A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) participa, nesta quinta-feira (16), da oficina “Rotas da Integração Nacional: macrorregiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste”. O objetivo é apresentar projetos e parceiros do programa, que é uma das estratégias do Ministério da Integração Nacional para promover o desenvolvimento regional e a inclusão produtiva, além de debater ações em andamento e novas propostas para 2014. A oficina será realizada na sede do Ministério da Integração Nacional, em Brasília, a partir das 8h30. A abertura do evento terá a presença do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, do diretor da Área de Irrigação, Solon Braga, da secretária executiva da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas, Kênia Marcelino, e da Gerente de Desenvolvimento Territorial, Izabel Aragão.
A programação inclui apresentações sobre as rotas do programa, tais como Rota do Pescado, no Alto Solimões; do Açaí, na Amazônia; do Cordeiro, do Mel e da Fruticultura, no Nordeste Semiárido; do Peixe, em Mato Grosso; e da Erva Mate, na Faixa de Fronteira (MS).
“A articulação dos parceiros para viabilização das Rotas de Integração Nacional é de suma importância, pois o desenvolvimento da regiões só ocorrerá com ações organizadas e planejadas, para proporcionar melhoria de vida à população e a possibilidade de trabalho e renda. Nos últimos anos vem sendo observada a redução nas desigualdades de algumas regiões, de forma especial a Nordeste, e iniciativas de promoção do diálogo construtivo tendem a melhorar o resultado das intervenções”, ressalta a secretária executiva da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas, Kênia Marcelino.
A Codevasf estará presente, no período da manhã, na discussão sobre a Rota do Cordeiro, que reunirá representantes da Embrapa Caprinos e Ovinos e dos Governos dos Estados da Bahia, Pernambuco e Ceará. À tarde, a Companhia participará das apresentações relacionadas à Rota do Mel, que incluirá, também, a Sudene e os Governos da Bahia e do Ceará, bem como à Rota da Fruticultura, com a presença de Embrapa Semiárido, Cooperativa Agropecuária Regional de Palmeira dos Índios (Carpil – AL), Universidade de Viçosa (MG) e Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).
Estratégia para inclusão
A Rota da Integração Nacional é uma metodologia que trata do desenvolvimento econômico das regiões mais desiguais a partir de eixos logísticos, incorporando cooperação, tecnologia, acesso ao mercado e capacitação das populações situadas ao redor desses eixos. Essa é a principal estratégia de atuação da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI) para atuação no adensamento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) e no Plano Brasil Sem Miséria, do governo federal, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Desde 2012, o MI e a Codevasf estão responsáveis pela implementação de ações do eixo Inclusão Produtiva do Brasil Sem Miséria. “Desenvolvemos kits produtivos que são distribuídos às famílias em situação extrema pobreza, selecionadas por meio do CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal). Essas pessoas recebem treinamento em uma determinada atividade, como apicultura, caprinovinocultura, produção de hortaliças, entre outras, para que aprendam a produzir. O nosso objetivo é que, depois, elas sejam inseridas em algum APL, com incentivo ao associativismo e cooperativismo”, explica a gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, Izabel Aragão.
As atividades do eixo de Inclusão Produtiva receberam do governo federal um aporte da ordem de R$ 100 milhões. Em 2013, em toda a área de atuação da Companhia, já foram beneficiadas cerca de cinco mil pessoas com essas ações. Os trabalhos são executados, também, por meio de parcerias com instituições como Embrapa, Sebrae e governos estaduais e municipais.
Atividades produtivas
A apicultura é uma das atividades previstas nas Rotas da Integração Nacional. Nesse contexto, até 2014, a Codevasf, em parceria com a SDR/MI, planeja implantar kits produtivos de apicultura (individuais, comunitários e estruturantes) e fornecer ao produtor colmeias e materiais necessários à produção de mel, pólen e cera de abelhas; instalar casas de mel ou equipar as já existentes; implantar unidades de extração de mel, unidades de beneficiamento de pólen, unidades de beneficiamento de ceras e entrepostos. Para o êxito da implantação desses kits, são mobilizadas as comunidades e identificadas as necessidades dos indivíduos e das associações e a vocação produtiva regional. Também há acompanhamento e capacitação do público beneficiado para que inserção na chamada Rota do Mel.
Já as ações da Rota do Cordeiro propõem a instalação de núcleos integrados de produção de animais para abate, localizados estrategicamente em regiões produtoras tradicionalmente reconhecidas, porém com baixos índices de indicativos sociais. Também estão previstos o melhoramento genético de animais, com a apropriação dos resultados pelas comunidades integrantes do setor produtivo; a implantação de sistemas eficientes de alimentação de animais com alta qualidade e mínimo custo por parte das comunidades; a organização e gestão da informação e do conhecimento, com sua disseminação adequada aos beneficiários e, ainda, a capacitação continuada e contextualizada de agentes multiplicadores e produtores.
No que diz respeito à Rota da Fruticultura, a Codevasf vem atuando no segmento da cajucultura de sequeiro, em que oferece apoio à produção nos estados de Alagoas e Piauí, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cajucultura. No estado de Alagoas, inicialmente, a meta é distribuir 480 mil mudas de cajueiro anão precoce destinadas à implantação de novas áreas de produção. Cada produtor selecionado receberá em média 480 mudas para implantação de dois hectares de caju. Os recursos para essa ação são da ordem de R$ 3,8 milhões.
Para o estado do Piauí, onde o apoio à cajucultura já ocorre ao longo dos últimos anos, os investimentos são de cerca de R$ 4,1 milhões para cadastro e seleção de agricultores; aquisição, transporte e distribuição de mais de 1,2 milhão de mudas de cajueiro anão precoce para replantio de áreas afetadas pela seca e ampliação de novas áreas de produção, bem como acompanhamento técnico e capacitação de produtores. A Codevasf também espera inserir o público situado no entorno dos perímetros de irrigação, mas que não atua diretamente na atividade. A ideia, que está sendo amadurecida, é estimular o aproveitamento das frutas com instalação de unidades de beneficiamento nessas regiões.
Fonte: Codevasf
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