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'Vamos tentar reverter', diz ministra sobre tarifa vermelha para irrigação

Ministra Kátia Abreu visitou o oeste da Bahia no final da manhã desta sexta. Ela participou da 11ª Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães.

Diante da reclamação de produtores rurais sobre a inclusão da atividade de irrigação na lista da bandeira vermelha, tarifa extra de energia aplicada desde janeiro, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou na manhã desta sexta-feira (5), no município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, que estuda junto com o Ministério de Planejamento a possibilidade do governo federal reverter a decisão.
A declaração foi dada durante a 11ª Bahia Farm Show, feira de tecnologia e negócios que começou na terça-feira (2) e termina no sábado (6), com a perspectiva de movimentar cerca de R$ 1 bilhão em vendas.
"Estamos fazendo uma discussão com o Ministério do Planejamento, porque eles acham que a bandeira vermelha é um aumento mínimo e que na verdade foi o aumento próprio da energia que fez toda a diferença [na conta de energia dos produtores]. Nós estamos terminando os estudos para que a gente possa ter uma comparação, mas nós vamos tentar reverter essa situação", comentou a ministra.
Ainda sobre a tarifa vermelha, Kátia Abreu também disse que está em negociação com o Ministério de Minas e Energia. "Eu estive pessoalmente com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e nós estamos fazendo um comparativo. Nós ainda não finalizamos os argumentos para poder fazer uma proposta, mas nós estamos atentos porque isso é um assunto da maior gravidade", admitiu.
No primeiro dia da 11ª Bahia Farm, deputados que integram a Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) chegaram a relatar que aumento nos custos da energia para os produtores chega a 300%.

Plano Safra

Sobre o Plano Safra 2015/2016, anunciado pela ministra Kátia Abreu na terça-feira (2), o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio César Busato, disse que ele não atende os sonhos dos produtores, mas que garante a produção em um momento de cautela na economia nacional.
"Do Plano Safra, tão esperado, nós sabemos das dificuldades existentes e do momento econômico que nós vivemos. Quero lhe dizer, ministra, que não é o Plano Safra dos nossos sonhos, mas que ele atende realmente a necessidade que nós tínhamos de manter os números. A senhora chegou até a aumentar em 20% o valor do custeio para que consigamos continuar plantando e formando as nossas lavouras", elogiou.
O Plano Safra foi lançado com um aumento nos juros, que devem acompanhar a inflação. Conforme previsão do governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, a inflação deve somar 8,2% em 2015. No ano passado, o governo concedeu crédito a taxas de juros de 5,5% ao médio produtor e 6,5% aos demais.
Apesar do aumento na taxa de juros, a ministra Kátia Abreu ressaltou a liberação de R$ 187,7 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário do período 2015-2016. O valor é cerca de 20% superior ao da safra passada, quando foram liberados R$ 156,1 bilhões aos produtores rurais.
"Esse aumento significou muito para os produtores. Isso significou que o governo federal acredita nesse setor, está do lado deles e acha que a grande solução do Brasil é o agronegócio. Agronegócio é investir em absoluta certeza de que vai ter retorno", defendeu.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen, o anúncio do Plano Agrícola superou as expectativas dos agricultores. "Um plano surpreendente, porque nós imaginávamos, ainda que com as reuniões que fizemos, que haveria alguns cortes", considerou.

Escoamento

O presidente da Aiba, Júlio César Busato, aproveitou a presença da ministra para pedir apoio na aceleração de obras de transporte e logística na região, como término da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), complemento da Transnordestina, do Porto Sul e da BR-020, que liga o oeste da Bahia ao Piauí e Ceará.
"Hoje, o transporte e logística estão impactando no nosso custo de produção e nós precisamos em um período curto reduzir esse custo com transporte. O modelo rodoviário nos tira muita competitividade", argumentou. A ministra Kátia Abreu disse que as obras citadas estão avançando.
"Estamos com a ferrovia Fiol, que vai de Luís Eduardo Magalhães até Ilhéus. Estamos com 61% dessa ferrovia pronta. Eu acredito que, até o final do ano que vem, ela possa estar concluída. Uma outra estrada da maior importância para nós é a BR-020. São 470 quilômetros que precisam ainda ser completados com asfalto e que a presidente vai colocar no PAC3", concluiu.


Fonte: G1.com - Bahia

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