Institutos federais participam da competição com atividades de inseminação artificial, irrigação e agrimensura.
A procura por técnicos que atuem nas áreas de agricultura e pecuária tem crescido em todo o País. Prova disso é a presença inédita das competições de agropecuária nesta 8ª edição da Olimpíada do Conhecimento, que segue até sábado (6), em Belo Horizonte. Os institutos federais participam com atividades de inseminação artificial, irrigação e agrimensura.
“Faltam profissionais capacitados para trabalhar com irrigação no campo”, confirma o avaliador líder da área de irrigação do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, Marcos Caldeira Ribeiro. "E a agropecuária depende disso para se desenvolver e aumentar a produtividade.”
Nesta edição da Olimpíada do Conhecimento, dez competidores, representantes dos institutos federais do Sul de Minas Gerais, do Triângulo Mineiro, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e do Piauí farão provas que exigem conhecimento prático de preparação de projeto, montagem e operação de sistema de irrigação. Eles serão avaliados por cinco professores dos institutos federais e por um avaliador externo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Na área de inseminação artificial, 14 estudantes do curso técnico em agropecuária vieram dos institutos do Sul de Minas, do Triângulo Mineiro, Fluminense, do Espírito Santo e do Piauí. Eles vão trabalhar com 17 vacas, trazidas de Pouso Alegre (MG) especialmente para as provas.
A instalação dos animais no Centro de Feiras e Exposições (Expominas), - local onde está sendo realizado o evento - está rigorosamente dentro das normas sanitárias exigidas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A avaliação caberá a três professores e a um avaliador da Embrapa.
No primeiro dia de competição, os alunos serão avaliados quanto ao trabalho com os animais, no emprego do manejo racional e sobre o conhecimento da biologia dos bovinos. “Veremos se os competidores estão interagindo positivamente com os animais”, afirma Rosa. O segundo dia de provas será dedicado a inseminações simuladas, sem os animais.No terceiro e quarto dias, o trabalho será efetivamente executado nas fêmeas.
“Vamos avaliar a habilidade e a técnica no uso dos equipamentos, a questão da sanidade e o se o local de deposição do sêmen foi adequado”, explica o avaliador. Um aparelho de ultrassom vai aferir se a inseminação foi bem sucedida ou não. Os competidores terão um minuto para preparo do sêmen e dois minutos para fazer a inseminação.
Agrimensura
Avaliador líder da área de agrimensura, o professor João Tavares Batista Júnior, do Instituto Federal Sul de Minas, também constata que o mercado de trabalho está carente de profissionais qualificados. Um total de 16 alunos, divididos em oito equipes, serão avaliados por sete professores, por avaliador da Embrapa e por outro da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Entre os requisitos a serem analisados está a topografia aplicada ao pastejo rotacionado para gado leiteiro. Os estudantes devem ser capazes de adequar o espaço disponível para receber o maior número de animais.
As fases de avaliação passam por processamento dos dados, desenho topográfico, montagem e instalação do projeto. Os alunos irão a campo avaliar a topografia de um terreno da região da Pampulha, em Belo Horizonte.
A aplicação do aprendizado no mercado de trabalho é vasta. Abrange desde o georreferenciamento de imóveis rurais até a definição do traçado de rodovias e o tipo de cultura mais indicado para o terreno disponível.
Sobre a competição
A Olimpíada do Conhecimento é considerada a maior competição de educação profissional das Américas. O evento é realizado a cada dois anos para testar as habilidades de jovens com até 21 anos que fizeram ou estão concluindo cursos técnicos.
A edição de 2014 conta com cerca de 800 competidores vindos dos 26 estados e do Distrito Federal para participar de competições em 58 ocupações técnicas ligadas à indústria, ao setor de serviços e à agropecuária.
Uma série de atividades especiais também está programada com o objetivo de revelar para o público o quanto a união entre educação e tecnologia pode tornar a indústria mais competitiva.
Fonte: Portal Brasil
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