O Brasil, dotado de grandes áreas agricultáveis localizadas em regiões úmidas, não se baseou, no passado, na irrigação, embora haja registro de que, já em 1589, os jesuítas já praticavam a técnica na antiga Fazenda Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro. Também na região mais seca do Nordeste e nos estados de Minas Gerais e São Paulo, era utilizada em culturas de cana-de-açúcar, batatinha, pomares e hortas. Em cafezais, seu emprego iniciou-se na década de 50, com a utilização da aspersão, que se mostrou particularmente interessante, especialmente nas terras roxas do estado de São Paulo.
A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada no Centro-Oeste do país, especialmente em culturas perenes.
Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua distribuição anual (concentrada no verão, sujeito a veranicos e escassa ou completamente ausente no inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc), as quais podem se desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.
Já as culturas mais perenes (café, citrus, cana-de-açúcar, pastagem etc), atravessam, no período seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento de água do solo, interrompendo o desenvolvimento vegetativo e acarretando colheitas menores ou nulas.
A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar está na garantia de safra, a despeito da incerteza das chuvas.
Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo Governo Federal e aparece vinculada ao abastecimento d'água no Semi-Árido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas, que acarretam sérias conseqüências econômicas e sociais.
No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país. Na região semi-árida, em especial, no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir, como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais do Nordeste.
A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. Aliada a ela, é essencial que uma série de práticas agronômicas seja devidamente considerada. É o caso do uso de sementes certificadas, do controle da erosão, da correção do pH, da adubação orgânica e química, dos tratos culturais, do combate a pragas e doenças etc.
A irrigação, de caráter suplementar às chuvas, tem sido aplicada no Centro-Oeste do país, especialmente em culturas perenes.
Embora a região central do Brasil apresente boas médias anuais de precipitação pluviométrica, sua distribuição anual (concentrada no verão, sujeito a veranicos e escassa ou completamente ausente no inverno) permite, apenas, a prática de culturas anuais (arroz, milho, soja etc), as quais podem se desenvolver no período chuvoso e encontrar no solo um suprimento adequado de água.
Já as culturas mais perenes (café, citrus, cana-de-açúcar, pastagem etc), atravessam, no período seco, fases de sensível deficiência de água, pela limitada capacidade de armazenamento de água do solo, interrompendo o desenvolvimento vegetativo e acarretando colheitas menores ou nulas.
A vantagem e a principal justificativa econômica da irrigação suplementar está na garantia de safra, a despeito da incerteza das chuvas.
Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo Governo Federal e aparece vinculada ao abastecimento d'água no Semi-Árido e a planos de desenvolvimento do vale do São Francisco. Ali, a irrigação é vista como importante medida para amenizar os problemas advindos das secas periódicas, que acarretam sérias conseqüências econômicas e sociais.
No contexto das estratégias nacionais de desenvolvimento, um programa de irrigação pode contribuir para o equacionamento de um amplo conjunto de problemas estruturais. Com relação à geração de empregos diretos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva do que nas outras regiões do país. Na região semi-árida, em especial, no vale do São Francisco, a irrigação tem destacado papel a cumprir, como, aliás, já ocorre em importantes polos agroindustriais do Nordeste.
A irrigação constitui-se em uma das mais importantes tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. Aliada a ela, é essencial que uma série de práticas agronômicas seja devidamente considerada. É o caso do uso de sementes certificadas, do controle da erosão, da correção do pH, da adubação orgânica e química, dos tratos culturais, do combate a pragas e doenças etc.
Histórico da irrigação no Brasil
Em 1906, em esforço de desenvolvimento do país, foi criado o Instituto Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), substituído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) em 1949. Para o vale do São Francisco, foi criada, em 1948, a Comissão do Vale do São Francisco (CVSF), que foi substituída pela SUVALE em 1967, e esta, pela Codevasf, em 1974. Segundo Geraldo Rocha, em sua obra "O Rio S. Francisco", a irrigação no Vale foi iniciada ainda no primeiro quartel do século XIX, às margens do rio Grande, no Oeste da Bahia.
Ao final da década de 60, foi estruturado pelo Governo Federal o Programa Plurianual de Irrigação (PPI), visando à implementação de estudos, projetos e obras de irrigação e drenagem, particularmente na região semiárida do país, para o aproveitamento dos pequenos e grandes açudes já existentes e de cursos d'água perenes e água subterrânea.
O primeiro texto legal sobre a irrigação no Brasil data de 25 de junho de 1979, com a edição da Lei nº 6.662 - a Lei de Irrigação. Sua regulamentação ocorreu em 29 de março de 1984, mediante o Decreto nº 89.496.
A Codevasf, desde a década de 1970, vem trabalhando no sentido de captar recursos externos complementares aos do Tesouro Nacional para implementar suas diversas ações no vale. Tais esforços desenvolvem-se mediante acordos de empréstimos com organismos internacionais, notadamente com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD, o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, o Japan Bank International Cooperation - JBIC (antigo Fundo Ultramarino de Cooperação Econômica - OECF) do governo japonês, a AGROBER e a AGROINVEST, empresas estatais da Hungria.
As vantagens da agricultura irrigada sobre a praticada tradicionalmente em sequeiro são inúmeras. Basta um breve comparativo de quatro cultivos em sequeiro e sob irrigação para entender a diferença. No Brasil, a difusão da irrigação se processou, inicialmente, em maior escala nas culturas de arroz no Rio Grande do Sul e em alguns vales da região central do país. A evolução da prática da agricultura irrigada, em termos de área implantada no país, na região Nordeste, no vale do São Francisco, está diretamente relacionada aos projetos públicos da Codevasf. Essa evolução também pode ser observada através de comparações entre as potencialidades no Nordeste do Brasil e na Califórnia (EUA).
Ao final da década de 60, foi estruturado pelo Governo Federal o Programa Plurianual de Irrigação (PPI), visando à implementação de estudos, projetos e obras de irrigação e drenagem, particularmente na região semiárida do país, para o aproveitamento dos pequenos e grandes açudes já existentes e de cursos d'água perenes e água subterrânea.
O primeiro texto legal sobre a irrigação no Brasil data de 25 de junho de 1979, com a edição da Lei nº 6.662 - a Lei de Irrigação. Sua regulamentação ocorreu em 29 de março de 1984, mediante o Decreto nº 89.496.
A Codevasf, desde a década de 1970, vem trabalhando no sentido de captar recursos externos complementares aos do Tesouro Nacional para implementar suas diversas ações no vale. Tais esforços desenvolvem-se mediante acordos de empréstimos com organismos internacionais, notadamente com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD, o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, o Japan Bank International Cooperation - JBIC (antigo Fundo Ultramarino de Cooperação Econômica - OECF) do governo japonês, a AGROBER e a AGROINVEST, empresas estatais da Hungria.
As vantagens da agricultura irrigada sobre a praticada tradicionalmente em sequeiro são inúmeras. Basta um breve comparativo de quatro cultivos em sequeiro e sob irrigação para entender a diferença. No Brasil, a difusão da irrigação se processou, inicialmente, em maior escala nas culturas de arroz no Rio Grande do Sul e em alguns vales da região central do país. A evolução da prática da agricultura irrigada, em termos de área implantada no país, na região Nordeste, no vale do São Francisco, está diretamente relacionada aos projetos públicos da Codevasf. Essa evolução também pode ser observada através de comparações entre as potencialidades no Nordeste do Brasil e na Califórnia (EUA).
Fonte: CODEVASF
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