Os produtores de abacaxi irrigado no Tocantins seguem com o plantio neste mês de setembro. O cultivo, que deve ser concluído até o final do mês de outubro é para a safra 14/15, com colheita prevista para dezembro de 2015 até fevereiro de 2016, já que o ciclo do abacaxi irrigado dura em média um ano e cinco meses.
O produtor de abacaxi irrigado, Doclênio Batista da Silva, arrenda terras nos municípios de Tocantínia, onde já começou o plantio de 220 mil plantas numa área de 10 hectares. Ele também aguarda a colheita, em janeiro de 2015, em uma área de três hectares no município de Lajeado, onde plantou 320 mil pés. “Arrendo as terras e faço o plantio do abacaxi pérola tipo exportação, que são carregados na própria área do plantio já com mercado garantido para os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Minha expectativa é conseguir vender os frutos por um preço superior ao vendido da colheita passada, que foi entre R$ 2,50 a R$ 3,00 a unidade”, declarou.
O plantio do abacaxi irrigado no Tocantins se concentra mais na região Central do Estado, principalmente em Miranorte. O município, que fica a 99 km de Palmas, é o maior produtor do fruto e em 2013, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), plantou uma área de 330 hectares, entre área irrigada e sequeiro. Outros municípios produtores do fruto também iniciaram o plantio como Dois Irmãos do Tocantins, Marianópolis, Miracema do Tocantins, Pau D’Arco e Porto Nacional.
Dados
De acordo com o LSPA 1ª Safra, realizado pelo IBGE/TO neste mês de setembro, a previsão para o ano civil de 2014 no Tocantins, é a produção de mais de 15 mil toneladas de abacaxi irrigado e sequeiro colhidos numa área de 772 hectares, com expectativa de aproximadamente 20 mil kg de frutos por hectare. O LSPA é realizado mensalmente pelas Comissões Municipais ou Regionais existentes no Estado, compostas por técnicos do IBGE e de representantes de órgãos ligados ao Desenvolvimento Rural nos municípios.
Combate à fusariose
Entra em vigor a partir do dia 17 de setembro, a Instrução Normativa nº 43 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece normas para a produção e comercialização de mudas de abacaxi. O engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), Anderson Pereira, orienta os produtores a se atentarem ainda mais para a normativa. “A intenção é reduzir a incidência da fusariose, doença que atinge o abacaxizeiro e é transmitida principalmente por meio das mudas contaminadas. Nesse caso, a recomendação é que as plantas que apresentem os sintomas sejam eliminadas da lavoura”, explica Pereira.
Segundo o engenheiro agrônomo, as plantas contaminadas podem apresentar mudança da cor nas bainhas das suas folhas, e o aparecimento de resinas entre os frutilhos do abacaxi. “Se a planta estiver com a doença, serão cerca de sete mudas que também estarão contaminadas, então a orientação é para que toda a planta doente seja realmente eliminada”, contou o engenheiro. O órgão fiscalizador da doença no estado do Tocantins é a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), que realiza a visita nas áreas produtoras e realiza a análise de amostras das plantas.
Fonte: Conexão Tocantins
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