Breve descrição do Ciclo Hidrológico na Agricultura Irrigada
No processo de desenvolvimento vegetativo da planta, em especial a planta cultivada sob irrigação, a água extraída do solo serve como meio de transporte dos nutrientes durante o seu ciclo de desenvolvimento fisiológico.
Depois de passar pela planta esta água retorna à atmosfera em forma de vapor, juntamente com a água evaporada da superfície, realimentando o ciclo hidrológico.
Na irrigação a água é aplicada na medida da necessidade da planta. O excedente da irrigação, quando ocorre, passa por infiltração e percola, abaixo da zona radicular e alimenta o lençol freático.
No caso da chuva há escoamento superficial e acúmulo de água na superfície do solo, de onde parte evapora e parte sofre percolação profunda.
A água percolada alimenta as nascentes, que por sua vez, formam os cursos d’água que correm para o mar. Nas áreas cultivadas ou com florestas uma pequena parte da água da chuva é aproveitada pelas plantas e retorna como vapor à atmosfera depois da transpiração no processo fisiológico.
Para a irrigação a água pode ser captada a fio d’água, direto dos rios, ou de reservatórios. Os reservatórios são construídos para o acúmulo de água na época das chuvas, de forma a disponibilizar para as necessidades humanas (usos múltiplos) na época da escassez hídrica, inclusive para a irrigação.
O ciclo hidrológico no contexto da Agricultura Irrigada
Segundo a FAO, o setor que mais consome água é a agricultura irrigada, com 70% dos recursos hídricos disponíveis destinados à irrigação, em média. Outros usuários mais expressivos são a indústria, para onde são destinados 20%, e o consumo direto da população, que requer menos de 10%.
Estes percentuais não se referem a toda água presente no
planeta Terra, mas sim à quantidade de água doce captada para o desenvolvimento
das atividades econômicas a partir de fontes prontamente disponível em rios,
lagos, umidade do solo e aquíferos subterrâneos.
O volume de água total da atmosfera terrestre, que é um
sistema fechado e estável, é estimado em
1,38x1018 m3 (1.38 bilhões de m3),
valor aceito como referência pela comunidade científica. Daí, conclui-se que o
consumo quantitativo de água é um mito, pois utilização de recursos hídricos
presentes na atmosfera terrestre com algum deslocamento temporal e espacial.
Porém, algumas atividades humanas contribuem em muito para a sua deterioração,
como alguns setores da indústria e o esgotamento sanitário.
Em alguns países o percentual de uso da água
prontamente disponível para irrigação é bem maior que a média citada
anteriormente. Se focalizarmos alguns países com baixa precipitação
pluviométrica fica evidenciado que o excedente da irrigação contribui para a
realimentação das surgências e nascentes, melhorando a disponibilidade hídrica
para demais usos.
Pode-se
concluir, portanto, que a atividade não consome água, promovendo, apenas, o seu
deslocamento temporal e espacial no ciclo hidrológico da parte que é utilizada
no desenvolvimento fisiológico das culturas, da mesma forma como ocorre nas
florestas.
Fernando Tangerino / Isabel Toledo Toledo a irrigação coloca água no solo, a planta para fazer a evapotranspiração consome CO2, devolve O2 e produtividade elevada e ainda de resto, ao transferir água para atmosfera, eleva a umidade relativa, que diminui o transporte de poluentes (poeira) e ainda deixa a paisagem muito bonita, alem de distribuir renda e emprego.
ResponderExcluirOlha só estas paisagens e notícias! http://www.agr.feis.unesp.br/imagens/cesp_14_maio_2013/album/slides/cesp_14_maio_2013%20(20).html
Fonte: https://www.facebook.com/fernandobth/posts/550350175030176