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Castanhão se transforma em instrumento de pesquisas nacionais e internacionais

O Complexo Castanhão, localizado no médio Jaguaribe, no estado do Ceará, está se transformando em uma importante ferramenta de pesquisa para técnicos e estudantes brasileiros e estrangeiros. Nos últimos meses, diversos discentes estiveram visitando o local, construído pelo Departamento de Obras Contra as Secas (DNOCS), para conhecer, em detalhe, a complexidade da estrutura e estudar a grandiosidade da obra.
No período em que o Nordeste passa por uma das maiores secas dos últimos 50 anos, o açude Castanhão vem se destacando na luta contra a falta de chuva. Vocacionado para o uso na agricultura irrigada, piscicultura, pesca, lazer náutico, abastecimento das cidades do baixo Jaguaribe, da Grande Fortaleza e do Complexo Portuário do Pecém, mesmo com a estiagem, a barragem ainda comporta significante quantidade de água para suprir a demanda pelos próximos dois anos (com aporte zero e sem recarga), de acordo com o coordenador do Complexo Castanhão, José Ulisses Souza.
Essas características hídricas e a capacidade de manter-se produtivo em períodos climáticos adversos chamaram a atenção de especialistas e discentes de todo o mundo. Este ano, o Complexo já recebeu visitas de membros do Banco Mundial e de estudantes do curso de Engenharia Civil de universidades americanas, que estudaram a eficácia do abastecimento da barragem.
Representantes da Secretaria de Recursos Hídricos da cidade de Campinas, em São Paulo, também fizeram uma visita ao local para traçar um parâmetro comparativo entre a engenharia hídrica paulista e a cearense. Vale lembrar que, atualmente, São Paulo sofre uma enorme crise de abastecimento, onde dois dos principais sistemas (Cantareira e Guarapiranga) estão entrando em colapso. Na próxima segunda-feira (03/11), alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) agendaram uma ida até o Castanhão para estudar os fatores climáticos da região.
José Ulisses Souza explicou ainda que a barragem tem uma demanda anual de 700 milhões de metros cúbicos de água e, atualmente, o Castanhão está com 2 bilhões de metros cúbicos (30% da capacidade). A capacidade de armazenamento total do Complexo é de 6,7 bilhões, o que corresponde a 37% de toda a capacidade de armazenamento dos cerca de 8 mil reservatórios cearenses.


Fonte: DNOCS

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