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Perímetros da Codevasf no Médio São Francisco têm 21% de aumento no valor de produção

Crescimento de 21% no Valor Bruto de Produção (VBP) é a boa notícia sobre o desempenho dos perímetros irrigados implantados e geridos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no Médio São Francisco baiano, mesmo em meio à estiagem prolongada que assolou a região Nordeste do Brasil no ano passado.
O balanço é da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, em Bom Jesus da Lapa (BA), responsável direta pelo acompanhamento dos nove perímetros.
“Algumas das explicações para esse aumento são a ocorrência de um pouco mais de chuva no ano passado, que fez com que o bananal ficasse melhor, o controle dasigatoka amarela, o apoio de instituições como a Codevasf, e o nosso esforço, já que quando o produtor começa a ganhar um pouco mais de dinheiro, ele investe também na produção”, revela José Sabino da Silva, um dos proprietários de uma área de cerca de 400 hectares no perímetro Formoso, e produtor de banana. Silva registrou, em seu lote, incremento de 30% tanto na área plantada como no volume de produção.
Ao todo, os perímetros da região possuem uma área de 14.736,10 hectares irrigáveis, entre lotes empresariais e familiares, com uma produção estimada de 250,5 mil toneladas, superando em 6,48% a produção do ano anterior, que foi de 235,2 mil toneladas. Com relação ao Valor Bruto de Produção, o aumento foi ainda maior, subindo de R$ 161,8 milhões para R$ 195,8 milhões – um incremento de 21%.
O destaque continua sendo o perímetro Formoso, em Bom Jesus da Lapa, responsável por 73,23% da produção total dos nove perímetros da região, com 183,4 mil toneladas produzidas em 2013. A produção no perímetro teve crescimento de aproximadamente 7,2% em relação as 171,2 mil toneladas produzidas em 2012. O carro-chefe do perímetro continua sendo a banana, principalmente a prata-anã, junto a outras variedades, foram cerca de 170 mil toneladas produzidas em 2013. A melancia vem em seguida, com 2.397 toneladas. Também foram produzidas 1.038 toneladas de milho. No Formoso, a maior parte dos lotes são familiares, os quais totalizam 914, enquanto 239 lotes são empresariais.
“Os dois principais fatores que movimentam a economia em Bom Jesus da Lapa são a romaria e o Projeto Formoso. E esse aumento da produção no perímetro pode ser facilmente notado no comércio local, porque quando as pessoas estão com trabalho e com dinheiro elas consomem mais. Assim, os mercados e lojas faturam, aumentando os empregos nesses estabelecimentos também, que vão consumir mais, como em um ciclo”, diz Carlos Costa, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Bom Jesus da Lapa (CDL).
“O aumento da nossa produção é contínuo, e já esperamos passar de 200 mil toneladas até o final de 2014. Também estamos tendo uma grande evolução na questão de área cultivada. Tivemos, em 2012, 6.940 hectares plantados; em 2013, a área cresceu para 7.316 hectares e a nossa previsão é que em dezembro de 2014 já estejamos próximos de 9 mil. Essa evolução é consequência do fato de que o produtor passou a ter mais confiança no projeto graças ao trabalho que vem sendo feito pela Codevasf e pelo Distrito de Irrigação”, diz o produtor Antônio Márcio, presidente do Conselho Administrativo do Distrito de Irrigação Formoso.
O crescimento da produção no perímetro Formoso está estreitamente ligado ao volume de investimento da Codevasf no local. Desde 2011, foram R$ 21,9 milhões investidos com recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre os principais investimentos realizados no perímetro Formoso estão os 120 quilômetros de canais de drenagem, nos quais foram aplicados cerca de R$ 2,9 milhões; a recuperação dos sistemas de automação e elétrico das estações de bombeamento principal, R$ 2,4 milhões; a recuperação de canais, aproximadamente R$ 765 mil; recuperação de 20 estações de bombeamento, construção de oficina eletromecânica e borracharia, desmontagem, remoção e recuperação de um galpão, onde foram investidos cerca de R$ 742 mil.
“O ano de 2013 foi muito positivo para nós, do Formoso. Não temos do que reclamar. Até a qualidade das frutas foi superior, com cerca de 70% a 80% classificadas como de primeira qualidade, enquanto em 2012, não passávamos de 50%. Entre os fatores que vêm influenciando na produção está a Codevasf, que é uma grande mãe do projeto e tem investido em diversas áreas. A recuperação da drenagem e dos canais, por exemplo, tem ajudado muito, porque quando o solo está encharcado, a tendência é perder produção. Quando ele não está, tem um impacto positivo na produtividade”, complementa o produtor José Sabino Silva.
Algumas ações em curso deverão trazer novos reflexos positivos na melhoria do desempenho do perímetro, como os serviços de recuperação e encascalhamento de 132 quilômetros de estradas internas, executados no âmbito de um termo de compromisso firmado entre a Codevasf e o governo do estado da Bahia, por meio da Secretaria de Infraestrutura de Transportes (Seinfra) e do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba). O custo da obra é de aproximadamente R$ 6 milhões e facilitará o escoamento da produção local.

Outros perímetros

O aumento de produção de Formoso foi acompanhado por outros cinco perímetros. Em Formosinho, no município de Coribe, por exemplo, a produção subiu de 1.256 toneladas para 3.973 toneladas. Em São Desidério/Barreiras Sul, nos municípios de Barreiras e São Desidério, foram 1.852 toneladas em 2012 e 2.108, em 2013. Já em Ceraíma, no município de Guanambi, a produção subiu de 795 toneladas para 850 toneladas. Juntos, os perímetros de Nupeba e Riacho Grande, que ficam no município de Riachão das Neves, produziram 17.606 toneladas em 2012; e a produção conjunta aumentou para 22.600 toneladas em 2013.
Em Estreito, nos municípios de Sebastião Laranjeiras e Urandi, a produção em 2013 foi a mesma de 2012, com 8.827 toneladas. No último mês de maio, foi assinado, pela Codevasf, um contrato no valor de R$ 318,6 mil para melhorar a infraestrutura do local, prevendo a recuperação de bombas das estações de bombeamento.
Os perímetros Barreiras Norte, em Barreiras, e Mirorós, em Ibipeba, foram os únicos do Médio São Francisco que tiveram alguma redução na produção com relação ao ano anterior. Em Barreiras Norte, a produção passou de 12.690 toneladas para 11.631 toneladas. Já em Mirorós, foram 20.770 toneladas produzidas em 2012 e outras 17.045 toneladas, em 2013.
A produção nesses dois perímetros, entretanto, deverá voltar a crescer depois da conclusão da obra da Adutora do São Francisco na região de Irecê. Outra ação da Codevasf em curso deverá fortalecer a produção no perímetro Mirorós – a pavimentação asfáltica de 16,4 quilômetros que ligam o município de Ibipeba ao povoado de Olhos D’Água, que vai facilitar a circulação das mercadorias produzidas no local. As obras também vão melhorar o tráfego de pessoas. O investimento na ação é de aproximadamente R$ 9,8 milhões.


Fonte: Codevasf

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