Plano diretor sobre sistemas de Irrigação de Minas Gerais é apresentado no Fórum Nacional de Agricultura Irrigada
Cascavel (PR) – As experiências sobre a elaboração e a implantação dos Planos Diretores de Agricultura Irrigada do estado de Minas Gerais entraram em pauta na manhã da segunda feira (5/11), durante a abertura do Fórum Nacional de Agricultura Irrigada.
O evento - paralelo ao XXXII Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (CONIRD) - acontece até esta quarta-feira (7/11), no auditório do Centro de Convenções do município.
A ideia, segundo o diretor de Inovação e Transferência de Tecnologias do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e articulador do Fórum, Marcos Valentin é que estas abordagens possam auxiliar no processo de preparação do plano diretor do estado.
“Estamos em uma zona de transição climática e isso traz grandes possibilidades em
relação à agricultura irrigada. Ao mesmo tempo, que possuímos boa distribuição de
chuvas, temos um inverno bastante seco que causa problemas nas pastagens, na
cultura de inverno e na produção de leite. Consequências que seriam facilmente
resolvidas com bons sistemas de irrigação”, analisa.
Dentro do Plano Diretor mineiro, o Estado ficou dividido em 36 Bacias Hidrográficas. As características e necessidades dessas regiões deverão ser colocadas em prática até o ano de 2015.
Em um ano, três territórios já foram inseridos no programa. “A bacia piloto é a do Rio Claro, com 100 mil hectares. Esta área possui propriedades maiores com produção de Soja e Milho, dividida com o cultivo da Cana de Açúcar - com o beneficiamento do etanol - e agricultores menores que atuam com Pecuária nas partes mais próximas dos rios”, detalha o secretário Adjunto de Agricultura Pecuária e Abastecimento, Amarildo Kalil.
“Está em processo de elaboração, um termo de referência para o licenciamento dos
produtores daquela bacia. Isso garante celeridade ao processo, em fazer o trabalho de
produção aliado à conservação ambiental, para que aconteça uma gestão dos
recursos naturais”, completa.
Opinião compartilhada pelo Conferencista e advogado, pelo Fórum Nacional de Agricultura Irrigada, Lucas Azevedo. De acordo com ele, as mudanças geradas pelo novo Código Florestal não inseriram informações específicas sobre os processos de irrigação.
“Podem haver, por exemplo, alguns empecilhos no que tange ao barramento. O
produtor ao barrar um curso para criar uma represa visando a irrigação,
necessariamente interfere na área de preservação do entorno”, confirma o advogado.
“As dificuldades estão mais ligadas aos procedimentos do licenciamento ambiental e
da outorga de recursos hídricos do que propriamente do Código Florestal”, esclarece.
“É preciso articular um sistema de gestão neste processo da agricultura.Estes debates
tiveram seu auge entre as décadas de 70 e 80. Essa pausa muito se deve ao fato da
situação de escassez que o país passou. Mas, precisamos retomar estas ações: quando
se apresentam a eficiência do uso da água em conjunto com o correto manejo do
solo, estamos falando em verticalizar a produção, com maior produtividade e em
produtos de maior valor agregado”, ressalta o Secretário da SENIR, Guilherme
Augusto Orair.
Redação: Michele Matsuo
ATA DA 8ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO FÓRUM AGRICULTURA IRRIGADA
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