Agricultores familiares recebem orientações sobre escolha da área, preparo do solo, tratos culturais e fitossanitários, adubação, irrigação e colheita.
A introdução de novas tecnologias vem elevando a produtividade, a qualidade e o valor de mercado das uvas produzidas em São Vicente Férrer, Agreste Setentrional de Pernambuco. Nesse município, a vitivinicultura movimenta uma média anual de R$ 30 milhões com expectativa de crescimento médio de 4% ao ano, na área plantada.
A maioria dos vitivinicultores da região é de agricultores familiares dos Sítios: Esquecido, Jararaca, Quatis e Mirim, assistidos pelo escritório do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) de São Vicente Férrer. Segundo o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Aldo Santos, a esses agricultores familiares são prestadas orientações que incluem a escolha da área, preparo do solo, tratos culturais e fitossanitários, adubação, irrigação e colheita.
A comercialização, em sua maioria, é realizada no próprio município com os empresários rurais que fornecem o produto para a Ceasa, supermercados e feiras da região metropolitana de Pernambuco e algumas cidades do Estado da Paraíba e Alagoas. “A uva de São Vicente Férrer pode ser consumida “in natura”, como uva de mesa, ou beneficiada para produção de sucos concentrados e vinho de mesa”, explica o presidente do IPA, Genil Gomes.
O município de São Vicente Férrer está localizado no Agreste Setentrional, especificamente, no Vale do Sirijí, Estado de Pernambuco. Apesar de estar localizado em um brejo de altitude no Agreste do estado, possui características bastante semelhantes às da Zona da Mata, em vegetação, clima e solos.
O cultivo da videira (Vitis ssp.), em São Vicente Férrer,tem um histórico de mais de 60 anos, desde sua introdução em 1944, quando alguns agricultores familiares introduziram as primeiras mudas na região. Atualmente, o município possui aproximadamente 500 ha de área plantada, em pequenas propriedades que variam de 0,5 a 15 hectares. A variedade cultivada até hoje é a 'Isabel' que melhor se adaptou às condições climáticas e ao relevo acidentado da região, produzindo duas safras anualmente, com produtividade média de 40 t/ha/ano.
Fonte: Portal Dia de Campo
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