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China aposta em irrigação para elevar a produção de açúcar

País pretende utilizar a irrigação para levar tecnologia ao setor e diminuir dependência externa da commodity.

O segundo maior importador de açúcar do mundo está interessado em aumentar a produção interna da commodity. Preocupada com a demanda doméstica crescente e a baixa tecnologia da atividade canavieira no país, a China vê na irrigação uma possibilidade de conciliar desenvolvimento e produtividade.
Guangxi, região chinesa com expressiva tradição canavieira, possui apenas 6% de seus canaviais com algum manejo de irrigação.
Segundo relatório elaborado pela National Development and Reform Commission (NDRC), a região precisa elevar este número para 36%, o que possibilitaria a produção de até 75 toneladas por hectare.
O atual cenário da setor é desanimador para fornecedores, que preferem realizar a transição para outras culturas a enfrentar as dificuldades produtivas da cana-de-açúcar.
Segundo estimativas, a demanda doméstica chinesa pelo açúcar deve alcançar 18 milhões de toneladas em 2020, com possível deficit produtivo de 3 milhões de toneladas.
Por esta razão a NDRC adotou como meta implantar a irrigação em 39% dos canaviais das regiões de Guangxi e Yunnan, atualmente estas regiões somam apenas 9%.


Fonte: Irrigacao.net

Reutilização de águas residuais agrícolas para irrigação

O uso de irrigação com efluente pode eliminar o desperdício e promover o desenvolvimento econômico. Traga efluentes por pivôs é ao mesmo tempo atual e eficaz. No passado, os resíduos do gado eram principalmente forma seca ou manipulada de lama muito grosso. Em diferentes épocas do ano, este desperdício foi espalhada nos campos sem realmente ter em conta o seu impacto sobre a água subterrânea ou de superfície e sem saber as quantidades de nutrientes trazidos para as necessidades da colheita. Cada vez mais, o produtor de efluentes não tem terra ou superfícies suficiente e deve trabalhar com fazendas para se livrar do vizinho. Estas pulverizações, realizadas de forma eficiente e eficaz são uma das primeiras preocupações de um produtor de leite. 
A utilização de estrume com equipamento de irrigação móvel, como pivôs e lineares tem sido utilizado com sucesso por muitos anos. Desde os anos 80, equipamentos de irrigação e técnicas iniciais com águas tradicionais mudou drasticamente e muitas dessas mudanças foram incluídas no equipamento mecanizado usado para contribuições para o campo.
Foto do site

Embora essas mudanças fizeram melhorias significativas, outras questões tinha que ser abordada, nomeadamente o percepção pública viáveis a contribuição para os sistemas de campo. Foram utilizados sistemas de irrigação móveis para a difusão do esgoto de municípios, indústria ou agricultura. Irrigação mecanizado, devido às suas características, é considerada como tendo muitas vantagens para este tipo de aplicação.
Os fatores mais interessantes são reduzida força de trabalho, o material de enchimento consistência, facilidade de processamento de grandes volumes de efluente e, especialmente, a capacidade de influenciar ativamente o desenvolvimento de culturas com um impacto negativo mínimo. Os pivôs pode operar durante períodos em que as condições meteorológicas são desfavoráveis, o que pode ser difícil ou impossível com técnicas convencionais para espalhar águas residuais que requerem o uso de tratores e outros equipamentos para morar campos.
O aplicativo, usando irrigação móvel equipamentos mecânicos mostraram benefícios reais em diversos projetos de reuso de efluentes. Uma das chaves para o sucesso de um projeto é um estudo integrado que combina hardware, princípios agronômicos, gestão e vizinhança de acordo com o produtor do efluente. A utilização de estrume por pivôs em grande parcelas, tem várias vantagens sobre a difusão por tanque.
Não há passagens repetidas no terreno e por isso não compactação, portanto, será capaz de fazer uma pré-semeadura ou emergência pré-passagem quando o solo é sensível. Dupla utilização, terra – a rega é possível. A duração da aplicação é reduzido, o que economiza tempo. A capacidade de propagação permite altas taxas de fluxo eo custo é competitivo a partir de 15.000 m3 para serem distribuídos.
Com cuidado: quando o milho está em 4/5 folhas (alguns vão 6/7), é melhor operar em tempo nublado para evitar queimar a planta. O material de propagação é o ácido e compreendendo partículas, o pivô deve ser adequado para tal uso. O estrume em PVC ou tubos de polietileno, sprinklers será termoplástico (sem bronze para eliminar fenómenos de eletrólise) protegida com mola de aço inoxidável, as armas serão anodizado ou aço inoxidável. A pasta de espalhamento é um processo de fertilização, que, por conseguinte, irá procurar uma distribuição ao longo do pivô tão uniforme quanto possível. Pivô dos tubos deve ser revestida com um polietileno de “revestimento”. Devemos colocar um bicos injetores por baía com cada vez maior de distância do centro.
Os parâmetros-chave de um bom sistema de propagação. O sistema de aplicação deve adaptar-se ao processo de contexto e / ou tratamento existente, terra disponível deve ser suficiente para acomodar os nutrientes esperados e a carga hidráulica, e deve ser alterado no futuro. O estudo deve levar em conta as limitações locais, tais como odor, impacto visual na paisagem etc. O projeto deve ser revisado periodicamente para garantir que sua operação é consistente com o banco de dados e necessidades dos participantes, deverá ser estabelecido formação contínua para o pessoal da empresa de engenharia para conhecer a equipamentos, conceitos básicos e elementos agronômicos.
No caso de um sistema de espalhamento de efluentes para pivôs, os elementos essenciais são: a capacidade de se espalhar muito pequenas quantidades de efluentes para facilitar gestão da bacia (pivot de alta velocidade), controle e monitoramento remoto (sistemas como o campo Sentry, Rastreador ou outro painel de controle com sensores de vento, chuva ou outro).
Também devemos prestar especial atenção para o sprinkler assembléias (espaçamento sprinkler tão amplo quanto possível a utilização de bicos de grande diâmetro, de uso reguladores ou bicos de auto-regulação para determinar as consequências do não-uso regulador e estudar as opções propostas pelos fabricantes de aspersão) e uso de técnicas que evitam o atoleiro (de três rodas, lagartas nas unidades de acionamento).
Usando os pinos, você pode gerenciar o nível de bacias hidrográficas em todo a duração da cultura, através do bombeamento de água, conforme necessário, ao contrário de espalhadores convencionais. Pivôs permiti que o criador para regar as culturas quando eles usam a melhor água e nutrientes para maximizar a produção de alimentos para o gado. Alguns pinos são projetados para adaptar-se melhor às dimensões e formas das parcelas e nós podemos adicioná-los a muitas opções para melhor atender às necessidades operacionais.
O comprimento de um pivô padrão é de aproximadamente 400 m (aproximadamente ½ milha) e que abrange uma área de cinqüenta hectares. A parcela que não pode ser irrigado com um círculo de rotação completa pode ser com um setor para rodar. A concepção de um pivô deve ter em conta a natureza dos sólidos contidos no efluente e as características do solo e culturas que serão postas em prática.
Para uma irrigação sem problemas, estrume devem ser tratados em conformidade. O chorume deve ser misturado por agitação ou bombagem e, em seguida, submetidos a separação. Além de determinar a temporização de contribuições, isto também é importante para se concentrar na composição do estrume em elementos fertilizantes, a saber a sua fosfato de conteúdos, e nitratos de potássio e a necessidade de se misturar com água. A pasta pode ser aplicado não diluído, mas na prática é aconselhável misturá-lo com água.
Espalhando deve ser feito o mais próximo do solo possível para evitar os maus odores e reduzir a perda de fertilizantes. Além disso, existem bicos especiais para espalhar o estrume, mas seu uso não é exigido se o estrume antes sofreu uma separação. Tendo espalhar o estrume, recomendamos a lavagem dos tubos com água limpa. Para evitar que o estrume em seu valor de pH é mais ou menos agressivos, materiais corrosivos galvanizado, a maioria dos fabricantes oferecem revestimentos especiais para todas as partes em contato com a água.
O conhecimento do sistema de recuperação de sólidos e a percentagem de partículas feitas de pivô por bombeamento seleciona o equipamento de pulverização mais adequado para a propagação de partículas sólidas na água, com o mínimo risco de entupimento bicos. É importante para calcular o fluxo de um pivô para conhecer os diferentes tipos de solo do terreno porque determinam não apenas o valor de o nível de água mas também trouxe irrigação precipitação instantânea.
Quando regar, selecionando uma taxa de precipitação dando momentânea (mm / h) próximo ao valor de infiltração de água no solo reduz o risco potencial de escoamento. Abastecimento de água por um pivô pode ser modificado no painel de controle de acordo com a demanda de água da cultura e do nível de umidade do solo para reduzir o risco de formação de lagoas e escoamento superficial, uma necessidade absoluta quando irrigar com estrume. Uma programação de irrigação, o que melhor atende às necessidades de água das culturas e de nutrientes durante o seu desenvolvimento reduz possibilidades de movimento de nutrientes no perfil do solo e, portanto, reduz o risco de poluição das águas subterrâneas e superficial. Os pivôs dar aos agricultores a oportunidade de usar o melhor de efluentes eficaz e econômica e ao mesmo tempo aproveitar os nutrientes para a produção de ração para gado.


Fonte: Irrigacao.net

Citricultura é alternativa para diversificação de culturas no Projeto Formoso, em Bom Jesus da Lapa (BA)

Os produtores do Projeto Formoso, perímetro de irrigação implantado e mantido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e conhecido por ter o segundo maior volume de produção de banana do Brasil, estão investindo na citricultura como forma de diversificação de cultura. A atividade está em expansão no perímetro, ocupando cerca de 200 hectares e, dentro de quatro anos, deve atingir mil hectares. As principais culturas locais são limão taiti, laranja e tangerina ponkan.
“A Banana da Bahia é uma associação que sempre produziu banana no Projeto Formoso, mas há três anos começamos a produzir citros também. A vocação da região é a banana, mas nossa associação estava preocupada com a questão da monocultura e buscávamos novas culturas para diversificar. Pensamos em citros, e os técnicos da Embrapa de Cruz das Almas também nos indicaram. As pesquisas deles indicavam que o clima e as condições seriam favoráveis”, diz Ervino Kogler, produtor que faz parte da Associação Banana da Bahia.
“A colheita deste ano está prevista para julho. Começamos a colher no ano passado, mas o volume da colheita esperado para este ano é maior. A nossa expectativa com relação a essa cultura é muito grande. O citros não vai tirar o lugar da banana no Projeto Formoso, mas diversifica, vai pegar em novas áreas. O clima permite que produzamos na entressafra de outras regiões, favorecendo melhores preços. E temos disponibilidade de água, graças ao projeto de irrigação da Codevasf. Podemos mandar citros para qualquer lugar do Brasil”, complementa Ervino.
Segundo Antônio Carlos Monteiro de Andrade, gerente de Empreendimentos de Irrigação da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa (BA), a Companhia apoia iniciativas que buscam aumentar a área produtiva do perímetro Formoso e da região, assim como melhorar a sustentabilidade econômico-financeira dos agricultores.
“A diversificação na produção é fator primordial na busca desse objetivo, mas a escolha de novas alternativas deve sempre ser estudada. No caso da citricultura, que conta com a parceria da Embrapa e a consolidação do Formoso como polo de forte comercialização, os riscos dos novos empreendimentos são minimizados, pois caminham juntas a tecnologia de produção e a experiência da comercialização”, avalia.

Produtividade

Neste ano, a produtividade média prevista é de 30 toneladas por hectare. O valor esperado por quilo para o segundo semestre é de R$ 1,25 para o limão e de R$ 0,65 a R$ 0,70 para a laranja. A tangerina, que não deve ser colhida neste segundo semestre, tem o preço estimado em R$ 1,60 por quilo. O custo médio para a produção por quilo é de R$ 0,18 para o limão, R$ 0,20 a 22 para a laranja e R$ 0,45 para a tangerina.
“A grande oportunidade para a produção de citros hoje no Projeto Formoso é a baixa dos outros estados. A citricultura está sendo introduzida aqui em uma região livre de pragas e doenças. Esse é um posicionamento estratégico que deixa os produtores locais três a cinco passos à frente dos outros”, explica Fernando Herrera, do Viveiro Tamafe, primeiro viveiro de ambiente protegido do Norte e Nordeste, localizado no município de Serra do Ramalho, vizinho do Projeto Formoso.
“Inicialmente, a gente vislumbrou a oportunidade de vir para Bom Jesus da Lapa principalmente por causa das condições climáticas. A pressão de pragas e doenças na citricultura paulista, que era responsável por cerca de 80% da produção de citros no Brasil, fez com que a gente buscasse novas áreas. Analisamos vários estados, de várias regiões, mas o estado da Bahia, em especial o Vale do São Francisco, permite que a gente produza frutas em épocas de menor oferta em outros mercados, na entressafra”, explica Herrera.
O momento mais oportuno para a comercialização das frutas cítricas produzidas no Projeto Formoso é de agosto a dezembro, para o limão; agosto a março, para a tangerina; e de novembro até junho, para a laranja. Um dos diferenciais do ambiente de Bom Jesus da Lapa é a produção mais precoce – a colheita ocorre três anos depois da plantação, um ano antes de outras localidades.

“A produtividade daqui também é alta. E hoje, no nível profissional, só vale a pena ter citros, se produzir acima de 45 toneladas por hectare. Aqui, a primeira colheita está com uma produtividade média de 38 toneladas por hectare. A evolução da produtividade por colheita é gradativa. O nível na região para laranja é de 60 toneladas por hectare; para limão, de 40 a 45; e para tangerina, 45. São médias boas”, diz Fernando Herrera.

MI garante R$ 38 milhões para abastecimento de água em perímetros irrigados do Nordeste

Obras hídricas serão executadas pela Codevasf em Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, anunciou nesta sexta-feira (26/6) o repasse de R$ 38,3 milhões para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) executar ações de abastecimento de água em 12 perímetros irrigados de quatro estados da região Nordeste. Os recursos serão utilizados para a implantação imediata de estruturas provisórias que permitirão o funcionamento pleno dos perímetros irrigados.
Serão beneficiados os perímetros de Senador Nilo Coelho, Brígida, Fulgêncio, Manga de Baixo e Icó Mandantes, em Pernambuco (R$ 28,75 milhões); Curaça, Manciçoba e Pedra Branca, na Bahia (R$ 4,74 milhões); Betume, Cotinguiba-Pindoba e Propriá, em Sergipe (R$3,25 milhões); e Itiubá, em Alagoas (R$ 1,7 milhão). 
"Hoje, estamos trazendo a parte do governo federal. Com essa união de todos, dos prefeitos, dos governos estaduais e dos parlamentares, vamos encontrar alternativas financeiras. A Codevasf vai oferecer segurança hídrica neste período em que estamos vivendo uma estiagem prolongada. O objetivo é iniciar imediatamente as obras", explicou o ministro.
À tarde, Occhi e o presidente da Codevasf, Felipe Mendes, reuniram-se com autoridades da região, em Petrolina (PE), para discutir ações emergenciais para enfrentar o período de estiagem. As reduções da vazão do reservatório de Sobradinho e da cota do Rio São Francisco têm dificultado a captação de água pelas estações de bombeamento desses perímetros. 
"É muito gratificante estar aqui nesse momento para presenciar este ato da maior importância. A Codesvaf dispõe de todos os recursos técnicos e de uma equipe dedicada", afirmou Felipe Mendes. O evento contou também com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho, do vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão, dos prefeitos de Juazeiro, Isaac Carvalho, e de Petrolina, Julio Emilio Lossio de Macedo, além de deputados estaduais e distritais.

Pernambuco

Para Pernambuco foram destinados R$ 28,75 milhões. No perímetro irrigado Senador Nilo Coelho, serão investidos R$ 25,3 milhões para instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes. O objetivo é auxiliar a estação de bombeamento que recebe água do reservatório de Sobradinho. A previsão é de que a instalação seja concluída em 120 dias. Atualmente, no perímetro, 2.337 irrigantes cultivam 23.272 hectares. Ao todo, são mantidos 120 mil empregos. E o distrito de irrigação garante o abastecimento de 130 mil pessoas. 
Para o perímetro Fulgêncio será destinado R$ 1,9 milhão para realização de serviços de engenharia e instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes que irão auxiliar a estação de bombeamento. O tempo estimado de execução é de 90 dias. A área cultivada é de 4.782,58 hectares. Ao todo, o perímetro conta com 1.554 irrigantes familiares e mantém 11.956 empregos. A água do Fulgêncio também abastece 15 mil pessoas. 
O perímetro de Brígida receberá R$ 60 mil para realizar ações de ensecadeira com previsão de conclusão para 30 dias. Atualmente, 1.761 hectares são cultivados por 428 irrigantes da região. Ao todo, 4.402 empregos são gerados e cinco mil pessoas recebem água para consumo.
A previsão para o desassoreamento do canal de chamada d o perímetro Icó Mandantes, a ser concluída em 60 dias, é de R$ 1,1 milhão. A área cultivada é 2.347 hectares, onde estão 121 irrigantes. Ao todo, 5.868 empregos são gerados. 
Outro perímetro a ser contemplado em Pernambuco é o Manga de Baixo, com R$ 288,5 mil. No local serão instalados flutuantes, com previsão de conclusão em 90 dias. São 48,3 hectares de área cultivada, com 26 irrigantes, que geram 100 empregos. 

Bahia

O estado da Bahia será contemplado com R$ 4,74 milhões. O perímetro Curaçá terá R$ 1,8 milhão para serviços de engenharia e instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes. A previsão de conclusão é de 90 dias. Atualmente, 4.118 hectares são cultivados. O total de irrigantes é de 288 e 10.295 empregos são garantidos. O abastecimento de água para consumo beneficia 6.500 pessoas. 
Já o perímetro Maniçoba receberá R$ 1,8 milhão para serviços de engenharia e instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes com previsão de conclusão em 90 dias. A área cultivada é de 8.635 hectares. São 319 irrigantes, 21.588 empregos e 14 mil pessoas recebem água para consumo.
Para o perímetro Pedra Branca serão destinados R$ 962,6 mil para serviços de engenharia e instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes, com previsão de conclusão de 90 dias. Pedra Branca tem 5.87 hectares cultivados por 126 irrigantes e um total de 12.719 agricultores. A água chega para 6.400 consumidores.

Sergipe 

O estado de Sergipe receberá R$ 3,25 milhões. Para o perímetro de Betume foram reservados R$ 1,8 milhão para instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes que irão auxiliar as estações de bombeamento 03,05, 07 e 09. A previsão de conclusão é de 90 dias. No local, há 1.512 hectares de área cultivada. Ao todo, 10.295 empregos são mantidos e há 753 irrigantes. 
Para o Cotinguiba-Pindoba estão previstos R$ 879,4 mil para instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes, com previsão de conclusão em 90 dias. A área cultivada é de 1.272 hectares. No local há 475 irrigantes e existem 3.181 postos de trabalho. 
Também serão instaladas moto-bombas em estruturas flutuantes que irão auxiliar as estações de bombeamento do perímetro de Propriá com recursos de R$ 553,7 mil. A previsão de conclusão é de 90 dias. Ao todo, há 311 irrigantes, são cultivados 401 hectares e mantidos 1.001 empregos. 

Alagoas

A previsão de investimento para Alagoas é de R$ 1,7 milhão para instalação de moto-bombas em estruturas flutuantes do perímetro de Itiúba. A previsão de conclusão em 90 dias. São 1.629 hectares de área cultivada, com 475 irrigantes familiares e 4.072 empregos. 

Perímetros de irrigação

Na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais há 32 perímetros de irrigação sob a gestão da Codevasf. No total, eles representam uma área de 150 mil hectares, divididos em 16.751 propriedades (lotes). Destas, 15.476 pertencem a agricultores familiares, 1.232 a empresas e 43 a programas e projetos do governo, como pesquisas agrícolas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em 2014, a produção desses perímetros alcançou 2,62 milhões de toneladas de itens agrícolas, principalmente frutas. O valor bruto dessa produção foi de R$ 1,6 bilhão. Neste período, cerca de 76 mil empregos diretos e 115mil indiretos foram mantidos.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Wellington Fagundes comemora liberação de recursos para pequenos agricultores

O senador Wellington Fagundes (PR-MT) comemorou a liberação quase de R$ 30 bilhões em créditos do governo federal para pequenos agricultores dentro do Plano-Safra e da Agricultura Familiar.
O senador destacou entre os avanços a destinação de no mínimo 30% de recursos dos órgãos federais para a compra de alimentos da agricultura familiar, a ampliação do valor do seguro agrícola e a assistência técnica com foco na produção agroecológica.
Wellington Fagundes cobrou atenção do governo para necessidades como a instalação de centros de pesquisa, a desburocratização do acesso ao crédito e a regularização fundiária.
- O produtor, principalmente o pequeno produtor, tem de ter assistência técnica e apoio na sua comercialização, porque é importante saber o que produzir, a hora certa de produzir e a quantidade do que produzir para não inundar o mercado. Nesse ponto, é importante o governo participar, lançando um programa como esse - afirmou o senador.
Wellington Fagundes lembrou que os agricultores familiares contribuem com 33% do valor bruto da produção agropecuária, de acordo com o último senso agropecuário. No campo social, a agricultura familiar responde por sete de cada dez empregos gerados no campo, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento, acrescentou o senador. Ele ainda acrescentou que a agricultura familiar favorece o emprego de práticas produtivas ecologicamente mais equilibradas.

Fonte: Cenário MT

Ministro discute ações de abastecimento de água para AL, SE, PE e BA

Gilberto Occhi e presidente da Codevasf tratarão do tema nesta sexta-feira em Penedo (AL) e Petrolina (PE). 

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, participará nesta sexta-feira (26/6), em Penedo (AL) e em Petrolina (PE), de reuniões sobre o abastecimento de água nos perímetros irrigados dos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco. Occhi estará acompanhado do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes. 
O primeiro compromisso do ministro será às 10h30 no Instituto Federal de Alagoas, em Penedo. O titular do Ministério da Integração Nacional se reunirá com autoridades locais para debater as ações de abastecimento de água nos perímetros irrigados de Alagoas e Sergipe. 
À tarde, Gilberto Occhi viajará para Petrolina. O ministro estará às 15h na unidade do SEST/SENAT para tratar de ações nos perímetros irrigados de Pernambuco e Bahia. 
Gilberto Occhi retornará a Brasília no final do dia.

Serviço

Reunião sobre ações de abastecimento de água nos perímetros irrigados de Alagoas e Sergipe 

Horário: 10h30
Local: Instituto Federal de Alagoas. Rodovia Engenheiro Joaquim Gonçalves s/nº. Loteamento São José. Bairro Dom Constantino. Penedo (AL). 

Reunião sobre ações de abastecimento de água nos perímetros irrigados de Pernambuco e Bahia

Horário: 15h 
Local: Unidade SEST/SENAT. Rua Zito de Souza Leão nº10, Km 2. Petrolina (PE).


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Agricultura precisa discutir uso racional da água o quanto antes, defende pesquisador

Para chefe geral da Embrapa Soja, não dá para pensar em produção eficiente, manejo de pragas e doenças antes de falar sobre soluções para o estresse hídrico.

Pragas, doenças, plantas daninhas, perda de eficiência da tecnologia na lavoura. Embora tudo isso represente perigo e requeira atenção constante no campo e nos departamentos de pesquisa, para o chefe geral da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias, o maior problema a ser enfrentado pela agricultura daqui para frente é outro: o uso da água. Encontrar soluções para produzir com eficiência em um contexto de clima mais quente e escassez hídrica.
“Vai ser estratégico para o Brasil se quiser continuar na liderança do agronegócio trabalhar mais firme e vejo que a gente não está se preparando muito não só na agricultura, mas em outras áreas também”, avaliou Farias durante o 7º Congresso Brasileiro de Soja, realizado em Florianópolis (SC). “É um único fator que compromete todo o sistema. Não posso falar de produtividade, resistência, manejo se não tiver meios de ter água para produzir e quanto antes começar essa discussão é melhor”, acrescentou.
Para ele, a tecnologia já desenvolveu base genética suficiente para criar cultivares de soja adaptadas a diferentes condições térmicas. No entanto, apesar de considerar as pesquisas relacionadas à tolerância a seca bem avançadas, é mais difícil se chegar a uma solução porque essa característica é mais difícil de se identificar. “Quando eu falo de uma planta resistente a herbicida, eu aplico o herbicida. Se a planta não morrer, é resistente. E a seca? Como faço a seleção? Por isso os resultados custam mais a chegar.”
Enquanto não se chega a uma conclusão sobre a parte genética, Farias defende que é preciso adotar outras medidas que possam amenizar o efeito negativo da escassez hídrica, como o uso racional da irrigação. Além da própria aplicação do sistema de acordo com a necessidade da planta, ele sugere alternativas como reuso da água de outros sistemas produtivos na lavoura. “Uma água mais suja, teria planta para devolver essa água para a atmosfera de maneira limpinha na forma de vapor”, explicou.
Outra alternativa seria o próprio manejo do solo, com o uso de plantas que possam fincar raízes mais longas. O chefe geral da Embrapa Soja lembra que os cultivos estão cada vez mais precoces. A soja, por exemplo, que antes levava em torno de 150 dias para colher, hoje sai da lavoura em até 90 dias. Essa precocidade de ciclo impede a formação de raízes profundas no solo, que poderiam melhorar a disponibilidade de água.
“Um bom manejo do solo, o uso de sistemas que favorecessem o armazenamento de água para ajudar a planta nesse período mais crítico. Mesmo que a gente tenha materiais genéticos tolerantes à seca, essa prática fica porque o material é tolerante, não vai viver sem água. Ele vai precisar de água por mais tolerante que seja”, disse Farias.

Manejo sistêmico

Sobre a resistência que de pragas, doenças e plantas daninhas vem demonstrando em relação às tecnologias aplicadas nas lavouras, José Renato Bouças Farias disse que o surgimento de cultivares transgênicas, entre outras soluções, vai continuar. Porém o mais importante é pensar no que ele chama de manejo fitossanitário sistêmico, que envolva uma preocupação generalizada em relação aos problemas que podem atingir às lavouras.
“Não vai ser fácil gerenciar todo esse arsenal no futuro. Pode ser preciso até sistemas de manejo até com restrições de cultivo para determinadas espécies. Não apenas rotação de culturas, mas também de princípio ativo. Se todos os produtos têm o mesmo gene, como vai fazer o manejo do solo de uma cultura para outra?”, questiona.
No entanto, diz o chefe geral da Embrapa Soja, independente de qualquer norma que possa ser adotada, o fator principal para o sucesso é a maior conscientização do setor produtivo sobre a importância das boas práticas, algo que, segundo ele, já vem ocorrendo. “Não está tudo perdido, dá pra remediar. A helicoverpa ajudou a resgatar os princípios do manejo integrado de pragas, de ter cautela na hora de aplicar (agroquímicos). É uma conscientização que está ocorrendo em todo o setor produtivo e todo mundo começa a ter consciência dos problemas”, afirmou.


Fonte: Globo Rural

ONU reconhece trabalho da Codevasf de revitalização do meio ambiente

Programa das Nações Unidas destaca organizações que desenvolvem projetos de combate à desertificação e de convivência sustentável com a semiaridez.

O trabalho realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na contenção de processos erosivos e na revitalização do meio ambiente foi reconhecido na última semana pelo programa Dryland Champions, promovido no Brasil pela Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A companhia é vinculada ao Ministério da Integração Nacional (MI). 
O programa destaca pessoas, organizações e empresas que desenvolvem projetos de convivência sustentável com a semiaridez e de combate à degradação de terras e à desertificação. Para obter o reconhecimento, a Codevasf submeteu à coordenação do Dryland Champions um relato das atividades que desenvolve para promover conservação de água, solo e recursos florestais no âmbito do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas. 
Por meio desse programa, a companhia empreende práticas conservacionistas de controle de processos erosivos e recuperação de áreas degradadas. Diferentes métodos são aplicados nesse trabalho: revegetação; cercamento, proteção e recuperação de nascentes, matas ciliares, topos de morros e reservas legais; implantação de terraços (estruturas de retenção de enxurradas e sedimentos) e barraginhas (bacias de captação de água das chuvas); readequação de estradas vicinais e contenção e estabilização de voçorocas e encostas.
"O reconhecimento pelo Dryland Champions indica a realização de um trabalho relevante em defesa do meio ambiente. A articulação da Codevasf com novos parceiros, o acúmulo de conhecimento e experiência e a conscientização da sociedade para a necessidade de cooperação permitirão que a companhia empreenda intervenções cada vez mais efetivas ao longo do tempo nessa área", avalia o diretor da Área de Revitalização da empresa pública, Eduardo Motta.
Entre os benefícios advindos das ações da Codevasf estão: captação e acúmulo de água da chuva (que se infiltra no solo e abastece lençóis freáticos); conservação do solo, com redução do escoamento superficial de águas pluviais, do arraste de sedimentos e do assoreamento dos cursos d'água; melhoria da qualidade da água; estabilização de margens de rios; diminuição de inundações; perenização de corpos hídricos; preservação da fauna aquática; e desenvolvimento da agropecuária sustentável e de novas tecnologias de recuperação e conservação do meio ambiente.
A Codevasf implementou o Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas em 2004. Nesse período, investiu R$ 202 milhões nas bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, por meio de execução direta ou de parceria com governos estaduais e municipais. As intervenções beneficiam direta ou indiretamente cerca de 23 milhões de pessoas.

Certificado

O certificado emitido pelo programa Dryland Champions reconhece a Codevasf como "parte essencial do combate à degradação do solo, à desertificação e à seca". A entrega do documento ocorreu em meio a uma série de atividades realizadas no Dia Mundial de Combate à Desertificação (17/6) no município de Caicó (RN), pelo MMA, em parceria com a Diocese de Caicó e com os governos do Rio Grande do Norte e da Paraíba. 
Todos os projetos que preencheram os critérios de seleção do programa foram reconhecidos e receberam certificados; neste ano, 30 projetos foram contemplados no Brasil.

Comissão

O governo federal instituiu em julho de 2008 a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) para dar continuidade ao Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN Brasil). A iniciativa observa os compromissos assumidos pelo país por meio da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.
A CNCD é um órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo, presidido pelo Ministério do Meio Ambiente e composto por 44 representantes da sociedade civil e dos governos federal, estaduais e municipais. A Codevasf é membro da comissão. A área de atuação da empresa cobre regiões suscetíveis a desertificação e afetadas por processos de desertificação.


Fonte: Codevasf

Crédito para agricultura familiar será de R$ 28,9 bilhões

Financiamentos para pequenos produtores na safra 2015/2016 crescem 20%.

Os recursos para financiamento da agricultura familiar na safra 2015/2016 somam R$ 28,9 bilhões, valor 20% superior aos R$ 24 bilhões disponibilizados pelo governo federal no ano passado. Os dados foram divulgados hoje pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
Em discurso, Patrus Ananias afirmou que o plano de safra é prova do comprometimento do governo com a agricultura familiar e de seu esforço para fortalecê-la. “Mesmo no contexto dos necessários ajustes fiscais em que vivemos, conseguimos ampliar os recursos e manter as taxas de juros reais negativas. Isso demonstra o compromisso da presidenta Dilma com aqueles que mais precisam e quem mais trabalha para produzir o alimento das famílias brasileiras”, disse o ministro.
Dos R$ 28,9 bilhões que serão destinados aos financiamentos R$ 26 bilhões virão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 0,5% a 5,5% ao ano, com tratamento diferenciado a agricultores de baixa renda. Para os pequenos produtores daa região do Semiárido, as taxas vão variar de 0,5% a 4,5% ao ano. Os demais recursos, R$ 2,9 bilhões, terão juros de 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimentos.
No Brasil existem 4,3 milhões de estabelecimentos da agricultura familiar, representando 84% do total de unidades. “A agricultura familiar produz a maior parte dos alimentos consumidos pelos brasileiros: 70% do feijão, 83% da mandioca, 69% das hortaliças, 58% do leite e 51% das aves. E ainda responde por 74% da mão de obra no campo”.
Além do maior volume de recursos destinado à agricultura familiar nos 20 anos do Pronaf, o Plano Safra prevê a criação de dois programas e uma série de medidas para regulamentar a agroindústria familiar e de pequeno porte, expandir os mercados de compras públicas e ampliar a assistência técnica com foco na produção sustentável e especial atenção à região semiárida.
O ministério destaca as ações de apoio a empreendimentos econômicos de mulheres, de simplificação do acesso ao crédito para jovens, de garantia de preço mínimo para produtos extrativistas e regularização de territórios quilombolas. O Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), que completa 10 anos, oferece como novidade uma bonificação para aqueles agricultores que tiverem menores perdas. E os agricultores atendidos pelo crédito fundiário terão acesso ao Programa Minha Casa, Minha Vida Rural.


Fonte: Globo Rural

Projeto de adutora busca facilitar produção orgânica em Petrolina (PE)

O superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Pernambuco, João Bosco Lacerda de Alencar, esteve reunido com moradores do Sítio Coelho, comunidade localizada na zona rural de Petrolina, sertão pernambucano. A proposta do encontro foi ouvir demandas da população e apresentar o projeto de uma adutora para promover a irrigação da horta orgânica que vem sendo desenvolvido na comunidade.
“Estamos lutando para agilizar obras de grande benefício para as pessoas e para que algumas ações sejam tratadas de forma diferenciada, como essa ação que estamos projetando para a comunidade do Sítio Coelho”, disse João Bosco Lacerda.
Segundo o gerente regional de infraestrutura da Codevasf, Gervilson Duarte, a adutora deverá levar água para hortas e canteiros do Sítio Coelho numa extensão de até dois quilômetros. “Estamos em fase de elaboração do projeto da adutora para apoiar essas famílias. Os estudos devem durar em torno de 30 dias”, explicou.
A água que abastecerá o sistema de irrigação para as hortas do Sítio Coelho virá de uma pequena barragem que recebe água da Compesa, empresa estadual de abastecimento de água do estado. O investimento é da Codevasf e deverá ficar em torno de R$ 150 mil.
O objetivo dos canteiros econômicos é trazer para o mercado um produto diferente do que as pessoas estão acostumadas a consumir, livre de agrotóxicos e saudáveis, respeitando os princípios agroecológicos. “Essa iniciativa conta com muitos apoios e, dando certo, pode chegar às comunidades vizinhas também”, acrescentou a presidente da associação de moradores do Sítio Coelho, Gracilda Pereira.
O projeto beneficiará 30 famílias da comunidade que já passaram por capacitações com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e iniciaram o plantio em mais de 20 canteiros, mas sentem a dificuldade por conta da água.
“Com essa adutora que a Codevasf trará para nós, mais famílias deverão se integrar ao programa”, enfatizou Gracilda. Ela conta que a ação dará oportunidade às famílias da comunidade conseguirem uma renda extra. “A gente espera com essa adutora, a irrigação de nossos plantios e produzir, além das verduras e legumes, culturas que não demandam tanto tempo e nem muita água, como maracujá, melão, melancia e até feijão para consumo humano”, ressaltou a presidente.
Segundo Gracilda Pereira, os produtos serão comercializados na feirinha orgânica que eles pretendem criar no mercado público de Izacolândia, distrito próximo ao Sítio Coelho e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), iniciativa do governo federal com apoio da prefeitura.
“Eu pensava que seria mais difícil a gente conseguir essa parceria, mas estamos tendo total apoio da Codevasf. Eu digo sempre a quem mora na beira do rio que pode fazer que dá certo. Nós estamos na área de sequeiro, plantando e querendo fazer com que todo o vale do São Francisco passe a consumir alimentos produzidos em horta orgânica. É uma ação tão importante para nós que plantamos e conseguimos nossa renda, como para quem compra e vai se alimentar de produtos saudáveis”, concluiu a presidente da associação do Sítio Coelho.


Fonte: Codevasf

Elmano pede votação de PEC que assegura recursos para irrigação no Centro-Oeste e Nordeste

O senador Elmano Férrer (PTB-PI) comemorou em Plenário, nesta sexta-feira (19), o avanço na tramitação de proposta de emenda constitucional (PEC 78/2013) que amplia por 15 anos o período de aplicação obrigatória pela União de percentuais fixos dos recursos federais destinados à irrigação nas Regiões Centro-Oeste e Nordeste.
- Não há dúvida, é mais uma iniciativa em favor da superação das imensas desigualdades regionais que ainda assolam o nosso Brasil, desigualdades que são patenteadas no fato de que os frutos do desenvolvimento não são distribuídos igualmente por todas as regiões – comentou.
A PEC 78/2013, que teve origem na Câmara dos Deputados, foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) ao final de maio. O senador aproveitou para pedir apoio dos colegas para que a proposta seja logo incluída na pauta de votação do Plenário.
- A urgência se faz necessária, pois, desde 2013, quando venceu o prazo de 25 anos, a União deixou de ser obrigada a priorizar a aplicação de recursos na Região Nordeste.
Pelo texto, continuam reservados ao Centro-Oeste, pelo tempo adicional, 20% dos recursos federais para irrigação. No caso do Nordeste, são 50% dos recursos, preferencialmente para o Semiárido. A novidade é que metade do que for destinado às duas regiões será direcionado para projetos que beneficiem a agricultura familiar.


Plano estratégico

O senador também relatou que, no Piauí, há questionamentos de diversos setores sobre a ausência do estado do plano de investimentos estratégicos do governo federal. Por outro lado, observou que foi anunciado um conjunto de projetos em benefício de quatro estados – o plano Matopiba, em favor do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Salientou, contudo, que ainda falta previsão de recursos orçamentários.
- Embora concebido tecnicamente, não há os recursos orçamentários que deveriam constar desse projeto, especialmente para a infraestrutura de estradas, energia, comunicação, enfim, de áreas fundamentais à região dos cerrados desses quatro estados – destacou.


Fonte: Cenário MT

Sistema evita desperdício de água na lavoura

Sonda coleta dados e ajuda produtor a tomar decisões sobre irrigação. Atividade agropecuária é a principal responsável pelo uso da água.

Um sistema que permite evitar o desperdício de água em até 30% no manejo da irrigação na agricultura e pode ser aplicado em produções agrícolas de todos os portes foi desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), em parceria com a empresa de tecnologia Sencer. Esse sistema de monitoramento, segundo o CDMF, é de baixo custo, dispensa manutenção e é compatível com várias plataformas.
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela Fapesp e recebe investimento do CNPq, integrando uma rede de pesquisa entre Unesp, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).
A pesquisadora do Instituto de Química da Unesp do campus de Araraquara (SP) Sonia Zanetti explica que o sistema inclui um sensor que mede a umidade do solo e um equipamento eletrônico sem fio que envia as informações obtidas para um computador, que realiza a análise dos dados ao produtor.
“As propriedades elétricas do sensor são alteradas pela presença da água, assim é possível medir a umidade pelo monitoramento da resistência elétrica do sensor cerâmico. Quanto mais água estiver presente no solo, maior será a alteração da resistência”, explica.
O sistema é composto por sondas instaladas na plantação e uma plataforma online. As sondas monitoram a temperatura e a umidade do solo em até três níveis de profundidade simultaneamente, coleta os dados e envia para uma plataforma online, que permite ao produtor acessar e tomar decisões relacionadas ao manejo da irrigação da cultura.
Além de coletar dados e os disponibilizar para o produtor, o sistema pode ser integrado com dados climáticos disponíveis, como previsão do tempo, índices pluviométricos, temperatura e umidade do ar, velocidade e direção do vento. Por meio da utilização de inteligência artificial, é possível fazer análises avançadas do solo e do plantio com base em históricos de dados, tendências e estatísticas, fornecendo ao produtor uma segurança e otimização no manejo da irrigação.
Valdir Pavan, diretor da Sencer, explica que a maioria dos produtores rurais irriga, em média, 30% a mais que o necessário. Por isso, além de uma simples solução, o objetivo do sistema é gerar conhecimento para o agricultor. “Se ele contar com ferramentas para monitorar sua propriedade e melhorar o manejo da irrigação, haverá economia de água e energia, além do aumento de produtividade e melhoria na qualidade do cultivo”, diz.

Uso da água por setor

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a atividade agropecuária é a principal responsável pelo uso da água. Cerca de 70% de toda a água consumida no mundo é utilizada na irrigação das lavouras, número que se eleva para 72% no caso do Brasil, país com forte produção neste segmento da economia. Depois do setor agrícola, vem a atividade industrial, que é responsável por 22% do consumo de água no mundo, somente depois vem o uso doméstico, que é responsável por 8% de toda a utilização dos recursos hídricos.


Fonte: G1.com

Publicada resolução que interrompe captação para irrigação e aquicultura em trechos do Piancó e do Piranhas-Açu

O Diário Oficial publica hoje a Resolução Conjunta 640 ANA-Igarn-Aesa que interrompe, a partir do dia 1º de julho, as captações de águas superficiais para as finalidades de irrigação e aquicultura. As regras valem para o trecho do rio Piancó a jusante do açude Curema e para o Piranhas-Açu no trecho compreendido entre a confluência com o rio Piancó e o açude Armando Ribeiro Gonçalves. As atividades de aquicultura incluem carcinicultura, piscicultura e demais usos aquícolas. 
A Resolução também interrompe, a partir de 1 de julho, as captações de águas subterrâneas para irrigação e aquicultura, localizadas na faixa de 100 metros das margens dos mesmos trechos desses rios. São exceção a essas normas, as captações licenciadas e outorgadas pela a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) e pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), que captem águas subterrâneas do cristalino.
As medidas afetam seis municípios na Paraíba: Coremas, Cajazeirinhas, Pombal, Paulista, Riacho dos Cavalos e São Bento; e três no Rio Grande do Norte: Jardim de Piranhas, São Fernando e Jucurutu. 
De acordo com a Resolução, os sistemas mistos de captação de águas superficiais e subterrâneas que atendam a diversas finalidades, tais como irrigação, aquicultura, consumo humano e dessedentação animal, deverão ser isolados até 1º de julho, para que a captação de água atenda apenas às finalidades de consumo humano de dessedentação animais.
Também foi publicada hoje a Resolução ANA 639, que revoga trechos da Resolução 641, de 14 de abril de 2014, que estabelece regras de restrição de uso para as captações de água com a finalidade de irrigação e aquicultura. 
Com o objetivo de difundir as novas regras emergenciais adotadas para o uso da água dos rios Piancó e Piranhas, a ANA promoveu reuniões com usuários de recursos hídricos em cidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte entre os dias 25 e 29 de maio. 
No Brasil, de acordo com a Constituição Federal, as águas superficiais de rios que atravessam mais de um estado ou são transfronteiriços são de gestão federal e as águas superficiais de rios cuja foz e nascente estão dentro dos limites dos estados são gestão estadual. A gestão de todas as águas subterrâneas são de responsabilidade dos estados. 
Desde 2013, a ANA vem intensificando ações regulatórias em rios e reservatórios da União a fim de garantir os usos múltiplos dos recursos hídricos e, sobretudo, priorizar o abastecimento humano e animal em caso de escassez, conforme determinada a Lei nº 9.433/1997, que estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos.


Fonte: ANA

Ministro visita o DNOCS

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, após encontro com o governador Camilo Santana, no Palácio da Abolição, fez uma visita ao DNOCS onde conheceu as instalações físicas da Administração Central e se reuniu com o diretor geral, Walter Gomes de Sousa, e dirigentes da instituição. Foram abordados, na ocasião, liberação de recursos para obras estruturantes e dos programas do Governo Federal executados por aquela Pasta, sob a responsabilidade do DNOCS.
O Ministro, em seu pronunciamento na solenidade com o Governador, destacou o trabalho do DNOCS, informando que, entre outras ações relevantes, esse órgão tinha uma meta de perfurar 170 poços no Estado e, com os mesmos recursos, perfurou 199, melhorando em 366.000 litros/hora o abastecimento de água no Ceará.


Fonte: DNOCS

Kits de apicultura e irrigação beneficiam Escola Família Agrícola de Ladeirinhas, em Japoatã (SE)

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) forneceu quatro kits de inclusão produtiva à Escola Família Agrícola de Ladeirinhas, na zona rural de Japoatã (SE). Os materiais – dois kits de irrigação, um kit de produção de mel e um kit de produção de pólen – serão usados em aulas práticas da escola.
Os kits de apicultura contêm materiais para a produção de mel e pólen e são compostos, cada um, por 10 colmeias, duas vestimentas apícolas completas, cera alveolada, fumigador, formão e carretilha. Os sistemas de irrigação, por sua vez, possuem capacidade para irrigar áreas de até 500 m² cada um e possibilitam o plantio de frutas e hortaliças com baixo consumo de água, com irrigação por gotejamento.
A engenheira florestal Chiara Menezes Donádio, professora da escola, afirma que os materiais deixaram os alunos animados. “Vamos usar os kits de irrigação para criar uma unidade do PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável) e para a produção de milho e feijão. Os kits apícolas atendem a uma necessidade dos estudantes e vão melhorar nossa produção, além de trazer algo novo, que é a produção de pólen”, diz a professora.
O superintendente regional da Codevasf, Said Schoucair, avalia que a atuação da empresa nessa área tem correspondido às expectativas. “As famílias que receberam esses kits vêm alcançando bons resultados, principalmente na apicultura. Vários produtores já conseguem até mesmo fornecer mel para a merenda escolar. É uma ação da Codevasf que gera renda para famílias mais carentes”, afirma.
Até o momento, a Codevasf forneceu 269 kits de apicultura e 123 kits de irrigação em Sergipe. A ação está incluída no eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria e contempla famílias em situação de extrema pobreza. A meta da Codevasf é chegar a 300 kits de apicultura e 150 kits de irrigação distribuídos no estado. Os recursos para a aquisição dos kits de irrigação são oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).
Em Sergipe, o investimento para adquirir os 300 kits de apicultura foi superior a R$ 1 milhão. O valor foi aplicado também na contratação de equipe de apoio técnico e na compra de equipamentos para beneficiamento de mel e pólen, que estão sendo distribuídos a entidades comunitárias que podem fornecer suporte aos apicultores contemplados com kits familiares. Para adquirir os 150 kits de irrigação, o investimento da Codevasf foi de R$ 78,4 mil, no âmbito do programa Água Para Todos.


Fonte: Codevasf

Prefeitura de Lucas do Rio Verde abre inscrições para Curso de Manejo da Irrigação

São ofertadas 35 vagas e as inscrições devem ser realizadas na Secretaria Municipal de Agricultura.

Estão abertas, enquanto durarem as vagas, as inscrições para o Curso de Manejo da Irrigação. O curso é ofertado pela Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto de Pesquisa e Inovação da Agricultura Irrigada (Inovagri), com o apoio da Prefeitura de Lucas do Rio Verde.
São ofertadas 35 vagas e para participar, basta se inscrever na Secretaria Municipal de Agricultura, localizada no Paço Municipal. O curso é gratuito e será realizado nos dias 22 e 23 de junho, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h.
A secretária municipal de Agricultura, Luciane Copetti, explica que o curso é destinado aos produtores rurais irrigantes e tem como objetivo capacitá-los para a instalação de sistemas de irrigação, desde a captação da água ao licenciamento ambiental.
O curso tem duração de 16 horas e será dividido em aulas teóricas, que serão realizadas no Auditório dos Pioneiro (Paço Municipal) e práticas, que serão realizadas em alguma propriedade rural próxima da área urbana. O curso ofertará também transporte até a propriedade e almoço para os participantes durante os dois dias.

Informações pelo telefone 3548 2316.


Fonte: Cenário MT

Agrícola Famosa um grande sucesso com a irrigação

Com grandes investimentos na área tecnológica e na irrigação a Agrícola Famosa se tornou referência em exportação de frutas no Brasil.


Com a liberalização da economia para o comércio mundial a partir dos anos 90, o país passou a procurar formas de se posicionar no mercado internacional, no caso a busca de produtos que lhe proporcionasse alguma vantagem competitiva. A fruticultura foi uma delas, a qual passou a ser vista como uma atividade comercial que poderia em longo prazo render bons resultados para o país, principalmente com relação às exportações.
Com esse interesse e um olhar investidor, surgiu uma grande ideia entre dois sócios Luiz Barcelos e Carlo Porro, ambos de São Paulo. Os dois empreendedores que tinham ocupações distintas dentro de uma empresa de produção de frutas, um advogado e outro diretor se conheceram trabalhando em parceria e dela iniciou-se uma grande sociedade que resultou em um investimento que deu muito certo, a empresa Agrícola Famosa.
Mesmo atuando como advogado, Luiz Barcelos tinha uma ligação na área de produção e exportação na empresa que Carlo Porro trabalhava como diretor e esse momento é contado por ele ”Como eu tinha essa ligação com a parte da produção agrícola eu sempre estava me metendo um pouco na parte operacional daquela empresa e do negócio com isso surgiu um convite para trabalhar nessa firma”. Ao passar algum tempo de atuação a empresa em que os atuais sócios trabalhavam juntos como diretores veio fechar devido a mudança do plano real em 1994 e a queda do dólar.
Com problemas na economia do país na época a empresa passou por uma grande crise financeira e com isso fecharam as portas. Ao se depararem com a nova realidade, Luiz e Carlo decidiram o que iriam fazer de suas vidas naquele momento então veio a ideia de unir suas vontades de dar continuidade no negócio. Foi a partir de 1995 que eles resolveram passar de empregados para donos do próprio negócio e trabalharem na área que atuavam quando eram funcionários.
Muitas regiões no país apresentam vantagens comparativas para produzir frutas, tanto que hoje existem cerca de 30 polos de fruticultura espalhados por todo o país, abrangendo mais de cinquenta municípios. A região Nordeste, que tem a maior concentração do cultivo, foi o destino dos empresários sendo que um dos fatores que optaram por essa região foi o valor das terras na época, no caso mais baratas e o cultivo das plantações tinha um retorno bem mais rápido com as condições do solo e do clima semiárido.
”Não tínhamos recursos financeiros para bancar um plantio de uma fruta perene que tinha que demorar 4 anos para colher é o caso da maçã, da laranja, da manga. O melão tem um ciclo muito curto. Você planta hoje daqui a 60 dias você está colhendo e as terras no Nordeste eram muito baratas. O custo era mais ou menos 150 reais por hectare e tínhamos dinheiro emprestado na mão de um produtor, procuramos esse produtor onde ouve um acerto e foi desse acerto que compramos nossas terras na região”, relata Luiz Barcelos.
A fruticultura praticada no semiárido nordestino tem destaque hoje em dia graças à agricultura irrigada que permite a produção de frutas durante todo o ano. O governo investiu em estratégia econômica para o desenvolvimento da agricultura irrigada na região do semiárido com projetos de sistemas de irrigação vindo diretamente da transposição do Rio São Francisco, centrando-se na premissa de ser ela um fator importante para o desenvolvimento nacional. Alcançando a expansão projetada pelo governo e geraria renda e emprego garantindo assim o desenvolvimento sustentado da região e do país nos próximos anos.
A fruticultura irrigada no nordeste trouxe inúmeros benefícios para a região. Isso está mais que comprovado por diversos trabalhos realizados com esta finalidade, entretanto, quando se trata da busca pelo desenvolvimento sustentado da agricultura, muitos ainda entram em controvérsias, no entanto, em alguns setores da economia a agricultura mostra os avanços alcançados com investimentos na exportação e cultivos de áreas irrigadas frutíferas.
A Agrícola Famosa foi fundada em 1995 com grande esforço e comprometimento de seus proprietários, com o início de 3 hectares de melão plantados, hoje são cerca de 240 hectares de melão por semana. ”No começo não foi fácil não tínhamos experiência nenhuma com plantação de melão, começamos com melão amarelo, plantávamos 3 hectares de melão amarelo por semana, não é mais a variedade que usamos hoje, na época era um tipo de melão chamado Gold Min, um melão bastante rústico onde não tinha uma qualidade como temos hoje com os controles de pulverização”, comenta Luiz.
Com um início meio complicado Luiz Barcelos foi o primeiro a ir para o Nordeste deixando seu sócio em São Paulo responsável pelas vendas na região Sudeste. No começo, os sócios ainda não trabalhavam com exportação devido a cotação do dólar ser muito baixa, mas a partir de janeiro de 2000 mudanças aconteceram como demonstra Barcelos. ”O dólar começou a subir bastante saiu de 1 real para 2, como nós tínhamos uma grande experiência de exportação, começamos a exportar aos poucos, começamos a exportação com 200 contêineres”.
Hoje a Agrícola Famosa exporta 300 contêineres por semana, números surpreendentes que chegam a colocar a Famosa entre as empresas que mais exportam no Brasil. Um crescimento significativo na produção da agrícola cerca de 40 a 50% ao ano, isso devido aos investimentos feitos ao decorrer dos anos entre os principais deles a irrigação.
A prática da irrigação para a Famosa veio como o fator principal para o cultivo das frutas que fazem tanto sucesso no exterior. O manejo fez com que o cultivo se mantivesse com a qualidade impecável e invejável por outras empresas do mesmo segmento. As técnicas usadas no cultivo estão: irrigação por gotejamento, a irrigação com nutrientes (não só água) e o controle biológico de pragas com redução de defensivos.
A irrigação por gotejamento é a mais usada pelos produtores da Famosa. O motivo é que a região não possui meios suficientes de utilizar diretamente outro tipo de manejo. Segundo Barcelos a irrigação por gotejamento é essencial, pelo fato da racionalidade de água e por ter menos poder em trazer doenças para folhas devido a água cair somente na raiz. A irrigação não é fundamental somente em locais com seca, mas para um bom cultivo e produção agrícola e necessária em todas as regiões do Brasil. No Nordeste como é uma região com poucas chuvas, a irrigação potencializa o sistema produtivo agrícola amenizando esse fenômeno natural.
A empresa tem buscado grandes projetos tecnológicos em manejos de irrigação para investimentos que possam melhorar cada vez mais seus produtos. “Temos pesquisado no mundo inteiro inovações na área, devido as produções de algumas regiões do planeta como regiões do Sul da Europa, o Norte da África, da Califórnia e de Israel, procuramos ter o que é de mais moderno dentro dos sistemas de irrigação. Controle de adubação, controle de água e sistemas que você uniformiza a irrigação em toda área de adubações mais modernas e solúveis que possam passar pela água”, comenta Luiz Barcelos.
Os investimentos tecnológicos feito pelo grupo tem muita utilidade como o bom desenvolvimento do sistema de irrigação na parte de adubação e filtragem, com bombas mais econômicas e mais eficientes. Entre os investimentos está o sistema de processamento Brix é o processo que mede a quantidade de sólidos/solúveis (brix) existente no interior de cada fruta através de infravermelho sem cortar ou perfurar os frutos evitando desperdícios. Para serem embaladas, as frutas devem ter pelo menos 10º de açúcar. A empresa mantém uma linha Premium com 12º de Brix e vem investindo na procura de novas tecnologias na área de irrigação que possibilitam a uma produção de melhor qualidade com menor custo que gera eficiência produtiva muito maior com menos riscos e qualidade cada vez mais superior aos concorrentes.
Com o uso da água para irrigar as plantações das fazendas do grupo sabe-se que através da definição de políticas regionais e de uma política nacional de meio ambiente é possível garantir a sustentabilidade de uma região. Um sistema sustentável que se baseia nos princípios de crescimento econômico, equidade social e preservação ambiental, entretanto, é fundamental levar em consideração a diversidade do ambiente em que está inserido para promover assim, uma estabilidade ecológica, social e econômica, aspectos que fazem parte da Famosa.
Os sócios tiveram a preocupação também com a questão ambiental em relação a sua preservação, seguindo toda a regulamentação das leis nacionais que prezam o meio ambiente. ”Respeitamos os 20% de reservas permanentes, então a parte do meio ambiente cuidamos de acordo que o mercado externo exige e também a legislação brasileira”, diz Barcelos.
As águas utilizadas para a irrigação é proveniente de um sistema de poços rasos, nos quais a água é imprópria para o consumo humano, uma água salobra que se repõe com facilidade após o período de chuvas e que percorre cavernas calcárias. Também é utilizada água de poços profundos que possuem propriedades minerais podendo ser considerada como uma fonte segura para a fazenda, possibilitando o uso da água dos poços superficiais e assim um mistura dos dois tipos.
”Não estamos competindo nem com seres humanos nem com o consumo animal porque essa água que usamos não é própria para consumo, então muitas vezes as pessoas falam que em vez de usarmos água para darem aos animais ou para consumo ficamos irrigando frutas para exportar, mas se não usássemos essa água ela ficaria no subsolo da terra por milhões de anos sem nenhuma utilidade” explica Luiz Barcelos. Á água é retirada de 4 poços profundos 800 m e 100 poços rasos com capacidade para extração de 4.900 m³/hora. Nas fazendas arrendadas existem mais 27 poços com capacidade de extração de 3.300 m³/hora.
A empresa gera em torno de 5.000 empregos diretos, contribuindo socialmente para a mudança de um cenário historicamente desfavorável na região. As ações sociais promovida pela Famosa vem tornando-se um diferencial. Entre os projetos está o uso de tecido térmico. O tecido é utilizado em 100% das áreas, oferecendo proteção contra pestes nos primeiros 25 dias (1/3 do período de cultivo), sem a necessidade de nenhum pesticida.
Com quase 20 anos de mercado a Famosa só tem o que comemorar devido ao resultado constatados em seus números, os sócios e diretores da Agrícola Famosa, Luiz Barcelos, Carlo Porro e Richard Muller junto com Marconi Lima esses últimos entraram para o negócio desde 2009 não pensam em parar por aí. O desejo de ambos, dos novos sócios e de toda a equipe é que venha a expansão. Cada vez mais quebrando todos os recordes em exportação e cultivo. Luiz relata o seu desejo juntamente com o de Carlo, Richard e Marconi daqui para frente. “Temos buscado ultimamente a diversificação dos produtos, só o melão amarelo temos 5 variedades, melancias com e sem sementes, mamão, banana, abacaxi, maracujá e o vegetal aspargos”.
A ideia da famosa é se tornar referência nacional como uma marca forte, com diferentes variedades de frutas e também fortalecer cada vez mais a exportação oferecendo outros tipos de frutas. “Temos investido muito, já produzimos 8 mil hectares de frutas atualmente, 7 de melão e melancia o resto de outros produtos. Nós temos um plano de chegar em 16 mil hectares de produção, atualmente geramos 3500 empregos. Hoje pretendemos chegar em 12 mil empregos diretos nos próximos 6 anos. O planejamento é dobrar o tamanho da Famosa nos próximos anos”.A empresa é conhecida pela tecnologia que emprega na produção das frutas. Atualmente o maior mercado da Agrícola Famosa no exterior, que responde por mais de 90% das compras, é o europeu. A empresa comercializa com a Inglaterra, Holanda e Espanha. A companhia produz em torno de 150 mil toneladas de frutas ao ano e cerca de 60% vão para o exterior. A capacidade anual de produção é de 6.000 ha. (Seis mil hectares) por ano, entre melões e melancias.

Se a chuva não ajuda, irriga

Pela importância socioeconômica da agricultura, mais a fragilidade em relação aos efeitos climáticos, ficar aguardando as bênçãos de São Pedro não, é definitivamente, um bom negócio. Ainda mais considerando-se que a população mundial pode chegar a 9,2 bilhões de pessoas em 2050, conforme previsões da Organização da Nações Unidas (ONU). Serão praticamente, mais 3 bilhões de bocas para alimentar, sem que, para isso, haja qualquer prejuízo ao meio ambiente. Se a tecnologia pode ajudar, o melhor é aproveitar.
De acordo com o especialista em infra-estrutura para abastecimento de água do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério da Interação Nacional (MI) Demétrios Chistofidis, o incremento conquistado com a irrigação pode surpreender tanto no volume quanto na qualidade da produção, além da vantagem econômica. Para se ter ideia, a produtividade do feijão pode ser ampliada em 492% num comparativo entre o cultivo convencional (388 kg/ha) e o irrigado (2300 kg/ha). Da mesma forma, o crescimento pode ser visto em outras, como milho, soja, trigo e diversas frutas e legumes (veja mais no quadro “Produtividade: irrigação por pivô central”).
A argumentação do profissional está baseada em dados de brilhar os olhos de qualquer empresário rural. “A expansão da área irrigada traria benefícios como garantia de produção, atendendo a padrões comerciais mais sólidos, próprios de contratos mais rentáveis; e redução dos avanços sobre novas áreas, pois a agricultura irrigada permite aumentos que passam de três vezes na produtividade física frente à de sequeiro. A adoção do sistema na pecuária também é positiva, com desempenho semelhante ao da agricultura”, explica. Chistofilis salienta, ainda, o impacto na lucratividade com a venda de produtos obtidos com a irrigação, que pode ser de sete a oito vezes superior.
Fernando Braz Tangerino Hernandez, coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação e chefe do Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos (DEFERS) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP – Ilha Solteira, SP), concorda com esse diagnóstico. Mas comenta que mesmo quem já aderiu a essa tecnologia não a aproveita como poderia, ou deveria. “Muitos ainda não estão suficientemente esclarecidos e/ou convencidos das vantagens em se adquirir projetos adequados de irrigação e confundem investimento com custo”, justifica. O professor da UNESP ressalta que há barreiras a serem superadas para que a prática avance entre as lavouras brasileiras. Do seu ponto de vista, o atendimento da legislação ambiental é um processo burocrático e muitas vezes moroso, embora não deixe de ser exigido, conforme instituído pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente, na Resolução Conama 284 de 2001 (as informações podem ser encontradas no site www.mma.gov.br/port/conama/res/res01/res28401.html).

Espaço para crescer

Nos Estados Unidos, 71% da agricultura é irrigada. Aqui, a tecnologia está em no máximo 12% dos 29,6 milhões de hectares aptos às lavouras
Mecanismos de suporte – “No passado o principal critério para decidir o uso ou não da irrigação era a distribuição de chuvas e a sensibilidade do cultivo a um déficit hídrico. Hoje, mesmo em regiões consideradas aptas à agricultura convencional há investimentos nessa tecnologia.” A constatação do gerente agronômico da Netafim Brasil, empresa de equipamentos para irrigação localizada, Nelson Sá, confirma uma oportunidade que pode e – por que não? – deve ser utilizada como forma de ganhar espaço nos concorridos mercados agropecuários nacional e internacional.
O primeiro passo para a implementação de um cultivo irrigado é avaliar se o sistema permite maior produtividade e averiguar qual a quantidade de água e energia (elétrica ou por diesel) consumida pelos equipamentos. Na escolha entre os métodos disponíveis - superfície, aspersão, localizada e subirrigação – o conselho de Sá é optar por aquele que potencializa ao máximo a produtividade da cultura e seja o mais eficiente possível no uso da água e energia. Para identificar tal situação tal condição, é necessário o apoio de especialistas, como engenheiros agrônomos ou agrícolas, que analisarão e discutirão as normas técnicas a serem seguidas na elaboração do projeto. “Nessa etapa, é realizada a verificação da água disponível na propriedade e as demandas de evapotranspiração da plantação. A partir daí, são definidos os critérios hidráulicos e os investimentos”, explica Hernandez, da UNESP. Também entram na análise fatores como desnível e distancia da fonte de água até a área irrigada; formato da área e topografia; espaçamento das linhas e alinhamento; e a demanda de água.
De acordo com Christofidis, a decisão passa ainda pelas características da plantação, do solo, do clima e da água. Ele exemplifica que a rizicultura se distingue por ser atendida pelo método de superfície do tipo inundação, pois os ventos com alta velocidade dificultam o uso da aspersão. Solos com declividade ou relevo acentuado complicam a irrigação por superfície, caso não haja medidas conservacionistas. Já a água com sedimentos torna o uso do sistema localizado mais oneroso. O especialista ressalta, ainda, que “no tocante a investimento, o sistema por superfície tem com custo que, em geral, varia de US$ 1200 e US$1600 ha e a localizada, entre US$ 1800 e US$ 2300/ha”.
O outro ponto destacado, desta vez pelo gerente comercial da LindSay América do Sul, Wilson Roberto Roma, é que o controle da água via irrigação possibilita o planejamento da data de plantio, evitando os períodos de maior incidência de pragas e doenças.
Manejo racional – Hernandez ressalta que a “grande preocupação dos produtores está em quando e quanto irrigar”. Para ele, saber o momento certo de implantar o sistema e quanto de água utilizar é o objetivo do manejo racional. “Hoje tem se verificado, além de elevação dos custos da energia, a escassez dos recursos hídricos. Isso obriga o irrigante a assumir posturas diferentes acerca deste assunto e pensar nos aspectos econômicos do processo.”
O professor da UNESP explica que é preciso conhecer e respeitar, a “freqüência de irrigação”, ou seja, o numero de dias decorridos entre uma rega e outra. Esse item pode ser fixo ou variável, dependendo da postura assumida pelo produtor. A opção fica tem a vantagem de possibilitar a programação das atividades ligadas ao sistema, já que se sabe, por antecipação, o momento em que a irrigação acontecerá, ficando apenas a definição do volume de água. A variável possibilita definir, com bom nível de aproximação, a quantidade de água a ser aplicada. “Existem três processos para esse controle: com referencia nas condições atmosféricas; de água do solo; e de água nas plantas. Pode ser feita também a conjugação do controle via atmosfera e solo. Porém, antes de tudo é preciso ter conhecimento da cultura que se está trabalhando, do ciclo fenológico, das exigências de água e seus períodos críticos.”

Expansão da agricultura irrigada

Um total de 90 projetos de agricultura irrigada, em operação ou em vias de implantação, estão sob responsabilidade de órgãos ligados ao governo federal. Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Hidroagrícola da Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional (MI), Ramon Flávio Gomes Rodrigues, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está trabalhando 30 programas, com investimentos na ordem de R$ 703 milhões. O Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) é responsável por 38. Os recursos até 2008 somaram R$ 470 milhões. Já o MI investiu R$ 974 milhões em 22 projetos. Para 2009, a previsão é que mais R$ 334 milhões sejam aplicados, pelos três órgãos, em áreas com potencial de água e solo aptos à irrigação.
Porém, Rodrigues esclarece que mesmo nos projetos públicos, grande parte dos investimentos nas parcelas individuais, empresarias e familiares ocorre com recursos dos produtores ou por meio de critérios, dos quais os irrigantes têm de prestar contas.


Silvia Palhares - Revista Terra Viva, nº 08, março de 2009, p. 62 a 66


Fonte: UNESP

Produção de banana será de 7 milhões de toneladas

O Norte de Minas tornou-se polo da bananicultura e líder da produção de banana no Estado, sendo responsável por mais de 50% da produção. Para falar sobre esse importante setor, Força do Campo conversou com a coordenadora do Programa Estadual de Fruticultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Maria Geralda Vilela Rodrigues. Mineira de Itaguara, doutora em agronomia, ela é pesquisadora da Epamig nas áreas de bananicultura e nutrição de frutas tropicais. Coordenadora da 8ª edição do Simpósio Brasileiro sobre Bananicultura (Sibanana) que, nesta semana, reúne a cadeia produtiva do setor em Montes Claros, ela reconhece que o encontro acontece em um momento difícil para a economia nacional, mas que pode viabilizar uma resposta do setor com negociações, acordos, parcerias e união.
O Brasil já ocupou o primeiro lugar no ranking de país com maior área de produção de banana. Atualmente, é o terceiro maior produtor do mundo. Qual a principal contribuição do país nesse cenário mundial da bananicultura?
O Brasil exporta pouco da sua produção por ter um grande mercado interno. Somos um dos maiores consumidores da fruta in natura. A fruta produzida no Brasil tem alta qualidade nutricional e sensorial, porém ainda nos falta melhorar o aspecto visual, característica muito importante quando se pensa em exportação. Várias iniciativas de exportação com sucesso têm sido feitas. Em 2015, a estimativa é a de produzir mais de sete milhões de toneladas, sendo que a maior parte é para abastecer o mercado interno. A banana é cultivada em todos os estados brasileiros, com expressividade socioeconômica para o país, com geração de 1,3 milhão de empregos.

Como é a participação de Minas na produção brasileira de banana?

É o terceiro maior Estado produtor. As regiões Sul e Norte do Estado são as principais produtoras, sendo que no Sul predomina o cultivo em sequeiro e, no Norte, a fruticultura irrigada, que é a principal geradora de empregos na região. O Norte de Minas responde por mais de 50% da produção do Estado. Dos 15 principais municípios produtores de banana em Minas, oito estão na região Norte. Por ser um Estado de grande extensão territorial, com diversidade de clima e solo, as técnicas de cultivo devem ser regionalizadas para obter sucesso.

Como a pesquisa tem contribuído para o fortalecimento do setor?

A pesquisa agropecuária mineira teve papel fundamental em transformar o Norte de Minas em polo produtor de banana, líder na produção do Estado e um dos principais do país. Desde a década de 70, a Epamig atua em pesquisa e transferência de informações tecnológicas para o setor. Em 1979, a empresa instalou o primeiro experimento com irrigação de bananeiras na região. A partir de então, juntamente com outras instituições parceiras, a pesquisa tem gerado tecnologias de produção, manejo.

Quais os principais desafios da pesquisa em bananicultura?

A bananeira é uma planta exigente em água e, neste cenário de escassez hídrica, desenvolver tecnologias que possibilitem o cultivo de bananais economicamente viáveis, com produção de qualidade e mínimo uso de água se torna um dos principais desafios da pesquisa. Especialmente no Norte do Estado, onde a produção é 100% feita sob irrigação. Essas tecnologias englobam diferentes áreas, como engenharia da irrigação, sistemas de irrigação e manejo destes, manejo do cultivo e da cobertura do solo, melhoramento genético, entre outras. Outro grande desafio para a bananicultura do Norte de Minas é a convivência com o mal-do-Panamá, doença responsável pela redução de algumas áreas de cultivo da prata-anã, variedade mais cultivada na região e susceptível à enfermidade. A maior conservação dessa fruta após colheita, possibilitando o comércio em mercados distantes, é outro grande desafio para a pesquisa.


Fonte: Hoje em Dia

Filha de agricultores, jovem ganha bolsa de estudos em centro da Nasa por inventar tecnologia de irrigação

Um equipamento e um software que torna mais eficiente a irrigação e consome menos água vão levar a jovem Mariana Vasconcelos para uma temporada de três meses na Singularity University, centro de pesquisa ligado à Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), na Califórnia. 

Filha de produtores rurais de Minas Gerais, Mariana conta que sempre lhe chamou a atenção a dificuldade na gestão da água no campo. E foi testando sensores de alta sensibilidade utilizados na meteorologia que ela desenvolveu um aparelho capaz de, ao cruzar dados de calor, vento, sol e umidade para ajudar a definir a água necessária em cada etapa do cultivo, garantir uma economia de 30% a 50% no consumo de água. 
- Um dos desafios foi desenvolver algo resistente a sol, chuva, terra e agroquímicos. Testamos vários cases (caixa que embala a parte eletrônica e os sensores) e criamos um software que transmite as informações em tempo real da lavoura. Assim, o produtor pode acessar os dados por um celular conectado à internet – explica Mariana. 
O sistema virou negócio com apoio de três sócios: Anderson Casimiro, Raphael Pizzi e Thales Nicoleti. Um dos diferencias do Agrosmart, detalha Mariana, é que o sistema alerta o produtor até mesmo para o risco de desenvolvimento de doenças ou pragas, identificando à qual delas a plantação está mais exposta. 
A administradora de 23 anos diz que sempre gostou de novas tecnologias e, com origem e amigos no campo, resolveu empreender para criar seu negócio e ajudá-los. 
O projeto do Agrosmart se consolidou após sete meses de pesquisas e testes. Foi só com os equipamentos já implantados em algumas propriedades que Mariana decidiu inscrever a tecnologia no prêmio Call to Innovation da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), que oferecia como prêmio uma bolsa de estudos no Exterior, ligada à Nasa. Com 500 inscritos, a 5ª edição do prêmio teve como foco destacar a melhor ideia para solucionar a crise da água com o uso de tecnologia. 
Como 70% da água doce disponível é usada para irrigação na agricultura e grande parte é desperdiçada, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a invenção de Mariana se sobressaiu e foi o primeiro projeto voltado ao agronegócio a vencer a disputa. 
- O aprendizado que ela terá será muito útil para pôr em prática o projeto, que busca resolver uma das piores crises hídricas do Brasil – diz Nathalie Trutmann, diretora de inovação da faculdade paulista. 
As primeiras vendas do sistema, já usado em fazendas experimentais, devem ser fechadas neste mês. 
- Acredito que vou estar mais preparada para lidar com esse tipo de tecnologia exponencial, o que vai contribuir para a melhora do produto – diz Mariana. 


Fonte: Cenário MT

Lei de irrigação - Contribuições para regulamentação serão recebidas até este mês

Minuta do decreto será encaminhada para apreciação da Casa Civil. Qualquer cidadão, irrigante ou não, pode enviar sugestões.

O Ministério da Integração Nacional (MI) receberá, até o fim deste mês, contribuições para o decreto que regulamenta a Política Nacional de Irrigação (Lei 12.787/2013). O prazo para sugestões vai até 30/6, quando a minuta será encaminhada para apreciação da Casa Civil da Presidência da República. Qualquer cidadão, irrigante ou não, pode enviar sugestões.
Elaborada pela Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), a regulamentação da lei será fundamental para o alcance dos objetivos e sucesso na implementação de seus instrumentos e programas. Entre os temas detalhados no texto estão: o conceito de agricultor irrigante nas categorias familiar, pequeno, médio e grande agricultor irrigante; o detalhamento da organização de irrigantes como forma de estrutura de gestão democrática e participativa nos projetos públicos e privados de irrigação.
Além disso, a regulamentação determina os parâmetros mínimos que devem constar no estudo de viabilidade de novos projetos públicos de irrigação; a composição, arrecadação e aplicação dos recursos e publicidade da arrecadação das tarifas; a descrição do processo de transferência de gestão e de propriedade das infraestruturas de uso comum e de apoio à produção aos agricultores irrigantes, remetendo à estudos de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental dos projetos, entre outros pontos.
Para a secretária nacional de Irrigação, Adriana Alves, o momento é muito importante para a agricultura irrigada brasileira e a participação social é fundamental para garantir os direitos da categoria e uma política mais direcionada. "Essa é uma grande oportunidade para definir as regras e formas de trabalhar os projetos públicos e privados. A contribuição pública trará melhorarias ao texto e fortalecerá o setor", ressalta.
A secretária acrescenta que um passo importante previsto na regulamentação é a criação do Conselho Nacional de Irrigação. "Este é um detalhe bastante relevante para o desenvolvimento e consolidação da irrigação no país", garante.
As contribuições podem ser feitas pelo e-mail regulamenta.irriga@integracao.gov.br. 



Fonte: Ministério da Integração Nacional



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