Hortaliças são colhidas diariamente e consumidas por funcionários do terminal. 'Cultivar horta é mais do que ter alimentos frescos, é terapia', diz jardineiro.
Desde abril do ano passado, Adailton Silva planta coentro, cebolinha, alface, tomate, pimenta, jiló, limão, abóbora, rúcula e até mamão e maracujá no espaço. A horta é irrigada com água captada da chuva, e o adubo é orgânico e produzido no local.
Segundo a gerente do terminal, Vera Suhett, a ideia de criar a horta surgiu depois que o funcionário passou a trabalhar com adubo orgânico, produzido a partir da compostagem de resíduos de podas feitas no próprio terminal.
"A ideia surgiu exatamente pelo fato de [a gente] ter um canteiro de adubo orgânico e ter uma área verde muito grande, muito espaço", disse. "Pensamos: 'já que temos o canteiro, vamos criar a horta, porque na hora do almoço teremos uma verdurinha, uma saladinha fresquinha para se alimentar'. A coisa foi crescendo e deu certo."
"De lá das plataformas, ninguém consegue visualizar a horta", diz Vera. "Os funcionários colhem e comem a saladinha todos os dias na hora da refeição. É tudo bem saudável e bem natural. Tem um gosto diferente, mais gosto de 'verde' mesmo."
A gerente diz que além da adesão total dos funcionários, muitos passaram a levar sementes e mudas para serem plantadas no espaço. Outros começaram a cultivar hortaliças em casa. Segundo Vera, depois de conhecer mais a fundo o funcionamento da horta, ela mesma passou a cultivar mudas de condimentos em casa.
"O seu Adailton me disponibilizou algumas mudas de cebolinha e de coentro. Comprei o pote e plantei em casa", disse. "Depois, foi só deixar crescer e consumir para fazer a refeição com um tempero fresquinho."
Apesar de contar com o apoio dos funcionários, a gerente atribui o sucesso da horta ao carinho do jardineiro pelo espaço. "Ele que toma a frente, tem um carinho especial. Ele vem sempre de manhã cedo e no fim do dia, porque tem outras atribuições", diz.
O jardineiro diz que cresceu na roça e que sempre trabalhou com jardinagem. Morador do Pedregal, ele conta que mesmo com pouco espaço em casa, faz questão de cultivar verduras e frutas no local.
"Tenho um quintal pequeno, mas procuro lotar ele de planta, de verde", diz. "Eu tinha dois pés de tomate que chegaram a três metros de altura. Todo dia tinha tomate de almoço. E o gosto é diferente, é natural."
Silva afirma que cultivar uma horta é mais do que ter alimentos frescos todos os dias.
"A horta em si é uma fonte de terapia. Além de ser um contato direto com a natureza, é uma maneira de distração. Ao mexer com as plantinhas, os problemas ficam mais amenos", diz. "É quase como se [a planta] se tornasse um componente da família, cria a obrigação de estar lá dedicando alguns minutos por dia para cuidar e zelar da horta. É bom.”
Fonte: G1.com/dftv (http://twixar.me/l13)
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