Estado enfrenta dificuldades no plantio irrigado devido as interrupções constantes no abastecimento de energia elétrica.
As oscilações constantes no fornecimento de energia para a metade sul do Rio Grande do Sul estão provocando prejuízos na produção de arroz. O assunto foi debatido nesta quinta, dia 9, em Brasília, numa reunião com representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) das concessionárias de energia e também da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Cerca de 70% do arroz que vai à mesa dos brasileiros é produzido no Estado gaúcho. A metade sul do Rio Grande do Sul responde com 20% da produção, mas enfrenta dificuldades no plantio irrigado por causa das interrupções constantes no fornecimento de energia elétrica. Segundo o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, é comum a queima de equipamentos por causa das oscilações no fornecimento.
– Hoje nós temos uma perda de 5% na produtividade na região Sul. Além da queda de produtividade que é eminente, esses produtores provavelmente estarão sendo ainda mais penalizados com multas nas cobranças – diz Dornelles.
Os produtores de arroz pedem que as três concessionárias de energia do Estado façam manutenções constantes na rede de distribuição e que a ANEEL passe a cobrar o valor da tarifa normal de uso de energia sem o acréscimo previsto para a utilização durante o horário de pico que é das 18 às 21 horas.
– Essa situação não há mais como se tolerar. É um problema que vem de longa data, desde 2004 vem acontecendo. Precisamos dar um basta nisso, vamos fazer exercer os contratos – enfatiza o diretor da ANEEL, André Nóbrega.
As concessionárias de energia do Rio Grande do Sul terão que apresentar um cronograma de investimentos que garanta o fornecimento contínuo de energia para a área rural da metade sul do estado. A expectativa da ANEEL é de que o problema seja resolvido até o fim do ano.
– Nós precisamos refletir sobre os rumos da agricultura irrigada no Brasil, porque ela necessariamente precisa de uma energia com o mínimo de qualidade – conclui o presidente da Federarroz.
Fonte: Ruralbr Agricultura (http://twixar.me/Hx)
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