A cobertura da quadra de esportes do Colégio Estadual Amâncio Moro, em Corbélia, na região Oeste, virou um “telhado verde”. A escola implantou ao longo da cobertura um sistema de coleta de água da chuva usada para irrigação da horta em dias de escassez e também na limpeza da escola. O projeto resulta em uma economia de 20 mil litros de água tratada por mês e R$ 100,00 a menos na conta de água da escola.
Uma tubulação com filtros foi montada na cobertura da quadra e toda a água da chuva é direcionada para uma caixa de 10 mil litros. A água armazenada é usada para irrigar alface, repolho, pimentão, berinjela, rúcula, almeirão, cenoura e outras hortaliças produzidas sem agrotóxicos.
O diretor da escola e autor do projeto, Francisco Rossoni Neto, conta que a ideia da horta veio antes do sistema de captação da chuva. “Tínhamos um terreno enorme que estava vazio e então pensamos em ocupá-lo com uma horta, que hoje é uma fonte de recursos pedagógicos e de alimentação. Para economizar recursos ambientais e também dinheiro resolvemos instalar uma irrigação com água da chuva”, fala Neto.
No terreno de 250 metros quadrados os alunos aprendem a preparar a terra, semear, plantar e colher os alimentos. As atividades na horta acontecem aos sábados e sempre com a supervisão do diretor.
Atualmente, mais de 30 crianças das séries finais do ensino fundamental participam do projeto. Parte da produção é usada na merenda. “Eles se sentem mais participativos quando vão consumir a merenda e sabem que foram eles que produziram parte dos alimentos”, conta Neto.
O princípio de sustentabilidade financeira também é aplicado no projeto. Parte dos alimentos é vendida para a comunidade e os recursos são usados para comprar sementes e insumos para a horta.
VARIEDADE
As hortaliças também contribuem para variar o cardápio servido aos alunos. A cada dia um prato novo – saladas, guizado de chuchu e refogado de abóbora, doces e pães de abóbora são algumas das receitas preparada pela merendeira Mafalda Luíza de Macedo. “Nós inventamos uma coisa diferente todo dia para que eles criem o hábito de comer alimentos mais saudáveis e a horta ajuda muito”, conta Mafalda.
O resultado é uma alimentação mais variada e saudável para os 1.400 estudantes da escola. O aluno Everson Fernandes Monteiro da Silva, 12 anos, do 6º ano, já aprendeu os benefícios de consumir alimentos livres de agrotóxicos. “Consumir alimentos mais saudáveis faz bem para a saúde e nos dá mais energia para o dia a dia”, diz.
BIOESTUFA
Outro projeto desenvolvido na escola é uma estufa de plantas para aulas práticas de Ciências e Biologia. Nela a escola mantém várias espécies vegetais para que os alunos vejam na prática o que aprendem nos livros. “Nosso objetivo é que eles tenham uma ferramenta de aprendizado com uma maneira mais prática e pedagógica”, explica a professora de Biologia Giovana Aparecida Fabres Matte.
A ideia deu certo e incentivou alunos como Eduardo Grecco, 12 anos, do 7º ano, que passou a se interessar mais pela disciplina. “Aqui a aula é mais interessante e fica fácil para aprendermos porque estamos observamos com nossos próprios olhos o que a professora está explicando”, fala.
Fonte: Agência de Notícias do Paraná
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