Google+








.

Seminário traz novas possibilidade de cultivos para o Nordeste

Evento que começa nesta quinta, 29, em Pernambuco, apresenta, entre outras coisas, a cultura da pera como uma das alternativas para a região.

A diversificação de cultivos para os perímetros irrigados na região do Vale do São Francisco é um assunto em discussão nas organizações dos produtores, no meio acadêmico e na esfera da política agrária pública. Daí, explica o pesquisador da Embrapa Semiárido Flávio de França Souza, a atualidade do seminário sobre "Novas frutíferas para o Semiárido Irrigado", que acontece durante a realização da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri), no dia 29 de maio, no auditório do Senai, em Petrolina-PE.
O evento traz para o debate os resultados de pesquisas em andamento na Embrapa Semiárido para adaptação do cultivo comercial de macieira, do pereiro e do caquizeiro no ambiente quente do Nordeste. Flávio, que é membro da Comissão Organizadora, destaca a evolução dos estudos com essas espécies, desde os dados coletados em área experimental da Embrapa àqueles registrados em testes nas áreas de produtores.
A programação de palestras do seminário expõe esta situação. Pesquisadores da Embrapa fazem palestras sobre questões relacionadas à fitossanidade, à pós-colheita e ao mercado das culturas. Ao mesmo tempo, dois produtores, que participam do projeto de pesquisa, fazem uma avaliação técnica e falam das perspectivas do cultivo do caquizeiro e macieira no Vale do São Francisco.

Pesquisas

De acordo com Flávio França, estas três culturas são apenas parte de uma pesquisa mais abrangente da Embrapa, que envolve 22 projetos (11 já em andamento) e 118 pesquisadores e técnicos de 25 instituições. Maçã, caqui, pera e ainda a ameixa e o cacau formam um grupo de culturas alternativas para as quais está prevista a definição de um sistema de produção que dê viabilidade econômica aos plantios.
Em uma segunda linha de pesquisa, o objetivo é realizar estudos com várias culturas já implantadas na região, mas que requerem ajustes que tornem mais rentáveis os plantios. Este é o caso das pesquisas com banana, goiaba, coco, acerola, tâmara, citros (tangerina, laranja, limão, mexericas e pomelos) e as anonáceas (pinha, atemoia e graviola).
"A opção por essas culturas é resultado do estreito relacionamento que temos com o setor produtivo e que nos permitiu realizar um levantamento criterioso das demandas prioritárias da fruticultura irrigada regional", afirma o pesquisador da Embrapa.
Para ele, ampliar as opções de espécies frutíferas que possuem potencial de bom retorno econômico é uma estratégia para a sustentabilidade da fruticultura no Semiárido. "A concentração do negócio agrícola irrigado no binômio ‘mangueira e videira', culturas que respondem por 65% do valor de produção anual de frutas na região, cria um quadro de vulnerabilidade para a economia local, pois suas receitas ficam muito expostas aos efeitos das crises internacionais e das oscilações cambiais".
A diversificação também atende uma demanda da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), que investe na instalação de novos perímetros irrigados da região Nordeste. "Aumentar a área plantada mantendo as mesmas alternativas de cultivos poderá causar problemas na comercialização das frutas produzidas", declara Flávio.


Fonte: Portal Dia de Campo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ShareThis

Translate/Traduzir/Traducir/ترجم/翻譯/Übersetzen/Traduire/नुवाद करना/Tradurre/переводить/לתרגם

Últimas postagens

Postagens populares