Opinião é de especialista, diretor do Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana
Diante o cenário de crise hídrica, que também afeta o setor sucroenergético, prestes a abrir a safra 15/16 em regiões do Centro-Sul, o JornalCana buscou informações sobre o tema com alguns especialistas em água e irrigação, como Fernando Braz Tangerino, professor da UNESP Ilha Solteira, diretor Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID) e membro do Conselho do Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana (GIFC); e Patrick Francino Campos, diretor do GIFC.
Confira entrevista:
A cana irrigada é uma alternativa neste 2015 no qual o déficit hídrico deve continuar acentuado em várias regiões do Estado de São Paulo?
Patrick Campos:
“A cana irrigada sempre será a alternativa para garantir a produtividade dos canaviais e evitar o efeito sanfona que acontece nos canaviais e em outros ramos do agronegócio, como o boi.”
Como lidar com a produtividade em tempos de crise hídrica?
Fernando Braz Tangerino:
“A queda da produtividade média da cana depende da quantidade de água que a cana recebe. Por dois anos seguidos a instabilidade e volume com que as chuvas chegaram trouxeram problemas reais para o equilíbrio financeiro das usinas. Sem produtividade elevada não há como manter o setor e a irrigação não deve ser vista apenas como a alavancagem da produtividade. Devemos olhar também para o custo de não se irrigar. Assim, acredito que São Paulo deve aproveitar a experiencia de exito obtida em outros Estados com o uso da irrigação e parar de acreditar que as chuvas virão como gostaríamos que ela viesse.”
Fonte: Jornal Cana
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