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Crise hídrica puxa expansão da irrigação por gotejamento

Amplamente utilizada em culturas perenes, a irrigação por gotejamento pode encontrar um espaço para crescer neste ano, alavancada pela conscientização dos produtores que precisarão diminuir o uso da água na lavoura. Entretanto, o alto custo é um dos entraves para extensão da técnica às grandes commodities.
O gerente agronômico da companhia de irrigação israelense Netafim, Carlos Sanches, conta que já foi possível observar um aumento expressivo na demanda por gotejamento. “Em 2014 a procura cresceu 15% e, para este ano, nossa projeção é que este percentual supere 30%. Os produtores têm se conscientizado, em busca de métodos mais eficientes”, explica.

BENEFÍCIOS

Com mais de 300 mil hectares irrigados, a técnica consiste na utilização de canos ou mangueiras com furos localizados para que a água seja aplicada diretamente na raiz da planta. Lavouras de café, cana-de-açúcar, fruticultura e hortaliças, comumente, aplicam o método.
Segundo Sanches, a economia no consumo hídrico gira entre 30% e 50%. Se utilizada junto à fertilizantes – o que configura a fertirrigação- o aumento de produtividade ultrapassa 100%.
O investimento para implantação varia de acordo com a cultura e região. No café, por exemplo, vai de R$ 3,5 mil a R$ 7 mil por hectare.

CONTRAPONTO

Em casos especiais, já é possível encontrar um tipo de gotejamento subterrâneo em lavouras de grãos, geralmente irrigadas por pivô central. Para o setor, um dos principais problemas é o custo de aplicação destes equipamentos em grandes áreas, como de soja e milho. “Este segundo que pode ter cerca de 65 mil plantas por hectare, diferente do hortifrúti, que tem em média 200 plantas na mesma área”, afirma o presidente da Câmara Setorial da Soja, Glauber Silveira da Silva.
O gerente da Valmont, Carlos Reis, acrescenta que o custo da implantação do gotejamento pode até triplicar nos casos de lavouras das grandes commodities, quando comparado ao valor dos equipamentos de sistema por pivô.
“Na verdade, a técnica que será utilizada na irrigação parte da demanda da planta. Sendo assim, o ideal é o uso racional da água. Estamos tentando educar as pessoas para medirem melhor a aplicabilidade no solo, o estágio de desenvolvimento da cultura, expectativa de chuva, etc.”, esclarece o vice-presidente da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação, da Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (Abimaq), Márcio Santos. Para ele, a orientação principal é que aumente o monitoramento sobre o processo completo e que se tenha mais tecnologia embarcada, diante da atual situação de crise e possível restrição de água para a agricultura irrigada.

FOMENTO

Neste mês, a Secretaria de Agricultura de São Paulo lançou o projeto “Agricultura Irrigada Paulista” que disponibiliza um crédito com teto de R$ 500 mil e contempla todos acessórios necessários à viabilização do projeto técnico para o uso da água na lavoura com maior eficiência.
Podem se candidatar os produtores rurais com renda bruta anual de até R$ 800 mil, assim como as cooperativas e associações de produtores rurais com faturamento bruto anual de até R$ 3 milhões e produtores rurais constituídos como pessoa jurídica com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões. O pagamento da dívida poderá ser feito em até 72 meses, incluindo o período de carência de 36 meses.


Fonte: Cenário MT

Kits de irrigação reforçam produção agrícola familiar no sertão de Sergipe

A agricultura familiar em Sergipe vem ganhando novo incentivo da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Até o final do ano passado, 116 famílias em situação de extrema pobreza foram contempladas com kits familiares de irrigação que têm capacidade para irrigar áreas de até 500 m² e possibilitam o plantio de frutas e hortaliças com baixo consumo de água, já que o sistema utilizado é o de irrigação por gotejamento. 
Os 116 kits beneficiaram agricultores de 11 municípios sergipanos. A meta da Codevasf é chegar à marca de 150 famílias contempladas ainda no primeiro semestre de 2015. O investimento foi de R$ 78,4 mil no âmbito do programa Água Para Todos e dentro da estratégia do programa Desenvolvimento Regional Territorial Sustentável e Economia Solidária, que integra o Plano Brasil Sem Miséria. A iniciativa é executada pela Codevasf em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI). 
Morador do assentamento Paulo Freire II, o agricultor Gustavo Miranda foi um dos produtores beneficiados no município de Nossa Senhora da Glória. Ele conta que utilizou o sistema de irrigação para o plantio de milho e quiabo. O equipamento serviu para complementar a renda que já obtinha com a pequena criação de galinhas e a colheita de laranja e tangerina em sua propriedade rural. 
“Esses kits são excelentes e muito importantes, porque a gente consegue produzir com pouquíssima água, muito menos do que a gente gasta usando os métodos convencionais. Quando chegar o inverno e tivermos mais água, vamos alcançar todo o nosso potencial de produção. E a nossa ideia é buscar mais parcerias para servimos de exemplo para outras comunidades da região”, afirma Gustavo. 
O líder comunitário Edmilson Santos, da Associação do Território Remanescente de Quilombo Pontal dos Crioulos, em Amparo do São Francisco, ressalta os benefícios. “Já temos famílias plantando mandioca, tomate, coentro. A maior parte é para consumo próprio, mas elas já conseguiram comercializar um pequeno excedente. Há vários anos pedimos por esse tipo de ação, porque nós temos boas áreas, mas só tínhamos condições de plantar no inverno. Se houver incentivo, as pessoas trabalham. Por isso, nosso sonho é conseguir que mais famílias sejam beneficiadas”, declara Edmilson. 

Alternativa econômica

Para o superintendente regional da Codevasf, Said Schoucair, o kit de irrigação representa uma oportunidade para pequenos produtores. “Esses kits vão contribuir para aumentar a produção de alimentos e ajudar famílias em situação de pobreza. Essa é mais uma contribuição da Codevasf para oferecer alternativas econômicas para o Baixo São Francisco”, diz o superintendente regional. 
Os kits de irrigação doados pela Codevasf atendem ao agricultor diretamente em sua residência e possibilitam a produção de frutas e hortaliças com o uso de pouca água e utilizando tecnologia de baixo custo, dando retorno rápido ao produtor e garantindo segurança alimentar para as famílias contempladas. 
Os resultados já obtidos com a distribuição dos sistemas de irrigação estão sendo monitorados pela equipe de apoio técnico contratada em 2015 pela Codevasf para auxiliar na implantação de ações do Plano Brasil Sem Miséria. A equipe também monitora ações na área de apicultura, e irá auxiliar a Codevasf a implantar novas ações de inclusão produtiva em Sergipe, identificando aptidões de diferentes comunidades rurais gravemente afetadas pela estiagem prolongada.


Fonte: Codevasf

Manejo racional da irrigação maximiza produção e reduz custos

Uso de técnicas adequadas também aumenta a qualidade dos produtos, diminui incidência de doenças e pragas e melhora condições do solo. 

Quando se trabalha com agricultura irrigada existem duas questões básicas: quando se deve irrigar e quanto de água deve ser aplicado. O momento certo de iniciar as irrigações e a quantidade de água a aplicar a uma cultura são o princípio básico do manejo racional da irrigação. 
O manejo correto da irrigação é fundamental para que a captação de água seja realmente a necessária para cada cultura. Informações sobre o clima da região e sobre os solos ajudam a identificar a quantidade e o momento certo de irrigar. Com o uso correto é possível maximizar a produção, melhorar a qualidade do produto, minimizar o custo de água e de energia, aumentar a eficiência de fertilizantes, diminuir a incidência de doenças e pragas e manter ou melhorar as condições físicas e químicas do solo. 
Os métodos de irrigação adequados para cada tipo de cultura também auxiliam no uso racional da água, como, por exemplo, a irrigação localizada. Essa técnica consiste na aplicação de água próxima às raízes das plantas em pequenas quantidades. Possui grande potencial de desenvolvimento associado à fruticultura e à olericultura no Brasil, especialmente em condições menos favoráveis de clima, solo e disponibilidade de água, como as encontradas na Região Nordeste.
Os sistemas de irrigação mais usados nesse método são o gotejamento, em que a água é aplicada gota a gota, e a microaspersão, em que a água é aplicada na forma de pequenos jatos.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Agricultura: Bahia terá irrigação moderna, produtiva e com inclusão

“Hoje, com a visão do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, nós vamos passar por um processo de atualização na forma de fazer irrigação e gestão de irrigação”, disse o secretário da Agricultura da Bahia, Paulo Câmera, depois de reunir-se, em Brasília, com o gestor da Codevasf, em Brasília, para discutir ações e parcerias com a companhia no estado da Bahia. Câmera afirmou ainda que “nós vamos transformar a visão de agricultura irrigada na Bahia, independente do tamanho de quem participa, numa agricultura moderna, produtiva e com inclusão social”. O superintendente de Desenvolvimento Agropecuário (SDA/Seagri), Antônio Almeida Junior também participou da reunião de trabalho.
Entres os novos projetos de irrigação da Codevasf no estado estão em andamento estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental voltados para a implantação de agricultura irrigada em 30,3 mil hectares do perímetro Iuiú, e para a consolidação de anteprojeto de engenharia das etapas II e III. O perímetro está localizado nos municípios de Malhada, Iuiú e Sebastião Laranjeiras, na região do Vale do Iuiú. Os investimentos são de R$ 5,5 milhões. Outro contrato, de R$ 7 milhões, tem permitido adequação e atualização do projeto básico da etapa I do perímetro e de estudos ambientais. 
Estudos concluídos indicam que a área tem bom potencial produtivo, com solo de qualidade, clima favorável a culturas variadas (frutas, grãos, hortaliças), água (captação a partir do rio São Francisco na altura do município de Malhada, distrito de Canabrava) e topografia plana. Também há a proximidade com polos irrigados, como o Jaíba; malha rodoviária. Trata-se ainda de uma região com agricultores instalados, treinados e com característica de empreendedorismo.
O projeto de irrigação no Vale do Iuiú foi incluído no programa Mais Irrigação, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional e executado pela Codevasf em sua área de atuação, e estudos e elaboração do anteprojeto contam com recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).


Fonte: Tribuna da Bahia

Agricultor cria sistema que capta até 400 mil litros de água da chuva

Produtor de São Miguel Arcanjo (SP) economiza água da irrigação. Segundo ONU, agricultura é responsável por 70% do consumo mundial.

O agricultor Roberto Furuia, de São Miguel Arcanjo (SP), implantou na propriedade um sistema que capta até 400 mil litros de água da chuva. O investimento rendeu economia, já que toda água usada para a irrigação agora vem do reservatório. “O principal insumo da agricultura é a água, de uma cultura praticamente 90% é água, então sem ela não produz. Por isso implantamos esse sistema”, explica.
A água da chuva escorre pelo telhado, passa pelas calhas, desce pelo cano até a caixa de água. Depois é levada a esta cisterna que concentra aproximadamente os 400 mil litros. Para molhar as plantas, a água é bombeada para outro reservatório.
Na propriedade são cultivados pimentões em uma área de 2 mil metros quadrados. Para que possam ter um bom desenvolvimento precisam ser irrigados periodicamente. E o desperdício é evitado até nesta hora, além de usar água da chuva, o sistema faz a irrigação por gotejo, quando a água cai diretamente na raiz da planta. “O sistema de irrigação é por gotejo, a gota espalha umidade por dentro da terra, expande”, afirma Roberto.
Além de diminuir gastos, o reaproveitamento da água traz benefícios ao meio ambiente. Isso porque, de acordo com a Organização das Nações Unidades (ONU), o setor da agricultura é o maior responsável pelo consumo mundial de água: 70%, sendo a maior quantidade gasta na irrigação. Enquanto as indústrias e empresas consomem 20% dos recursos hídricos, e o doméstico apenas 10%.

Outros exemplos

Sistemas de reaproveitamento de água não são implantados apenas em propriedades rurais. Indústrias da região também tentam economizar e contribuir com o meio ambiente. Em uma fábrica da cidade, por exemplo, um sistema foi implantado em um barracão de 11,5 mil metros quadrados.
A água passa pelas calhas de captação, depois pela tubulação até chegar aos reservatórios. Do total, 20 mil litros de água são destinados a limpeza e lavagem dos veículos da empresa. Outros 35 mil litros para a o uso em banheiros e 130 mil ficam a disposição para o combate a qualquer tipo de incêndio.
O projeto de captação de água foi implantado há dois anos. São 13 reservatórios que acumulam 185 mil litros. Segundo a empresa, a economia mensal é de 65%. “O resultado alcançou todas as expectativas da empresa. Hoje acho que todos devem ter a conscientização de preservação dos recursos naturais”, ressalta o supervisor da fábrica Adilson Machado Vaz.


Fonte: G1.com

Safra de arroz em perímetros sergipanos da Codevasf supera a expectativa de produtores

Os primeiros resultados da colheita de verão da rizicultura nos perímetros irrigados Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume, em Sergipe, já animam os agricultores dos perímetros: de acordo com a previsão inicial da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba(Codevasf), deverão ser colhidas 21 mil toneladas de arroz na safra atual, que se encerra até o final de março.
A produção de alimentos nos perímetros irrigados do Baixo São Francisco sergipano deve gerar um valor bruto de produção de R$ 25 milhões referentes a uma safra prevista de 30 mil toneladas. O arroz representa cerca de 70% dessa produção e é responsável pela manutenção de 8 mil postos de trabalho diretos e indiretos na região. O arroz produzido em Sergipe é comercializado no mercado local e regional, chegando aos estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia.
A produtividade média da safra de verão do arroz deve chegar a 8,5 toneladas por hectare no perímetro Betume, que concentra a maior parte da produção de arroz. De acordo com o gerente regional de Irrigação, Ricardo Martins, houve aumento de 20% na área plantada da rizicultura em relação à safra de verão do ano passado. Hoje, a rizicultura se expande por uma área de 3.300 hectares irrigáveis nos perímetros Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume.
“Alcançamos esses resultados graças às ações de operação e manutenção e a retomada de assistência técnica. Temos que destacar também o empenho dos produtores, com a utilização de mão de obra familiar e o manuseio correto das tecnologias disponíveis no campo, além da articulação através dos Distritos de Irrigação”, afirma Ricardo Martins.
Os investimentos do programa federal Mais Irrigação também contribuíram para o sucesso da rizicultura nos perímetros do Baixo São Francisco sergipano. “Entregamos máquinas novas para os produtores, finalizamos a reabilitação da rede de drenagem, e estamos executando a reabilitação de canais de irrigação, 51 conjuntos de eletrobombas e a pavimentação de corredores de escoamento. Tudo isso é feito pensando em proporcionar melhores condições para os irrigantes”, explica o superintendente regional Said Schoucair.
Os recursos destinados à reabilitação dos perímetros do Baixo São Francisco sergipano são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e o Mais Irrigação é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional. A rizicultura nos perímetros Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume Francisco também conta com apoio do governo de Sergipe, que realiza anualmente a distribuição de sementes selecionadas e finalizou, em 2014, a construção da rodovia SE-42, objetivando facilitar o escoamento da produção de arroz na região.


Fonte: Codevasf

Produtor rural ignora o potencial da irrigação

Como água não cai mais do céu, é preciso tecnologia para garantir cultivo

Não faltam soluções para enfrentar o déficit hídrico que atinge a agricultura brasileira. Porém, a falta de conhecimento e de capacidade de investimento dificultam que essas tecnologias sejam amplamente usadas. No caso da irrigação, o Brasil tem um potencial de utilizá-la em 30 milhões de hectares, e hoje apenas 5 milhões de hectares fazem uso da técnica, segundo o consultor e diretor da Irriger Gerenciamento e Engenharia de Irrigação, Hiran Medeiros Moreira.
“Falta ao produtor conhecimento. Ele precisa ser capacitado, pois é outro esquema de produção quando se adota a irrigação. Tudo muda na propriedade”, explica Moreira. Segundo o consultor, em média, o investimento na irrigação fica em torno de R$ 6.000 a R$ 10 mil por hectare. Para o engenheiro agrônomo e analista de meio ambiente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Guilherme Oliveira, os investimentos são altos. “É necessário adquirir equipamentos e contratar profissionais, já que, sem assistência técnica, o que deveria ajudar pode piorar a produção”, diz.
Essas mudanças, porém, podem garantir até 95% da eficiência do recurso hídrico, segundo Moreira. “Isso pode significar, em média, uma economia que varia de 20% a 30% de água. Dependendo das condições da propriedade, pode ser até mais”, afirma.
A Villa Café, indústria mineira de café gourmet com duas fazendas na região de Carmo da Cachoeira, no Sul do Estado, adotou há mais de uma década a irrigação por gotejamento, o que fez diferença neste período de estiagem. Enquanto a região registrou uma queda de 19,10% na produção, na comparação entre 2014 e 2013, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Villa Café teve redução de apenas cerca de 5%. “Uma vantagem deste tipo de irrigação é garantir a produção e a qualidade do produto”, afirma Rafael Duarte, um dos sócios.
A irrigação por gotejamento é indicada para plantações que não precisam que toda a área seja irrigada, mas não é a única. “Toda técnica pode ser boa se for feita adequadamente. O importante é monitorar a quantidade de água exata para cada tipo de plantação”, ensina Oliveira, da Faemg.

Produção

Crescimento. A irrigação pode aumentar três vezes a produtividade do solo, ou aumentar de um para dois ciclos e meio de produção por ano, segundo o consultor em irrigação Hiran Moreira. 

Modalidades

Tipos mais comuns de irrigação no Brasil:

Gotejamento. Utilizado em plantações que não precisam que toda a área seja irrigada, como pomares, cultura de café e hortaliças.

Pivô central. Para áreas que precisam ser totalmente irrigadas, como milho, feijão, soja e arroz.

Sulco. Método que distribui a água por gravidade através da superfície do solo. Aspersão convencional. São lançados jatos de água que caem sobre a cultura. Usada na cana, café e arroz.

Microaspersão. Mais eficiente que a convencional, é bastante utilizada em plantações de hortaliças.


Fonte: O Tempo

São Paulo terá crédito para poços artesianos e equipamentos de irrigação

Com teto de financiamento de até R$ 500 mil, a linha beneficia produtores, cooperativas e associações do Estado

Em meio a crise hídrica que afeta o sudeste brasileiro, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo lança uma linha de crédito aos produtores para a construção de poços artesianos ou semiartesianos, incluindo os respectivos equipamentos de sucção e bombeamento, destinados à atividade agrosilvopastoril. O teto de financiamento disponível para os produtores rurais é até R$ 200 mil. Para aquisição e modernização de equipamentos de irrigação, é oferecido até R$ 500 mil.
A linha de crédito irá contemplar a introdução ou ampliação de sistemas de irrigação que minimizem os efeitos da estiagem, de acordo com a Secretaria. Com o uso otimizado da água, será possível uma diversificação de culturas, além do incentivo à adoção de sistemas integrados de produção.
O produtor também poderá incluir no financiamento as despesas com procedimentos necessários para obter a outorga d’água, georreferenciamento e processo de licenciamento ambiental.
A linha faz parte do projeto “Agricultura Irrigada Paulista”, do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista). Podem se candidatar os produtores rurais que tenham a renda bruta agropecuária anual de até R$ 800 mil, e que ela represente, no mínimo, 50% do total de sua renda bruta anual, que pode envolver outras atividades além da agropecuária. Também podem participar as cooperativas e associações de produtores rurais com faturamento bruto anual de até R$ 3 milhões e produtores rurais constituídos como pessoa jurídica com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões. O pagamento da dívida poderá ser feito em até 72 meses, incluindo carência de 36 meses.
Para mais informações: Secretaria da Agricultura e Abastecimento. Tel. (11) 5067-0000


Fonte: Globo Rural

Fruticultores que dependem do São Francisco estão preocupados com redução na vazão do rio

Volume destinado ao consumo está na metade do que entra na principal represa da região

A crise hídrica atinge uma das regiões mais acostumadas a conviver com a seca no Brasil. No sertão de Pernambuco e da Bahia, produtores rurais estão preocupados com a diminuição da vazão do Rio São Francisco, principal via de abastecimento das cidades e da agricultura nos dois estados. O setor produtivo local está se reunindo associações, representantes políticos e de empresas para organizar um manifesto para ser encaminhado à Brasília. Segundo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), o volume que vaza para consumo do “velho Chico” é metade do que entra diariamente no lago de Sobradinho, onde fica armazenada toda a água disponível para geração de energia e consumo da população local.
“Atualmente entram 600 metros cúbicos por segundo e saem 1.800. Com isso o lago está hoje com 17% da sua capacidade e a tendência é que chegue em março a 14%”, afirma João Bosco, superintendente da Codevasf de Petrolina (Pernambuco). A diminuição do nível das águas é atribuída à falta de chuvas em toda a bacia do São Francisco, especialmente em Minas Gerais, onde está a principal fonte do rio, explica ele.
Em janeiro deste ano, choveu 9% do esperado para o mês, conforme dados levantados pelas estações meteorológicas locais. A média pluviométrica anual para a região de Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia) é de 400 milímetros.
O quadro acende o sinal de alerta para a atividade agrícola regional, predominada pela produção de frutas e vegetais em pequenas áreas. Praticamente todo o plantio sobrevive da irrigação nas plantas. Portanto, dependendo da fase de desenvolvimento das culturas, cada dia sem água significa prejuízo. O sertão da Bahia e Pernambuco é o principal polo de produção de frutas do Brasil. Quase toda a manga exportada pelo país sai da região. Além disso, lá estão concentrados um dos maiores e mais sofisticadas produção de uvas finas e vinhos.


Fonte: Gloro Rural

Aquisição de área de reserva pela Codevasf garante preservação e sustentabilidade de perímetros em Minas

A sustentabilidade ambiental das áreas irrigadas alcançadas pelos perímetros Gorutuba e Pirapora, no norte de Minas Gerais, está garantida. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está adquirindo cerca de 5 mil hectares entre os municípios de Porteirinha e Riacho dos Machados, área que será destinada a compor a reserva legal dos projetos, um investimento de aproximadamente R$ 3 milhões que irá beneficiar 495 produtores.
A iniciativa - com a qual a Codevasf atende as exigências da legislação ambiental e cumpre um acordo firmado com o Ministério Público Estadual que envolveu também o Instituto Estadual de Florestas (IEF) -, irá contribuir significativamente para a recarga da barragem do Bico da Pedra, que foi construída pela Companhia em 1978 e é a principal fonte de suprimento hídrico para os mais de 4 mil hectares do perímetro Gorutuba.
“Além de resolvermos um passivo ambiental histórico, esta era uma demanda antiga dos produtores em função do impedimento para obtenção de financiamento bancário”, afirma o presidente da Codevasf, Elmo Vaz.
Com a medida, os irrigantes voltarão a ter condições de pleitear financiamentos para custeio e investimento em seus lotes – já que, por determinação do Banco Central, os agentes financeiros são impedidos de conceder empréstimos quando não há reserva legal na área produtiva.
“Com acesso a linhas de financiamento, o pequeno irrigante volta a ter oportunidade de modernizar e melhorar o seu sistema de irrigação, inclusive trocando-o por um mais moderno e que promova economia de água”, comemorou Gustavo Wagner Lage, produtor e também presidente do Conselho de Administração do Perímetro de Irrigação Gorutuba.
A área escolhida fica à montante do lago do Bico da Pedra, a 6 quilômetros de sua bacia, e já possui uma proteção significativa à biodiversidade local, com nascentes e matas naturais preservadas, as quais também funcionam como mata ciliar de grande parte do rio Gorutuba e do córrego Piranga, fontes hídricas da barragem do Bico da Pedra.
De acordo com a definição do Código Florestal, reserva legal é a “área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas”.
A delimitação de uma reserva legal significa principalmente que nenhuma ação de desmatamento, construção ou ocupação é permitida nesse terreno, segundo explica o superintendente Dimas Rodrigues, da 1ª Superintendência Regional da Codevasf, em Montes Claros (MG). “A preservação dos mais de 5 mil hectares à montante do lago do Bico da Pedra garantirá que a água da chuva siga alimentando as nascentes, o rio Gorutuba e, consequentemente, a barragem, afastando o risco de que ações predatórias na área prejudiquem sua recarga”, destaca.
Máquinas e equipamentos de combate a incêndios já foram adquiridos pela Codevasf. Os próximos passos são o cercamento da área de reserva legal, o aceramento (construção de espaço entre vegetação e cerca para barrar focos de incêndio) e a construção de casas para vigilantes.
O perímetro Gorutuba possui uma área irrigada de mais de 3,2 mil hectares, sendo que, destas, mais de 1,5 mil são lotes familiares e cerca de 1,7 mil são de exploração empresarial. As principais culturas no Gorutuba são banana, mogno, uva, sorgo e feijão. Em 2014, a produção anual ficou em 55.060 toneladas, sendo 28.146 nos lotes empresariais e 26.914 nos familiares.
Já o perímetro Pirapora tem produção exclusivamente familiar, com mais de 790 hectares de área irrigada explorada por 35 produtores. As principais culturas são banana, laranja, uva e tangerina; em 2014, a produção total do perímetro foi de 17.413 toneladas.


Fonte: Codevasf

Ministro e governador fazem balanço dos projetos de segurança hídrica do Piauí

Obras se destinam a abastecimento humano, irrigação e polos de desenvolvimento regional.

Em reunião com o governador Wellington Dias (PT), técnicos e integrantes do primeiro escalão do Piauí, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, fez hoje (12/2) um balanço dos projetos de segurança hídrica, irrigação e desenvolvimento regional em implantação no estado.
No pacote de projetos hídricos, o governador pediu atenção especial para o novo sistema que visa a evitar risco de colapso no abastecimento de Teresina e a conclusão das obras da adutora do Sudeste, da macrodrenagem de Oeiras e do dique no bairro de Poti Velho, também na capital.
A última etapa da adutora do Sudeste, que solucionará a oferta de água em dez municípios do semiárido, sofreu adaptações no plano de trabalho porque a tubulação de PVC, prevista no projeto, foi substituída por ferro fundido, por recomendação técnica da Codevasf.
Foram também detalhados os repasses financeiros para as obras da barragem de Tinguis, que caminha para sua última etapa, e da adutora de Padre Lira, que já recebeu esta semana R$ 4,2 milhões para ordens de serviço.
O governador pediu ainda atenção para o convênio do programa Água para Todos, que prevê a distribuição no Estado de 5.548 cisternas, a construção de 270 sistemas simplificados de abastecimento de água e novas barragens.
O ministro explicou o fluxo financeiro de cada projeto e assegurou regularidade nas liberações para que não haja atraso nas obras. Ele pediu ao Estado que prepare documento com propostas hierarquizadas, para inclusão no planejamento federal.
Dias também pediu apoio à ampliação do projeto de irrigação Tabuleiros Litorâneos, polo de desenvolvimento regional com captação de água da bacia do Parnaíba. Occhi encomendou nota técnica ao Dnocs, justificando a ampliação do empreendimento.
Participaram da reunião o senador Elmano Ferrer (PTB-PI) e a deputada Rejane Dias (PT-PI). Pelo MI, estavam presentes os secretários Osvaldo Garcia (Infraestrutura Hídrica), Irani Ramos (Desenvolvimento Regional), Adriano Pereira (Proteção e Defesa Civil), Carlos Vieira (secretário executivo) e Pedro Mousinho (Irrigação), além dos presidentes da Codevasf, Elmo Vaz, e do Dnocs, Walter Sousa.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Crise hídrica é discutida em Fórum emergencial em Petrolina, PE

Evento será nesta quarta-feira (11) no auditório do Senai em Petrolina, PE. Fórum quer buscar soluções para permanecer a irrigação na região do Vale.

A crise hídrica do Vale do São Francisco será discutida em um fórum emergencial na quarta-feira (11), às 15h, no auditório do Senai. O evento é voltado aos produtores de frutas da região, representantes e estudantes de universidades, membros de órgãos ligados ao meio ambiente e interessados na área.
O presidente da Câmara de Fruticultura Irrigada do Vale do São Francisco e organizador do fórum, Henrique Holdrup, explica que o objetivo do evento é buscar soluções para que o Vale do São Francisco permaneça irrigando mesmo com uma crise hídrica.
Haverá um facilitador no fórum e uma mesa debatedora com representantes de órgãos ligados a área que vão conduzir as discussões.“A gente quer ver o que pode ser feito preventivamente. Sei que é difícil determinar o que vai acontecer no caso de uma crise muito grande de água. Queremos fazer um balanço, e surgem questões como: O Rio São Francisco vai produzir alimento ou energia elétrica?”, explica Henrique.
Henrique também alerta ainda para o baixo nível da Barragem de Sobradinho, que é formada pelas águas do Rio São Francisco, e é a grande responsável pelo abastecimento dos municípios da região. “No ano passado ele estava acima de 40% em fevereiro, e agora apresenta cerca de 17% da sua capacidade, no mesmo período. E a estação chuvosa está quase na metade, isso indica que é possível que não consiga voltar ao nível normal”, ressalta.


Fonte: G1.com

Projetos da Codevasf na Bahia são tema de reunião com secretário estadual de Agricultura

As ações e parcerias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no estado da Bahia foram o tema de uma reunião na tarde desta quarta-feira (11) no gabinete do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, com o secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri/BA), Paulo Câmera, e o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário (SDA/Seagri), Anttonio Almeida Junior. 
“Hoje, com a visão do presidente Elmo Vaz, nós vamos passar por um processo de atualização na forma de fazer irrigação e gestão de irrigação. Nós vamos transformar a visão de agricultura irrigada na Bahia, independente do tamanho de quem participa, numa agricultura moderna, produtiva e com inclusão social”, disse o secretário Paulo Câmera. 
Entres os novos projetos de irrigação no estado estão em andamento estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental voltados para a implantação de agricultura irrigada em 30,3 mil hectares do perímetro Iuiú e para a consolidação de anteprojeto de engenharia das etapas II e III. O perímetro está localizado nos municípios de Malhada, Iuiú e Sebastião Laranjeiras, na região do Vale do Iuiú. Os investimentos são de R$ 5,5 milhões. Outro contrato, de R$ 7 milhões, tem permitido adequação e atualização do projeto básico da etapa I do perímetro e de estudos ambientais. 
Estudos concluídos indicam que a área tem bom potencial produtivo: solo de qualidade, clima favorável a culturas variadas (frutas, grãos, hortaliças), água (captação a partir do rio São Francisco na altura do município de Malhada, distrito de Canabrava) e topografia plana. Também há a proximidade com polos irrigados, como o Jaíba; malha rodoviária; e se trata de uma região com agricultores instalados, treinados e com característica de empreendedorismo.
O projeto de irrigação no Vale do Iuiú foi incluído no programa Mais Irrigação, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional e executado pela Codevasf em sua área de atuação, e estudos e elaboração do anteprojeto contam com recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
Também estão em curso os estudos de viabilidade e consolidação de anteprojeto de engenharia em área de aproximadamente 12 mil hectares das duas primeiras etapas do projeto de irrigação Mocambo-Cuscuzeiro, situado em Santa Maria da Vitória. O contrato firmado pela Codevasf para a realização dos estudos são de aproximadamente R$ 4,46 milhões. A água que abastecerá o perímetro será captada nos rios do Meio e Correntina.
Já um investimento de R$ 757 mil no perímetro de irrigação Baixio de Irecê, que ocupa áreas nos municípios de Itaguaçu da Bahia e Xique-Xique, permitirá a atualização e a adequação do projeto executivo da primeira etapa do empreendimento. Outros R$ 2,4 milhões estão sendo aplicados na elaboração do projeto executivo de um módulo da estação de bombeamento principal. 
Nos últimos anos a Codevasf aportou recursos em estudos e na implantação de itens de infraestrutura como estações de bombeamento, rede de drenagem e rede de energia elétrica para viabilizar a agricultura irrigada no Baixio. Ao final da implantação das duas etapas do perímetro terão sido gerados ao menos 3,2 mil empregos diretos e indiretos; a área irrigável total será de cerca de 48 mil hectares.
Atualmente são 26 perímetros de irrigação implantados e mantidos pela Codevasf em sua área de atuação. Do total, 15 estão localizados na Bahia: Barreiras Norte, Ceraíma, Estreito, Formosinho, Formoso, Mirorós, Nupeba/Riacho Grande e São Desidério / Barreiras Sul, na região do Médio São Francisco (área de atuação da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, em Bom Jesus da Lapa); e Curaçá, Mandacaru, Maniçoba, Tourão e Salitre, no Submédio São Francisco (área de atuação da 6ª Superintendência Regional da Codevasf, em Juazeiro). 
A Codevasf ainda administra outros dez perímetros, localizados na Bahia e em Pernambuco, criados pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) na década de 1990 para compensar famílias que residiam na área onde se formou o lago da usina hidrelétrica de Luiz Gonzaga, instalada nas proximidades de Petrolândia (PE). Desses, três perímetros de irrigação estão na Bahia: Glória, Pedra Branca e Rodelas (Submédio São Francisco). 

Agricultura familiar e inclusão produtiva

A Codevasf também tem investido recursos para incrementar a produção de agricultores familiares nos estados de sua área de atuação. Em 2014 os valores foram aplicados na aquisição de equipamentos agrícolas, implantação de unidades de beneficiamento de produtos, aquisição de kits produtivos familiares e máquinas forrageiras, capacitações, acompanhamento técnico, organização da cadeia produtiva, apoio à comercialização dos produtos, entre outras ações.
No semiárido baiano, 74 tratores e implementos agrícolas, adquiridos com recursos de aproximadamente R$ 5,5 milhões, foram doados a associações rurais e prefeituras municipais para incremento da produção agrícola familiar em municípios castigados pela seca prolongada. 
Outra ação da Codevasf que promete alavancar a renda de produtores familiares baianos é a pavimentação do acesso ao Centro de Comercialização de Produtos Agrícolas de Irecê, o Mercado do Produtor, totalizando um investimento de cerca de R$ 2,2 milhões no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria.
No âmbito das ações de inclusão produtiva que estão sendo executadas pela Codevasf, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Mandiocultura (Reniva), objetiva a produção e distribuição de mudas de mandioca com qualidade genética e fitossanitária, além de outras ações de apoio aos agricultores. Por meio de convênio com a Seagri/BA, serão implantadas 100 unidades de propagação rápida de mudas de mandioca, 100 Unidades Técnicas Didáticas irrigadas e adquiridos tratores com implementos agrícolas. A Codevasf investirá cerca de R$ 5,3 milhões, oriundos de destaque orçamentário do Ministério da Integração Nacional. A ação deverá beneficiar diretamente aproximadamente 3 mil famílias.

Incentivo à aquicultura e piscicultura

O número de peixamentos realizados no estado deve aumentar em 2015 graças a uma parceria entre a Codevasf e a Bahia Pesca, empresa pública vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura da Bahia (Seagri). O termo de cooperação técnica assinado prevê que, com alevinos produzidos e cedidos pela Bahia Pesca, a Codevasf realizará peixamentos nos municípios de Igaporã, Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, Jaborandi, Malhada, Santa Maria da Vitória, Sítio do Mato e Tanque Novo. Por outro lado, a empresa baiana receberá da Companhia 30 toneladas de ração, que serão utilizadas nas unidades produtivas da empresa, que são operadas por associações de pescadores das cidades de Barra, Caculé e Paramirim.
Para o início de 2015, quatro peixamentos já estão previstos, pela 2ª Superintendência da Codevasf, em Bom Jesus da Lapa, nos municípios de Jaborandi, Santa Maria da Vitória e Tanque Novo. 
A Codevasf também celebrou acordo de cooperação técnica e operacional com a Bahia Pesca, o município de Barreiras e a Coomaf (Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares) visando equipar e operacionalizar uma Unidade de Beneficiamento de Pescado no município. O acordo prevê a reforma e adequação das instalações, a aquisição de equipamentos e o termo de cessão de uso da unidade por um prazo de cinco anos. O objetivo é incrementar o desenvolvimento da piscicultura na região.


Fonte: Codevasf

Perímetro irrigado Tabuleiros Litorâneos (PI) é destaque na produção de orgânicos

Projeto faturou R$ 13 milhões e gerou 2,7 mil postos de trabalho em 2014. Acerola é o carro-chefe.

A agricultura orgânica certificada é destaque no perímetro irrigado Tabuleiros Litorâneos, no Piauí. A produção rendeu cerca de R$ 13 milhões e gerou 2,7 mil postos de trabalho fixos e temporários - com influência em mais de 20 setores da cadeia produtiva - em 2014.
O perímetro tem aproximadamente 2,5 mil hectares. Desse total, 800 estão em plena produção - sendo 640, o equivalente a 80%, destinados ao cultivo de orgânicos. A maior parte da área plantada é dedicada à produção de acerola: mais de 6,5 mil toneladas da fruta foram cultivadas no ano passado. Mas no local também há espaço para caju, coco, goiaba, mamão, manga e melancia.
A qualidade dos produtos é reconhecida em todo o Brasil. Grandes empresas do ramo adquirem as frutas e as comercializam nas centrais de abastecimento das capitais e nos supermercados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Já a acerola orgânica certificada é exportada indiretamente por uma multinacional que compra com os produtores do Distrito de Irrigação, por meio das cooperativas Biofruta e Orgânicos e da empresa Acepar.
O gerente-executivo do distrito de irrigação, Francisco Suassuna de Alencar Neto, explica que a fonte de suprimento hídrico do Tabuleiros Litorâneos é o rio Paranaíba, cuja captação está localizada próxima à foz, sem conflito entre o abastecimento humano e a geração de energia. "A água que teria como destino o mar gera o desenvolvimento", explica Suassuna.

Sobre o perímetro

O perímetro irrigado Tabuleiros Litorâneos está localizado nos municípios de Parnaíba e Bom Princípio, na região litorânea do Piauí. O projeto é cortado pela BR-343, que dá acesso a Parnaíba (16 km) e á capital Teresina (330 km). 
Empreendimento do Ministério da Integração Nacional (MI), o perímetro é gerenciado pelo Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (Dnocs), autarquia vinculada à pasta.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Opinião: Produtor rural, de herói a vilão?

Agora com a crise hídrica, o agro passa a ser o vilão. A irrigação precisa ter papel fundamental na produção.


Todo início de ano é sempre uma expectativa de como será a economia do país. Em 2015 as coisas já começaram diferentes. Enquanto que em 2014 o agro fez parte dos planos de governo de todos os candidatos a presidente e o tema foi muito importante nas campanhas políticas, agora com a crise hídrica, o agro passa a ser o vilão.
No ano passado, o crescimento previsto para o Brasil era de 1,5%. Para agora, o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê um crescimento de apenas 0,3%, sem contar que o Fundo cita queda da confiança de empresários e consumidores no país. O que não é pra menos. Milho, soja, café e laranja já têm queda expressiva de produção e por consequência preços em elevação. O preço da carne também aumenta, porque o cereal moído é utilizado na alimentação animal. Tudo isso por conta da falta de água.
A maioria reclama de São Pedro, mas eu digo mais: estamos cobrando o “responsável” errado. É no mínimo, esquisito, pensar que o estado de São Paulo sofre de falta de água e quando dá qualquer chuvinha: a cidade fica alagada. Problemas de infraestrutura gritam na cidade que mais movimenta a economia nacional. Sem contar que o problema se alastra para o campo.
Tenho acompanhado os noticiários que retratam que a agricultura consome 72% da água do nosso país. O agricultor sempre às margens da má fé, como se não se preocupasse com a sustentabilidade de seus negócios. Errado, está cada dia mais difícil pra eles, o seguro agrícola está difícil, outorga de água para irrigação da mesma forma, eles têm que se virar. A irrigação não desperdiça água e o pivô central opera com índices de eficiência de 98% e, em alguns casos, com a recomendação de aplicação no máximo stress hídrico da planta, ou seja, salvando água, não desperdiçando, considerando o ciclo hidrológico completo.
Com a crise hídrica, temos um problema agrícola. Fazer a cidade conhecer o campo como de fato ele é: responsável, preocupado com o futuro e inovador. Adota tecnologia, produz cada vez mais com menos. E a produtividade só aumenta. Mas isso ninguém vê. Todos os ganhos e benefícios na economia do nosso país, geração de empregos, são esquecidos quando começa a faltar alimentos nos supermercados e, em meio à falta de água, nos tornamos os vilões.
Precisamos unir forças em prol de um país mais sustentável, que pensa em segurança alimentar e economia, afinal, se não cuidarmos da água, daqui a pouco o problema é de energia, de alimentos e assim sucessivamente. O campo precisa fazer mais parte da cidade, e o produtor precisa se tornar nosso herói.


Fonte: G1.com

Unesp estuda irrigar pastagens com esgoto tratado para economizar água

Projeto economizou 30 mil litros de água potável por hectare em Jaboticabal. Técnica melhora a qualidade do solo e reduz gastos com uso de fertilizantes.

Em época de racionamento e de reservatórios vazios, uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal (SP) conseguiu reduzir o uso de água potável na agropecuária, utilizando esgoto tratado para irrigar áreas de pastagem. Segundo o pesquisador Gilmar Oliveira Santos, a técnica ainda melhora a qualidade do solo, reduz a zero os custos de adubação e permite economia de aproximadamente 30 mil litros de água por hectare em um ano.
Santos conta que o projeto começou a ser desenvolvido em 2013 e, nesse período, o esgoto tratado em uma estação em Jaboticabal - que antes era despejado no córrego - passou a ser utilizado para irrigar áreas de brachiaria brizantha, espécie de vegetação usada na alimentação de animais. Com a técnica, foi possível dispensar o método convencional, em que a água de um poço ou rio é canalizada para a irrigação.“Nesse período de escassez hídrica, quando não existe água nem nos mananciais, você deixa de usar o que poderia ser destinado ao consumo humano e utiliza algo que está sendo jogado fora”, explica Santos, destacando que técnicas semelhantes já são aplicadas no México e na China.

Economia e produção

O engenheiro ambiental detalha que a aplicação de esgoto durante um ano permite economizar água potável suficiente para atender às necessidades de uma pessoa por dez meses. Além disso, evita o gasto com adubação, uma vez que os nutrientes necessários ao crescimento da vegetação, como nitrogênio, cálcio, magnésio e enxofre estão presentes no esgoto.
“Não adianta ter uma ideia ambiental e sustentável, se não for lucrativo. A minha proposta faz com que os produtores deixem de comprar o adubo”, diz o pesquisador, destacando que a economia com o uso de fertilizante mineral foi de 1,2 mil quilos por hectare em um ano.
o mesmo tempo, a pesquisa comprovou que o uso do esgoto tratado aumenta a produção de forragem em 80%: enquanto com o adubo normal foram produzidas 30 toneladas de matéria seca por ano, com o esgoto foram colhidas 56 toneladas.
Santos destaca, porém, que o uso de esgoto tratado em culturas de consumo direto, como verduras e legumes, é proibido por lei no Brasil. Por outro lado, explica que o uso da água em áreas de pastagem é muito maior: segundo dados do Instito Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o país tem cerca de 172 milhões de hectares destinados à pastagem, cerca de três vezes mais que o espaço destinado às lavouras, que foi de 56 milhões de hectares, em 2014. A técnica está apresentando bom resultado em vários aspectos, além de ser um método mais sustentável”, afirma.


Fonte: G1.com

Crise hídrica faz produtores do Piauí adotarem medidas para economizar

Barragem de Boa Esperança atinge menor nível dos últimos 17 anos. Fruticultores de Guadalupe reduziram gastos com energia elétrica e água.

A escassez de chuva que atinge quase todo o Piauí, também reduziu a quantidade de água no reservatório da Barragem de Boa Esperança, em Guadalupe. Situação que deixou produtores em alerta e eles têm adotados medidas para economizar o consumo de água e energia.
Mal começou fevereiro e os fruticultores do projeto Platôs de Guadalupe já se reuniram para discutir o futuro. O investimento situado a 345 Km de Teresina tem mais de 20 anos e após bons resultados os produtores pretendem ampliar as áreas de plantio, que atualmente é de 3200 hectares.
Ano passado, a produção rendeu mais de R$ 20 milhões e agora é preciso adaptar um manejo ainda mais sustentável para cultivar banana, manga, goiaba e outras frutas. A preocupação com o uso racional da água se justifica. Há 17 anos o nível do Lago da Esperança não atinge o nível tão baixo, apenas 10% da sua capacidade total.
Neste período da estiagem, os produtores precisam recorrer a irrigação, no entanto, os motores utilizados para bombear a água desde o Lago de Boa Esperança até a área do projeto são movidos a eletricidade. O resultado disso é o valor da conta de energia que dobrou nos últimos anos e solução que eles encontraram foi adotar medidas para economizar no consumo, como ligar os motores somente durante a noite e madrugada.
“Foi uma das saídas que nós encontramos e também fazer novos rodízios dentro do nosso plantio, irrigando por setores”, revelou o produtor Márcio Santanna.
Outra medida é com relação ao consumo de água. Através de 9 Km de canais, o projeto utiliza muito pouco em relação ao volume útil do Lago de Boa Esperança, mas devido ao baixo nível do reservatório os fruticultores também vêm economizando. “Estamos trabalhando juntos aos produtores, incentivando quem têm uma baixa tecnologia de irrigação para poder fazer uma equalização e desta forma haja um melhor uso da água”, gerente executivo do projeto, Adalberto Marinho.


Fonte: G1.com 

Comunidade rural no semiárido baiano comemora resultados de projeto piloto da Codevasf

Os primeiros resultados do Projeto Piloto de Vila Ouro, implantado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Uibaí, semiárido baiano, já indicam que a produção agrícola familiar com uso de sistema simplificado de irrigação em modelo agrovila pode ser uma excelente alternativa para assentamentos e comunidades rurais em áreas tradicionalmente atingidas por estiagens prolongadas. Em menos de dois anos da implantação do projeto, os resultados são animadores. “A comunidade realizou o plantio das primeiras sementes e, o que foi colhido nessa primeira etapa, já foi suficiente para nosso consumo e até para vender. Isso deixa a comunidade muito feliz, pois percebe-se que o projeto vai dar certo”, comemora a presidente da Associação de Ilda Cardoso, Rita Maria da Silva.
O valor investido na implantação do sistema foi R$ 31 mil. A área irrigada é de 6 mil m² e está produzindo cenoura, beterraba, quiabo, alface, coentro, cebolinha, feijão-de-corda, milho, abóbora, melancia, maxixe, entre outros. Os custos de manutenção (como adubação e aquisição de sementes) são assumidos pela própria comunidade.
“Nesse sentido, é possível perceber que os objetivos do Projeto Piloto de Vila Ouro vão sendo alcançados, e que a autoestima dos agricultores e dos assentados vai aumentando, abrindo novos horizontes e novas perspectivas de melhoria da qualidade de vida”, completa a psicopedagoga Karen Chagas, que integrou a equipe contratada para realizar o cadastramento e a mobilização social das famílias.
A instalação foi realizada no assentamento Vila Ouro, localizado no município de Uibaí (BA), a 500 km de Salvador. O empreendimento beneficia 12 famílias do assentamento, as quais integram a Associação de Agricultores Sem Terra do Bairro Ilda Cardoso. Essas famílias possuem renda per capita mensal inferior a R$ 77 e são atualmente beneficiárias do Plano Brasil Sem Miséria.

Cultivo orgânico

Luciana Gonçalves Meneses mora com o marido e o filho no assentamento e, como beneficiária do projeto, só vê vantagens. “A expectativa de sucesso é muito grande. Com o projeto, a gente tem como sustentar a casa e ainda dá para vender. Além disso é tudo orgânico, sem veneno, muito mais saudável”, afirmou.
Segundo a chefe da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf, Rosangela Matos, o projeto é uma ação que a Codevasf pretende replicar em outras comunidades e servirá de referência para implantação de projetos similares. “O apoio da Codevasf às irrigações de pequeno porte está promovendo a melhoria da qualidade da alimentação e gerando mais uma alternativa de renda para o agricultor familiar. Ressalto que o apoio de parceiros do setor público que atuam no município foi importante na sua implantação”, informou.
A infraestrutura montada para o funcionamento pleno do sistema simplificado de irrigação é composta por um sistema de bombeamento por energia elétrica, cerca para proteção do poço tubular e da bomba, aproveitamento de poço tubular existente, sistema adutor, sistema de reservatórios elevados – com capacidade para 20 mil litros (duas caixas d`água de 10 mil litros) – e 12 kits de irrigação com capacidade para irrigar 500 m² via sistema de gotejamento.
Também foram disponibilizados equipamentos, ferramentas e insumos como enxadas, enxadões, carrinhos de mão, rastelos, pás, enxadetes, pulverizadores costais, além de 2 mil kg de calcário; 400 kg de adubo granulado e 150 kg de ureia agrícola. As sementes disponibilizadas para o plantio foram milho, maxixe, cebola, quiabo, cenoura, cebolinha, alface, beterraba, coentro, pimentão, abóbora, tomate, couve e melancia.
A implantação dos sistemas simplificados de irrigação é uma ação conjunta dos programas Água Para Todos – Segunda Água, e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária – Inclusão Produtiva, ambos vinculados ao Plano Brasil Sem Miséria. Os recursos são provenientes de destaques orçamentários da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).
O trabalho da Codevasf no assentamento Vila Ouro conta com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura de Uibaí, que realizou as análises prévias do solo e comprometeu-se a adquirir a produção da agrovila por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ambos mantidos pelo governo federal para abastecimento de projetos sociais e estímulo aos agricultores familiares. A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) foi a responsável pela capacitação e assistência técnica aos produtores.

Experiência com hortaliças

O Assentamento Ilda Cardoso foi criado a partir de ações de regularização fundiária e recebeu ao longo dos anos algumas políticas públicas geridas pelo governo do Estado da Bahia e pelo governo federal. As famílias do assentamento possuem energia elétrica suprida por meio do programa Luz para Todos; e habitações e água para consumo humano a partir de políticas públicas da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), autarquia da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (Seagri).
As famílias estão organizadas na Associação dos Pequenos Agricultores do Assentamento Ilda Cardoso. Elas têm experiência com hortaliças irrigadas, que cultivam em pequenas áreas com água captada de um poço tubular construído no assentamento pela CDA.
Nessas áreas, além da plantação de hortaliças e grãos, alguns moradores também criam pequenos animais, como porcos, galinhas, cabras e ovelhas. O trabalho no assentamento tem sido organizado em áreas individuais e coletivas, de acordo com a dinâmica social dos assentados. Para a implantação do sistema simplificado de irrigação foi disponibilizada uma área coletiva de 1 hectare, que foi distribuída em 12 parcelas de aproximadamente 834 m².

Economia de água e energia

O sistema simplificado de irrigação consiste num conjunto de obras e serviços que proporciona a disponibilização de fonte de água para irrigação (poço, rio, lago), implantação de sistema de bombeamento, adução, reservamento elevado e distribuição de água e instalação de kits de irrigação por gotejamento em áreas aptas. A ação ainda contempla o preparo e a adubação corretiva do solo para receber o cultivo.
Segundo Rosangela Matos, chefe da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf, o método é vantajoso porque permite que um mesmo sistema atenda a várias famílias ao mesmo tempo. “A operacionalização do sistema e o manejo da irrigação são relativamente simples e de fácil aprendizado, minimiza os impactos da seca e proporciona melhoria na qualidade e quantidade de alimento ofertado às famílias beneficiárias”, explica. De acordo com ela, o excedente da produção pode ser comercializado e servir como fonte de renda. Além disso, a irrigação por gotejamento proporciona economia de água, se comparada a outros sistemas de irrigação, e como o reservamento da água é apoiado em base elevada, permite a irrigação por gravidade, economizando energia.


Fonte: Codevasf

Avançam obras no Projeto Pontal para ampliação de área irrigável

Com um investimento de mais de R$ 6,8 milhões, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está incrementando a infraestrutura da área sul do perímetro de irrigação Pontal, em Petrolina, no sertão pernambucano. As novas obras foram iniciadas em outubro de 2014 e visam à implantação da tubulação final da área. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no âmbito do Mais Irrigação, que é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional.
São 770 metros da tubulação de recalque de aço-carbono com diâmetro de 1.600 mm que interligará a estação de bombeamento 2 ao início do trecho B do canal principal; mais 780 metros de tubulação de recalque com diâmetro de 1.200 mm, que interligará a estação de bombeamento 3 ao trecho C.
De acordo com o fiscal do contrato, o engenheiro civil Leonardo Cruz, analista em desenvolvimento regional da Codevasf em Petrolina, também está sendo executado o assentamento de 1.375 metros de tubulação de plástico reforçado com fibra de vidro, com diâmetro de 800 mm, somados a 1.195 metros com diâmetro de 600 mm, e outros 270 metros com diâmetro de 400 mm, totalizando 2.840 metros até o conduto forçado 3.
Já o conduto forçado 4 receberá 1.430 metros de tubulação de plástico reforçado com fibra de vidro de diâmetro de 600 mm. “Essa tubulação de plástico reforçado com fibra de vidro percorrerá 4,27 km na área do Pontal Sul nos condutos 3 e 4. As obras são referentes à construção da parte final de tubulação de recalque e dos condutos forçados do perímetro, ampliando assim a oferta de água para as áreas irrigadas do Pontal Sul”, disse o engenheiro.
Conforme o analista em desenvolvimento regional da Codevasf e supervisor de fiscalização do Projeto Pontal, Leonardo Lyra, essas intervenções vão possibilitar a irrigação de 1.168 hectares por meio da água não pressurizada localizada às margens dos módulos irrigáveis. “Hoje temos água para irrigar 2.515 hectares. Com a conclusão da obra, a área irrigada avançará dentro do perímetro”, frisou o engenheiro.

Pontal Sequeiro

Com área total de 39.167 hectares, sendo que já estão implantados 8.680 hectares (incluindo as áreas de sequeiro), o perímetro de irrigação Pontal tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da região semiárida por meio da agricultura irrigada, dentro do conceito de sustentabilidade ambiental, incorporando 7.862 hectares ao processo produtivo. Pretende ainda elevar a produção e a produtividade das safras agrícolas, gerando renda, aumento da oferta de alimentos e propiciando a abertura de empregos diretos e indiretos.
O Pontal segue o modelo de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), ou seja, com uma empresa âncora, selecionada por licitação, produzindo e integrando os agricultores familiares da região. Outro diferencial no novo modelo de irrigação na região do Vale do São Francisco em Pernambuco é o Pontal Sequeiro. Segundo o engenheiro Leonardo Cruz, o Pontal Sequeiro contempla mais de 100 produtores que receberam lotes com tomada d'água. Eles têm acesso a serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) para aprender a produzir na área de sequeiro.
Na área, já existe uma queijaria e uma área de extrativismo de umbu, onde as agricultoras produzem geleia, mousse e poupa de umbu, além de praticar caprinovinocultura. “Para esta, foi disponibilizada uma área denominada de pulmões verdes. Nela, a forragem é produzida com uso de irrigação e destinada aos produtores da área de sequeiro. Isso garante que os animais não dependam de chuva para comer”, observa Leonardo Cruz.


Fonte: Codevasf

‘Cana irrigada é garantia de produtividade e evita efeito sanfona’

Opinião é de especialista, diretor do Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana

Diante o cenário de crise hídrica, que também afeta o setor sucroenergético, prestes a abrir a safra 15/16 em regiões do Centro-Sul, o JornalCana buscou informações sobre o tema com alguns especialistas em água e irrigação, como Fernando Braz Tangerino, professor da UNESP Ilha Solteira, diretor Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID) e membro do Conselho do Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana (GIFC); e Patrick Francino Campos, diretor do GIFC.

Confira entrevista:

A cana irrigada é uma alternativa neste 2015 no qual o déficit hídrico deve continuar acentuado em várias regiões do Estado de São Paulo?

Patrick Campos:

“A cana irrigada sempre será a alternativa para garantir a produtividade dos canaviais e evitar o efeito sanfona que acontece nos canaviais e em outros ramos do agronegócio, como o boi.”
Como lidar com a produtividade em tempos de crise hídrica?

Fernando Braz Tangerino: 

“A queda da produtividade média da cana depende da quantidade de água que a cana recebe. Por dois anos seguidos a instabilidade e volume com que as chuvas chegaram trouxeram problemas reais para o equilíbrio financeiro das usinas. Sem produtividade elevada não há como manter o setor e a irrigação não deve ser vista apenas como a alavancagem da produtividade. Devemos olhar também para o custo de não se irrigar. Assim, acredito que São Paulo deve aproveitar a experiencia de exito obtida em outros Estados com o uso da irrigação e parar de acreditar que as chuvas virão como gostaríamos que ela viesse.”


Fonte: Jornal Cana

Obras no Baixo São Francisco sergipano são inspecionadas pela Codevasf

Obras que representam investimento aproximado de R$ 11,6 milhões da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) nos municípios de Neópolis, Ilha das Flores e Brejo Grande, no Baixo São Francisco sergipano, foram inspecionadas pelo superintendente regional Said Schoucair – entre elas a reforma do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume (4ª/CIB) e a implantação de dois sistemas de esgotamento sanitário.
No Centro Integrado de Betume, em Neópolis, as obras somam investimento superior a R$ 4 milhões. Atualmente, estão sendo realizadas a recuperação dos tanques e a pavimentação da estrada interna. Já foi finalizada a reforma da sede, dos laboratórios, do galpão de manejo de alevinos, do auditório, dos alojamentos, entre outros itens. Ao final da reforma, a unidade deve dobrar a capacidade de produção de 4 milhões para 8 milhões de alevinos por ano, além de aumentar a capacidade de realizar pesquisas.
Também foram vistoriadas as obras de implantação de esgotamento sanitário nos municípios de Ilha das Flores e Brejo Grande, onde estão sendo investidos, respectivamente, R$ 3,9 milhões e R$ 3,7 milhões. Em Ilha das Flores, estão sendo implantados os emissários e as estações elevatórias. Em Brejo Grande, está sendo finalizado o serviço de terraplanagem da área onde será implantada a estação de tratamento. A ação faz parte do programa de revitalização da bacia do São Francisco e deve resultar no aumento da qualidade da água do rio.
O superintendente regional Said Schoucair destacou a importância das obras em andamento para a região do Baixo São Francisco sergipano. “A reforma do Centro Integrado de Betume já deveria ter sido finalizada, mas a empresa intensificou as obras para terminar o mais rápido possível. As obras de esgotamento sanitário estão muito bem adiantadas e vão trazer um benefício muito grande para a população dessa região, que na realidade não tinham um saneamento básico digno e que eles merecem”, afirmou.
A visita às obras foi acompanhada pelo chefe de gabinete da 4ª Superintendência Regional da Codevasf, em Aracaju, Antônio Porfírio, e por técnicos da Companhia.

Outros investimentos

A Codevasf também tem obras de esgotamento sanitário contratadas em Itabi, Pacatuba e São Francisco, totalizando recursos de cerca de R$ 20,7 milhões. Em Itabi, as obras estão em estágio avançado. Nesses três municípios, as obras serão executadas em parceria com a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), resultado de um acordo de cooperação técnica. Todas as obras são executadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Fonte: Codevasf

Ministro recebe governador da Paraíba para discutir ações contra a seca

Os reservatórios do estado estão em nível muito baixo e não há expectativa de recuperação em 2015, afirmou Ricardo Coutinho em audiência em Brasília.

Em audiência concedida ontem (4/2) pelo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, em Brasília, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, fez uma exposição sobre os projetos desenvolvidos no Estado em parceria com o governo federal para reforçar a segurança hídrica.
Coutinho pediu reforço nos programas emergenciais e estruturantes para elevar a oferta de água. "É praticamente inexistente a esperança de regularidade nas chuvas este ano. A situação ficou dramática e seria pior não fossem os investimentos feitos", disse.
Segundo o governador, em razão da prolongada seca na Paraíba, 73 municípios estão com problema de escassez de água, 43 deles em situação grave e dez em colapso no abastecimento. Os reservatórios estão em nível muito baixo e não há expectativa de recuperação em 2015.
O ministro se comprometeu a manter o fluxo de pagamento de obras como o Canal das Vertentes Litorâneas, o Projeto de Integração do Rio São Francisco, os sistemas de abastecimento e as adutoras de engate rápido.
Segundo Occhi, o cenário da crise hídrica da Paraíba é comum a quase todos os estados nordestinos. Por isso, vai levar o diagnóstico paraibano para a próxima reunião do Comitê de Acompanhamento Permanente de Segurança Hídrica, que acontece amanhã, na Casa Civil da Presidência da República.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Polo leiteiro poderá ser implantado no projeto Tabuleiros Litorâneos

Por ocasião da visita técnica que os dirigentes do DNOCS fizeram ao perímetro irrigado Tabuleiros Litorâneos, no último dia 29 de janeiro, o secretário do Setor Primário e Abastecimento de Parnaíba, João Câncio Rodrigues Neto, solicitou um encontro do diretor geral do DNOCS, Walter Gomes de Sousa, com o deputado Florentino Neto e autoridades municipais daquele município, no intuito de tratar sobre a implantação da Vila do Leite, uma antiga reivindicação da região.
Parnaíba tem na pecuária uma de suas principais atividades econômicas. Atualmente existem cerca de 80 famílias da periferia que vivem diretamente da exploração leiteira, o que não é permitido pela vigilância sanitária, sendo motivo de algumas autuações. O próprio Ministério Público já notificou o poder municipal para que medidas sejam adotadas no sentido de que a legislação seja cumprida, acabando com a prática da exploração pecuária na área urbana.
Dessa maneira, a saída encontrada seria a criação do Projeto Vila do Leite, cuja atividade se daria fora do perímetro urbano, utilizando-se, para tanto, áreas do perímetro Tabuleiros Litorâneos, assim definidas: Vila do Leite I, em lote empresarial da 1ª etapa do projeto, com área útil irrigada e estimada em 136ha, distribuída em 52 lotes para pequenos produtores e Vila do Leite II, em local do projeto à ser definido, mas com área útil de 437ha, destinada a pequenos, médios e grandes produtores. Segundo o secretário João Câncio, o encontro entre as partes interessadas para definição da implantação desses polos pecuários deverá ser realizado em tempo breve.


Fonte: DNOCS

Projeto de engenharia para Diques da Baixada Maranhense estará concluído em junho, anuncia presidente da Codevasf

Em junho deste ano estará finalizado o projeto de engenharia que permitirá a contratação, por meio de licitação, das obras do projeto Diques da Baixada Maranhense – uma construção que prevê alcançar 70,6 km e beneficiar mais de 260 mil pessoas em 11 municípios com uma acumulação de água de 600 milhões de metros cúbicos. Os estudos e o projeto de engenharia, um investimento de R$ 2,5 milhões, foram contratados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que também vai licitar e contratar as obras físicas.
A informação foi dada pelo presidente da Codevasf, Elmo Vaz, ao governador do estado do Maranhão, Flávio Dino, durante uma apresentação nesta terça-feira (3), no Palácio dos Leões, das ações empreendidas pela Companhia no estado.
“Viemos discutir com o governador quais são os projetos prioritários para o Maranhão. Somar esforços para conseguir mais recursos e trazer mais projetos e obras. A Codevasf tem apenas dois anos de instalação no estado e, portanto, tem muito a fazer”, disse o presidente da Codevasf, Elmo Vaz. “O projeto Diques da Baixada vai proporcionar segurança hídrica para a região beneficiada”, destacou. 
“A atuação da Codevasf no Maranhão tem total sintonia com aquilo que o nosso governo busca. Quero destacar a ideia de finalmente serem realizados os Diques da Baixada. É um projeto de grande importância”, afirmou o governador do Maranhão, Flávio Dino. 
Também participaram da reunião os diretores José Solon Braga (Irrigação) e Sérgio Coelho (Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura), a chefe de gabinete da Companhia, Auxiliadora Cavalcanti, e o secretário-executivo da área de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura, Luiz Augusto Fernandes.
Revitalização de bacias hidrográficas, acesso a água e inclusão produtiva em áreas tradicionalmente afetadas por estiagens prolongadas também integram o cardápio de iniciativas da Codevasf no estado, conforme pôde constatar o governador durante a reunião.
Somente no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Plano Brasil sem Miséria são mais de R$ 390 milhões em investimentos aprovados pelo governo federal para serem executados pela Codevasf no Maranhão – recursos que estão sendo destinados a ações como construção de sistemas de esgotamento sanitário, controle de processos erosivos, arranjos produtivos locais e ações do Água para Todos, entre outras.

Preservação de bacias

Na área de esgotamento sanitário, por exemplo, são nove sistemas construídos ou em fase de construção, totalizando um investimento que beira, até o momento, R$ 100 milhões. Desses, são cinco sistemas já foram concluídos, os quais somam investimentos de R$ 44,6 milhões – um dos pontos da pauta da reunião de Elmo Vaz com Flávio Dino foi a articulação com as prefeituras, o governo estadual e a Codevasf para a operação dos sistemas concluídos. 
As ações da Codevasf na área de construção de sistemas de esgotamento sanitário objetivam a recuperação e a conservação hidroambiental das bacias. Além dos benefícios para a saúde pública, cada R$ 1 milhão investido em obras de esgoto sanitário gera 30 empregos diretos e 20 indiretos, como também empregos permanentes quando o sistema entra na fase de operação.
Ainda entre as ações de preservação de bacias hidrográficas, a Codevasf prevê investir cerca de R$ 6,8 milhões em ações de controle de processos erosivos, sendo que R$ 700,3 mil já foram investidos, em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), no sistema de monitoramento de vazão e no sistema de controle de cheias do rio Parnaíba. Os demais projetos previstos para este ano são a elaboração do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Parnaíba e a implantação do Parque das Nascentes do Rio Parnaíba.

Diques da Baixada

Os Diques da Baixada Maranhense são uma obra de engenharia que permitirá a contenção de água doce nos campos naturais durante a estação chuvosa, retardando o seu escoamento para o mar sem alterar as cotas máximas naturais de inundação. Calcula-se que essa água poderá chegar a beneficiar uma área de aproximadamente 1,5 milhão de hectares: além de servir ao consumo humano da população do entorno, ampliará o período de pesca artesanal, matará a sede das criações animais, poderá ser usada em agricultura familiar irrigada, pastagens irrigadas para pecuária leiteira, circulação de canoas, e ainda abrir a possibilidade do uso do dique para tráfego leve (bicicleta, motocicletas, carroças).
A área inundada (lago formado) está estimada em 618 mil hectares. Os efeitos ambientais esperados com a obra são a proteção das áreas mais baixas contra a entrada de água salgada pelos talvegues naturais (igarapés), protegendo assim os ecossistemas e os mananciais de água doce da região. Além disso, os diques vão passar a armazenar a água da chuva que provém de uma precipitação média de 2 mil milímetros de janeiro a junho, e que no restante do ano é praticamente zero. 
O aumento da oferta hídrica deverá contribuir para reduzir a pobreza na região e o êxodo rural em direção às metrópoles, propiciando novas alternativas de trabalho e renda para a população de Bacurituba, Cajapió, Matinha, Olinda Nova do Maranhão, São Bento, São João Batista, São Vicente Ferrer, Viana, Arari, Cajari e Vitória do Mearim.

Acesso a água

No âmbito do programa Água para Todos, a Codevasf está reforçando o suprimento hídrico para famílias moradoras de localidades rurais afetadas pelas estiagens prolongadas no Maranhão com a instalação de 5.337 cisternas de consumo humano de água, 70 barreiros para saciar a sede dos animais e 950 sistemas simplificados de abastecimento de água. Todas as cisternas já foram instaladas e estão beneficiando 26.885 pessoas – um investimento de aproximadamente R$ 32 milhões. As demais ações do programa estão em fase de execução e totalizam cerca de R$ 180 milhões.
Além dessas, numa parceria com o Ministério da Integração Nacional, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Maranhão (Sagrima), a Codevasf prevê implantar 337 kits de irrigação para beneficiar agricultores familiares afetados pela seca, com investimento total de R$ 7,2 milhões.

Inclusão produtiva

Apicultura, caprinovinocultura, mandiocultura, piscicultura e implantação de kits familiares de irrigação estão entre as ações tocadas pela Codevasf no âmbito do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI). Os investimentos totalizam R$ 9,35 milhões, e as ações já estão em andamento.
A produção de mel, por exemplo, já é uma realidade para 279 famílias da área rural de nove municípios que receberam da Codevasf kits de apicultura, um investimento de quase R$ 2 milhões que incluiu ainda a reforma de uma unidade de extração e beneficiamento de mel em Bacabeira. Outras 300 famílias tiveram implantados, em áreas de até 500 metros quadrados, os kits de irrigação que viabilizam a produção de produtos de horticultura em pequenas áreas irrigadas, com água captada de poços. Para este ano, serão mais 2,7 mil famílias beneficiadas com novos kits de irrigação.
Outros R$ 2,9 milhões estão previstos para o fomento à mandiocultura por meio do projeto Reniva – que consiste na implantação de unidades de multiplicação de maniva irrigada, com qualidade genética e fitossanitária, objetivando garantir a segurança alimentar dos animais no semiárido e a promoção de ações de desenvolvimento sustentável da maniva. Para viabilizar a implantação das unidades de multiplicação, o projeto contempla a disponibilização de tratores e implementos agrícolas. Serão nove unidades implantadas no Maranhão, as quais deverão beneficiar 360 famílias rurais. 
Já na caprinovinocutura foram R$ 26,5 mil investidos pela Codevasf na reforma e adequação da usina de beneficiamento de leite de caprinos e ovinos em Vargem Grande.
Em Araioses, numa parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a Codevasf investiu cerca de R$ 117 mil na Unidade Produtiva da Associação de Pescadores e Catadores de Caranguejo: foram adquiridos freezer, equipamentos para processamento do caranguejo, balanças, recipientes e vestimentas. Além disso, a Codevasf instalou 60 tanques-rede com acessórios e insumos para uma associação de pequenos produtores, e dotou de viveiros o Instituto Federal do Maranhão (IFMA) de São Raimundo das Mangabeiras. 
Além dessas ações, ainda na esfera da inclusão produtiva de famílias rurais, a Codevasf fornecerá 15 tanques de resfriamento de leite, e também 60 computadores para as Casas Familiares Rurais e para as Escolas Famílias Agrícolas.

Projeto Salangô

A recuperação e revitalização do perímetro irrigado Salangô, localizado no município de São Mateus do Maranhão, poderá receber, a partir deste ano, investimentos de R$ 1,75 milhão por meio da Codevasf, recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As tratativas estão sendo tocadas pelo governador Flávio Dino com o Ministério da Integração Nacional (MI), que coordena o programa Mais Irrigação.
O objetivo é impulsionar a produção de grãos da região, por meio da irrigação, principalmente a cultura do arroz – já que se trata de uma área de baixada, de topografia plana e solos propícios a essa cultura. São 3.654 hectares já ocupados por 437 agricultores reunidos em nove associações. A área é dotada de infraestrutura básica: estrada, energia elétrica, canais, adutoras e sistemas de bombeamento, galpão. Os novos investimentos permitiriam, além de revitalizar a estrutura já existente, construir uma rede de distribuição de água para a maior parte dos lotes, viabilizando o uso da irrigação nas culturas.


Fonte: Codevasf

Crise da água já afeta agricultura no Brasil

Lavouras de café, cana-de-açúcar, milho, feijão, hortaliças e frutas já apresentam redução na produção em relação à safra passada. Colheita de soja também deve ser menor do que o esperado.

A crise hídrica que atinge a região sudeste do país começa a afetar a produção agrícola no Brasil. Algumas culturas já tiveram redução na safra passada, e a estimativa para a produção de algumas commodities também é negativa. O impacto da estiagem na agricultura deve ser sentido principalmente pelo consumidor, com aumento de preços.
Perdas são esperadas nas safras de café, cana-de-açúcar, milho e feijão. A produção de soja deve ficar abaixo da estimativa divulgada em janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além disso, o desenvolvimento de lavouras de hortaliças e frutas na região sudeste também ficou comprometido com a escassez de chuva no início do ano.
Em janeiro, a quantidade de chuva ficou abaixo da média em diversas regiões do país, principalmente no Sudeste, Sul e Centro Oeste. Em fevereiro, março e abril, as chuvas devem também ficar abaixo da média na região Sul e em partes das regiões Sudeste, Centro-Oeste e norte da região Nordeste.
"As culturas de verão, como milho e soja, devem sofrer as maiores perdas na safra, pois entre janeiro e fevereiro é o período que a planta requer maior quantidade de água, e a ocorrência de estresse hídrico pode acelerar a senescência foliar, encurtar o período de enchimento das sementes, resultando em baixos rendimentos", afirma a meteorologista Danielle Ferreira, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
E o problema pode deixar marcas de longo prazo. "Se a seca persistir, poderá haver problemas sérios para a próxima safra, sem dúvidas", reforça o engenheiro agrônomo da Embrapa Semiárido Luís Henrique Bassoi acredita que a estiagem prolongada poderá prejudicar o abastecimento de alimentos no país.

Irrigação comprometida

O provável racionamento de água em São Paulo deve afetar principalmente a produção de hortaliças e frutas, culturas que dependem da irrigação. "Os reservatórios em todo o país estão com sua capacidade de armazenamento com valores baixos, muito preocupantes, e que comprometem a geração de energia e a irrigação", afirma Bassoi.
Até o momento, o café foi a cultura que mais sofreu com a crise hídrica. A safra de 2014, com 45,3 milhões de sacas, foi 7,7% inferior à de 2013, quando foram colhidas 49,15 milhões de sacas.
A estimativa no primeiro balanço para 2015, feito pela Conab, é de que a produção permaneça estável. Dependendo das condições climáticas, pode haver tanto uma queda de 2,7% como um aumento de 2,8% – com a escassez de chuvas e as altas temperaturas dos últimos meses, porém, a tendência é negativa.
O maior impacto da estiagem deve ser sentido no bolso do consumidor. A queda na produção deve manter elevado o preço do café no mercado doméstico e também no internacional. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, responsável por 33,73% da produção mundial. Minas Gerais, um dos estados mais atingidos pela estiagem, é por sua vez o maior produtor de café do país, responsável por mais de 50% da produção nacional.

Açúcar fica salgado

Além do café, a cana-de-açúcar também sofre com a seca. A safra 2014/2015 é estimada em 642,1 milhões de toneladas, com uma queda de 2,5% em relação ao volume colhido na safra passada, de 658,8 milhões de toneladas. A Conab reforça que a queda só não será maior devido ao aumento de 2,2% na área plantada no país.
Essa diminuição está relacionada principalmente à falta de chuvas. Em São Paulo, estado responsável por cerca de 50% da produção total de cana no país, a redução no rendimento agrícola pode chegar a 10,5%.
"É uma etapa na qual a cana deveria estar crescendo vegetativamente e ela está ficando mais fina, não chega a engrossar, o que gera uma redução na produção de açúcar e etanol", afirma Fernando Pimentel, sócio-diretor da consultoria Agrosecurity.
O Brasil é responsável por mais da metade do açúcar comercializado no mundo e deve reduzir cerca de 4% sua produção, estimada em 36 milhões de toneladas. Já a produção de etanol deve aumentar 2,53%, passando de 27,96 bilhões de litros para 28,6 bilhões de litros.

Grãos incertos

A safra de milho de verão também deve apresentar uma queda. Estima-se uma redução de 6,4% em relação à passada, ficando em torno de 29,64 milhões de toneladas. O feijão deve ter também uma redução de 2,7% na produção, caindo de 3,43 milhões de toneladas para 3,38 milhões de toneladas.
A seca do final e início de ano reduziu também as estimativas de produção da soja, que é a líder nas exportações brasileiras, responsável por 18,3% desse volume nos primeiros seis meses de 2014. A produção da commodity deve crescer no país, mas ficará abaixo do previsto.
Em janeiro, a Conab previu uma colheita de aproximadamente 95 milhões de toneladas de soja. No entanto, ela está sendo menor do que a estimada em lavouras de Goiás, Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Piauí, Paraná e São Paulo.
Para o técnico da Conab Olavo de Sousa, ainda é cedo para medir o impacto dessa redução nas exportações, pois há muito estoque de culturas. "Com o câmbio ajudando não tem como dizer que a exportação será menor".
Para Pimentel, a queda dos preços no mercado internacional é o que deve pesar na balança comercial, e não a redução na produção. "O impacto tem sido maior nos preços internacionais da soja e do milho. Nos últimos 30 dias, por exemplo, o preço da soja caiu 17%, enquanto a perda na safra brasileira não passa de 5%. Uma combinação de preço e queda na safra pode chegar a 20% de redução no valor de exportação em dólar", prevê.
Já a redução na produção e no estoque de culturas deve inflacionar o preço dos alimentos nas prateleiras dos mercados brasileiros.


Fonte: Terra.com



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