O jovem microempresário Bruno de Sousa Moslaves, 31 anos, sempre teve vontade de produzir na agricultura, mas não tinha oportunidades. Natural da cidade paranaense de Vaiporã, casado, dois filhos, conheceu a esposa, que é maranhense de Magalhães de Almeida, em Brasília, e resolveu tentar a sorte no estado da mulher. Desde novembro Bruno adquiriu um lote de 4 hectares de terra no projeto de irrigação Tabuleiros de São Bernardo (MA) onde pretende produzir milho, coco, banana e feijão na entressafra. “Esse projeto de irrigação tem grande potencial, porque a água é de um rio perene – o Parnaíba - e a região é carente de produtos, pois a banana vem até da Bahia e a macaxeira do Ceará”, explica. Bruno vai começar a plantar agora, usando gotejamento e microaspersão na irrigação. A procura por terra no projeto está se intensificando, conta o presidente da Associação dos Irrigantes, Carlos André.
Para ver esse potencial, uma comitiva integrada por dirigentes e técnicos do DNOCS, sob a coordenação do diretor geral, Walter Gomes de Sousa, e formada pelos diretores Glauco Mendes (Infraestrutura Hídrica), Laucimar Loiola (Desenvolvimento Tecnológico e Produção), pelo coordenador de Obras Felipe Cordeiro, pela assessora da diretoria de Produção, Nádia Farias, e pelo coordenador estadual do DNOCS no Piauí, Aluísio Ferro, esteve no último dia 30 no local, tendo como objetivo elaborar um diagnóstico das potencialidades e entraves na execução do projeto.
O projeto, que já entregou 542ha irrigáveis a 78 irrigantes, hoje está com 188ha produzindo banana e coco e algumas áreas com goiaba e limão. O coordenador Aluísio Ferro explica que até março mais treze lotes de 12ha cada, serão licitados. Segundo os irrigantes, o principal problema do projeto é a distribuição da água para produção por causa da infraestrutura atual, pois o empreendimento hidroagrícola conta com apenas uma bomba em funcionamento e seriam necessárias quatro para atender a demanda da área já disponível para produção.
O diretor geral do DNOCS, Walter Gomes de Sousa, afirmou em reunião posterior à visita técnica que o projeto tem que ser autosuficiente. “O DNOCS tem consciência dos problemas, mas tem que ser feito um trabalho em conjunto para entregar o perímetro em condições de uso e é também necessário que as pessoas adquiram os lotes que estarão em licitação para se somar aos irrigantes já existentes e fortalecer o processo produtivo”, acrescentou. O diretor de Infraestrutura, Glauco Mendes, salientou que no ano passado foi elaborada toda a licitação para a recuperação e complementação do perímetro irrigado, mas está na dependência do ministério do Planejamento dar o aval para que essa licitação seja realizada.
O diretor de Produção, Laucimar Loiola, disse que o objetivo da visita e da reunião foi ver a realidade do projeto. “O importante é que tem água e facilita a obtenção de recursos para revitalizar o empreendimento”, finalizou. De acordo com o coordenador estadual do DNOCS, será feito um pregão para aquisição de uma nova bomba e recursos na ordem de R$ 960 mil já estão disponíveis e as bombas que estão sem funcionar deverão ser avaliadas para uma necessária recuperação.
Fonte: DNOCS
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