Investimento em infraestrutura e uso racional da água, em assistência técnica e extensão rural, créditos rurais tomados em bancos públicos e muita vontade de um grupo de agricultores familiares de prosperar com cultivo de frutas no semiárido baiano. Foi esta conjunção de fatores que resultou em um salto de 244%, num período de quatro anos, na produção dos lotes do projeto piloto Formosinho, perímetro irrigado gerido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Coribe, no Médio São Francisco da Bahia.
São 40 lotes familiares e uma área irrigável de pouco mais de 400 hectares – 70% desta área estão hoje ocupados e com perspectiva de continuar crescendo. Somente neste ano, a área plantada de banana – que atualmente corresponde à metade da ocupação – aumentou em 40%. A produção, em toneladas, registra ritmo crescente: foram 417 toneladas em 2008, dobrando em 2010 para 984 toneladas e, em 2012, saltando para 1.255 toneladas.
A expectativa é de que em 2014 a exploração do perímetro chegue a uma taxa de 80% a 85%. Os dados contabilizados pela Codevasf registraram um faturamento bruto de cerca de R$ 1 milhão em 2012 (não passava de R$ 195 mil em 2008), e a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado de Formosinho (ASPPIF) aposta fechar 2013 na casa de R$ 1,6 milhão.
“De 2009 para cá, cerca de 500 empregos diretos e indiretos foram gerados no Formosinho”, garante Ubirajara Bessa Filho, chefe da Unidade de Apoio à Produção da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, baseada em Bom Jesus da Lapa. Cerca de 450 pessoas têm seu sustento diretamente garantido pela produção do projeto.
Os investimentos feitos pela Codevasf na infraestrutura e boas ideias de gestão também ajudaram a impulsionar o desempenho. Dênis Gardel, chefe do escritório da Codevasf em Santa Maria da Vitória e responsável pelo perímetro, lembra que em 2009 o projeto ainda era considerado inviável devido ao custo da água, considerado muito alto. “Mas a Codevasf teve a ideia de construir tanques reservatórios individuais em cada lote e os produtores começaram a armazenar água durante a noite, quando a energia é mais barata. Foi o primeiro passo para demonstrar que o projeto podia dar certo”, conta.
Adicionalmente, a Codevasf investiu em estação de bombeamento, recuperação de bombas, motores, manutenção e estrutura elétrica. Trinta planos de crédito rural foram feitos nesse período para produtores de Formosinho, tanto no Banco do Brasil quanto no Banco do Nordeste; o crédito injetou cerca de R$ 1,3 milhão na instalação de sistemas de irrigação e no custeio da produção.
Banana foi crucial para virada
A Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) contratada pela Codevasf teve papel importante no salto experimentado pelo projeto: ela ajudou a que os produtores desenvolvessem ações econômicas, sociais, ambientais, de monitoramento e controle de pragas e doenças, e estimulou a mudança do sistema de irrigação. Foi também a Ater que apontou um caminho decisivo para o progresso do Formosinho: o cultivo da banana.
“Em 2009, a Codevasf, por meio da Ater, começou a estimular os produtores do projeto Formosinho a investirem em banana. Até então era uma atividade que não era desenvolvida no perímetro. No final de 2009, alguns produtores começaram a cultivar em pequenas áreas, com recursos próprios. Em 2010, a sensibilização da Ater juntos aos bancos fez com que os agentes financeiros passassem a acreditar na atividade e financiar as primeiras áreas com essa cultura”, recorda Breno Sardinha, chefe da equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural fornecida no âmbito do projeto.
“Eu comecei tentando produzir grãos, mas não deu em nada. Hoje a banana é o carro-chefe daqui, e a Codevasf dá um apoio muito grande”, afirma Davi Andrade da Silva, presidente da ASPPIF (Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado de Formosinho), que não se arrepende de ter deixado um emprego no serviço público para ser bananicultor no projeto.
O exemplo bem sucedido do projeto Formoso, outro perímetro irrigado gerido pela Codevasf na região, também foi decisivo para encorajar os produtores de Coribe: Formoso tem mais de seis mil hectares de banana cultivados e é responsável por colocar o município de Bom Jesus da Lapa em segundo lugar no ranking de produção de banana do país, atrás somente da região do Vale do Ribeira, em São Paulo.
“Antes, em Formosinho, os produtores apostavam em coco, manga, laranja, entre outros produtos que não trazem um retorno imediato. O ciclo da banana é bem mais rápido e a banana já estava em evidência, estabelecida na região, e os produtores tiveram coragem para mudar. Nem todos os lotes estão produzindo, mas os agricultores estão convencidos de que a banana é o produto a ser trabalhado”, destaca Dênis Gardel.
Ouça aqui a notícia da Rádio CODEVASF
Fonte: CODEVASF
São 40 lotes familiares e uma área irrigável de pouco mais de 400 hectares – 70% desta área estão hoje ocupados e com perspectiva de continuar crescendo. Somente neste ano, a área plantada de banana – que atualmente corresponde à metade da ocupação – aumentou em 40%. A produção, em toneladas, registra ritmo crescente: foram 417 toneladas em 2008, dobrando em 2010 para 984 toneladas e, em 2012, saltando para 1.255 toneladas.
A expectativa é de que em 2014 a exploração do perímetro chegue a uma taxa de 80% a 85%. Os dados contabilizados pela Codevasf registraram um faturamento bruto de cerca de R$ 1 milhão em 2012 (não passava de R$ 195 mil em 2008), e a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado de Formosinho (ASPPIF) aposta fechar 2013 na casa de R$ 1,6 milhão.
“De 2009 para cá, cerca de 500 empregos diretos e indiretos foram gerados no Formosinho”, garante Ubirajara Bessa Filho, chefe da Unidade de Apoio à Produção da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, baseada em Bom Jesus da Lapa. Cerca de 450 pessoas têm seu sustento diretamente garantido pela produção do projeto.
Os investimentos feitos pela Codevasf na infraestrutura e boas ideias de gestão também ajudaram a impulsionar o desempenho. Dênis Gardel, chefe do escritório da Codevasf em Santa Maria da Vitória e responsável pelo perímetro, lembra que em 2009 o projeto ainda era considerado inviável devido ao custo da água, considerado muito alto. “Mas a Codevasf teve a ideia de construir tanques reservatórios individuais em cada lote e os produtores começaram a armazenar água durante a noite, quando a energia é mais barata. Foi o primeiro passo para demonstrar que o projeto podia dar certo”, conta.
Adicionalmente, a Codevasf investiu em estação de bombeamento, recuperação de bombas, motores, manutenção e estrutura elétrica. Trinta planos de crédito rural foram feitos nesse período para produtores de Formosinho, tanto no Banco do Brasil quanto no Banco do Nordeste; o crédito injetou cerca de R$ 1,3 milhão na instalação de sistemas de irrigação e no custeio da produção.
Banana foi crucial para virada
A Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) contratada pela Codevasf teve papel importante no salto experimentado pelo projeto: ela ajudou a que os produtores desenvolvessem ações econômicas, sociais, ambientais, de monitoramento e controle de pragas e doenças, e estimulou a mudança do sistema de irrigação. Foi também a Ater que apontou um caminho decisivo para o progresso do Formosinho: o cultivo da banana.
“Em 2009, a Codevasf, por meio da Ater, começou a estimular os produtores do projeto Formosinho a investirem em banana. Até então era uma atividade que não era desenvolvida no perímetro. No final de 2009, alguns produtores começaram a cultivar em pequenas áreas, com recursos próprios. Em 2010, a sensibilização da Ater juntos aos bancos fez com que os agentes financeiros passassem a acreditar na atividade e financiar as primeiras áreas com essa cultura”, recorda Breno Sardinha, chefe da equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural fornecida no âmbito do projeto.
“Eu comecei tentando produzir grãos, mas não deu em nada. Hoje a banana é o carro-chefe daqui, e a Codevasf dá um apoio muito grande”, afirma Davi Andrade da Silva, presidente da ASPPIF (Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado de Formosinho), que não se arrepende de ter deixado um emprego no serviço público para ser bananicultor no projeto.
O exemplo bem sucedido do projeto Formoso, outro perímetro irrigado gerido pela Codevasf na região, também foi decisivo para encorajar os produtores de Coribe: Formoso tem mais de seis mil hectares de banana cultivados e é responsável por colocar o município de Bom Jesus da Lapa em segundo lugar no ranking de produção de banana do país, atrás somente da região do Vale do Ribeira, em São Paulo.
“Antes, em Formosinho, os produtores apostavam em coco, manga, laranja, entre outros produtos que não trazem um retorno imediato. O ciclo da banana é bem mais rápido e a banana já estava em evidência, estabelecida na região, e os produtores tiveram coragem para mudar. Nem todos os lotes estão produzindo, mas os agricultores estão convencidos de que a banana é o produto a ser trabalhado”, destaca Dênis Gardel.
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Fonte: CODEVASF
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