Palhas secaram e o coco não serve para a venda. Açude Pereira de Miranda está apenas com 2% da sua capacidade total.
Agricultores do projeto irrigado de Pentecoste, a 90 Km de Fortaleza, perderam toda a produção dos coqueiros da cidade. As palhas secaram e o coco não serve para a venda. Tudo por causa da longa estiagem.
O principal reservatório do município, o Açude Pereira de Miranda, está com nível abaixo do ideal. Canais de irrigação estão secos. Atualmente, o açude está apenas com 2% da sua capacidade total. Para captar o volume morto que fica abaixo do nível das comportas é necessário usar um gerador que fornece energia elétrica para as bombas.
De acordo com o agricultor Francisco Rodrigues, os moradores mais antigos não acreditam o que está acontecendo. “O aguaceiro que a gente vê nesse açude quando ele está cheio nunca a gente diz que fica numa situação triste deste jeito. Pensamento de todo mundo que mora por aqui é conhecer as águas por acolá muita cheio e hoje falta água até para a cidade”, disse.
Falta de chuva
Há pelo menos três anos essa região do Ceará não recebe chuvas suficientes para recarregar os reservatórios da cidade. E os agricultores ficam sem saber como alimentar as plantações com água. “Está tudo morto, quase tudo morto. Perde a safra e a produção que tem não cobre mais”, disse o produtor João Furtado.
O Ceará tem oito perímetros de agricultura irrigada. A maioria já interrompeu plantio ou está produzindo muito abaixo do esperado. A orientação do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) é de de interromper as culturas temporárias para reduzir os prejuízos.
“Nós estamos fazendo um cadastro temporário que será levado para as autoridades competentes para ver a possibilidade de indenização para eles possam recompor as suas culturas. O Dnocs também mandou máquina para perfurar poços profundos com objetivo de abastecer humano”, afirmou o agrônomo Eduardo Segundo.
Fonte: G1.com
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