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Seminário debate perímetros públicos e agricultura familiar irrigante na Bahia

Debater a participação da agricultura familiar e dos assentados da reforma agrária como beneficiários dos perímetros públicos de irrigação de interesse social é o objetivo de um seminário que será realizado em Juazeiro, na Bahia. O evento ocorre nesta sexta-feira (1º) e sábado (2). Os ministros do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, e da Integração Nacional, Francisco Teixeira, o presidente do Instituto Nacional de Cidadania e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes e o secretário nacional de irrigação, Guilherme Costa participam da abertura.
O encontro terá a participação de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, técnicos de empresas de assistência técnica e representantes de movimentos sociais do campo. Eles irão debater a construção de uma proposta para a regulamentação do novo marco legal da política nacional de irrigação.
Serão apresentados projetos e experiências de agricultura familiar irrigante dos Projetos de Assentamentos Jacaré-Curituba, localizado em Canindé do São Francisco (SE) e Ouro Verde, em Lago Grande (PE). Além disso, haverá uma visita técnica ao Perímetro Público de Irrigação Maniçoba, localizado no município de Juazeiro.
O seminário é promovido pelo MDA e pelo Incra e tem o apoio da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). A iniciativa conta também com a parceria da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Embrapa Semiárido, do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), do Instituto Federal Sertão Pernambucano, da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir/MI), entre outros.

Serviço:

Seminário Nacional – Os Projetos Públicos de Irrigação e a Agricultura Familiar
Data: 1º e 2 de agosto (sexta e sábado)
Horário da abertura: 9h
Local: Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)
Endereço: Av. Antônio Carlos Magalhães, 510, Country Club, Juazeiro (BA)


Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

Regulamentação da Política Nacional de Irrigação - Lei nº 12.787/2013

Envie sugestão para regulamenta.irriga@integracao.gov.br e contribua com a regulamentação da Política Nacional de Irrigação (Lei nº 12.787/2013). O objetivo é a construção de um texto único, com a participação de instituições e segmentos diretamente envolvidos com a agricultura irrigada no país. A previsão é de que o documento seja concluído e encaminhado às próximas instâncias até o final de setembro.


Fonte: Facebook do Ministério da Integração Nacional

Expofruit será realizada em setembro

Mais de 80% dos estandes da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada 2014 (Expofruit) já foram vendidos. Os estandes serão utilizados para a exposição de produtos, insumos e serviços. A feira será realizada de 24 a 26 de setembro, no Expocenter, localizado no campus da Universidade Federal do Semiárido (Ufersa), em Mossoró. A expectativa da organização é que o evento movimente R$ 20 milhões e receba um público de 30 mil pessoas nos três dias da feira.
Com espaço de 15 mil metros quadrados, o local terá stands com 12 metros quadrados. O tema deste ano é “Venha conhecer o precioso sabor da nossa região”. A programação da 17ª edição está sendo fechada, mas já prevê uma rodada de negócios com representantes de nível nacional e internacional. 
Entre os eventos da feira estão previstos encontros da Equipe Técnica do Projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Projeto PAIS), do Comitê Gestor de Cajucultura, do Fórum Internacional da Fruticultura, de representantes da Agricultura Familiar, além da apresentação de trabalhos científicos e de clínicas tecnológicas. A feira também terá degustação de frutas, caravanas de produtores, além de contar com uma Unidade Móvel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A Expofruit 2014 é realizada por meio de uma parceria entre o Comitê Executivo de Fruticultura do RN, Sebrae/RN e a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).


Fonte: Tribuna do Norte

Com parte do solo salinizado, Ilha de Cabrobó passa por drenagem

Cerca de 20 quilômetros já foram drenados na comunidade. Monocultura do arroz pode ter causado a deterioração das áreas.

Irrigação irregular, adubações incorretas e a monocultura do arroz são algumas das possíveis causas do alto grau de salinização de áreas da Ilha de Assunção, em Cabrobó, no Sertão pernambucano. Como esse processo vem prejudicando o desenvolvimento da agricultura familiar na comunidade, a prefeitura municipal está investindo na drenagem de algumas áreas com a utilização de uma escavadeira hidráulica.
A drenagem é um processo de remoção do excesso de água dos solos, já que o acúmulo de água também contribui para a salinização do solo. De acordo com o secretário de Agricultura da Cabrobó, Marizan Silva, a prefeitura desobstruiu drenos e dessalinizou as áreas de plantio. O trabalho é em resposta a uma antiga cobrança dos agricultores já que algumas áreas estavam ficando impróprias para o plantio.
O serviço já foi feito em cerca de 20 quilômetros e a promessa da prefeitura é drenar mais 40 quilômetros na ilha. O primeiro trecho foi feito há aproximadamente 40 dias. “Estamos trabalhando nas áreas mais afetadas porque a drenagem ajudar a dessalinizar o solo. Acreditamos que uma das razões para essa salinização tenha sido porque no local eram produzidas grandes quantidades de arroz e não havia uma rotação de cultura”, explicou Marizan Silva.
A Ilha de Assunção tem uma área de 6 mil hectares, onde habitam aproximadamente 4,2 mil habitantes. No local, além do arroz, também são cultivados melancia, cebola, banana, mamão, e maracujá, todos vendidos para o mercado interno e externo. Os produtores familiares, a maioria descendentes de índios, recebem assistência técnica do município e do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).


Fonte: G1.com

Chuvas voltam a cair no noroeste paulista

Região ficou 60 dias sem precipitação maior que dez milímetros.

As chuvas finalmente voltaram ao noroeste do Estado de São Paulo na semana passada, mas ainda não foram suficientes para combater todos os efeitos causados pela estiagem prolongada. A região chegou a ficar 60 dias sem precipitação maior que dez milímetros, valor mínimo para ser considerado chuva para a agricultura.
De acordo com o Canal Clima da Unesp Ilha Solteira, o noroeste paulista registrou média de 81 milímetros de chuva no mês de julho, bem acima dos 12 milímetros do ano passado. Em junho, a média foi de apenas sete milímetros, inferior aos 62 da média histórica. No acumulado do ano, os registros ainda ficam 46 milímetros abaixo da média histórica para o local.
Em artigo no blog da área de hidráulica e irrigação da Unesp Ilha Solteira, Fernando Braz Tangerino, professor da instituição, afirmou que as chuvas conseguiram dar uma trégua aos irrigantes, mas ainda não foram suficientes para encherem os lagos das hidrelétricas da região. A de Ilha Solteira, por exemplo, ainda opera abaixo de sua capacidade.

Efeitos na irrigação

Segundo Tangerino, além de impactar no abastecimento das cidades e na geração de energia, a estiagem afetou a irrigação de cultivos na região. “A captação de água fica complicada. Assim como na Cantareira, aqui também temos esse problema para captar a água para a irrigação”. Segundo ele, a diferença é que, quando se fala de irrigação, trocar uma bomba de local afeta todo o arranjo do mecanismo.
Ele lista quatro pontos importantes para um bom sistema de irrigação: atender a necessidade da planta; entregar a água de forma uniforme em toda a área irrigada; bons materiais e boa montagem. “A mudança da posição do bombeamento compromete os dois primeiros pontos, pois o sistema passa a ter vazão menor, uma vez que a capacidade diminuiu e, ao mesmo tempo, distribui água de forma desuniforme, pois está buscando fora do ponto em que foi projetado e isso tem impacto grande na produtividade”.
Tangerino ressalta que, além da falta de chuvas, outros problemas, como a ausência de conservação do solo, contribuíram para o agravamento da situação, porque, quando a chuva cai, a maior parte da água escorre em vez de penetrar no solo. “Se ela infiltrasse, recarregaria o lençol freático e a crise não seria tão grave”.
Para ele, é preciso mudar o comportamento dos usuários em relação ao uso da água e investir em ações de longo prazo para segurar a água da chuva. “Precisamos começar da conscientização do uso racional da água até a proteção radical das nossas nascentes e a conservação do solo em todas as suas formas”, finaliza.


Fonte: Globo Rural

Agricultura orgânica garante espaço no Sertão pernambucano

Na região, agricultores estão aprendendo a conviver com a estiagem. Técnica de gotejamento tem garantido até alimento para os animais.

Na terra da fruticultura irrigada, a produção orgânica está cada vez mais ganhando espaço no Sertão pernambucano. Na área conhecida por Sequeiro, propriedades deixam agrotóxicos e agroquímicos de lado e optam pela cultivo orgânico.
No distrito de Rajada, Zona Rural de Petrolina, PE, uma propriedade cultiva capim orgânico com irrigação. No local, a pastagem é destinada para alimentação dos animais. Segundo o extensionista rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Paulo Nogueira, o capim garante a alimentação dos animais e ajuda o produtor a oferecer para o marcado carnes melhores e mais saudáveis. “A cultura do capim orgânico, sem o uso de agroquímicos e adubos químicos, vai gerar a carne orgânica que o mercado está pedindo”, afirma.
Há três anos, o agricultor proprietário da área, João Lindolfo de Macedo, utiliza alternativas propostas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Semiárido como forma de convivência com a estiagem. No local, é cultivada uma horta com verduras e hortaliças orgânicas, além da criação de galinhas, gado para produção de leite, caprinos e ovinos que participam de exposições de animais.
A solução de distribuição água na plantação é através da técnica conhecida como gotejamento. “Do poço artesiano, a água é jogada para uma caixa, de onde a gente bombeia para o gotejamento, que molha a planta com uma boa economia”, descreve.
Assim como Lindolfo, muitos agricultores estão conseguindo conviver com as adversidades da seca graças às tecnologias desenvolvidas com a irrigação. Por isso, segundo o extensionista do IPA, a agricultura orgânica é, cada vez mais, uma boa saída para quem antes enfrentava dificuldades com a estiagem prolongada.


Fonte: G1.com

Plantio direto na irrigação reduz consumo de água, diz pesquisador

O sistema de plantio direto em áreas irrigadas na agricultura auxilia na diminuição da perda de água no solo, por evaporação, e nas plantas, por transpiração. A prática, conforme o presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp), Alfonso Sleutjes, pode reduzir o consumo de água em mais de 30% na irrigação.
Sleutjes falará sobre os benefício do uso do sistema na irrigação no 14º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha. O evento será realizado em Bonito, no sudoeste de Mato Grosso do Sul, entre os dias 12 e 14 de agosto e deverá reunir alguns dos maiores especialistas do país no assunto.
O evento ocorre a cada dois anos, sempre em uma região produtora em destaque no Brasil. A programação contará com painéis cujos temas são voltados à técnica do plantio e seus benefícios, bem como palestras e debates sobre fitossanidade, manejo adequado do solo, entre outros assuntos. O plantio direto na cana-de-açúcar também será discutido, tendo em vista a crescente produção sucroenergética no estado.
Em relação ao uso da irrigação em áreas de plantio direto, Sleutjes diz que a prática além de agregar produtividade as lavouras, também minimiza os riscos para os produtores. “Se você tem um plantio direto bem feito, que tenha alguma perda, no sistema irrigado consegue-se uma manter uma média de produtividade ao longo dos anos com menor oscilação, o que ajuda, e muito, na organização de programação do produtor”, ressalta.
Ele diz que a partir disso, o agricultor não fica a mercê do mercado para saber se deve investir ou não em irrigação. O engenheiro agrônomo cita o exemplo da produtividade observada Holambra (SP), cidade onde reside e trabalha. “Normalmente, a média de crescimento analisada por aqui ultrapassa os 15%, 20% nos últimos anos. É visível o nível de investimento, crescimento e estabilidade na agricultura irrigada, se comparada à de sequeiro, é bem superior”, complementa.
No entanto, orienta que para que o produtor utilize a técnica, é preciso planejamento e investimento em equipamentos, que vão representar cerca de um quarto do valor da terra, o que garante uma vida útil em torno de 20 a 25 anos. “Na média, comparando os últimos 10 anos, a gente tem conseguido pagar esse investimento em cinco anos. Então, você tem mais 15 anos para usufruir desse sistema de lucro. Tem anos que você usa mais e, em outros, menos, depende da cultura que vai ser instalada e também do clima. Você não fica dependendo da chuva”, destacou.
Apesar dos benefícios e dos casos de sucesso registrados no Brasil, o presidente da Febrapdp diz que apenas 6 milhões de hectares são irrigados no país, que possui potencial para 30 milhões. Um dos obstáculos para a agricultura irrigada enfrenta para crescer é a distribuição de água. “O Brasil é muito rico em água, mas para viabilizar o sistema ela precisa estar próxima. O produtor encontra muita dificuldade para conseguir uma licença ambiental para construir ou ampliar açudes”, afirma.
Outro gargalo, conforme ele, é a falta de oferta e má distribuição de energia elétrica. “Por conta disso, existem casos de queima de equipamentos, que precisam de muita manutenção e isso atrapalha o processo de irrigação. Dependemos muito da energia nesse sentido”. Além disso, ele ressalta que mais de 50% do custo operacional na irrigação é de energia elétrica, mas que existem regiões em que essa porcentagem sobe para 80%.


Fonte: CBN

Técnica permite economia de 30% de água no plantio de milho

O produtor rural pode economizar mais de 30% no uso da água para irrigação se utilizar o sistema de plantio direto irrigado. A técnica permite a diminuição da perda de água no solo por evaporação e, nas plantas, por transpiração, justamente pela presença da palha.
Para o engenheiro agrônomo Alfonso Sleutjes, presidente da Febrapdp (Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação), a agricultura irrigada não beneficia apenas para a produtividade, mas também ajuda a minimizar riscos. “Se você tem um plantio direto bem feito, que tenha alguma perda, no sistema irrigado consegue-se uma manter uma média de produtividade ao longo dos anos com menor oscilação, o que ajuda, e muito, na organização de programação do produtor”, explica.
De acordo com o especialista, em Holambra, interior de São Paulo, a produtividade dos cultivos que utilizam irrigação mostram melhores resultados. “Normalmente, a média de crescimento analisada ultrapassou os 15%, 20% nos últimos anos. É visível o nível de investimento, crescimento e estabilidade na agricultura irrigada. Se comparada à de sequeiro, é bem superior”, compara.
Entretanto, para utilizar a técnica, é preciso planejamento, uma vez que investir em equipamentos custa o equivalente a um quarto do valor da terra. Apesar do preço alto, o investimento garante à terra vida útil de 20 a 25 anos. Segundo Sleutjes, é possível quitar o investimento em cinco anos, em média. Sendo assim, restam 15 anos para usufruir da aplicação. "Em alguns anos o sistema é mais utilizado e, em outros, menos. Depende da cultura que vai ser instalada e também do clima. Você não fica dependendo da chuva”, complementa.
Apesar dos casos de sucesso registrados e dos benefícios dessa técnica, apenas 6 milhões de hectares são irrigados no Brasil, que possui potencial para 30 milhões. Um dos fatores que freiam o crescimento desse tipo de agricultura é a distribuição de água no país. “O Brasil é muito rico em água, mas para viabilizar o sistema ela precisa estar próxima. O produtor encontra muita dificuldade para conseguir uma licença ambiental para construir ou ampliar açudes”, afirma.
Além disso, os produtores rurais também enfrentam dificuldades quando o assunto é energia elétrica. A falta de oferta e a má distribuição causam queima frequente de equipamentos, o que pesa no bolso do agricultor, já que os equipamentos precisam de constante manutenção. Mais de 50% do custo operacional é de energia elétrica, explica Sleutjes, mas há regiões em que essa porcentagem sobe para 80%.
Os benefícios da agricultura irrigada são assunto do 14º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, que acontece de 12 a 14 de agosto em Bonito, no Centro de Convenções da cidade. A iniciativa é da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp) em parceria com a Fundação MS, Sistema Famasul e Embrapa Agropecuária Oeste. O Sistema OCB-MS, a Aprosoja MS, a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Unigran e GPP (Grupo Plantio na Palha) apoiam o evento. Inscrições podem ser realizadas no site da Febrapdp: www.febrapdp.org.br.


Fonte: Campo Grande News

Falta de chuva traz prejuízos aos produtores de morangos de MG

Produtores estão gastando mais com investimentos nas lavouras. Apostar na irrigação tem sido a única alternativa na região sul do estado.

Em Minas Gerais, a falta de chuva está prejudicando a safra do morango. Tem agricultor que precisou mudar a lavoura de lugar para garantir um pouco de água.
Rosa Dias apressa a colheita do morango para diminuir os custos. No sítio em Pouso Alegre, no sul de Minas, o córrego que corta a propriedade praticamente secou e ela foi obrigada a arrendar um terreno para manter o cultivo da fruta. Produtora de morango há 25 anos, Rosa conta que esta é a primeira vez que ela teve que sair das próprias terras.
Além do aluguel, a produtora teve que investir cerca de R$ 10 mil em canos porque o córrego também secou e foi preciso trazer água de uma parte mais alta, a um quilômetro do local.
No ano passado, Rosa conseguiu colher 60 mil caixas de morango em um hectare. Este ano, aumentou um pouco a área, mas deve conseguir 10 mil caixas a menos. “Não tem chuva e a água que a gente joga não é suficiente”, diz.
Pouso Alegre é um dos maiores produtores de morango do estado de Minas Gerais. Os produtores estão vendendo a caixa de 1,2 quilo por R$ 6. Em 2013, a produção foi de 18 mil toneladas, mas segundo o agrônomo da Emater, Orlando Régis, este ano, a produção não deve passar das 9 mil toneladas. A falta de chuva deixou as plantas vulneráveis às doenças.
Adriano Pereira produz 10 mil caixas de morango por safra. Ele teve que investir no sistema de gotejamento para economizar água e conta que se não chover nas próximas semanas, a reserva de água da propriedade não será suficiente para irrigar os 20 mil pés de morangos. A solução, por enquanto, será investir em mais um motor e pegar água de um açude na propriedade do vizinho. “A previsão do tempo não é otimista, então já estamos investindo para não sofrer depois”, conta.


Fonte: Globo Rural

Oferta do melão aumenta no mercado interno e preços diminuem

As perspectivas para o início da safra 2014/2015 do melão na Chapada do Apodi (RN) e Baixo Jaguaribe (CE) são de produtividade: não foram relatados problemas com pragas e bactérias nas lavouras e, mesmo com o baixo volume de chuva de abril a junho, a área plantada ainda não apresentou redução. Isso se deve aos bons níveis dos poços, que devem atender a demanda de produtores, pelo menos até o pico da produção. As informações são de boletim do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicadas.
Diante do panorama produtivo para o final de julho no Rio Grande do Norte e no Ceará, melonicultores do Vale do São Francisco (BA/PE) já se preparam para a maior concorrência. Eles têm adotado desde o ano passado a estratégia de investir na comercialização da fruta em outras regiões, como Centro-Oeste, Nordeste e Norte do país.
Em junho de 2014, os preços do melão amarelo pagos ao produtor do Vale ficaram 10% acima dos registrados em maio, fechando em R$15,70 a caixa de 13 quilos. Este valor é 38% menor em relação a junho de 2013.
Em julho e agosto do ano passado, os preços estiveram acima dos R$20,00. A oferta da época era mais restrita que a atual, fazendo com que os produtores concentrassem suas vendas no Sul e no Sudeste. Neste ano, entretanto, a expectativa até agosto é de preços pouco atrativos ao produtor, tendo em vista que o volume da fruta disponível no mercado doméstico aumentará gradativamente. Os únicos melões que devem permanecer valorizados são os nobres, como o pele de sapo.


Fonte: Cenário MT

Presidente da CNA defende nova política oficial para fortalecer agricultura irrigada

Os principais entraves ao crescimento da agricultura irrigada no país estão nas dificuldades do produtor em atender às normas da legislação ambiental, que precisam de ajustes especialmente na obtenção da outorga d´água, e na pouca oferta de técnicos capacitados para a montagem de um sistema consistente de irrigação. Foi o que afirmou o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior, na abertura do seminário “Segurança Hídrica: uma visão brasileira”.
O presidente da CNA discorreu sobre o tema “Água e Produção Agrícola” na noite desta segunda-feira (21), no auditório da entidade. Em sua palestra, ele indicou três fatores básicos da moderna produção agrícola no país: 59% referem-se à intensificação do uso de insumos agropecuários e da própria irrigação; 20% devem-se à expansão da fronteira agrícola; e outros 21% a pesquisas modernas que permitiram a utilização de variedades de sementes melhoradas. João Martins destacou ainda o “compromisso do produtor brasileiro em preservar o meio ambiente e os recursos hídricos”.
No entender do presidente da CNA, é fundamental “buscar novas tecnologias, capazes de reduzir os eventuais desperdícios no uso da água que é realidade no modelo de irrigação em vigor e aprender com exemplos práticos como os de Israel, onde o custo da irrigação é menor e o modelo utilizado moderno e eficiente”.

Desafio – Ao mencionar o desconforto dos produtores agrícolas do país, que são apontados como os maiores consumidores de água em todo o território nacional, João Martins convocou os técnicos a apresentarem soluções para o desafio de aumentar a produção poupando os mananciais. É preciso levar em conta, disse ele, que o Brasil se tornou um dos maiores produtores de grãos do mundo, para atender à demanda internacional por alimentos.
Para o presidente da CNA, outro fator que inibe a expansão de projetos de irrigação no país é o elevado custo da energia elétrica utilizada pelo agricultor. É importante que o Governo reveja alguns conceitos e adote uma política atraente de financiamento capaz de mudar esse quadro no segmento da irrigação, assinalou.
O fato é que produtor assumiu dois compromissos básicos, “não avançar mais sobre áreas agriculturáveis da Amazônia, e, ao mesmo tempo, proteger o meio-ambiente”. Entre 1990 e 2014, segundo lembrou, a produção agrícola brasileira saltou de 57 milhões para 193 milhões de toneladas, mas a área plantada cresceu apenas 50%, de 37 milhões para 57 milhões de hectares no mesmo período.
Ricardo Andrade, coordenador da Seção Brasil do Conselho Mundial da Água, informou sobre a grande vitória conseguida pelo Brasil: sediar em 2018, em Brasília, o Fórum Mundial da Água. Em 2015, a sede do evento será a Coreia do Sul. Ele lembrou a forte presença brasileira no Conselho e destacou a necessidade de um diagnóstico preciso sobre a gestão de recursos hídricos no país. Dois outros seminários serão realizados ainda este ano: “Água e Saneamento”, em Maceió, capital de Alagoas; e “Água e Energia”, no Paraná. O Seminário de Brasília continua nesta terça-feira (22) com dois painéis: “A segurança alimentar num país de 200 milhões de habitantes”, pela manhã, e à tarde, “O uso da água no setor agrícola”.


Fonte: Canal do Produtor

Técnicas de irrigação possibilitam a produção de açaí na entressafra

O Pará está entrando no período de safra do açaí (euterpe oleracea), que inicia em julho e se estende até dezembro. Mas é na entressafra – de janeiro a junho - que o retorno financeiro ao produtor rural é maior, especialmente para aqueles que já utilizam a irrigação nos plantios de terra firme. A Embrapa Amazônia Oriental vem desenvolvendo pesquisas com o melhoramento genético e práticas de irrigação e adubação de açaizeiro de terra firme para produção na entressafra. Os primeiros resultados são apresentados a técnicos extensionistas em área de produtor no município de Igarapé-Açu, nordeste do Pará.
O pesquisador João Tomé de Farias Neto explica que aumentar e padronizar produção de açaí no Pará são desafios que a pesquisa agropecuária vem enfrentando há muitos anos. A Embrapa já lançou o Manejo de Açaizais Nativos e a cultivar de açaí de terra firme BRS Pará, importantes passos na pesquisa da cadeira produtiva dessa palmeira. Mas é a produção na entressafra que hoje representa o maior desafio da pesquisa.
"Nos meses de julho a dezembro é que o Pará produz de 70% a 80% do seu açaí, e a pesquisa ainda não conseguiu diminuir essa diferença. Mesmo produzindo mais de 600 mil toneladas de frutos ao ano, essa produção ainda é pouca frente à demanda regional, nacional e internacional", afirma o pesquisador. Além disso, a produção hoje ainda apresenta alta variabilidade genética, ou seja, diferenças de coloração do fruto, diferenças entre rendimento de polpa, tamanho de plantas e cachos, produtividade, e outros fatores que são obstáculos a uma produção em larga escala e com padrão de qualidade.
A primeira premissa para mudar essa realidade, segundo o pesquisador, é a impossibilidade de produzir açaí em terra firme sem irrigação, visto que a palmeira é nativa das áreas de várzea, onde passa a maior parte do tempo em solos inundados pelo movimento das marés. Ele diz que praticamente todos os produtores de açaí de terra firme do Pará já utilizam a irrigação, ainda que de forma empírica e sem medidas exatas para a melhor produtividade do plantio e rentabilidade da atividade.
Prova disso é o produtor rural Alexandre Machado, 39 anos, do município de Castanhal, nordeste paraense. Ele iniciou seu plantio há sete anos e hoje conta com 10 mil pés de açaí em uma área equivalente a 50 hectares. Ele produz em área de terra firme e iniciou a irrigação depois de um ano e meio de plantio. "A irrigação aumentou bastante a produção mesmo na entressafra, mas o custo de irrigar e adubar ainda é alto", esclarece o produtor. 
No município de Igarapé-Açu, o pesquisador João Tomé da Faria Neto mostrou as técnicas de irrigação por micro aspersão que vêm sendo testadas em áreas de produtor. "O custo de implantação de um hectare de açaí irrigado ainda é alto, em torno de 7 a 11 mil reais, mas o salto de produção é impressionante", diz o pesquisador. Ele cita o exemplo de um produtor do município de Tomé-Açu, que tem uma área de 30 hectares plantados de açaí em terra firme e iniciou a irrigação no plantio a partir do 2º ano de safra: "no primeiro ano ele colheu cinco toneladas de frutos, ainda sem irrigação. No segundo ano, com a irrigação do plantio, saltou para 100 toneladas e no 3º ano para 180 toneladas de frutos".
Ao definir os parâmetros exatos de irrigação e adubação, a pesquisa define com exatidão a relação entre custo e benefício da atividade. É por isso que é preciso monitorar todas as etapas da produção e a quantidade de água em diferentes fases do plantio, desde sua implantação até a primeira safra e nos anos subsequentes. Com a micro aspersão, a pesquisa chegou a estimar que seria necessário de 100 a 120 litros de água por dia por touceira, "mas esse indicador ainda é baseado na literatura e o que estamos fazendo agora é testando no campo com as características de clima e solo da nossa região", completa o pesquisador.
Em termos produção, já é possível afirmar que em área de várzea a produtividade média de açaí está em torno de seis toneladas por hectare ao ano, com o manejo. E em área de terra firme com adubação e irrigação, o produtor consegue fazer de 15 a 17 toneladas de frutos por hectare ao ano. João Tomé Neto diz ainda que a pesquisa ainda tem muitos refinamentos a fazer e a parceria com o produtor é fundamental nesse processo.

Intercâmbio reúne extensão e pesquisa

Além do custo elevado, outro entrave para a irrigação do açaí de terra firme é o acesso a insumos e equipamentos para a atividade, de acordo com o agrônomo Deusdete Fontes, do escritório da Emater de Ourilândia do Norte, sul do Pará. Ele diz que no município onde atua, acessar insumos, como adubos, fertilizantes, além de equipamentos é difícil e o custo do transporte desses materiais deve ser levado em conta na produção.
Já para o técnico agrícola, César Augusto, do escritório de Água Azul do Norte, os solos da região são bastante propícios ao cultivo do açaí, não é á toa que produtores já plantam comercialmente a BRS Pará, lançada em 2007 pela Embrapa Amazônia Oriental. "O grande entrave mesmo é a irrigação, pois temos um grande período de estiagem, e as técnicas apresentadas aqui são plenamente aplicáveis desde que o produtor tenha recursos para investir", explica. O trabalho dele é levar essa informação técnica aos 500 produtores com quem trabalha na região.
Eles e outros extensionistas do sul do Pará e de outras regiões, cerca de 30 pessoas, participaram do intercâmbio técnico sobre a cultura do açaí promovido pela Embrapa em Igarapé-Açu, na última sexta-feira (18), sob a coordenação do núcleo da instituição no nordeste paraense, conhecida como região Bragantina.
O supervisor do núcleo, João Paulo Castanheira Both, explica que intercâmbios com esse reafirmam o importante papel da Embrapa, atuando diretamente junto ao público que vai levar nossas tecnologias ao produtor rural. "A gente tem que fazer com que as nossas tecnologias possam chegar aos técnicos e extensionsitas, serem aprimoradas por eles com toda a experiência que têm no campo, para depois serem levadas aos produtores", completa o supervisor. O intercâmbio técnico com a extensão é uma atividade permanente do Núcleo da Bragantina.

Melhoramento genético deve resultar em nova cultivar de açaí

Desde 2002, o pesquisador João Tomé de Farias Neto trabalha com o melhoramento genético da cultura do açaí para a produção na entressafra. O trabalho é de longo prazo, pois envolve desde mapeamento de plantas em diferentes regiões do Estado até a análise do comportamento das plantas por cinco ou mais safras anuais.
Para lançar a cultivar que produzirá na entressafra, o pesquisador mapeou no estado do Pará os municípios que apresentavam boa produtividade de açaí o ano inteiro. Desse mapeamento, a pesquisa selecionou 500 plantas nos municípios de Afuá, Chaves e Anajás considerando duas características importantes: alta produtividade e o tamanho dos frutos, visto que "batedores" de açaí indicaram durante a pesquisa que os frutos pequenos são melhores, pois têm mais rendimento de polpa.
As 500 plantas foram avaliadas individualmente durante cinco safras, ou seja, cerca de nove anos, visto que o açaí começa a produzir com 3,5 anos e as safras são anuais. Das avaliações, o pesquisador chegou a 45 matrizes de plantas, que apresentam alta produtividade o ano todo e maior rendimento de polpa (tamanho de fruto pequeno).
As matrizes estão sendo cultivadas no campo experimental da Embrapa em Tomé-Açu, onde a pesquisa está avaliando o comportamento delas em terra firme e a quantidade de agua necessária ao longo das safras. "Lá a irrigação, adubação e o desenvolvimento das plantas são avaliados em condições totalmente controladas", diz o pesquisador. É a partir do cruzamento das melhores plantas que sairá a nova cultivar de açaí da Embrapa Amazônia Oriental. "Será uma cultivar para terra firme que produz na entressafra, com todas as orientações de manejo e irrigação", finaliza João Tomé Neto.


Fonte: Portal Dia de Campo

Maçãs do Vale do São Francisco chegam ao mercado em 2016

Uma pesquisa iniciada há seis anos no polo Petrolina - Juazeiro, região do Vale do São Francisco, em pleno semi árido, começa, literalmente, a dar frutos: são maçãs, peras e caquis que enchem os galhos das árvores e que começam a abastecer as mesas nordestinas a partir de 2016.
O engenheiro agrônomo e pesquisador Paulo Roberto Coelho Lopes, coordenador do projeto de implantação destas novas frutíferas no semiárido irrigado, está levando o trabalho para a Chapada Diamantina e, a depender da liberação de recursos, para a área do Salitre, em Juazeiro.
O trabalho é resultado da parceria entre a Embrapa Semiárido e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para desenvolver, no Submédio São Francisco.

Desafio

Paulo Roberto explica que o projeto iniciado em 2008 ainda está em fase de pesquisa, mas que o maior desafio foi adaptar frutas que exigem até 350 horas de frio de 7,2° C ao calor do semi árido. No caso da maçã, as variedades eva, princesa e julieta apresentaram os melhores resultados.
A produção média fica entre 15 a 20 toneladas por hectare. Mas, macieiras após dois anos de plantadas alcançaram a média de produção de 40 toneladas por hectare, no lote do agricultor Andrea Pavesi, em Senador Nilo Coelho, em Petrolina.
"A condição climática na verdade mostrou-se muito favorável porque além da produtividade, uma quantidade muito pequena de pragas se desenvolve nas árvores", diz o pesquisador.

Manejo

Paulo Roberto diz ainda que o desempenho é muito superior ao da média desse cultivo no sul do país, onde o clima mais frio e chuvoso favorece a fruta: na região a produção varia em média entre 12 a 15 toneladas por hectare/ano.
Entretanto, o caminho para obter esse sucesso passou por muito estudos e testes feitos pela equipe de 15 pesquisadores comandados por Paulo Roberto. Era preciso responder a perguntas como qual a adubação adequadas, qual o melhor sistema de produção e como seria feito o manejo de água.
O trabalho é desenvolvido numa área de dois mil hectares, com solo arenoso e com sistema de irrigação do tipo gotejamento, explica Paulo Roberto. A maçã foi a fruta que apresentou os melhores resultados. O manejo para produção de pera é similar, mas a pereira demora mais tempo para entrar em processo de produção.
"O caqui tem um plantio totalmente diferente, mas enquanto no sul e sudeste as árvores demoram entre seis a oito anos para produzir, no nordeste esse prazo é de quatro anos", salienta o pesquisador.

Características

Segundo os testes, a melhor época para a colheita da maçã ocorre entre os meses de agosto e setembro. Por este motivo, nessa terceira safra da experiência, será feita a antecipação da colheita diferente das primeiras safras, colhidas em novembro e dezembro.
O produtor Milton Bin planta em área irrigada do Nilo Coelho (PE) e pretende levar a experiência para uma área do Salitre, em Juazeiro (BA), perímetro também implantado e administrado pela Codevasf.
Milton Bin é um grande entusiasta da nova fase da fruticultura regional do polo Petrolina-Juazeiro e também tem área testada com pera, maçã e caqui.
Ele acredita que o caqui é considerado a mais exótica para a região, das culturas em experiência, e deverá ser a que agradará mais o gosto local.


Fonte: Uol 

Agricultores apostam no cultivo da uva em região de semiárido no CE

Quem apostou no cultivo da uva em áreas irrigadas está comemorando. Duas safras são colhidas por ano e as frutas apresentam boa qualidade. 

Agricultores do Ceará que apostaram no cultivo da uva em áreas irrigadas estão comemorando. Eles conseguem colher duas safras em um ano e as frutas apresentam boa qualidade.
Em Russas, no Vale do Jaguaribe, a produção de uvas começou há três anos. O pioneiro foi José Marciano, que acreditou no potencial da cultura e plantou sozinho um hectare, que hoje produz 70 toneladas por ano da variedade benitaka brasil.
As condições do semiárido podem parecer desfavoráveis à produção de uvas, uma cultura tradicional de regiões bem mais frias, no entanto, a falta de chuvas é uma aliada, já que a planta não suporta muita umidade.
Enquanto no Sul do país só é possível produzir durante o período de estiagem, a produção no Ceará não para e são colhidas até duas safras por ano. A intensidade do sol faz com que a fruta fique bem doce e muito apreciada pelos consumidores.
Marciano já começou a preparar a terra para plantar mais um hectare. Ao todo, a propriedade tem 16 hectares e ele pretende usar pelo menos metade para o cultivo de uvas. “É gratificante produzir uma cultura que está dando dinheiro e que temos muito mais onde explorar”, diz.
O cultivo de uva no Ceará ainda é pequeno. Apenas cinco produtores do município de Russas investem nos parreirais e a área total plantada é de 25 hectares, mas a ousadia de Marciano e a água para irrigar garantida pelo maior açude do Ceará já atraem para a região, produtores acostumados ao frio.
Ronaldo Pilotti é de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, uma das maiores regiões produtoras de vinho do Brasil. Ele chegou à região há dois anos e cultiva 16 hectares das uvas itália, branca, e benitaka, tinta.
Além de ter condições ideais para a produção da uva, a proximidade com grandes mercados consumidores garante a lucratividade da cultura. Russas está no meio do caminho entre duas capitais, Fortaleza, no Ceará, e Natal, no Rio Grande do Norte. Como não faltam clientes, o plano é aumentar a produção nos próximos anos.


Fonte: ExpressoMT

Falta de chuva prejudica irrigação das lavouras no noroeste de SP

Prejuízo nas lavouras de milho é grande, os pés não resistiram à seca. Produtores estão gastando mais com novos investimentos.

No noroeste de São Paulo, o tempo continua muito seco e os agricultores estão com dificuldade para irrigar as lavouras. Tem gente que já perdeu mais da metade da produção.
No distrito de Schmitt, em São José do Rio Preto, no córrego do Cedro, que corta o sítio da família de Nilton Alves, jamais foi possível ficar em pé bem no meio dele durante 30 anos.
O produtor rural nasceu e se criou no sítio e conta que quando era adolescente nadava e até pescava ali. Em 2001, Nilton conseguiu autorização do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) para usar água do córrego na irrigação da lavoura de milho, mas ele nunca esteve assim tão seco.
O reservatório com capacidade para armazenar até 1,5 milhão de litros de água está vazio e os pés de milho não resistiram a seca. Os seis hectares de área plantada, que deveriam render 60 toneladas, não deram nem 15. O prejuízo foi grande.
Diante dessa situação de falta de água, quem ainda está conseguindo retirar água de córregos e rios está tendo que fazer novos investimentos, caso de uma fazenda em Adolfo, região de Rio Preto.
Para conseguir irrigar os 400 mil pés de laranja, o produtor Ricardo Robles teve que ampliar a tubulação de sucção de água, um gasto que não estava previsto no orçamento.
O momento agora é de cautela, os agricultores precisam ficar atentos em relação ao desperdício.


Fonte: Globo Rural


Produtores de tomate investem em tecnologia em GO e melhoram a renda

Novas tecnologias de produção foram adaptadas para a região do cerrado. Goiás é o principal produtor nacional de tomate, com 33% da safra.

Os produtores de tomate industrial de Goiás estão satisfeitos com o preço do produto e para aumentar ainda mais o lucro, eles investiram em novas tecnologias de produção, adaptadas para a região do cerrado.
Iron de Lima tem 500 hectares plantados com tomate industrial no município de Itaberaí. Há 10 anos, ele investe na cultura, tudo irrigado, o que garante uma boa produtividade.
Quando Iron começou a plantar tomate industrial, a produtividade na fazenda era de 40 toneladas por hectare. Este ano, ele deve atingir a marca de 140 toneladas por hectare. “A planta está com um número muito maior de flores, que estão se transformando em frutos em maior quantidade também", diz.
Goiás é o principal produtor de tomates do país, a colheita das variedades industriais acontece o ano todo.
Renato Sorgato também é produtor na região. Tudo o que sai da lavoura tem como destino à indústria. São 1,2 mil hectares cultivados com alta tecnologia. Usando equipamentos modernos, ele controla pragas e faz o manejo do solo com o uso de calcário e adubação nitrogenada.
Renato está satisfeito com a cultura e com o mercado este ano. A tonelada vendida para a indústria está saindo por até R$ 200 na região, enquanto no ano passado, nesta mesma época, valia R$ 180. “Este ano temos uma redução no plantio das grandes empresas produtoras de polpa, por problemas climáticos, e também a redução na produção da China e Estados Unidos. Houve um aumento do dólar lá fora e isso está refletindo no Brasil, com uma melhora nos preços”, explica Renato.


Fonte: Globo Rural

Agricultores de SE comemoram a safra do quiabo irrigado

Hortaliça pode ser colhida o ano inteiro e garante a renda dos agricultores. Safra dura, em média, cinco meses, e pode ser colhida 3X por semana.

Começou a colheita do quiabo em Sergipe. Agricultores de áreas irrigadas comemoram a boa safra.
No perímetro irrigado no município de Canindé de São Francisco, alto sertão de Sergipe, mais de 10 produtos diferentes são cultivados, como milho, sorgo e macaxeira, mas a grande aposta de boa parte dos agricultores é o quiabo, plantado em 600 hectares. A hortaliça pode ser colhida o ano inteiro, o que garante a renda dos agricultores.
Uma das vantagens da cultura do quiabo é o rápido retorno. A safra dura, em média, cinco meses, com direito de colher até três vezes por semana.
No ano passado, Antônio Teles plantou meio hectare e colheu 13 toneladas. Neste ano, ele manteve a mesma área, mas espera um aumento de 10% na produção. Para conseguir esse crescimento, investiu em adubação.
Uedson dos Santos plantou o quiabo em março e já está colhendo. Por semana são produzidos 24 sacos com 30 quilos e cada um é vendido R$ 25 e R$ 30. A produção vai para Aracaju, Maceió e Bahia.


Fonte: Globo Rural

Seca afeta produção agrícola e pesca do Triângulo Mineiro

Nível do Rio Grande está cada dia mais baixo. Reflexos começam a aparecer também em uma usina hidrelétrica da região.

Na região do Triângulo Mineiro, a situação é preocupante. No domingo (06) no município de Campina Verde, o índice de umidade do ar chegou a 21%. Em Ituiutaba, não chove há 18 dias.
O Rio Grande, que corta o Triângulo, está com o nível muito baixo, deixando em alerta agricultores e pescadores. Os reflexos também começam a aparecer em uma usina hidrelétrica da região.
Na fazenda em que Manoel Caramore trabalha, mais de R$ 900 mil foram necessários para montar um pivô, investimento que não vai dar o retorno esperado, pelo menos esse ano. Há 10 dias, o equipamento foi desligado, sem previsão para voltar e o mesmo vai acontecer com outros sete equipamentos que existem na propriedade.
O problema é o atual nível do Rio Grande, que abastece a estrutura de irrigação. O parâmetro do gerente é um estaleiro, que mesmo com a estiagem, em anos anteriores, a água quase invadia a passarela, mas hoje, além da possibilidade de racionamento de água, ele teme algo ainda mais grave. “Pode ter um apagão por aí”, diz Manoel.
A preocupação faz sentido, analisando o reservatório da Usina de Marimbondo, em Fronteira. A hidrelétrica, que pode atender mais de 4 milhões de pessoas, está operando com apenas 20% da capacidade.
A cidade de Planura tem uma das principais colônias de pescadores do Triângulo Mineiro e boa parte deles procura peixes como o piapara, mas atualmente o nível da água está tão baixo, que é possível ver as pedras no fundo do rio, mas peixe que é bom, nenhum.
Em fevereiro, o cenário era parecido. Com o remo, um pescador mostrou que o nível não passava de um metro, mas o secretário da Colônia de Pescadores, Almezino Martins, afirma que agora a situação é ainda mais preocupante. É que em fevereiro, período de piracema, os pescadores ainda recebiam o auxílio do Governo Federal.
Almezino conta ainda, que por conta disso, muitas famílias ribeirinhas estão desistindo da pesca, migrando para outros setores. Inês Alexandre Silva, por enquanto, só diminuiu as idas para o rio, mas está bastante preocupado.


Seca traz reflexos para agricultura irrigada e piscicultura no interior de SP

Produtores e piscicultores fazem investimentos para chegar até a água. Em um dos trechos do rio São José dos Dourados, água já baixou 7 metros.

O nível mais baixo da história nos reservatórios de água da região noroeste paulista já provocou prejuízos milionários no transporte, por causa da interrupção no trânsito de barcaças na hidrovia Tietê-Paraná, e existe a ameaça de elevar os preços da energia elétrica. Mas os reflexos mais imediatos são sentidos no agronegócio, principalmente com a agricultura irrigada e a piscicultura, que calculam quebras recordes na produtividade.
A falta de chuva baixou tanto o nível dos reservatórios, que os produtores rurais e piscicultores estão sendo obrigados a fazer investimentos para chegar até a água. O piscicultor Henrique Junqueira Novaes, de Ilha Solteira (SP), já teve uma queda de 30% na sua produção de tilápia, por causa da seca. Situação mais crítica desde a década de 1980. “Menos água representa menos produção, esse é um fato no peixe, não tem como não ser assim. A situação chegou a um nível que, nós não conseguíamos mais ter acesso ao peixe. Minha produção saiu de 50 toneladas mensais para 35 toneladas”, afirma Novaes.
Em um dos trechos do rio São José dos Dourados, a água já baixou sete metros. Tanques foram transferidos para o local há dois meses, mas antes eles estavam na margem, onde o nível da água diminuiu tanto que eles tiveram que ser removidos. Para mudar toda a estrutura é preciso um investimento de R$ 20 mil. “Dependendo do nível que chegar a água, muitos produtores devem parar de produzir peixe”, diz o piscicultor.
O rio São José dos Dourados recebe a água das bacias Tietê e Paraná, interligadas pelo canal dePereira Barreto (SP), um dos maiores canais artificiais do mundo. Os rios são responsáveis pelo abastecimento de duas usinas hidrelétricas da região de Ilha Solteira. Com a estiagem e a baixa no volume das águas, o nível do conjunto de reservatórios das hidrelétricas já é o mais baixo do país. “De janeiro a junho o nível de chuvas foi menor, mas observa-se também que o volume de chuva começou a ter um referencial menor desde outubro, novembro, dezembro, e seguiu nesta direção”, afirma Fernando Braz Tangerino, professor responsável pelo setor de hidráulica e irrigação da Unesp.
O baixo nível dos reservatórios também afetou as plantações. Em uma fazenda, que fica em Sud Mennucci (SP), já não há água suficiente nos lagos para irrigar toda plantação de milho. Com isso a safra de 2014 foi prejudicada, uma queda de 30% na produção. São 450 hectares do grão, mas apenas um quarto da lavoura é irrigada por dia, isso significa que a cada 3 dias, 100 hectares ficam secos. “Se a irrigação tivesse a pleno vapor colheríamos 70 mil sacas de milho, com certeza esse valor será reduzido para 50 mil”, diz Marcos Bertani, técnico de irrigação da fazenda.
O lago que abastece a propriedade já recuou cinco metros. Para conseguir captar a água, foi preciso estender as tubulações até as partes mais profundas do rio, um custo de aproximadamente R$ 10 mil. Dificuldades que já afetaram a safra de 2015. “Sem água infelizmente 500 hectares não serão plantados”, finaliza Bertani.


Fonte: G1.com

Na BA, agricultores conseguem bons resultados com a fruticultura irrigada

Produção cresceu mais de 100% em um período de um ano. Irrigação é o segredo do sucesso na produção de frutas.

Os agricultores do norte da Bahia têm conseguido bons resultados com a fruticultura irrigada. A produção cresce a cada ano.
Jaildo dos Santos planta banana da variedade prata rio no perímetro irrigado de Salitre, em Juazeiro, no norte baiano, região onde 45 agricultores produzem, em média, 500 toneladas da fruta por mês.
O perímetro foi instalado em 2010, 255 lotes formam uma área de 6 mil hectares, sendo apenas 1,6 mil cultivados. O forte é a produção de frutas. Além da banana, tem o melão, com uma colheita mensal de mais de 1,3 mil toneladas, e a goiaba que produz, em média, 400 toneladas por mês.
O sucesso da produção de frutas no sertão nordestino é a irrigação. A distribuição da água que vem do Rio São Francisco e o tempo de irrigação de cada área é controlado por equipamentos automatizados.
No perímetro irrigado Salitre, a produção passou de 35 mil toneladas em 2012 para quase 74 mil no ano passado, aumento de mais de 100%, tendo como destaque as culturas de ciclo curto, como a cebola, que tem maior produção com ajuda da tecnologia.
A irrigação localizada aliada ao plantio direto, implantado há dois anos, fazem a diferença e contribuem para melhorar os resultados na produção e a geração de empregos no campo.


Fonte: Globo Rural

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