Por ano, são produzidas cerca de 50 toneladas de uva e 40 de manga.
A fruticultura brasileira tem capacidade e variedade reconhecidas mundialmente. Um exemplo são os projetos de agricultura irrigada na região do Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, esta conhecida como a segunda maior produtora de uva do País.
O perímetro de Bebedouro, localizado em Petrolina no Submédio do Vale do São Francisco, tem o cultivo da uva como principal renda do projeto. Em 2013, a produção estimada foi de 3.280 toneladas, totalizando R$ 8,6 milhões, com destaque para as variedades Itália melhorada e comum, Red Globe e Thompson.
O irrigante João Bosco de Araújo, 53 anos, casado e pai de três filhos, possui um lote de 20 hectares em Bebedouro para o cultivo da fruticultura. Mais velho de 10 irmãos, João Bosco relata que sempre ajudou o pai na agricultura, mas em 1975 foi para Petrolina estudar. Dois anos depois, seu pai adquiriu um lote no perímetro, que foi herdado por ele.
O carro chefe na produção do irrigante é a uva e manga. Por ano são produzidas cerca de 50 toneladas de uva e 40 de manga. "Sempre fui agricultor. O único tempo que fiquei de fora da agricultura foi quando servi ao exército. A terra é meu sustento", enfatiza João Bosco.
A capacitação da água para a produção no lote de João é feita a partir do Rio São Francisco. O irrigante trabalha com a irrigação localizada, o que diminui o consumo de água e permite que produzam o ano inteiro mesmo em períodos de seca.
Para o secretário nacional de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional, Miguel Ivan, a irrigação é um grande instrumento de política pública para promover o desenvolvimento em toda a sua amplitude. "A Política Nacional de Irrigação precisa incorporar as necessidades dos agricultores familiares, de forma que eles tenham acesso a sistemas de irrigação em pequena escala, capacitação e assistência técnica. A inclusão destes pequenos irrigantes na cadeia produtiva agrícola é de fundamental importância para o desenvolvimento do País", destaca.
Além de garantir seu próprio sustento e o de sua família com a agricultura irrigada, João Bosco emprega 25 pessoas diretamente. "Eu vivo com recursos próprios da irrigação e ajudo outras pessoas oferecendo emprego na minha propriedade. Mesmo com algumas dificuldades, produzimos o ano inteiro e precisamos de incentivos, todos os setores precisam, mas a agricultura alimenta muita gente", conclui.
Fonte: Ministério da Integração Nacional
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