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Sucos de frutas serão atração em estande do perímetro Bebedouro na Fenagri

Os visitantes da 25ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri) poderão se refrescar do conhecido calor de Petrolina (PE), no Vale do São Francisco, degustando sucos de manga, goiaba, maracujá, acerola e umbu. Para isso, bastará dar uma passada no estande do Bebedouro, perímetro implantado e gerido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) onde o agricultor José Renato da Silva Cordeiro e sua mulher, Creuza, cultivam as frutas e as beneficiam na Agroindústria de Polpa de Frutas Beira Rio, criada pelo casal.
O estande dedicado ao perímetro Bebedouro, que será coordenado pela Cooperativa Agropecuária Mista de Bebedouro (Cambe), estará instalado no pavilhão da agricultura familiar da Fenagri 2014 - maior evento de agricultura irrigada da América Latina, que acontecerá de 28 a 31 de maio no Centro de Convenções Nilo Coelho, em Petrolina, e que terá a presença do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, na abertura.
Além dos sucos, amostras de frutas in natura cultivadas por pequenos produtores no perímetro, como manga, goiaba e uva, estarão expostas no estande do Bebedouro durante a feira.
O agricultor José Renato da Silva Cordeiro é colono da segunda geração de produtores do perímetro irrigado Bebedouro, pioneiro entre os perímetros implantados pela Codevasf em Petrolina. Diferente do pai, Renato resolveu não só plantar, mas transformar o que produz, agregando valor à sua produção - espírito empreendedor que culminou com a criação, há três anos, da Agroindústria de Polpa de Frutas Beira Rio. A unidade foi erguida com recursos próprios numa área de 40 metros quadrados localizada no lote irrigado do produtor.
Para realizar o sonho da fábrica de polpa, José Renato contou com grande apoio da esposa, a agricultora Creuza Macedo Cordeiro. “Trabalhei muitos anos em lanchonetes, e via que tinha demanda para a fabricação de sucos aqui na região. Então conversei com Renato e aí nasceu a ideia da agroindústria. Liguei para algumas ex-colegas de trabalho, que foram nossas primeiras clientes”, conta Creuza.
O produtor também se preparou bastante junto com a mulher e os trabalhadores de sua área irrigada, participando de cursos e capacitações ministrados por entidades como Sebrae e Senai. Renato também teve acompanhamento da Codevasf por meio da empresa contratada para prestar assistência técnica e extensão rural (Ater) no perímetro.
“Colocamos todos os trabalhadores do lote para se capacitar também e ajudar na produção das polpas. As esposas deles também fizeram os cursos e trabalham diretamente na linha de produção”, revela Renato
A produção da fábrica ainda é de pequena escala. Hoje, a polpa fabricada nos sabores de manga, goiaba, maracujá, acerola e umbu é vendida sob encomenda ou por meio de instrumentos de compras públicas do governo federal, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de prefeituras, cozinhas comunitárias e o restaurante popular de Petrolina. A produção diária é de 8 mil kg de polpa, que têm validade de 1 ano e total acompanhamento nutricional. 
Na estrutura, a fábrica conta com máquinas e duas câmaras frias. A de resfriamento tem uma temperatura mantida a 4 graus e capacidade para receber até 4 mil kg de polpa. Já a de resfriamento trabalha numa temperatura de 18 graus e armazena até 5 mil kg do produto.
As embalagens são de 500 gramas e de 1 kg. O preço para a compra direta ou encomendada custa entre R$ 2,00 e R$ 4,00. A matéria prima é toda cultivada na área irrigada do produtor e de outros colonos do perímetro. “Desde que iniciei a fábrica, ninguém mais perdeu fruta aqui no Bebedouro. Compramos tudo para produzirmos as polpas”, frisa Renato.

Uva, manga e frango caipira

Além da produção de frutas e da agroindústria, Renato planta e vende uva de mesa para o mercado regional, e manga para estados como Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Na área, o produtor e a esposa criam ainda mais de 300 galinhas caipiras que são alimentadas com as sobras da matéria-prima da fábrica. 
Parte da criação de galinhas vai para abate. Outra parte é para a produção de ovos que são vendidos aos moradores do perímetro, comunidades vizinhas e cidades próximas ao Bebedouro. Em uma área onde o plantio é mais difícil, Renato aproveitou e construiu duas estruturas: uma para a criação de porcos e outra para criar peixes de espécies como tambaqui e carpa, ampliando a cadeia produtiva do lote.


Fonte: Codevasf

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