Não há água suficiente nas bombas que levam água até as plantações. Arroz irrigado movimenta a economia da região de Neópolis.
Em Sergipe, os produtores de arroz irrigado estão preocupados com a falta de chuva. O nível do Rio São Francisco está baixo e dificulta o trabalho das bombas que puxam água até as plantações.
No trecho que corta o município de Neópolis, o Rio São Francisco está com apenas dois metros de profundidade, quando normalmente chega a 20 metros. Por causa disso, bancos de areia estão visíveis, dificultando a passagem das balsas que fazem a travessia entre os estados de Sergipe e Alagoas.
Outro problema é que as propriedades que ficam às margens do rio, não conseguem bombear a água, prejudicando toda a irrigação das lavouras.
A situação do Rio São Francisco também reflete na rizicultura. O arroz irrigado movimenta a economia da região e já começou a ser plantado em três municípios, mas a preocupação é que a baixa vazão de água traga prejuízos.
José Soares é um dos 600 agricultores que cultivam arroz no Perímetro Irrigado Betume, que fica em Neópolis. Ele tem três hectares plantados e está com medo de não colher nada. “O caule vinga, mas não enche, fica chocho na casca e na hora de colher, você pensa que tem arroz e não tem, é tudo palha porque não encheu o grão", diz.
A administração do local três novas bombas em trechos mais profundos do Rio São Francisco para tentar melhorar o abastecimento de água.
No ano passado, os agricultores do perímetro colheram 18 mil toneladas de arroz, enquanto este ano, esperam uma queda de 20% na produção. As nove estações de captação, que levam água até as lavouras, estão operando com a capacidade reduzida pela metade.
Fonte: Globo Rural
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