Cerca de 20 quilômetros já foram drenados na comunidade. Monocultura do arroz pode ter causado a deterioração das áreas.
Irrigação irregular, adubações incorretas e a monocultura do arroz são algumas das possíveis causas do alto grau de salinização de áreas da Ilha de Assunção, em Cabrobó, no Sertão pernambucano. Como esse processo vem prejudicando o desenvolvimento da agricultura familiar na comunidade, a prefeitura municipal está investindo na drenagem de algumas áreas com a utilização de uma escavadeira hidráulica.
A drenagem é um processo de remoção do excesso de água dos solos, já que o acúmulo de água também contribui para a salinização do solo. De acordo com o secretário de Agricultura da Cabrobó, Marizan Silva, a prefeitura desobstruiu drenos e dessalinizou as áreas de plantio. O trabalho é em resposta a uma antiga cobrança dos agricultores já que algumas áreas estavam ficando impróprias para o plantio.
O serviço já foi feito em cerca de 20 quilômetros e a promessa da prefeitura é drenar mais 40 quilômetros na ilha. O primeiro trecho foi feito há aproximadamente 40 dias. “Estamos trabalhando nas áreas mais afetadas porque a drenagem ajudar a dessalinizar o solo. Acreditamos que uma das razões para essa salinização tenha sido porque no local eram produzidas grandes quantidades de arroz e não havia uma rotação de cultura”, explicou Marizan Silva.
A Ilha de Assunção tem uma área de 6 mil hectares, onde habitam aproximadamente 4,2 mil habitantes. No local, além do arroz, também são cultivados melancia, cebola, banana, mamão, e maracujá, todos vendidos para o mercado interno e externo. Os produtores familiares, a maioria descendentes de índios, recebem assistência técnica do município e do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).
Fonte: G1.com
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