Reajuste da energia elétrica já chegou a 30% em algumas regiões do RS. Especialistas dizem que produtores não têm como escapar do custo.
O reajuste no preço da energia elétrica já chegou aos 30% em algumas regiões do Rio Grande do Sul neste ano. Os produtores de arroz estão entre os mais afetados com o aumento, já que, na produção do grão, desde a secagem até o armazenamento, a utilização de luz é essencial. De acordo com a Federação de Agricultura do Estado (Farsul), apenas com os gastos de eletricidade, a estimativa é de que os custos da lavoura tenham passado de R$401 para R$522 por hectare.
A irrigação das lavouras, por exemplo, é um dos maiores consumidores de eletricidade. Para especialistas, a saída será aumentar a produtividade. Segundo cálculos do Instituto Rio-grandense de Arroz (Irga), os agricultores precisarão produzir quatro sacos de arroz a mais por hectare para cobrir a diferença.
João Luís Brondani, produtor rural da região central do estado, cultiva cerca de 80 hectares de arroz, com uma conta de luz que chega aos R$30 mil por ano. “O produtor tem que fazer malabarismo. Não pode repassar o aumento na hora da venda do grão, porque o preço é de mercado e alguém tem de pagá-lo”, afirma ele.
O engenheiro do Irga Stefan Richter explica que o produtor não tem como escapar desse custo. Estimando que cerca de 60% dos produtores gaúchos dependem de eletricidade para irrigação das lavouras, o conselho do Instituto é de agricultores procurem variedades com curto ciclo de desenvolvimento, que precisam menos de água. “Com uma lavoura que precisa menos de água, o produtor acaba utilizando menos energia e diminui seu custo de produção”, conclui.
Fonte: G1.com - RS
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