Guaramirim - Fundada em 1969, mas oficializada documentalmente em 5 de dezembro de 1970 junto a Receita Federal, a Sociedade Distribuidora de Água para Irrigação de Guaramirim (Sodag) que em 3 de março de 2007 passou a denominar-se Associação Distribuidora de Água para Irrigação de Guaramirim (ADAI), está recebendo a primeira grande reforma nas bombas e turbinas.
A barragem e a instalação foram feitas pelo Departamento Nacional de Águas e Saneamento (DNOS), extinto em 1990. De acordo com o presidente Valmor Correia, a ADAI conseguiu uma verba de R$ 50 mil da Secretaria de Estado da Agricultura, via deputado João Rodrigues, e está investindo na reforma das quatro máquinas, assegurando a continuidade do fornecimento de água retirada do Rio Itapocu para atender os associados, entre produtores de arroz e indústrias.
Elas são as mesmas desde o início das atividades. Por meio de 20 km de canais a água irriga em torno de 2.500 morgos de arrozeiras de 106 pequenos produtores de arroz que produzem anualmente em torno de 100 mil sacas nas comunidades de Guamiranga, Avaí, Caixa D`Água, Quati e Poço Grande. Além disso, algumas empresas ao longo do curso também se servem desta água.
O trabalho de substituição é feito pelos próprios associados. As peças estão sendo produzidas em empresa local - Mecânica Steffens - e a implantação será de forma gradativa, segundo o presidente Valmor Correia, que estava acompanhado do vice-presidente Jaime Moretti e do segundo tesoureiro Everaldo Sprung ao receber a reportagem.
A ajuda do Governo do Estado está sendo fundamental pelo fato de que a ADAI é formada por orizicultores de pequenas propriedades, muitos dos quais tendo na atividade a única fonte de renda.
Associação projeta construção de nova subida para peixes
A ADAI - Associação Distribuidora de Água de Guaramirim deve construir um novo espaço para possibilitar a subida de peixes, fenômeno chamado de piracema, onde buscam as nascentes para procriar. A construção da barragem no Rio Itapocu, em 1968, pelo DNOS, com aproximadamente dois metros de altura, interrompeu o livre caminho dos peixes, criando impacto ambiental sentido à montante.
Em 1984, ou 26 anos depois da construção da barragem, foi feita uma escada ao lado da casa de máquinas, que hoje não serve para a finalidade proposta. Com a baixa do nível do rio em decorrência da retirada da areia para fins de mineração, uso industrial e consumo humano, a escada está a mais de metro e meio acima do nível. A ADAI, de acordo com a diretoria, quer abrir uma nova passagem, utilizando o próprio leito de pedra natural.
Estudos neste sentido estão sendo feitos. Dirigentes da Associação já avaliam a forma de construir, que, segundo eles, exigirá um baixo custo. Depois de construída a nova subida caberá à fiscalização da pesca predatória, comum naquele ponto do Rio Itapocu, pela facilidade de acesso.
Fonte: Jornal Vale do Itapocu
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