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Agricultores do Alto Tietê já se preparam para período de seca

Alguns já investem em equipamentos que geram economia de água. Governo estadual oferece linhas de créditos especiais.

Com a aproximação do período mais seco do ano, os produtores do Alto Tietê já começam a se prevenir. No ano passado, alguns agricultores chegaram a protestar contra a lacração de bombas no campo, medida tomada pelo governo estadual para manter a economia de água. Este ano, por enquanto, quem vive da agricultura diz que a situação está sob controle, mas o período é de cautela, pois ainda há previsão de seca.
Uma das alternativas no sítio para enfrentar a seca, economizando água, é um sistema de irrigação a partir de fitas com micro furos que levam água para os canteiros. Com esguichos mais finos, a ideia é não dar espaço para o desperdício. Essa é uma medida que já está sendo adotada em um sítio na região. "Esse sistema é indicado para culturas baixas, como alface, rúcula, entre outros. Investi em torno de R$ 0,90 o metro. É mais nas fitas, porque o restante dá para ser aproveitado o sistema que já existia no sítio", explica o produtor Evandro Toshiyuki Omura.
Na parte de cima do sítio, a produção fica debaixo de telas que protegem as hortaliças dos extremos: desde o sol forte até as geadas. O produtor decidiu apostar em aspersores importados. Que giram e tem pequenos furos que garantem uma vazão de 300 a 450 litros por hora. Como são mais direcionados que os convencionais, acabam gastando menos água também.
O produtor ainda escolheu usar canos colados pra evitar vazamentos. Esse foi o investimento mais recente, mas não o último. Omura diz que tem mais ideias. "Pretendo mudar para gotejamento. Fazer uma pequena área de teste e se funcionar vou implantar no sítio todo", diz.
Outro aliado pra enfrentar a falta de água é utilizar reservatórios. No sítio do Omura há um com capacidade para um milhão de litros de água. Ele é abastecido por um poço artesiano e, quando o tempo ajuda, também enche com a chuva . O produtor diz que com todos os sistemas que apostou, já conseguiu uma economia de água de 50%.
A compra dos equipamentos foi possível graças à disciplina com os gastos. Boa parte do que ganha, Omura diz que investe no sítio. Nem todos conseguem. Por isso, hoje o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, o Feap, oferece uma linha de financiamento no estado chamada de agricultura irrigada paulista. A ideia é que os agricultores tenham recursos para investir na economia de água de fontes superficiais, como rios e nascentes
Os itens financiáveis são: a construção de poços artesianos ou semi artesianos - incluindo equipamentos de sucção e bombeamento - e a aquisição e modernização de equipamentos de irrigação incluindo todos os itens e acessórios necessários para viabilização do projeto técnico, que garantam maior eficiência no uso dos recursos hídricos.
A taxa de juros é de 3%. Podem ser beneficiados produtores rurais com renda agropecuária anual de até R$ 800 mil que deve representar no mínimo 50% da sua renda bruta anual. "A renda agropecuária dele não pode passar R$ 800 mil, porém, dependendo da cadeia produtiva ele tem os rebates. Então no caso da floricultura ele pode chegar a R$ 2,6 milhões. O endividamento que ele pode ter somando todas linhas não pode passar R$ 600 mil", explica o assistente de planejamento do Cati, Roberto Ohmori.
O analista da Cati ainda explica que caso o agricultor já tenha começado um projeto, é possível também financiar o que falta. "Se fata somente o projeto de irrigação, isso pode estar incluído desde que esteja no projeto", explica.
Mas apesar do financiamento interessar agricultores, o produtor Evandro Omura diz que o medo ainda é grande. O produtor tem o ato declaratório, que permite captar água dos rios, mas, mesmo assim, prefere esperar os próximos anúncios do governo. "Se investirmos e o governo proibir o uso da água vai ser pior ainda", finaliza.
Para construir poços artesianos ou semi artesianos, o teto pro financiamento é de R$ 200 mil Esse valor sobe para R$ 500 mil no caso da aquisição ou modernização dos equipamentos de irrigação. O prazo pra pagamento é de até 8 anos, incluindo a carência de três.


Fonte: G1.com






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