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Responsabilidade de áreas irrigadas deve passar ao município de Petrolina

Plano Diretor viabiliza regularização fundiária de projetos irrigados. Agrovilas podem deixar de ser áreas rurais e se tornarem urbanas.

Em Petrolina, no Sertão pernambucano, o plano diretor dos perímetros irrigados Senador Nilo Coelho, Maria Tereza e Bebedouro, elaborado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), será entregue ao município. O documento deve viabilizar a regularização fundiária e estabelecer as obrigações constitucionais do poder público municipal. A solenidade vai acontecer nesta segunda-feira (29), às 19h, no auditório do distrito de Irrigação do perímetro Nilo Coelho.
De acordo com o chefe da Unidade de Apoio à Produção da Gerência Regional de Irrigação, Marcelo Mergulhão, nos perímetros irrigados, que são da década de 80, houve um crescimento da população, chegando a 40 mil pessoas. "A fluência de pessoas é muito grande. Os perímetros estão numa área federal e o município não pode agir", destaca Marcelo.
O plano tem como objetivo promover um planejamento futuro para os perímetros e repassar a responsabilidade para o poder municipal. “Como a área é federal, o município ainda não pode implantar as politicas públicas. Com o plano diretor, haverá a transferência das agrovilas, que passam de áreas rurais para urbanas”, explica Mergulhão.
Com o projeto será possível fazer o ordenamento a esses locais da Zona Rural. “Muita gente foi chegando e houve uma desorganização no planejamento, na construção das residências. O plano possibilita a implantação de políticas públicas de segurança, melhoria no abastecimento de água, transporte, dentre outros serviços”, destaca.
Para a validação do plano diretor, o documento ainda necessita passar por apreciação na Câmara de Vereadores de Petrolina e, se aprovado, passará a vigorar no município. Outro passo importante também é a transferência dos terrenos. “Em ano eleitoral não pode ser acontecer a transferência dos terrenos. O levantamento da documentação está sendo feita e demanda mais tempo. Não é possível estimar quando será concluída”, afirma.


Fonte: G1.com



Ministério encomenda pesquisa para agricultura irrigada

Ideia é ter mapeamento do território nacional e disponibilizar dados para uso gerencial

O Ministério da Integração Nacional encomendou um estudo de análise territorial para o desenvolvimento da agricultura irrigada no país. O trabalho será desenvolvido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e pela Agência Nacional de Águas (ANA).
“O objetivo é gerar uma configuração do território brasileiro capaz de orientar a execução de políticas públicas de irrigação e o desenvolvimento de um sistema de consulta automatizado, visando ao uso gerencial dos dados produzidos pelos gestores”, afirma o secretário nacional de irrigação, Guilherme Costa, em comunicado do Ministério.
Ainda conforme a nota, a pesquisa vai produzir mapas, tabelas e quadros georreferenciados, além de um banco de dados com diferentes bases. A partir dessas informações, os territórios serão categorizados de acordo com as ações federais para agricultura irrigada no Brasil.
O projeto também prevê o desenvolvimento de um sistema de consulta automatizado, para o uso gerencial dos dados produzidos.


Fonte: Globo Rural

Estudo analisa território para desenvolvimento da agricultura irrigada no Brasil

O objetivo é gerar uma configuração capaz de orientar a execução de políticas públicas do setor e o desenvolvimento de um sistema de consulta automatizado

Elaborar instrumentos de estruturação e planejamento para aperfeiçoar a contribuição da administração pública federal no desenvolvimento da agricultura irrigada. Com esse objetivo, a Secretaria Nacional de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional, solicitou o estudo “Análise Territorial para o Desenvolvimento da Agricultura Irrigada no Brasil”.
O trabalho, realizado em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e com a Agência Nacional de Águas (ANA), tem valor estratégico: servirá como subsídio à formulação e à avaliação das políticas públicas setoriais e de alocação de investimentos, as quais impactam direta ou indiretamente o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada.
Para o secretário nacional de Irrigação, Guilherme Costa, o resultado do estudo servirá para a orientação de investimentos, intervenções e na tomada de decisões para a implantação de programas de fortalecimento do setor.
“O objetivo é gerar uma configuração do território brasileiro capaz de orientar a execução de políticas públicas de irrigação e o desenvolvimento de um sistema de consulta automatizado, visando ao uso gerencial dos dados produzidos pelos gestores, apoiando o processo de tomada de decisões quanto ao direcionamento dos programas e projetos de agricultura irrigada pelas regiões do País”, afirma Costa.
O coordenador do trabalho, o pesquisador Rodrigo Maule, da Esalq, explica que o estudo trabalhará com variáveis e indicadores de potencial para irrigação, dinâmica e desenvolvimento local, de produção, aptidão agrícola e de conservação ambiental de modo integrado, considerando as estratégias, os programas e as ações do governo federal.
A missão do pesquisador é produzir mapas, tabelas e quadros georreferenciados, sistematizados de forma simples e objetiva, além de um banco de dados com diferentes bases, entre elas pesquisas nacionais, como o Censo Demográfico e o Censo Agropecuário, e informações de clima, solo e áreas de interesse ambiental.
A partir dessas informações serão construídas variáveis de interesse prioritário, para categorizar os territórios de acordo com as ações federais voltadas para o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada no Brasil. Dessa forma, ele vai gerar classes de conformidade. O projeto também prevê a criação de um sistema de consulta automatizado, para o uso gerencial dos dados produzidos.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Produtor investe em irrigação para ter milho o ano inteiro em Mato Grosso

Apesar dos custos, agricultor diz que resultado tem compensado. Produção atende o mercado interno e local.

Um produtor de Sinop , Norte de Mato Grosso, decidiu investir na irrigação para ter produção diária de milho. Apesar dos custos, o agricultor diz estar contente com os resultados.
Ao todo, são 40 hectares plantados na propriedade de Enio Pasuch. A área é divida em oito talhões, onde cada uma recebe uma porção de chuva artificial a cada cinco dias.
"Mexíamos com outras áreas de verduras, com vaca de leite e em 2001 iniciamos pequeno, com um hectare e meio e foram os clientes aparecendo, descobrindo que produzíamos essa forma de milho verde. Foi ampliando e chegou a área de hoje".
Responsável pelo projeto, o engenheiro agrícola Alan Rodrigues conta que o sistema de aspersão é diferente do que normalmente é utilizado em pastagens.
"O comprimento dele é de 164 metros, em torno de 75 difusores que estão aspergindo água em toda área irrigada. O painel automatizou o sistema. No pivô a adição de água é feita pelos hidrantes que estão conectados com o rio", descreve
Assim como a irrigação, o plantio do milho também é rotativo e, por isso, há plantas em vários estágios de crescimento, permitindo ao agricultor manter uma colheita contínua.
"Fazemos dois plantios na semana, por isso o custo se torna alto. Fazemos em torno de 110 a 120 plantios no ano e por isso temos essa escala de tamanho de milho", conta o agricultor.
A colheita precisa ser manual. Enio comercializa as espigas e são 60 por saca. "Se comparar com o milho seco você agrega um valor em cima".
O milho produzido no sítio atende as demandas do mercado interno, como empresas do segmento de alimentação, supermercados, entre outras.


Fonte: G1.com

Baixio de Irecê recebe visita de inspeção da Codevasf e do Ministério da Integração

O presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, e o Ministro da Integração Nacional (MI), Francisco Teixeira, inspecionaram nesta sexta-feira (26) o projeto de irrigação Baixio de Irecê, localizado nos municípios de Itaguaçu da Bahia e Xique-Xique, no semiárido baiano.
Foram inspecionadas estações de bombeamento e 20 dos 42 quilômetros de canais construídos para a primeira etapa do projeto. Quando a segunda etapa estiver concluída, haverá 82 quilômetros de canais à disposição dos irrigantes. Acompanharam a comitiva o engenheiro Sérgio Coelho, diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf, e Marcus Lisbôa de Souza, gerente do projeto.
“O objetivo da nossa visita foi apresentar ao ministro o que estamos fazendo. Em breve lançaremos o edital de ocupação da segunda etapa do projeto Baixio de Irecê, que irá gerar emprego e renda para a região”, afirmou na ocasião o presidente da Codevasf, Elmo Vaz.
A implantação total das etapas 1 e 2 do Baixio de Irecê deverá estar concluída num prazo de três anos, ao final dos quais pelo menos 3,2 mil empregos diretos e indiretos terão sido gerados. “Estamos concentrando todos os esforços para ampliar a oferta hídrica e criar condições para que essa região se torne um forte polo de desenvolvimento”, disse o ministro.

Próximos passos

Nas próximas semanas a Codevasf lançará edital para, através de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), selecionar empresa agrícola – pessoa jurídica, inclusive cooperativa ou associação que promova a agricultura irrigada de modo profissional e voltado para o mercado – para a exploração de 16,7 mil hectares. Destes, 13,4 mil são irrigáveis e 1,5 mil serão destinados exclusivamente à integração de agricultores familiares pela empresa selecionada, criando-se assim oportunidades para famílias agricultoras da região.
O documento que norteará o edital da nova concessão ficou disponível para consulta pública por 15 dias, até o último dia 19, para o recebimento de sugestões e críticas; o objetivo foi adequar o edital que será lançado e permitir ampla concorrência. O relatório resultante da consulta está sendo finalizado e na sequência será lançado o edital de licitação para seleção de interessados.
Ainda em 2014 serão convocados os 144 agricultores irrigantes e a cooperativa selecionados no final de 2013 por meio do primeiro edital de licitação, para assinatura de contrato de concessão e para ocupação de lotes da etapa 1 do Baixio de Irecê. A área será entregue aos primeiros ocupantes com a supressão vegetal e o preparo do solo, feitos pela Codevasf.

Inclusão produtiva

A empresa agrícola vencedora da licitação terá, necessariamente, que integrar irrigantes familiares ao sistema de produção agrícola, em aproximadamente 1.500 hectares da etapa 1 do projeto. Além disso, terá que ampliar o bombeamento principal para permitir a irrigação total das etapas 1 e 2; fornecer a vazão necessária de 3,53m3/s para irrigação de toda a etapa 1, das áreas de inclusão social e da piscicultura; e administrar, operar e manter a infraestrutura de uso comum, entre outras obrigações.
A chamada área de inclusão social, inserida no projeto, possui 663 hectares, sendo 300 irrigáveis, e está sendo doada pela Codevasf à prefeitura de Xique-Xique com o objetivo de integrar famílias de agricultores que já vivem no entorno do Baixio. As famílias receberão, da Codevasf, kits de irrigação familiar, com capacidade de irrigar até dois hectares, para impulsionar a atividade. Cada kit de irrigação familiar é composto por 21 itens, entre conexões, adaptadores de tubos, filtro de tela, registro, bobina de tubo gotejador e tubos de polietileno. Eles funcionam em sistema de gotejamento localizado, considerado atualmente um dos mais eficientes em termos de economia de água. Outra alternativa para o uso desses kits é a produção de forrageiras para alimentar pequenos rebanhos de caprinos e ovinos.
Dentro do Projeto de Desenvolvimento Rural será fomentada a criação de animais de pequeno porte em 123 lotes de 30 hectares, totalizando-se 3.809 hectares, estruturados com água, energia e acessos, para exploração pelas famílias em sistema de sequeiro. Além disso, uma área de 560 hectares será destinada à prática da piscicultura familiar. Serão implantados tanques escavados visando a fomentar uma nova alternativa de renda para as famílias que já praticam a piscicultura de forma artesanal

O projeto

O Baixio de Irecê está localizado ao norte do Médio São Francisco baiano, a 500 quilômetros de Salvador (BA). Os estudos de viabilidade do Baixio de Irecê foram iniciados na década de 1980 e as obras começaram a ser executadas em 1999. Para a implantação do projeto, a Codevasf realizou investimentos em estudos técnicos, aquisição de terras, estações de bombeamento, rede de drenagem, rede de energia elétrica e estradas internas e de acesso.


Fonte: Codevasf

Codevasf promove consciência ambiental em perímetros irrigados de Alagoas



Uma ação de incentivo ao reflorestamento de áreas no entorno dos perímetros irrigados do Boacica, em Igreja Nova (AL), e do Itiúba, em Porto Real do Colégio (AL), foi iniciada nesta semana pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A partir delas, serão plantadas mudas das espécies Pau Brasil e Ipê, nativas da região, com a participação de filhos de agricultores desses perímetros. O trabalho faz parte do Programa de Educação Ambiental nos perímetros irrigados da Codevasf em Alagoas.
As crianças envolvidas na atividade são alunas da rede municipal de ensino de Igreja Nova e do povoado Carnaíbas, em Porto Real do Colégio. As mudas foram produzidas no Centro de Referência de Recuperação de Áreas Degradadas do Baixo São Francisco (Crad), implantado na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) com apoio da Codevasf.
Para a professora Rivanira Alexandre, essa atividade de educação ambiental com crianças cujas famílias produzem nos perímetros irrigados da Codevasf permitirá que elas cresçam com consciência ambiental. “Elas irão crescer com a consciência de que as árvores são bastante importantes para a sobrevivência do planeta. Hoje, como estamos vendo, os rios estão se acabando por conta do desmatamento”, destacou a educadora da turma do 4º ano da Escola Municipal de Educação Fundamental Júlio Florêncio Filho.
A ação de educação ambiental contou com o apoio de técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), lotadas no posto avançado do instituto em Porto Real do Colégio, que já sentem os resultados desse trabalho com as comunidades em torno dos perímetros irrigados da Codevasf em Alagoas. “Entendemos que esse trabalho está dando frutos. Pretendemos ter as crianças e adolescentes como um dos focos prioritários de atuação, para que mais a frente tenhamos uma geração com mais consciência ambiental”, apontou Meraldo Rocha, chefe da equipe.
Na opinião da analista em desenvolvimento regional Solange Marcelino, responsável pelas ações do Programa de Educação Ambiental nos perímetros de irrigação da Codevasf no estado, essa iniciativa projeta resultados muito importantes. “Trabalhamos com espécies nativas da região que são bastante simbólicas para a educação ambiental. As crianças são os melhores multiplicadores que existem para levar consciência ambiental aos pais, agricultores dos perímetros irrigados. Elas cobram dos pais, pedem que participem do plantio, orientam e fiscalizam”, disse.
Segundo ela, entre os próximos passos do Programa está a ampliação do número de escolas que receberão atividades como essa, com ações voltadas para as temáticas da água, do lixo e do agrotóxico. Também está previsto o início de mais uma etapa da campanha de prevenção da contaminação por uso de agrotóxicos com coleta de embalagens.


Fonte: Codevasf

Irrigação: Ministério da Integração visita projetos na Espanha e Marrocos

Plataforma de intercambio será usada para aumentar a difusão do conhecimento dentro da América Latina e Caribe.

O secretário nacional de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional, Guilherme Costa, participa na próxima semana de visita técnica na Espanha e em Marrocos para conhecer a Plataforma Regional sobre Parceria Público-Privadas (PPP) em Irrigação, que está sendo criada pelo Banco Mundial para intercâmbio de experiências neste campo.
A missão visa a compartilhar o conhecimento com possíveis parceiros da América Latina e Caribe. A iniciativa surgiu após o aumento do número de projetos na região nos últimos anos, e devido a demandas das associações público-privadas em encontrar um mecanismo que impulsione o desenvolvimento da infraestrutura hidráulica.
Com a plataforma, o Banco Mundial espera criar um espaço para que parceiros internacionais compartilhem lições aprendidas e experiências, para assim criar uma interface de diálogo para novos projetos entre instituições públicas responsáveis por projetos em PPP, empresas privadas e especialistas.
"É sempre positivo trocar conhecimento. O Banco Mundial tem apoiado uma das nossas executoras, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), na modelagem de duas iniciativas com parcerias público-privadas em irrigação, o Baixio de Irecê, na Bahia, cujos estudos estão em andamento, e o projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, entre os Estados da Bahia e Pernambuco", afirma Guilherme Costa, que viaja a convite do banco.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Produtos irrigados do Tabuleiros de Russas fizeram sucesso na Frutal

A 21ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – Frutal 2014, foi encerrada ontem, dia 25, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Durante os quatro dias de feira, o estande do Ministério da Integração Nacional e das vinculadas Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) esteve expondo os principais produtos oriundos dos perímetros irrigados das duas instituições.
O DNOCS expôs produtos da fruticultura irrigada provenientes do perímetro irrigado Tabuleiros de Russas, localizado no vale do baixo Jaguaribe, no Ceará. Entre as frutas expostas constavam a uva benitaca, uva itália, goiaba, banana, melão, melancia e mamão, além da macaxeira. Esses produtos fizeram sucesso entre os técnicos e participantes que visitaram o estande.
O perímetro irrigado Tabuleiros de Russas é o maior pólo hidroagrícola implantado pelo DNOCS no Ceará, com 10.700ha de terras disponíveis, além de 3.100ha em implantação, correspondendo à segunda etapa e 5.734ha em plena produção. No ano agrícola de 2013, esse projeto contabilizou R$ 90.871.000,00 de renda bruta, apesar do longo período de estiagem que o semiárido nordestino sofre desde 2012.


Fonte: DNOCS

Acadêmico da Setrem desenvolve software para umidade de solo via Internet

Estudo tornou possível identificar a área com necessidade de irrigação bem como a quantidade necessária, possibilitando diminuição de custos e principalmente o consumo de água.

Desenvolver uma aplicação web para que agricultores e agrônomos possam monitorar os dados coletados por meio de sensores em uma área agrícola. Foi com este objetivo que o acadêmico do curso de Sistemas de Informação da SETREM, Tiago Pasieka, desenvolveu seu estudo na área experimental da Instituição para o estágio final.
O estudo propôs uma alternativa tecnológica para o manejo da irrigação em relação à água utilizada no processo, disponibilizando informações on-line sobre quando e quanto de água uma determinada cultura realmente necessita. Os orientadores Fauzi de Moraes Shubeita e Marcos Caraffa, juntamente com os professores Tiago Luis Cesa Seibel, Priscila Guarienti, e Vera Lúcia Lorenset Benedetti, compuseram a banca examinadora.
O estudo visou desenvolver um sistema web com uso da linguagem C# com a ferramenta Visual Studio para monitorar os dados coletados por meio de uma Rede de Sensores sem Fio (RSSF) em uma área agrícola, com foco no monitoramento da umidade do solo para atender uma demanda de lavouras irrigadas. Pasieka observa que há uma grande relação entre a água e a agricultura, sobretudo no que se refere à questão de irrigação, principalmente em grandes propriedades produtoras, onde o consumo de água para esta atividade é mais significativo.
Segundo ele, como o principal método de irrigação é por aspersão contínua, não se tem um levantamento de quanto é a real necessidade de água para o local irrigado, levando em consideração os estádios de desenvolvimento da cultura irrigada. “Nesse intuito, surge a proposta de desenvolver uma alternativa capaz de monitorar informações de umidade do solo que são coletadas por meio de uma Rede de Sensores sem Fio em um ambiente agrícola. Com esse monitoramento torna-se possível identificar a área com necessidade de irrigação bem como a quantidade necessária, reduzindo custos e principalmente o consumo de água”.
O acadêmico afirma que todos os objetivos do estudo foram atingidos. “Sendo o manejo de irrigação atualmente realizado com pouco auxílio de tecnologias, necessitando variados cálculos para determinar o momento e a quantidade de água para a irrigação, sem levar em consideração a real demanda que a cultura necessita. Alternativas tecnológicas são bem vindas para automatizar todo esse processo, tecnologias que se preocupem com a sustentabilidade, principalmente em relação à redução do uso de água”, conclui.


Fonte: Rádio Progresso de Ijuí

Ministro da Integração Nacional apresenta ações na Frutal

O Ministro da Integração Nacional, Francisco José Coelho Teixeira, proferiu palestra ontem, dia 23, na abertura da 21ª Semana Internacional de Fruticultura- FRUTAL 2014, intitulada "Garantia Hídrica no Semiárido Brasileiro para os Próximos 20 Anos", quando fez um histórico da atuação da Pasta, destacando as principais ações.
Francisco Teixeira fez um histórico sobre o Projeto de Integração do rio São Francisco com as Bacias Setentrionais, destacando que, se não fosse a coragem de pessoas como o então Secretário Nacional de Infraestrutura Hídrica do MI, Hypérides Macedo; do Ministro Ciro Gomes e do Presidente Lula, hoje não estariam reclamando do atraso das obras, mas, sim, do início dela. Segundo ele, essa grande obra estruturante iniciou com dois mil trabalhadores e hoje conta com um contingente superior a 11.000 pessoas trabalhando na obra, utilizando 4.000 equipamentos. O Eixo Leste do projeto já se encontra com 65% concluídos e o Eixo Norte com 64%, com previsão de chegar água no rio Salgado para atender o Ceará em agosto ou setembro de 2015.
O Ministro ressaltou que a Pasta está aplicando recursos da ordem de R$ 38,2 bilhões, sendo R$ 34 bilhões de recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento-PAC e R$ 4,2 bilhões do Água para Todos, além de recursos emergenciais no atendimento a 1.489 municípios em situação de emergência, sendo 1.000 por causa de secas e estiagens e os outros em decorrência de enchentes, sobretudo no Norte do país. No Nordeste já foram construídas e entregues mais de um milhão de cisternas, sendo que 695 mil só nos últimos três anos e meio.
O ministro destacou, também, a implantação em parceria com outras instituições federais e estaduais, do Monitor de Secas que prestará informações em tempo real sobre as condições que se encontram as diversas regiões do Brasil. Esse sistema funcionará com três pilares, sendo o primeiro: monitoramento robusto, alerta precoce e rede de previsão; segundo: melhor entendimento e identificação da vulnerabilidade e dos impactos. Terceiro: planejamento e respostas mais coordenadas. Este terceiro pilar pode ser representado pelo Plano Nacional de Segurança Hídrica que vai definir diretrizes, conceitos e critérios que permitam a seleção e detalhamento das principais intervenções, objetivando garantir a oferta de água e reduzir os riscos associados a eventos críticos (secas e inundações).


Fonte: DNOCS

Ministério da Integração, DNOCS e Codevasf expõem na Frutal

O Ministério da Integração Nacional, através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba- CODEVASF e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas-DNOCS, está presente à Frutal 2014 - evento realizado no período de 23 a 25 de setembro no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza - com estande onde são apresentadas suas principais ações e das vinculadas, além de expor produtos oriundos da fruticultura dos vales do São Francisco (Codevasf) e do Baixo Jaguaribe (DNOCS).
São produtos como maçã, cacau, pera, romã, manga, goiaba, melão, melancia, uva, mamão e banana, produzidos nos projetos de irrigação implantados pelas duas instituições no semiárido nordestino. Os produtos expostos pelo DNOCS são oriundos do perímetro irrigado Tabuleiros de Russas.
Ontem o Ministro Francisco José Teixeira, acompanhado de comitiva e de outras autoridades, fez uma visita ao estande, sendo recebido por funcionários das duas instituições vinculadas, quando conheceu os novos frutos produzidos nos perímetros como a maçã, a pera, o cacau e a romã.


Fonte: DNOCS

Aumento do preço anima produtores de mamão formosa do oeste de SP

Agricultores usam água de poços artesianos nas lavouras de Rinópolis. Irrigação é fundamental para garantir a sobrevivência da fruta na região.

Os agricultores estão fazendo a colheita da safra do mamão formosa em propriedades do oeste de São Paulo. Este ano, o aumento do preço é um incentivo extra.
Esta é a primeira colheita na roça de mamão em Rinópolis. Ao todo são cerca de seis mil pés da fruta na propriedade. A irrigação passou a ser fundamental para garantir a sobrevivência da fruta no tempo seco da região. O agricultor Daniel Ferreira da Costa espera colher cerca de 20 mil quilos da fruta por mês. “Hoje, o agricultor não vai enricar, mas paga todas as contas”, diz.
A colheita do mamão está na fase final em outra propriedade do município. Segundo o produtor, foram colhidas mais de duas mil toneladas do produto. A estimativa é de mais de dois meses de colheita. Os frutos verdes também são vendidos. Mas, por conta da estiagem prolongada, o agricultor Fernando da Costa teve que fazer investimentos na lavoura.
“Nós usamos irrigação. Temos água suficiente para essa irrigação. A qualidade do fruto fica melhor e mais doce porque é possível controlar a água e a adubação. Doenças também dão menos, melhorando a qualidade do fruto”, diz Costa.
A caixa de 20 quilos do mamão mais comprido, que foi vendida no ano passado por cerca de R$ 10 a R$ 12, sai do sítio por até R$ 20. Os agricultores de Rinópolis utilizam a água de poços artesianos para garantir a irrigação das lavouras.


Fonte: Globo Rural 

Cultivo protegido é destaque no XXIV Congresso de Irrigação e Drenagem

Se depender da disposição manifestada por participantes do XXIV Conird – Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, realizado entre os dias 08 a 12 de setembro, em Brasília-DF, abriram-se novas perspectivas relacionadas à otimização do uso do cultivo protegido (produção de flores, frutas e hortaliças sob estruturas plásticas) no Brasil. Levantado pelo pesquisador Marcos Braga, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), o tema norteou a palestra de abertura do Seminário 1, proferida pelo pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Ítalo Guedes, e foi o ponto central da Oficina 3, conforme explica o pesquisador Marcos Braga, coordenador e responsável pela introdução dessa matéria na programação do evento.
Segundo ele, a pertinência da introdução do cultivo protegido na agenda do seminário teve lugar ainda na fase de organização, onde se discutia os tópicos que iriam fazer parte das conferências (3), seminários (3) e oficinas (6), essas últimas apontadas pelo pesquisador como espaços ideais para detalhar temas vistos como relevantes. "Como locais de discussões temáticas, as oficinas foram importantes fóruns para aprofundar a análise de algumas questões ligadas à agricultura irrigada, foco do Conird. Com base nesse pressuposto, foi sugerida a inclusão do cultivo protegido entre as apresentações, por envolver um sistema de produção que implica no uso racional de água através da técnica da irrigação", discorre o pesquisador.
A oficina – O Desenvolvimento dos Cultivos Protegidos, os Sistemas de Produção com Maximização de Aproveitamento da Água -, coordenada por Braga, discutiu também o que ele considera como um dos gargalos que impedem a expansão do cultivo protegido no País: a importação de tecnologias não adaptadas às nossas condições climáticas. "Uma tecnologia utilizada para região de clima temperado, por exemplo, não se adapta ao clima tropical do Brasil, ou seja, é preciso desenvolver sistemas de cultivo protegido para as nossas condições edafoclimáticas, e também para as variáveis socioeconômicas dos produtores", observa o pesquisador. Em sua opinião, seria bastante desejável um avanço maior, levando-se em conta que o Brasil, apesar de seu grande potencial agrícola, tenha em torno de 20 a 25 mil hectares com cultivo protegido, enquanto países bem menores, como a Coreia do Sul, reserve mais de 65 mil hectares cultivados com o uso da tecnologia.
Entre as problemáticas elencadas, questões como a necessidade de os produtores encontrarem respostas às perguntas associadas à diversidade das condições edafoclimáticas das regiões brasileiras - quanto e quando irrigar, quais os fertilizantes podem ser usados, como fertirrigar, que tipo de estrutura usar, que tipo e qualidade de material para coberturas, como se faz o controle da temperatura... entre outras, fizeram parte da pauta de discussões.

Parcerias

Todas essas questões estimularam a busca de um denominador comum, isto é, um ponto convergente entre os participantes que permitisse a superação dos obstáculos relativos ao uso da tecnologia. O pesquisador explica que ao longo dos trabalhos da oficina, relações foram sendo construídas visando futuras parcerias, a exemplo do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Coblapa), da Emater-DF e da CATI-SP, e que também incluíram propostas de trabalhos conjuntos com a Universidade de Almeria, na Espanha, país que tem uma longa tradição com produção sob cultivo protegido, e que desenvolvendo avançadas tecnologias nessa área.
"Vejo com bastante otimismo todas essas perspectivas, porque vão ao encontro de proposta de arranjo de projeto, em avaliação pela diretoria da Embrapa, e que contempla a necessidade de parcerias", acentua Braga, que destaca ainda nesse contexto a proposta da criação da Associação Brasileira de Agricultura em Ambiente Protegido (ABAAP), "que poderá representar um avanço considerável para a toda a cadeia de produção agrícola que trabalha com esse processo".

Tecnologia

A proposta de aliar o tema do cultivo protegido ao evento sobre irrigação e drenagem foi considerada extremamente positiva pelo pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Hortaliças Ítalo Guedes, para quem uma das vantagens da tecnologia é justamente a economia e uma maior racionalização do uso da água.
"No cultivo protegido, em geral, são utilizados sistemas de irrigação que chamamos de localizados, como gotejamento e microaspersão, que levam a água bem próxima da raiz da planta, o que torna o cultivo bem mais racional, tanto em termos de uso de água como de fertilizantes", anota Guedes.
No quesito hortaliças, o Distrito Federal se destaca no uso dessa tecnologia, tendo em vista que a região sedia hoje uma das maiores áreas de cultivo protegido do Brasil, tendo como principais cultivos pimentão, tomate morango. Embora alcancem bons resultados, o pesquisador Braga sublinha a necessidade de ajustes no manejo de todo o sistema, o que, segundo ele, "possibilitará maiores ganhos econômicos para esses produtores".


Fonte: Embrapa

Frutal: ministro aborda as ações do governo por garantia hídrica no Semiárido


Sob o tema “Garantia Hídrica no Semiárido para os próximos 20 anos”, o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, proferiu nesta terça-feira (23) a palestra magna de abertura da 21ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria (Frutal). 
Teixeira afirmou que o País vive uma das piores secas da história, com efeitos no Nordeste, que tem regime pluviométrico mais severo. Ele elencou as ações emergenciais e estruturantes do governo para aumentar a capacidade de previsão climática, reforçar a segurança hídrica no Brasil e aumentar a resiliência das cidades. 
O ministro também detalhou os pilares de como deve ser uma política de convivência com a escassez de chuvas, fenômeno que será cada vez mais recorrente no País. “Uma gestão proativa da seca significa tratar as vulnerabilidades, dispondo de mecanismos para melhor conseguir prever e monitorar os eventos de seca.” A intenção das medidas do governo, enfatizou, “é aumentar a resiliência à seca”. “É preciso preparar melhor o Brasil para as secas, que serão cada vez mais recorrentes”, disse.
O evento, um dos mais importantes do setor do agronegócio do País, tem o apoio conjunto do Ministério da Integração Nacional, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), entre outras entidades.
A Frutal prosseguirá até quinta-feira (25), no Centro de Eventos de Fortaleza, com palestras técnicas, cursos e atividades diversas. "Frutas e Hortaliças - Alimentação Saudável e Segura" é o foco do evento este ano.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Cinturão das Águas: garantia hídrica para o Ceará

Cerca de 15% do cronograma físico do Trecho I estão executados.

O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira e o governador do Ceará, Cid Gomes, inspecionaram nesta segunda-feira (22), as obras do Cinturão das Águas (CAC). Destinado a reforçar a segurança hídrica da população cearense, o empreendimento é executado pelo governo estadual com o apoio do governo federal.
O Trecho I, visitado pela comitiva, compreende um canal com 149 quilômetros de extensão entre a barragem de Jati e o rio Cariús. Cerca de 15% do cronograma físico desse trecho estão executados.
A barragem de Jati é parte da estrutura do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco. De lá, o CAC captará a água, que se destinará prioritariamente ao abastecimento humano em uma região castigada por baixas reservas hídricas. 
Desse ponto de captação, a água descerá por gravidade nos 149 quilômetros seguintes até o Cariús, um rio intermitente que será perenizado. A estrutura é composta de 57 segmentos de canais revestidos e 27 sifões enterrados e aéreos, para travessia de cursos d'água, rodovias ou perímetros urbanos. 
Integram ainda o primeiro trecho, nove túneis para travessia de serras e pequenos morros. O Veneza, túnel mais extenso, com 2,54 quilômetros, localizado no município de Missão Velha, foi visitado pela comitiva. Depois da entrega dessa etapa, a obra prosseguirá por outros trechos ao longo dos anos seguintes. 
Nessa primeira parte da obra, orçada em R$ 1,5 bilhão, serão beneficiados 561 mil habitantes do semiárido cearense, um total de 24 municípios entre Jati e o açude de Orós. Durante a visita também foi apresentado o andamento da construção em cada trecho e detalhado o percentual de execução. 
Participaram da inspeção o secretário Nacional de Infraestrutura Hídrica, Robson Botelho; o diretor de Obras Hídricas do Ministério da Integração Nacional, Marcelo Borges e o secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Rennys Frota, entre outras autoridades.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Avanço na produção de pera, caqui e maçã em Lagarto

Expectativa de safra de 35 toneladas até final do ano.

Com intenção de mostrar os resultados do projeto experimental, para produzir maçã, pera e caqui no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) convidou os técnicos e diretores, dos órgãos parceiros da iniciativa, para uma visita às “unidades de observação”. A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) é quem administra o pólo de irrigação que abriga as plantações e presta assistência técnica direta através de seu quadro funcional. A visita ocorreu na semana passada.
Além da Cohidro, compareceram técnicos e diretores da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), parceira da Embrapa no mesmo projeto em outros campos experimentais, como os de Petrolina-PE, onde se originou o plantio das primeiras mudas frutíferas e também fica a unidade “Semiárido” da Empresa de Pesquisa. Também compareceram à visita técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), interessados na novidade que inseriu estas culturas ao leque de variedades agrícolas produzidas no Estado.

Orientação aos produtores

Como é de frequência, o engenheiro agrônomo e pesquisador Paulo Roberto Coelho Lopes, da Embrapa-Semiárido, veio de Petrolina-PE para visitar os sete pomares instalados nas “unidades de observação” dos agricultores irrigantes. Além de coletar dados sobre o experimento, ele orienta os produtores sobre o manejo das frutíferas,poda,adubação e controle de pragas e doenças. “As plantações estão indo bem, com o desenvolvimento correndo dentro do esperado. A maçã está melhor que a pera e o caqui, mas isso não quer dizer que ela se adapte melhor ao clima de Lagarto, é mais uma questão de cuidado, dedicação que cada produtor dá ao seu plantio. São produtores diferentes para cada cultura e é esperada esta diferença”, comentou ele que trouxe os parceiros no projeto de transferência de tecnologia, demostrando os resultados parciais.

Eficiência das técnicas

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, acompanha de perto estes resultados por meio da assistência que a Companhia Sergipana também dá ao projeto. “A novidade que o Paulo Roberto quis mostrar, aos representantes dos outros órgãos envolvidos neste experimento, é o resultado preliminar que prova a eficiência e o resultado das técnicas empregadas. Desde o transplante das mudas – que ocorreu de agosto há novembro de 2013 – até agora, em que os agricultores já se preparam para a colheita das frutas com volume de produção comercial – a partir do final do ano e início do próximo–confirmam ser possível produzir estas variedades, de clima temperado, também em Sergipe. Estes parceiros agora poderão usar o modelo implantado aqui em Lagarto para disseminar esta nova proposta de produção por todo Estado,fomentando com isso a diversificação de culturas em nossa agricultura,o que permite novas oportunidades de negócios aos agricultores”, comentou.
Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, também compareceu à visita técnica e se diz “maravilhado” com o que os produtores, Embrapa e Cohidro estão desenvolvendo no Perímetro Piauí. “O que mais me deixa satisfeito é o fato de serem estes agricultores familiares os agraciados pela iniciativa. Os pequenos produtores irrigantes são o público alvo principal das ações da nossa Companhia e garantir a eles o pioneirismo no mercado interno de frutas, os primeiros a poder oferecer pera, caqui e maçã, será um incremento significativo na capacidade de geração de renda por meio do trabalho deles na própria terra”, comentou, também lembrando de agradecer ao empenho do senador Antônio Carlos Valadares, que em 2012 propôs a emenda parlamentar destinando R$ 300 mil para viabilização do projeto.

Fruticultores

Produtor orgânico de hortaliças, João Pacheco foi um dos agricultores inseridos no Perímetro Irrigado e escolhido para acolher, em seu lote, uma das plantações de caqui do projeto. Para ele a falta de familiaridade com a planta vem a ser a maior dificuldade enfrentada até agora. “A gente não conhece o desenvolvimento da planta, às vezes desanimo, tipo quando caem as folhas, mas ai elas rebrotam de novo e a gente fica novamente contente”, desabafou ele. Diz também que, segundo o agrônomo da Embrapa, está fazendo o manejo correto dos seus 500 caquizeiros. Seu pomar já deu frutos e agora passam por um período de recuperação para nova produção, conforme orientação técnica.
Técnico agrícola da Cohidro, William Domingos Silva é responsável por acompanhar diariamente os sete pomares em Lagarto. Para ele, as visitas da Embrapa e a viagem que fez à unidade Semiárido da Empresa em Petrolina-PE, fazem parte do aprendizado para entender o desenvolvimento das frutíferas, que até o início do projeto eram inéditas em Sergipe. “Este manejo tende a imitar o processo natural das plantas em seu habitat original que são as regiões de clima frio e temperado, onde as estações do ano são bem definidas. Diferente daqui, onde há pouca diferença no clima de uma estação para a outra, nisso entra a irrigação e o manejo adequado às nossas condições climáticas oferecendo às plantas condições ideais de produção,mesmo na nossa região,”explicou.
Jânio Gonçalves dos Santos é outro agricultor irrigante do Perímetro Piauí atendido pela assistência técnica do projeto por abrigar 1000 pés de pera, das variedades “hossui” e “packham’striumph”. Na visita do agrônomo Paulo Roberto da Embrapa, recebeu a orientação para a poda e amarração dos galhos das pereiras. Este manejo tende a formar pequenas árvores de copa larga, para abrigar mais frutos e também de estatura média, facilitando a colheita. “Uma coisa que a gente não conhece fica difícil de lidar sem este acompanhamento de um especialista. Por sorte William está sempre aqui dando assistência, ele como técnico da Cohidro pode nos orientar melhor”, comentou o produtor que plantou seu pomar em novembro de 2013 e foi orientado que, aos um ano e quatro meses, terá uma produção mais plena das frutíferas.
Satisfeito com a primeira colheita, o irrigante José Josemir de Souza tem um pomar com 1000 macieiras e já fez sua primeira colheita há 20 dias. “Aos 15 dias de plantadas, as mudas já começaram a produzir esporadicamente frutos pequenos, fomos até orientados a descartar para ajudar a planta se desenvolver melhor. Mas agora em agosto, menos de um ano de plantadas às mudas, o pomar deu uma produção impressionante, com frutas em tamanho comercial, próprias pra consumo em que eu tirei 15 baldes grandes de maçã”, comemora ele que diz que agora espera outra produção maior e mais consistente, depois da poda de suas macieiras das variedades "princesa” e “julieta”, como foi orientado a fazer nesta visita do agrônomo Paulo Roberto.

Expectativa 

Gilvanete Teixeira, gerente do perímetro irrigado da Cohidro em Lagarto, é outra que tem comemorado os resultados obtidos pelos produtores inseridos no projeto. “Isso é só o começo. A previsão é para que no final do ano se colha uma safra que se aproxime às 35 toneladas, em cada um destes sete campos de duas tarefas (0,6hectares) destas frutas e em 2015, ao completar os dois anos, se espera o dobro disso”, informa ela que ainda comenta sobre outra vantagem do plantio das frutíferas. “Os irrigantes podem utilizar da mesma terra – e do sistema de irrigação fornecido pelo projeto – para plantar outras culturas no intervalo de três metros entre uma linha e outra de árvores, desde que elas não façam nenhum tipo de sombra. Aqui já foram experimentadas com sucesso as pimentas malagueta, biquinho, jalapeño e de cheiro; feijão-de-corda; tomate; couve-flor e até brócolis”.


Fonte: Infonet

Esgoto tratado pode irrigar lavoura de cana em SP

Segundo as pesquisas, a prática traz diversas vantagens, como economia de água, redução do consumo de adubo e diminuição da poluição.

O esgoto doméstico, tratado, pode ser utilizado na irrigação de plantações de cana-de-açúcar. A viabilidade desse processo foi alvo de estudos em duas teses de doutorado defendidas na Feagri (Faculdade de Engenharia Agrícola), da Unicamp.
Segundo as pesquisas, a prática traz diversas vantagens, como economia de água, redução do consumo de adubo e diminuição da poluição.
Autor de uma das teses, Leonardo Nazário Silva dos Santos disse que para usar o esgoto como adubo é necessário que a plantação esteja próxima da área urbana e que as impurezas sejam retiradas.
Os pesquisadores não observaram alterações no índice de qualidade do solo. Além disso, os trabalhos mostraram que não houve alterações nas propriedades físicas do terreno cultivado.
No experimento de irrigação com água de esgoto, foi constatada, segundo ele, maior produtividade na comparação com o método tradicional de plantio. A produção pode ser até 25% maior.
De acordo com a assessoria da Unicamp, as plantas irrigadas com esgoto se desenvolvem melhor, são mais altas e mais grossas.


Fonte: Jornal Cana

Software para estimativa de evapotranspiração

Unesp de Ilha Solteira participa de Congresso Nacional de irrigação e Drenagem.

Encerrado no dia 12 de setembro de 2014, em Brasília -DF, o XXIV CONIRD - Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem teve como tema principal a reservação e alocação de águas para a agricultura irrigada. O Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira lembra que "com crise de água em vários Estados a região de Cristalina - GO, com o maior PIB agropecuário brasileiro dá a lição de que o investimento em represas garante a segurança hídrica para abastecer os sistemas de irrigação e compensa, financeiramente e ecologicamente."
Com oficinas, conferências, seminários e dois dias de campo o CONIRD 2014 usou o Distrito Federal e seu entorno como exemplo de desenvolvimento agrícola, um modelo a ser seguido por diversas regiões do país. A Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira esteve presente com a apresentação de cinco trabalhos técnicos científicos e o lançamento da versão 2.0 do software SMAI, utilizado para estimativa da evapotranspiração de referência e base para o manejo da irrigação e que agora em cálculos horários atenderá também a demanda da pesquisa em uso da água. Os trabalhos apresentados foram:
- Análise Econômica e Área Irrigada Por Pivô Central no Noroeste Paulista entre 2010 e 2012;
- Área Irrigada e Valor da Produção Agropecuária no Oeste Paulista;
- Distribuição Espacial e Temporal da Evapotranspiração de Referência no Noroeste Paulista;
- Precipitação e Evapotranspiração de Referência no Noroeste Paulista; e
- Software SMAI 2.0 para Estimativa da Evapotranspiração de referência Diária e Horária.
O Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, Coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira participou da Oficina 2 - "Conservação do solo e da água, barragens para a agricultura irrigada na gestão integrada das bacias hidrográficas, implicações de licenciamentos e outorgas, integrações ibero-americanas" e fez a explanação sobre "A crise por água no noroeste paulista e como criar resiliência" onde discutiu a oferta de água para irrigação a partir da crise de 2014, defendendo a preservação das nascentes. a recuperação dos leitos e a necessidade de reservação, através da construção de represas, mas também toda uma estratégia integrada que contemplaria também o uso racional da água praticado com base em informações de solo ou clima, visando também a redução do custo de produção.
Da estratégia defendida pelo professor, faz parte o uso maciço da comunicação para levar a informação ao campo e o exemplo praticado pela Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira foi objeto da sua participação na CONFERÊNCIA III - "Canais de comunicação com a sociedade - Um desafio definitivo para a ciência" e ainda participou do Dia de campo no dia 11 de setembro de 2014 com visitas as estações sobre reservação das águas e diversos exemplos em agricultura irrigada na região de Cristalina - GO. Cultivo de grãos e a fruticultura irrigada foram conhecidos. As edições anuais do CONIRD tem recebido destaque no Pod Irrigar - o Pod Cast da Agricultura Irrigada - que pode ser acessado a partir de http://podcast.unesp.br/podirrigar.

Mais informações e fotos

A Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira preparou sítios em que mostra toda a sua participação e importância do CONIRD para a modernização da agricultura irrigada. Confira em:
Video sobre o trabalho de comunicação da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira:https://www.youtube.com/watch?v=DygeZrmfxPA

Serviço:

- Informações sobre agricultura irrigada e agroclimatologia no noroeste paulista são publicadas regularmente BLOG da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira em http://irrigacao.blogspot.com
- Números e gráficos das estações agrometeorológicas no noroeste paulista estão em http://clima.feis.unesp.br
- Canal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira: www.agr.feis.unesp.br/irrigacao.php
- Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira: http://clima.feis.unesp.br
- Pod IRRIGAR - O Pod Cast da Agricultura Irrigada: http://podcast.unesp.br/podirrigar
- Informações também em (018) 3743-1959


Fonte: Maxpress

Lançada a Segunda Versão do Sistema de Classificação de Terras para Irrigação

O Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI) com enfoque na região semiárida, está na sua segunda versão. Desde seu lançamento, ainda na primeira versão, a metodologia conta com um software de apoio que busca a padronizar a classificação final do ambiente, facilitando ao usuário a navegação em sua ampla base de dados.
Segundo o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) Fernando Amaral, em termos de estrutura de tecnologia da informação, a segunda versão difere muito da primeira, sendo um dos grandes diferenciais, o acesso à informação em ambiente web. Este novo recurso facilita o acesso ao sistema pela internet, e também elimina qualquer incompatibilidade de configuração da máquina do usuário. Outra vantagem é permitir aos técnicos envolvidos com a metodologia seu contínuo e automático aperfeiçoamento.
O registro da nova versão do SiBCTI no CATSOFT (banco que armazena todos os softwares já desenvolvidos pela Embrapa), reitera as diferenças entre as duas versões.


Fonte: Embrapa

Emater ajuda agricultores de Dom Eliseu a aumentarem a produção com a lavoura irrigada

"A Emater é tudo para nós, nos deu a chance de ter água em casa com a construção do nosso poço artesiano. Foram mais de dez anos de sofrimento dependendo de caminhão pipa e não tem nada melhor do que ouvir de um neto que agora pode tomar banho direito na casa da avó”. Esse foi o desabafo da agricultora Alzenir Barbosa, que junto com o marido, Manoel Barbosa, de 66 anos, é proprietária da Fazenda Canaã, de 35 alqueires, no município de Dom Eliseu, sudeste do Estado.
Atendida há mais de 15 anos pelos técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), a família Barbosa teve acesso ao crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e viu a produção se desenvolver e a vida mudar. Com esse trabalho foi possível financiar a produção de diversas frutíferas, como os citros e goiaba, gado de leite, além da aquisição de poço artesiano.
Segundo o engenheiro agrônomo da Emater, Oduvaldo Rodrigues de Oliveira, o plantio da goiaba nesta safra de 2014 produziu 1500 caixas do fruto, o que corresponde a mais de 35 toneladas, financiados pelo Pronaf, na linha Mais Alimentos. “Essa é a segunda vez que eles acessam o crédito para produção de goiaba. E a expectativa é que eles dobrem a produção na próxima safra, em abril de 2015, já que as plantas atingirão o ápice da maturidade”, explicou.
Além da goiaba, eles plantam abobrinha, melancia, tangerina, cupuaçu e limão – também com uma produção expressiva e financiada. Na safra de 2014 foi retirada apenas uma tonelada, mas já se espera dobrar em 2015. “Meus 450 pés ainda estão jovens, mas está tudo bem adubado, com o esterco das minhas vacas e agora nós temos a água para deixar a terra no jeito bom para produzir”, disse Manoel Barbosa.
Da produção de goiaba, por exemplo, tudo é absorvido pelo mercado, nada é desperdiçado. Membro da Cooperativa Mista Agroindustrial de Dom Eliseu, Manoel Barbosa chega a comercializar 75% da produção com a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-açu (Camta). Segundo o técnico da Emater, os pequenos produtores no município chegam a fornecer até mil toneladas, sendo que cerca de 750 toneladas são adquiridas pela Camta e o restante segue para Marabá, Castanhal e Belém.
Mas essa produção pode tomar proporções ainda maiores, tanto para a família Barbosa quanto para outros agricultores familiares. Oduvaldo Oliveira destaca que o processo de irrigação pode alavancar a produtividade anual. “Na época de safra a produção é intensa a ponto de não ser possível escoar os frutos. Já estamos há alguns anos incentivando o sistema de irrigação para que a produção seja continuada ao longo do ano, mantendo uma constância”, disse o técnico da Emater.
Tanto que o casal Barbosa já se organiza para aquisição de mais crédito para desenvolver o projeto de irrigar a lavoura com o apoio da Emater. “O mais difícil a gente já tem, que é a água. Acredito que nossa próxima safra da goiaba já seja toda irrigada. Mas minha vontade é que assim que a minha irrigação tiver funcionando eu possa plantar banana, meus pés já estão sendo preparados”, finalizou o agricultor.


Fonte: Agência Pará

Produção animal nos perímetros irrigados do DNOCS é relevante

Os perímetros irrigados administrados pelo DNOCS no Nordeste se destacam pela produção agrícola de ótima qualidade, sobretudo a fruticultura, com alguns produtos exportados para várias partes do mundo. No entanto, esses perímetros são, também, destacados pela sua produção animal, cujos números referentes ao ano agrícola de 2013 são relevantes, apesar da intensidade do período de estiagem que atinge o semiárido desde 2012.
Nesse ano agrícola o valor bruto da produção animal em 22 dos 37 perímetros, atingiu cifras superiores a R$ 26 milhões, com destaque para a produção de leite que atingiu 13,6 milhões de litros, com valores de comercialização da ordem de R$15,5 milhões. Outros produtos e subprodutos oriundos da pecuária também são destaque: a venda de animais para abate atingiu R$4,8 milhões; carne R$1,75 milhão; animais para reprodução, R$1,68 milhão; queijo, R$679 mil; peixe, R$ 300 mil; frango para corte e galinha, R$ 311 mil e até esterco, com valores de R$1,30 milhão, agrega valor à produção animal nos perímetros.
De acordo com o diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção do DNOCS, Laucimar Loiola, os animais para reprodução e abate correspondem às espécies bovina, caprina, ovina e suina, além da avicultura. Ele acredita que o ano agrícola de 2014 será semelhante ao anterior, mesmo com o prolongamento da estiagem e uma consequente redução na oferta de água às fontes produtoras.


Fonte: DNOCS

Águas do Rio Grande permitem produção de frutas no oeste da Bahia

Através da irrigação, os agricultores produzem frutas o ano todo. Região é considerada um oásis.

Mesmo com a seca, a produção de frutas no oeste da Bahia está farta. Através da irrigação, com as águas do Rio Grande, as pequenas propriedades conseguem colher mamão, banana e cacau. Enquanto a seca aperta em muitas partes do Nordeste, esse lugar pode ser considerado um oásis.
As águas do Rio Grande cortam o oeste da Bahia por 580 quilômetros até desembocar no Rio São Francisco. No município de Barreiras é essa fartura que possibilita a produção de frutas nas pequenas propriedades localizadas na sua margem direita.
O perímetro irrigado Barreiras Norte fica em uma área de 2,8 mil hectares por onde passam os encanamentos da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). A infraestrutura leva água para 150 lotes, que variam de sete a 50 hectares.
“O produtor não tem que se preocupar com infraestrutura do rio até a sua propriedade. Sua única preocupação é dentro da propriedade. Se não fosse essa irrigação, existiriam pequenas lavouras de subsistência que contariam com a chuva. De forma alguma seria possível produzir fruta num regime de sequeiro sem a utilização da tecnologia da irrigação”, explica Antônio José do Carmo, chefe da Codevasf Barreiras-BA.
A propriedade do agricultor Orly Nink tem 24 hectares, sete deles ocupados com a produção de bananas. Logo na entrada, uma das primeiras coisas que se vê é o registro de água da Codevasf. “A água vem praticamente na porta, com pressão que não precisa de bombeamento. Vem com pressão de quatro quilos para irrigar um setor mais ou menos de dois hectares”, relata.
O trabalho de Orly no Barreiras Norte começou a apenas dois anos, depois que ele se aposentou na cidade. Entre canos, aspersores e outros apetrechos da irrigação, os gastos ficaram em torno de R$ 5 mil por hectare. Por semana, ele colhe cerca de 300 caixas de banana e toda produção é vendida no comércio local de Barreiras. “A banana é um bom mercado, que tem cliente e toda semana você tem entrada de recurso. Eu irrigo duas horas de manhã e duas horas à tarde. Cada aspersor joga 70 litros de água por hora. A conta de água fica em torno de R$ 1 mil para sete hectares”, afirma Orly.
A banana é o principal produto do perímetro irrigado Barreiras Norte. Pelo cálculo do presidente da Associação dos Produtores de Barreiras Norte (Aproban), Wilson Aguiar, a área plantada soma 300 hectares, de onde saem de 15 mil a 18 mil toneladas por ano. “É uma região privilegiada. Geralmente, o pessoal cuida bem porque as tarifas são altas da água. Quem irriga cuida para não ficar desperdiçando, vazando água na irrigação. Tem água a vontade, a gente irriga o que for necessário para o projeto e não falta água”, comemora.
Foi atraído pela fatura de água que o agricultor Elcio de Oliveira trocou sua produção de mamão em terras capixabas para apostar em um pedaço da Bahia. Ele levou a experiência na bagagem do trabalho que já fazia nos dez hectares que tinha por lá. Com a venda da propriedade no Espírito Santo, conseguiu comprar 80 hectares na Bahia. “A diferença é o clima. Aqui a gente tem um clima definido e, por isso, a gente acaba tendo maior produção e menos problemas com doença e fungos. Lá no Espírito Santo a gente encontra muitos problemas com isso. No Espírito Santo, eu produzia 70 toneladas por hectare. Aqui chega a 120 toneladas por hectare”, conta o agricultor.
Para dar conta da produção, Elcio tem hoje oito funcionários: “Todos os dias tem caminhão que chega e que sai carregado com mamão. Nossos principais mercados consumidores são Brasília, Goiânia, Curitiba, São Paulo e Campinas”.
Antônio Veloso é outro produtor que saiu da sua terra natal atraído pela fartura de água do oeste da Bahia. Ele rodou 900 quilômetros no estado, de Ilhéus até Barreiras, para cultivar o que já era tradição na propriedade da sua família. “Meu bisavô, meu avô, meu pai, meus irmãos, todos trabalham com cacau no sul da Bahia. A topografia, que no sul é terrível, você tem que trabalhar com burros no meio de pedras para transportar. É muito acidentado e aqui nós temos tudo plano, o solo é profundo, o clima super propício. A água é fundamental para o cacaueiro. Aqui, com irrigação, nós podemos manejar, dar o alimento na dose certa, na hora certa. Lá não, é difícil a adubação feita a lanço, no chão, muito dispendiosa”, diz o produtor.
O agricultor faz uso da fertirrigação, técnica que distribui o adubo através da água. Ele cuida bem da lavoura, mas também está cuidando da comercialização. Se engana quem pensa que o cacau é o produto que Antônio coloca no mercado. Toda produção está sendo transformada em chocolate dentro de sua propriedade mesmo.
Um hectare de cacau garante a fabricação de cerca de seis quilos de chocolate por semana. A filha de Antonio, Ana Paula Veloso Schneider, e sua mãe, vêm testando receitas de chocolate desde 2007 e só há um ano encontraram a fórmula certa: “Nós estamos bem confiantes. É um chocolate intenso, concentrado. É um chocolate puro, que lembra o meio amargo. Não dá para esquecer que só tem chocolate por conta da água também, porque sem água não tem essa vida”.
Mesmo em época de seca, o perímetro irrigado Barreiras Norte consome, no máximo, 4% do volume de água do Rio Grande.


Fonte: Globo Rural

Agricultores fazem a colheita da uva e da manga no Vale do São Francisco

Preço do quilo no mercado externo tem motivado a exportação da manga. Já produtores de uva optam pela venda para o mercado interno.

Os agricultores começou a colheita da uva e da manga no Vale do São Francisco. Os produtores estão satisfeitos em Petrolina, Pernambuco. Os pomares se desenvolveram bem e os frutos tem mercado certo.
É início da segunda safra de frutas no Vale do São Francisco, a mais importante do ano. Essa é uma época de geração de empregos. Uma fazenda da região contratou 44 pessoas para fazer o trabalho no campo. As mangas se desenvolveram bem com a ajuda da irrigação e com as chuvas mais generosas no primeiro semestre. Pelo menos 20 dos 35 hectares estão produzindo.
O dono da propriedade, Vanildo Roque, espera colher 500 toneladas de frutas. Pouco mais da metade será exportada. Ele não costuma mandar muitas frutas para fora do país. Mas este ano o preço do quilo por R$ 1,20 está mais atrativo em relação aos R$ 0,80 pagos pelo mercado interno.
“Na safra passada eu vendi para o mercado interno. Tinha o melhor preço. Esse ano, a exportação está pagando um preço melhor. Eu estou vendendo para a exportação”, diz Roque.
Se atualmente as exportações da manga estão vantajosas, a situação da uva é um pouco diferente. Na maioria das plantações de uva a produção também foi boa. Os cachos carregados chamam a atenção pelo tamanho. Mas a grande parte da produção deve ficar no Brasil.
Em outra fazenda da região serão colhidas 400 toneladas de uva. Apenas 30% devem ser exportados. O dono da área de 20 hectares, José Lóio, diz que como o preço da uva de R$ 3,00 o quilo está o mesmo tanto para a exportação quanto para o mercado interno, tem dado preferência para os clientes brasileiros.
No ano passado, o Vale do São Francisco exportou 145 mil toneladas de uva e de manga. Este ano, os negócios devem diminuir. A previsão é de uma queda de 7%.


Fonte: Globo Rural

Agricultores de projeto irrigado no Ceará perdem produção de coco

Palhas secaram e o coco não serve para a venda. Açude Pereira de Miranda está apenas com 2% da sua capacidade total.

Agricultores do projeto irrigado de Pentecoste, a 90 Km de Fortaleza, perderam toda a produção dos coqueiros da cidade. As palhas secaram e o coco não serve para a venda. Tudo por causa da longa estiagem.
O principal reservatório do município, o Açude Pereira de Miranda, está com nível abaixo do ideal. Canais de irrigação estão secos. Atualmente, o açude está apenas com 2% da sua capacidade total. Para captar o volume morto que fica abaixo do nível das comportas é necessário usar um gerador que fornece energia elétrica para as bombas.
De acordo com o agricultor Francisco Rodrigues, os moradores mais antigos não acreditam o que está acontecendo. “O aguaceiro que a gente vê nesse açude quando ele está cheio nunca a gente diz que fica numa situação triste deste jeito. Pensamento de todo mundo que mora por aqui é conhecer as águas por acolá muita cheio e hoje falta água até para a cidade”, disse.

Falta de chuva

Há pelo menos três anos essa região do Ceará não recebe chuvas suficientes para recarregar os reservatórios da cidade. E os agricultores ficam sem saber como alimentar as plantações com água. “Está tudo morto, quase tudo morto. Perde a safra e a produção que tem não cobre mais”, disse o produtor João Furtado.
O Ceará tem oito perímetros de agricultura irrigada. A maioria já interrompeu plantio ou está produzindo muito abaixo do esperado. A orientação do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) é de de interromper as culturas temporárias para reduzir os prejuízos.
“Nós estamos fazendo um cadastro temporário que será levado para as autoridades competentes para ver a possibilidade de indenização para eles possam recompor as suas culturas. O Dnocs também mandou máquina para perfurar poços profundos com objetivo de abastecer humano”, afirmou o agrônomo Eduardo Segundo.


Fonte: G1.com

Frutas exóticas são cultivadas em perímetros do DNOCS

Há pouco tempo, quando se falava em frutas irrigadas no semiárido nordestino, a lembrança partia celeremente para cultivos de banana, laranja, melão, melancia, goiaba, manga e outros frutos tradicionais. Com a introdução de tecnologias mais modernas pode-se introduzir nos perímetros irrigados da região, frutas de clima temperado, como a maçã, a pera e o figo. 
Ao mesmo tempo em que as tecnologias são modernizadas, os usos do solo e da água, tratados de maneira científica e as sementes ou mudas são severamente selecionadas nos projetos de irrigação implantados pelo DNOCS no semiárido nordestino – principalmente os empreendimentos de ponta como o Baixo Acaraú, o Tabuleiros de Russas e o Jaguaribe-Apodi – novas culturas são introduzidas, e alguns frutos exóticos começam a despontar como espécies produtivas entre as dezenas de espécies frutíferas.
NONI – originário do sudeste asiático, tendo o Taiti como local de maior cultivo, esse fruto tem como características, segundo seus usuários, variadas virtudes medicinais e terapêuticas. Esse fruto está sendo cultivado em 2ha, no projeto de irrigação Tabuleiros de Russas, no Ceará.
ATEMÓIA – fruta híbrida, obtida através do cruzamento da cherimóia com a fruta-pinha (ata), que são nativas das regiões tropicais do Peru, Equador e Colômbia. O projeto Jaguaribe-Apodi (CE) tem uma área de um hectare cultivando essa fruta.
CAQUI – fruta originária da China e muito popular no Japão, contém grande quantidade de água na polpa. Tem poucas calorias e possui diversas vitaminas, além de cálcio, ferro e proteínas. Existem 1,9ha e 1,0ha sendo cultivados e produzindo essa fruta nos projetos Tabuleiros de Russas e Jaguaribe-Apodi, respectivamente.


Fonte: DNOCS

Irrigashow reúne produtores rurais e expositores em Paranapanema

Evento é realizado até esta quinta-feira (18). Visitantes poderão participar de palestras e fazer negócios.

Começou nesta quarta-feira (17), em Paranapanema (SP), o Irrigashow 2014. O evento reúne produtores rurais, estudantes, fabricantes de equipamentos e especialistas de diferentes regiões do país. Os visitantes poderão ver exposições de equipamentos ligados à produção rural, especialmente materiais para irrigação, e também assistir palestras. A entrada para feira é um quilo de alimento não perecível. O funcionamento é das 8h às 17h.
O Irrigashow, organizado pela Associação Sudoeste Paulista de Irrigantes e Plantio na Palha (ASPIPP), é considerando um dos principais eventos difusores de tecnologia em agricultura irrigada sustentável do Brasil.
Além das exposições, serão realizadas 14 palestras e 4 mesas redondas com a participação de conferencistas e referências no setor de agronegócios. Um dos destaques é a discussão sobre a crise da falta de água.
De acordo com os organizadores, o Irrigashow se consolida como um foro de discussão permanente para a viabilização da irrigação sustentável nos cultivos agrícolas como atividade de utilidade pública e de interesse social. Há 30 anos, os 126 produtores vinculados a ASPIPP desenvolvem uma agricultura com alto grau de precisão, utilizando o plantio na palha e o sistema de irrigação complementar, com águas reservadas em período de chuva em açudes, inclusive com mata ciliar.

Serviço
Irrigashow 2014
17 E 18 de Setembro | 8h às 17h
Acesso pela Rodovia Raposo Tavares, km 256, no Distrito de Campos de Holambra
Entrada: 1 kg de alimento não perecível


Fonte: G1.com

MI participa do XXIV Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem

"Reservação e alocação das águas para a agricultura irrigada”, é o tema escolhido este ano para o CONIRD.

Em palestra na abertura do XXIV Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird), na última segunda-feira (8), o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Irani Ramos, explicitou as políticas públicas da Pasta para ampliar a oferta de água à agricultura irrigada do País.
O evento é promovido pela Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID) e se estenderá até o dia 12 de setembro, no auditório da Confederação Nacional da Agricultura. O tema este ano é “Reservação e alocação das águas para a agricultura irrigada”.
“Esse é um tema caro para nós do Ministério da Integração Nacional”, disse Irani, que representou no evento o ministro Francisco Teixeira. Ele relatou o esforço da Pasta para ampliar a oferta hídrica e melhoria da gestão da água no País.
Irani informou que o histórico Ministério com o tema remonta às primeiras construções de barragens pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), há mais de cem anos.
O secretário-executivo elencou as ações que estão sendo construídas em torno do assunto em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) e os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
Uma delas é o Monitor de Seca do Nordeste (MSN), valiosa ferramenta de prevenção climática, destinada a aumentar a resiliência do Nordeste à seca. Outra é o Plano Nacional de Infraestrutura Hídrica, que vai permitir ampliar a segurança hídrica para usos múltiplos e reforçar também a agricultura irrigada.
Engenheiros e analistas de infraestrutura da Secretaria Nacional de Irrigação (SENIR), vinculada ao MI, estão envolvidos desde segunda na oficina de planejamento da agricultura irrigada no País, com foco em políticas existentes para o setor. O evento faz parte da programação do Conird.
O primeiro dia de oficina teve como tema o planejamento da agricultura irrigada e a abertura foi feita pelo secretário nacional de Irrigação, Guilherme Costa, que destacou a regulamentação da lei que instituiu a nova Política Nacional de Irrigação.
No segundo dia foi debatido estudo da análise territorial para desenvolvimento da agricultura irrigada. Esse trabalho está sendo desenvolvido pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), por meio de cooperação técnica entre a Secretaria Nacional de Irrigação e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
O trabalho busca realizar a análise do território brasileiro com base em variáveis e indicadores de potencial para irrigação, renda da população, de produção, aptidão agrícola e de conservação ambiental de modo integrado. O moderador do debate foi Álvaro Eleutério, coordenador geral de negócios para a agricultura irrigada da Senir.
O terceiro e último dia de oficina, hoje (10), abordou os planos estaduais de irrigação, previstos na política nacional e que visam a orientar o planejamento e a implementação da política em consonância com os planos de recursos hídricos, ambientais e de desenvolvimento regional.


Fonte: Plataforma Integra - Ministério da Integração Nacional

Plantio de abacaxi irrigado da safra 14/15 segue no Tocantins

Os produtores de abacaxi irrigado no Tocantins seguem com o plantio neste mês de setembro. O cultivo, que deve ser concluído até o final do mês de outubro é para a safra 14/15, com colheita prevista para dezembro de 2015 até fevereiro de 2016, já que o ciclo do abacaxi irrigado dura em média um ano e cinco meses.
O produtor de abacaxi irrigado, Doclênio Batista da Silva, arrenda terras nos municípios de Tocantínia, onde já começou o plantio de 220 mil plantas numa área de 10 hectares. Ele também aguarda a colheita, em janeiro de 2015, em uma área de três hectares no município de Lajeado, onde plantou 320 mil pés. “Arrendo as terras e faço o plantio do abacaxi pérola tipo exportação, que são carregados na própria área do plantio já com mercado garantido para os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Minha expectativa é conseguir vender os frutos por um preço superior ao vendido da colheita passada, que foi entre R$ 2,50 a R$ 3,00 a unidade”, declarou.
O plantio do abacaxi irrigado no Tocantins se concentra mais na região Central do Estado, principalmente em Miranorte. O município, que fica a 99 km de Palmas, é o maior produtor do fruto e em 2013, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), plantou uma área de 330 hectares, entre área irrigada e sequeiro. Outros municípios produtores do fruto também iniciaram o plantio como Dois Irmãos do Tocantins, Marianópolis, Miracema do Tocantins, Pau D’Arco e Porto Nacional.

Dados

De acordo com o LSPA 1ª Safra, realizado pelo IBGE/TO neste mês de setembro, a previsão para o ano civil de 2014 no Tocantins, é a produção de mais de 15 mil toneladas de abacaxi irrigado e sequeiro colhidos numa área de 772 hectares, com expectativa de aproximadamente 20 mil kg de frutos por hectare. O LSPA é realizado mensalmente pelas Comissões Municipais ou Regionais existentes no Estado, compostas por técnicos do IBGE e de representantes de órgãos ligados ao Desenvolvimento Rural nos municípios.

Combate à fusariose

Entra em vigor a partir do dia 17 de setembro, a Instrução Normativa nº 43 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece normas para a produção e comercialização de mudas de abacaxi. O engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), Anderson Pereira, orienta os produtores a se atentarem ainda mais para a normativa. “A intenção é reduzir a incidência da fusariose, doença que atinge o abacaxizeiro e é transmitida principalmente por meio das mudas contaminadas. Nesse caso, a recomendação é que as plantas que apresentem os sintomas sejam eliminadas da lavoura”, explica Pereira.
Segundo o engenheiro agrônomo, as plantas contaminadas podem apresentar mudança da cor nas bainhas das suas folhas, e o aparecimento de resinas entre os frutilhos do abacaxi. “Se a planta estiver com a doença, serão cerca de sete mudas que também estarão contaminadas, então a orientação é para que toda a planta doente seja realmente eliminada”, contou o engenheiro. O órgão fiscalizador da doença no estado do Tocantins é a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), que realiza a visita nas áreas produtoras e realiza a análise de amostras das plantas. 


Fonte: Conexão Tocantins

Participantes do Conird visitam área onde reservação de água garante produção irrigada

Barragem Santa Bárbara


Entre as atividades de campo realizadas nesta semana no âmbito do XXIV Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird) esteve a visita a propriedades rurais em que a retenção de água com o uso de barragens tem proporcionado o desenvolvimento de grandes empreendimentos agrícolas. Um dos locais visitados pelos participantes do evento foi a Agrícola Wehrmann, no município de Cristalina (GO).
De acordo com Verni Wehrmann, sócio da agrícola, a produção de hortaliças seria inviável na propriedade sem o uso de tecnologias de irrigação. “Para viabilizar técnica e economicamente a produção de hortaliças de qualidade, em quantidade suficiente para atender à grande demanda de alimentos da sociedade, é preciso fazê-lo de forma irrigada, na época certa do ano. Isso requer acúmulo da quantidade apropriada de água, porque água representa mais de 80% de itens como batata, cenoura e cebola”, diz. Em 2013, a produção de hortaliças na propriedade foi de 100 mil toneladas. “Sem irrigação e, portanto, sem represamento, a produção de hortaliças aqui seria inexistente”, ressalta.
A agrícola tem quatro mil hectares produtivos, emprega cerca de duas mil pessoas e produz, além de hortaliças, itens como soja, milho e trigo. “Esta região tem um bom nível de precipitação. Chove muito, mas a chuva é concentrada numa determinada época do ano. E a produção de hortaliças só é boa no período de ausência de chuvas. Então a ideia consiste em acumular a água excedente do período de chuvas com as represas e usá-la para a produção irrigada no período seco”, explica Wehrmann.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abid), Helvécio Saturnino, os barramentos de água costumam ser vetores de desenvolvimento. “O sistema de reservação de água está por trás da existência de muitas áreas irrigadas. O empreendedor reserva a água disponível nos momentos de abundância para poder regularizar o fluxo hídrico e usar esse recurso o ano todo”, diz.
Durante visita a uma das duas barragens existentes na propriedade Wehrmann, o engenheiro agrícola Wellington Almeida, responsável pelo represamento, apresentou aos visitantes as dimensões do barramento. “Esta barragem pode acumular 9,2 milhões de litros de água e abastece 22 pivôs centrais. Em breve, outros 19 pivôs receberão água proveniente daqui”, disse Almeida diante da barragem Santa Bárbara, localizada no curso do córrego Capim Pubo.
De acordo com o engenheiro, represamentos realizados corretamente – com segurança e planejamento ambiental – aumentam a reserva de água no lençol freático e funcionam como “verdadeiros produtores de água”. “A barragem eleva o lençol freático e armazena água no solo. No período chuvoso, o lençol é recarregado; no período de seca, ele leva água para dentro da represa e alimenta nascentes a jusante. Além disso, não há qualquer prejuízo à vazão normal do córrego”, afirmou.
O XXIV Conird, promovido pela Abid, teve início na última segunda (8) e encerra-se nesta sexta (12), em Brasília. O evento está reunindo especialistas brasileiros e estrangeiros e tem o apoio de instituições como a Codevasf e o Ministério da Integração Nacional.


Fonte: Codevasf

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