e geralmente pode tornar-se caro. Ele deve corresponder o valor da ETcult e considerar o máximo de radiação solar. Isto significa que a radiação solar deverá ser suficiente quando a procura de água da planta é maximizada. Deve tomar precauções, tais como o aumento da capacidade de retenção do solo pela adição de condicionadores de solo e adubo orgânico para evitar que, em caso de déficit de irrigação, diminuição da umidade do solo fica abaixo do ponto.
Na ingestão de água suficiente deve ser feito para satisfazer as necessidades de água da cultura durante o dia quando a radiação solar está disponível. A escolha de componentes de um sistema de irrigação por gotejamento como as tubulações, o sistema de filtragem e rampas devem estar em linha com a demanda de cultura da água apesar das flutuações da radiação solar durante o dia e mais as estações. Em outras palavras, a concepção de um sistema de micro-irrigação deve ser com base na energia solar disponível para satisfazer as necessidades de água da cultura.
Dependendo da latitude e longitude dos vários países, o valor médio da energia solar, que pode ser disposta é de 200 a 300 W / m. Ela varia de época para época e é afetada por nuvens e neblina. O montante máximo da energia solar é no verão e mínima durante a temporada por causa de nuvens de chuva, resultando em uma baixa freqüência de irrigação durante os períodos de chuva e máxima no verão. Do mesmo modo, durante o dia, a energia solar é mínima na parte da manhã, ao meio-dia e no máximo fica no mínimo, à noite.
A forma particular de rodas dar um fluxo constante (de saída) e uma pressão no intervalo selecionado independentemente radiação solar. A compensação de fluxo de pressão está incorporado na concepção do tipo de bomba adquirida. Conclusão neste ponto muitas ações de pesquisa e desenvolvimento está em andamento para determinar os níveis de rentabilidade com as bombas solares. Apesar de um investimento inicial alto, considerando a recorrente e as tensões geradas por políticas governamentais, os preços internacionais do petróleo e as flutuações cambiais, as bombas solares são globalmente, uma rota futuro para os agricultores a ultrapassar a crise de energia, tornando-se auto-suficiente e independente.


Fonte: Irrigacao.net

Técnicos norteamericanos apresentam avanços na tecnologia de irrigação

Técnicos do DNOCS estiveram presentes ontem, 07/07, a uma importante palestra técnica, ocorrida no auditório do Palácio da Abolição, quando dois pesquisadores da Universidade da Califórnia, Richard Snyder e Cayle Little, demonstraram os avanços das tecnologias de irrigação com economia de água, naquele estado norteamericano.
Apesar de dispor de suprimento de água limitado, tão crítico como aqui, a interação entre pesquisa, extensão e a comunidade produtora, segue produzindo intensamente em milhões de hectares. Lá foi criado um sistema de informações para o manejo da irrigação na Califórnia (CIMIS), baseado nos dados e evapotranspiração das culturas (ET), que permite irrigar utilizando somente a água que foi perdida pelas plantas e a evaporada.
Ficou evidente que se trata de uma tecnologia facilmente acessível, mas de utilização complicada, pois mesmo lá, onde a pesquisa e a extensão caminham par e passo, apenas metade dos produtores a adotaram.
Trazendo para nós esta questão, verificamos o quanto faz falta ao DNOCS o fato de ter tido sua equipe de agrônomos de campo quase que completamente desestruturada, pois técnicas como essa poderiam ser largamente adotadas pelos agricultores de nossos perímetros irrigados. Evidencia-se assim a gritante necessidade de recomposição de nosso quadro técnico, através de concurso público.
Estiveram na palestra os engenheiros agrônomos Aloísio Ferro Gomes Filho (coordenador do CTA), Pedro Eymard Mesquita (coordenador do CPA) e Crisanto Lopes Oliveira (chefe do CPA/MC).


Fonte: DNOCS

Codevasf promove curso de agroecologia em Santana do São Francisco (SE)

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está promovendo um curso de capacitação em agroecologia. Voltado para estudantes e produtores rurais de Santana do São Francisco (SE), o curso conta com 19 participantes é realizado em parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros e a prefeitura de Santana do São Francisco. O treinamento faz parte das atividades do Projeto Amanhã, iniciativa social da Codevasf.
Iniciada no dia 1º de julho, a capacitação terá 40 horas de duração e estará dividida em aulas teóricas e práticas, que serão realizadas no município de Santana do São Francisco, e na área do Projeto Amanhã, no povoado Betume, em Neópolis (SE). Durante o curso os alunos terão a oportunidade de aprender técnicas sobre vermicompostagem (minhocultura), que consiste na criação e utilização de minhocas para a transformação de resíduos orgânicos em húmus.
A primeira etapa do curso de introdução à agroecologia é ministrado pelo engenheiro agrônomo Júlio Alves Neto, analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf em Sergipe. As aulas práticas sobre vermicompostagem serão ministradas pelo pesquisador Joézio dos Anjos, da Embrapa Tabuleiros Costeiros. O encerramento do treinamento está previsto para o próximo dia 14 de julho.
Nessa semana, o Projeto Amanhã finalizou mais um curso de capacitação. Ao todo, 17 alunos da Escola Família Agrícola de Ladeirinhas, na zona rural de Japoatã, concluíram o curso de compostagem promovido pela Codevasf em parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros. A oficina teve oito horas de duração e foi dividida em duas etapas, com discussão sobre problemas ambientais e orientações para a construção de um minhocário.
Segundo informa a coordenadora do Projeto Amanhã em Sergipe, Valdirene Nascimento Cruz, o Projeto Amanhã já realizou esse ano uma série de oficinas ambientais em municípios do Baixo São Francisco sergipano. Neste ano, a Codevasf prevê a realização também de capacitações nas áreas de irrigação, corte e costura e segurança do trabalho.

22 anos de atividades

O Projeto Amanhã é um programa social da Codevasf com grande alcance, principalmente nas comunidades rurais de sua área de atuação, e que tem por finalidade fomentar a organização e a capacitação dos jovens rurais na faixa etária de 14 a 26 anos, matriculados em instituições de ensino formal, oportunizando-lhes qualificação e preparação para a obtenção do primeiro emprego, para atuarem com autonomia e competência em empreendimentos agropecuários e agroindustriais e, para a sua fixação no campo. O Projeto completa nesse ano 22 anos de existência com a marca de mais de 27 mil jovens capacitados, afirma a coordenadora executiva do Projeto Amanhã, Maria da Conceição da Silva.


Fonte: Codevasf

Pesquisa utiliza irrigação com água salina para produção de mini melancias

É muito comum encontrar, nas regiões semiáridas, problemas relacionados à salinização de água e do solo. Em algumas localidades, existe água de baixa qualidade que não pode ser utilizada para o consumo humano a não ser que passe por um processo de dessalinização e os dessalinizadores ainda são onerosos e precisam de manutenção especializada. Ao mesmo tempo, o incremento de gases causadores do efeito estufa, como é o caso do CO2, pode afetar o desenvolvimento dos vegetais.
Com o objetivo de avaliar os efeitos da salinização e do incremento de CO2 atmosférico, especificamente na cultura de mini melancia, o engenheiro agrônomo e mestre em Engenharia Agrícola, Alan Bernard Oliveira de Sousa, iniciou estudo sobre as respostas da cultura ao estresse salino e ao incremento do gás. A pesquisa foi desenvolvida no doutorado do Programa de Pós-graduação (PPG) de Engenharia de Sistemas Agrícolas e orientada pelo professor Sérgio Nascimento Duarte, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ).
Sousa explica que, na escolha da cultura para desenvolver a tese, procurou eleger aquelas que pudessem ser produzidas em ambiente protegido (casa de vegetação). “Apesar da melancia, de uma forma geral, ser uma planta de comportamento rasteiro, um trabalho realizado pelo Departamento de Produção Vegetal da ESALQ e publicado como cartilha, apresenta metodologia para condução vertical de mini melancia, ideal para produção nesse ambiente protegido”, afirma. Segundo o pesquisador, a mini melancia apresenta, também, maior valor agregado em comparação à melancia comum. “Ela possui tamanho menor, cultivares com ausência de semente, entre outras características que facilitam seu consumo por famílias pequenas ou individualmente”, acrescenta. Além disso, a fruta apresenta maior adaptação às características climáticas das regiões semiáridas, sendo produzida, principalmente, em estados da região Nordeste do país.
O estudo foi divido em duas etapas, sendo a primeira desenvolvida no Departamento de Engenharia de Biossistemas e direcionada a avaliar as características da planta em relação à concentração de sais na água de irrigação, sem que a produção fosse afetada. Além disso, observou-se a resposta da cultura ao estresse ocasionado pela salinidade. “Foi avaliado o desenvolvimento da mini melancia até a obtenção do fruto, verificando se houve algum efeito na sua qualidade”, conta Sousa. Neste experimento, foi possível verificar que a cultura possui tolerância moderada à salinidade, semelhante à melancia comum. “Isso quer dizer que podemos utilizar água salina para sua produção, contanto que a concentração não passe 2,5 de dS/m (deciSiemens por metro).”
Já a segunda etapa foi conduzida em uma câmara de crescimento da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas – SP) e avaliou o desenvolvimento da mini melancia em um ambiente com o dobro da concentração atual de CO2. Pôde-se observar que o incremento do gás na atmosfera favoreceu o aumento do tamanho do fruto, tanto irrigado com água salina quanto com água de boa qualidade. “Apesar do CO2 ser um gás que favorece o efeito estufa, o aumento da concentração desse gás na atmosfera irá melhorar o rendimento da produção de frutos de mini melancia.” A obtenção da salinidade da água nos dois experimentos foi realizada por meio de sais oriundos de adubos para fertirrigação e pela adição artificial de sais comumente encontrados na água.
Segundo o pesquisador, o estudo mostra que a cultura de mini melancia não é tão sensível à salinidade e que o modelo de cultivo vertical, bem como a utilização de água de baixa qualidade, podem ser utilizados em ambiente protegido sob fertirrigação. “Esse trabalho é um primeiro passo para estudar como as mudanças ocasionadas no incremento de gases na atmosfera podem afetar o desenvolvimento da mini melancia”, afirma. Sousa salienta, ainda, que devem existir outros estudos que avaliem as respostas dessa cultura à temperatura e a outros fatores climáticos.
O projeto foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).


Fonte: Esalq

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