Seguro é pago a quem perdeu a safra por problemas climáticos. Pessoas que já morreram, políticos e donos de carro de luxo recebiam.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário vai suspender o pagamento do Garantia-Safra para milhares de produtores rurais. Um relatório do Tribunal de Contas da União apontou irregularidades no benefício com o cadastro de 66 mil beneficiários.
"Já na folha de pagamento de março, nós vamos suspender preventivamente a maioria desses beneficiários do Garantia-Safra que o Tribunal de Contas da União apontou irregularidades", diz Walter Bianchini, secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
O Garantia-Safra é um seguro pago aos agricultores do Nordeste que perderam a safra por problemas climáticos. Na semana passada, o Tribunal de Contas da União determinou que o Ministério do Desenvolvimento Agrário faça uma varredura no sistema de cadastro e exclua as pessoas que recebem o benefício irregularmente.
Na lista, aparecem pessoas que já morreram e que moram fora da área de cobertura do Garantia-Safra, que é a região semi-árida. Há ainda beneficiários que ganham mais de um salário mínimo e meio e, portanto, não têm direito a receber o benefício, entre eles políticos e donos de carros de luxo.
Segundo o Tribunal de Contas da União, o prejuízo com o pagamento de benefícios irregulares somou R$ 66 milhões nos últimos dois anos.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário informa que agora será suspenso o pagamento de cerca de 45 mil beneficiários. Os outros 21 mil em situação irregular ainda serão investigados antes de qualquer decisão.
Os técnicos vão examinar, por exemplo, a situação dos agricultores que precisam sair de casa para complementar a renda.
“Aqueles que trabalham fora da região em caráter temporário e que preenchem o critério da renda inferior a um salário mínimo e meio e a família continua residindo no local em que ele aderiu, então esses merecem continuar recebendo o benefício. Aqueles que se mudaram da região serão prontamente excluídos”, completa Bianchini.
Fonte: G1.com (http://twixar.me/28K)
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